RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA IIENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

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UNIVERSIDADE pitágoras unopar
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
RELATÓRIO DO
 ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ii: anos iniciais do ensino fundamental
Itabira/MG
2020
RELATÓRIO DO
 ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO ii: anos iniciais do ensino fundamental
Relatório apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental do curso de Licenciatura em Pedagogia.
SUMÁRIO
1	LEITURAS OBRIGATÓRIAS	4
2	PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)	7
3	ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC	9
4	ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA	11
5	CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS	13
6	PLANOS DE AULA	15
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIAS	24
INTRODUÇÃO
O presente relatório foi realizado pela acadêmica Karoliny Barbara Ferreira Vitorino como conclusão das pesquisas realizadas referentes ao Estágio Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, matéria regular do 7° período do curso de Licenciatura em Pedagogia. O estágio obrigatório é um componente do projeto pedagógico do curso de Pedagogia. Entende-se o mesmo como parte do processo de ensinar e aprender, da articulação da teoria. O estágio obrigatório tem como objetivo oportunizar ao acadêmico um contato mais direto e sistemático com a realidade profissional, visando à concretização de pressupostos teóricos, associados a determinadas práticas específicas, aplicando os conhecimentos obtidos no curso.
De acordo com a exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96), o estágio é necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim, o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática.
A proposta do estágio em questão consiste em conhecer a interdisciplinaridade como movimento articulador no processo de ensino-aprendizagem, através da leitura de um texto guia, aprofundar os conhecimentos sobre a importância do Projeto Político Pedagógico para uma instituição de ensino, entender a transversalidade e a aplicação dos TCTs (Temas Contemporâneos Transversais) propostos na Base Nacional Comum Curricular; entender a relação entre professor e equipe administrativa e pedagógica e conhecer as metodologias ativas que podem ser aplicadas como forma de diversificação das aulas.
A metodologia para desenvolvimento deste documento baseou-se em pesquisas e leituras de artigos de textos sobre os assuntos abordados, assim como busca por outras fontes que trouxessem maior riqueza de conhecimento.
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
Ler os textos indicados
	O texto A interdisciplinaridade como movimento articulador no processo de ensino-aprendizagem de Juarez da Silva, decompõe a discussão em dois enfoques principais: o epistemológico e o pedagógico, cada qual com conceitos díspares e complementares. Essa reestruturação do modelo tradicional de ensino e aprendizagem surge em um momento oportuno em que se observam mudanças significativas em diversos âmbitos da sociedade. Desse modo o estudo da interdisciplinaridade surge como meio revolucionário e modificador do modelo tradicional de ensino adotado por professores e pedagogos.
	Nessa perspectiva, a interdisciplinaridade no campo do conhecimento vem sendo discutida por vários autores de diferentes vertentes, mas que buscam de maneira unânime superar a visão engessada do modelo de ensino-aprendizagem ao passo que caminham para a implementação de uma nova lógica de ensino, mais atual e adequada para a pós modernidade. 
	A interdisciplinaridade surge da necessidade de reformulação das ciências humanas de um modo geral, rompendo com a fragmentação do saber, cujas raízes se encontram na filosofia positivista, que tem por tendência mecanizar o conhecimento cientifico, impossibilitando novas interpretações e ignorando diferentes realidades. 
	Frigotto discute a temática por meio da análise do homem enquanto ser social, considerando a realidade como pautada por conflitos e contradições manifestadas através de uma autenticidade dúbia e exclusiva. Esse tipo de análise possibilita pensar sobre as divergências vivenciadas pelo homem enquanto ser social, na medida em a interdisciplinaridade precisa acima de tudo situar o problema em seu plano teórico-metodológico, uma vez que as desigualdades e a alienação fazem parte da lógica imposta pelo sistema de produção capitalista.
	De acordo com Edgar Morin, a interdisciplinaridade se traduz no processo de ensino aprendizagem por meio do modo de pensar e agir dos sujeitos, que, a partir daí, irá basear e fundamentar sua metodologia. Além disso, propõe a divisão em partes do objeto de estudo, para que então possam reconhecer o todo de maneira completa.
	 Seguindo a mesma linha de pensamento que Morin, Goldman ressalta que a interdisciplinaridade permite um olhar mais atento as partes que constituem o todo, integrando assim as ciências às leis do movimento da realidade.
	 Voltado para a área pedagógica Georges Gousdorf desenvolveu projetos importantes para o avanço da interdisciplinaridade, que interpassa por uma primeira fase humanista, portanto filosófica, seguindo então para uma fase cientifica.
	Na busca por uma definição a respeito da interdisciplinaridade diversos autores elaboram análises ainda em construção para essa demanda, mas o que se pode afirmar a princípio é que a mesma surge de uma reação alternativa a abordagem normalizadora dos objetos de estudo. Leis (2005) defende que uma definição para tal é contraditória a sua finalidade, já que a história da interdisciplinaridade se confunde com a dinâmica do conhecimento.
	Para Japiassu (1976) a interdisciplinaridade é causada pela intensidade das trocas pelos especialistas e o grau de união das disciplinas comuns em um projeto, ou seja, buscam um significado epistemológico, seu papel e o processo do saber. A autora chama atenção para a existência das Interciências, que são resultados das fronteiras de mais de uma disciplina fundamental, que podem originar assim uma nova disciplina.
 	Olga Pombo (2004) destaca que a ideia da especialização é uma tendência da modernidade, uma vez que se divide o todo em pequenas partes, o que possibilitará uma análise mais detalhada da situação, já que ao final, as partes tornarão a reconstituir o todo.
	Para Ivani Fazenda (1979) a introdução da interdisciplinaridade precisa ser acompanhada por mudanças profundas na formação de professores e em uma nova formulação nas teorias e práticas de ensino-aprendizagem, uma vez que se supera o antigo modelo de transmissão de conhecimentos para uma construção de saberes de forma não hierárquica. Compartilhando dessa perspectiva Gandotti (2004) ainda argumenta que é preciso investir na construção de um conhecimento globalizante que rompa as fronteiras das disciplinas.
	Para Pedro Demo (2001) a aprendizagem não pode ser um fenômeno reprodutivo e sim reconstrutivo, uma vez que o processo de ensino-aprendizagem propõe princípios científicos e educativos.
	Paulo Freire (1987) diz que a interdisciplinaridade é um processo de construção de conhecimento que envolve o contexto e a realidade vivenciada por cada ser social, considerando a pluralidade de experiências, culturas e concepções.
	No campo de atuação do estágio essa discussão ganha ainda mais relevância para os futuros professores que vivenciam a relação entre a teoria e a prática que são fundamentais para sua formação critica. Uma vez que as escolas são um lugar legítimo de ensino-aprendizagem, estes deverão lidar com uma pluralidade de realidades, culturas e experiências dentre as quais como educadores deverão mediar. Nesse aspecto, a política formulada por Paulo Freire de uma educação popular onde os educandos são considerados como seres dotados de conhecimentos e vivências e as aulas são conduzidas a partir dessas realidades, tem importânciafundamental no processo de ensino aprendizagem. A interdisciplinaridade em geral faz parte do cotidiano das pessoas, na prática, conteúdos diferentes sempre se relacionam, portanto, abordá-los de forma ativa facilitará a compreensão da relação entre teoria e prática ao passo que contribuirá para uma formação mais crítica e autônoma dos estudantes. 
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
Conhecer a função e a estrutura do Projeto Político Pedagógico (PPP)
1.O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar?
O PPP ou Projeto Político Pedagógico é um documento formulado de forma particular por cada escola que tem por finalidade refletir as propostas educacionais das instituições de acordo com os valores considerados essenciais para o desenvolvimento do aluno no processo de sua formação básica de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. Nesse documento a instituição criará metodologias específicas que estarão de acordo com as particularidades do local em que a escola se encontra e o púbico por ela atingido. 
Sua importância está atrelada a finalidade de nortear e divulgar projetos coletivos elaborados pelas escolas em suas diferentes especificidades, além de reconhecer as realidades vivenciadas por estudantes que ocupam lugares diferentes no meio social, com pluralidade de raças e classes, possibilita a abertura de novas perspectivas pedagógicas.
2.A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?
As escolas devem elaborar seu Projeto Político Pedagógico de acordo com as normativas da Base Nacional Comum Curricular que define quais os valores considerados essenciais para a apropriação do aluno no processo de sua formação básica. Existe uma interrelação entre ambas, uma vez que visam uma formação crítica com foco no desenvolvimento da autonomia dos educandos, motivando habilidades e valores necessários para o dia a dia, além de servir como direcionamento básico para as escolas na elaboração do Projeto Político Pedagógico.
3.A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação? 
O processo de avaliação é dividido entre o ensino fundamental I, onde a qualificação do desempenho dos alunos se dá por meio de uma ficha completada por professores de acordo com as habilidades desenvolvidas e evolução pessoal de cada educando, observação do desenvolvimento de atividades e interesses dos próprios alunos, identificando também metodologia que oferecem melhores resultados. E no ensino fundamental II ao ensino Médio onde a avaliação ocorre com a observação do desenvolvimento pessoal de cada aluno, inserção de instrumentos, avaliação quantitativa com distribuição de pontos por provas individuais e em grupo. Ao final, o aluno deve atingir uma meta de setenta pontos em cem e frequência mínima de setenta e cinco por cento, com possibilidade de recuperação de meta qualitativa. 
Os alunos com necessidades especiais do primeiro ano do ensino fundamental são avaliados com observação atenta do educador a suas manifestações de dificuldade e ou interesse e evolução cognitiva. Os alunos especiais do segundo ano ao ensino médio serão avaliados de acordo com a observação das manifestações do educando, com uso de instrumentos de avaliação apropriados a ele, levando em consideração seu processo individual de aprendizagem.
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3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC
Conhecer a abordagem dos temas contemporâneos transversais da BNCC (meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo, multiculturalismo e ciência e tecnologia)
1.Como podemos entender o termo Transversalidade?
A transversalidade discorre sobre a capacidade de integração de um ou diversos assuntos, podendo abranger também realidades e vivências múltiplas, além de permitir a organização do trabalho didático de forma a elaborar explicações ligadas a diferentes conteúdos disciplinares.
2.Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?
Trabalhar os Temas Contemporâneos Transversais nas escolas é importante pois permite a construção de um espaço de diálogo dentro das salas de aula, onde numa perspectiva de educação popular, objetiva a construção coletiva de conhecimento, considerando vivências e diferentes perspectivas e realidades que influenciará portanto na possibilidade de uma formação mais crítica a humanitária de todos os envolvidos.
3.Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu curso de graduação?
Com base no artigo, dos Temas Contemporâneos Transversais listado podem-se trabalhar durante o curso de graduação Meio Ambiente, abordando assuntos referentes a importância da preservação da natureza, as mudanças no ambiente, da variedade de espécies de seres vivos, não deixando de lado a educação para o consumo, com vistas a conscientizar sobre os impactos causados pelo modo de vida do ser humano na atualidade.
Pode-se trabalhar o Multiculturalismo, valorizando as diferentes culturas e crenças que compõe o povo de uma nação, assim como ensinando sobre a valorização das raízes históricas e culturais brasileiras, visto que, o saber sobre o passado se encontra nas heranças deixadas pelos primeiros povos a viver e colonizar o país.
O trabalho com o tema Cidadania e Civismo talvez seja um dos mais importantes para o curso de graduação em Pedagogia, uma vez que trata sobre os direitos e deveres dos cidadãos. 
A julgar pela importância de um trabalho transdisciplinar, trabalhar os TCT’s traz aos educandos conhecimentos que possibilitam a construção da realidade social e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a afirmação do princípio da participação política. Nesse quadro, o professor tem o importante papel de ser mediador dos conhecimentos e discussões que virão a surgir, utilizando os temas transversais para tratar de problemas sociais atuais, reavivando as potencialidades de cada um e dando aos alunos o estímulo para ampliarem o olhar sobre diversas questões, sempre com respeito e tolerância às diferenças.
4.O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua perspectiva sobre essa metodologia.
Os quatro pilares da metodologia do trabalho para o desenvolvimento dos TCT´s se baseiam em: Problematização da realidade e das situações de aprendizagens, Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica, Integração das habilidades e competências curriculares a resolução de problemas e Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como uma construção coletiva.
Essa perspectiva é resultado do processo de rompimento com o ensino tradicional em busca de uma educação libertadora, visando desenvolvimento crítico e a autonomia dos educandos, além de prezar por uma construção conjunta de conhecimento, inserindo alunos e professores como atores ativos dessa marcha.
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Conhecer a atuação do professor e sua inter-relação com a equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe pedagógica no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina
1.A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das regulamentações apresentadas na BNCC?
A BNCCé um documento de fundamental importância que regulamenta as atividades essenciais a serem trabalhadas pelas instituições de ensino, sistematizando áreas de conhecimento consideradas essenciais para serem apropriadas pelos educandos. No entanto há uma série de dificuldades enfrentadas pelos professores durante sua atuação profissional, que ao passo que possuem liberdade para criar metodologias adequadas ao ambiente, considerando a realidade de cada aluno, tem o dever de cumprir seu trabalho de acordo com as exigências da Base Nacional Comum Curricular que possuem metodologias muito amplas, além da necessidade de alinhar todas esses requisitos com o envolvimento integral do aluno que é o centro de todo esse trabalho.
2.Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular.
	As escolas possuem uma função social de extrema notabilidade para as pessoas, uma vez que contribui diretamente para o desenvolvimento do sujeito. Essa função atribui aos profissionais da educação uma grande responsabilidade, por isso é importante o alinhamento da classe. O pedagogo, no centro de tudo tem o papel de orientar professores na realização de seu trabalho e metodologias, uma vez que todo o trabalho das escolas seguem legislações e políticas educacionais, para tal é necessário que haja proximidade entre os profissionais e desses com o aluno, pois partir daí, envolvido com a comunidade escolar o pedagogo poderá orientar de maneira participativa atendendo as exigências das políticas educacionais as demandas que surgirão dentro da instituição.
3.No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos educativos no contexto escolar.
	Ao contrário do senso comum, o papel do diretor não se limita as funções administrativas, pois está inserido em uma rede de apoio mutuo sendo necessário sempre dialogo e participação ativa de representantes dos diversos setores da escola trazendo demandas especificas. Essa configuração permite que as ações do diretor sejam democráticas, impossibilitando desse modo, uma separação própria entre administração e a pedagógica, uma vez que o plano de ação do diretor tem de estar em conjunto com órgãos colegiados que validam seu trabalho de maneira coletiva. Uma relação democrática e amigável entre os membros da comunidade escolar pode resultar no fornecimento de impactos verdadeiramente positivos na formação do aluno e do corpo social num todo.
	
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
Conhecer metodologias ativas com uso de tecnologias digitais, conforme respectivo estágio
Lúcia irá iniciar o Estágio Obrigatório nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Escola Monteiro Lobato. Após reunião com a diretora da instituição, Lúcia pode perceber o alto índice de evasão dos alunos deste período. Desejando exercer seu estágio da melhor maneira possível, começou a pesquisar as causas deste problema e as consequências no desenvolvimento dos alunos e desempenho da instituição.
Após conversa com os alunos e professores, percebeu que grande parte dos estudantes não tinha interesse pelas aulas pois os assuntos não eram abordados de forma interessante e interativa, eles apenas absorbiam o que os docentes ensinavam. Os professores apresentaram motivo semelhante, gostariam de diversificar as aulas para que os estudantes participassem mais. A escola também não possuía muitos recursos tecnológicos, as salas de informática estavam com metade de seus computadores funcionando e as aulas da disciplina eram cansativas. Percebendo o quanto tais problemas afetavam o dia a dia da escola, Lúcia decidiu por montar um projeto que visava a melhoria da situação através do uso das Metodologias Ativas.
Para isso, realizou uma pesquisa sobre novas tecnologias e metodologias que poderiam auxiliar a alcançar o objetivo. Dentre suas descobertas, Lúcia decidiu por aplicar os conceitos de Aula Gamificada e da Aprendizagem por Meio de Projetos. Ao expor sua ideia ao corpo docente e diretivo foi recebida com grande entusiasmo. Solicitou que todos fizessem pesquisas e aprofundassem os conhecimentos sobre os temas sugeridos. Ao ser questionada sobre como se dariam as aulas nos modelos propostos, Lúcia explicou que a Aprendizagem Baseada em Projetos consiste em uma metodologia baseada na investigação, em que os alunos se envolvem com tarefas e desafios para solucionar um problema ou construir um projeto, que tem como foco a formulação de problemas aplicáveis a realidade que cerca os alunos. Esta técnica aumenta, significativamente, as chances da retenção do conhecimento e habilidades adquiridas. Promove melhoria contínua do raciocínio lógico dos alunos, estimula o gerenciamento de recursos na resolução do problema, fortalece a visão crítica diante de problemas práticos do dia a dia, além de aumentar o engajamento e participação do grupo.
Explicou também que Gamificação é um termo utilizado para definir a realização de uma ação que tenha elementos que existem nos jogos com a finalidade de engajar um determinado público a fazer uma atividade, para chegar a um objetivo, tornando as aulas mais prazerosas e divertidas. Essa metodologia geralmente é utilizada para gerar maior engajamento das pessoas, motivar a ação, promover a aprendizagem ou resolver problemas de forma criativa. A gamificação é uma metodologia democrática, podendo ser aplicada a todas as idades e em diferentes contextos educacionais: desde o ensino básico, técnico, superior etc.
Após esclarecer algumas dúvidas, Lúcia apresentou aos docentes e corpo diretivo dois planos de aula exemplificando os temas sugeridos. Nesses dois planos, propôs o trabalho em conjunto dos alunos como estratégia para resolver os problemas de mal uso das salas de informática e da falta de interesse dos estudantes.
6 PLANOS DE AULA
	Plano de Aula
	Identificação
	Disciplina 
	Ciências 
	
	Série
	5° ano 
	
	Turma 
	Ensino Fundamental
	
	Período
	Manhã/Tarde
	Conteúdo
	Higiene e alimentação
	Objetivos
	Objetivo geral
Desenvolver o senso crítico dos alunos a respeitos da alimentação; mostrar os benefícios de uma alimentação saudável; fazer com que reflitam sobre seus hábitos alimentares. 
Objetivo específico
(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, à alimentação, ao conforto e à aparência.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EF05CI08) Organizar um cardápio equilibrado com base nas características dos grupos alimentares (nutrientes e calorias) e nas necessidades individuais (atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a manutenção da saúde do organismo.
	Metodologia
	1° momento
O professor introduzirá o assunto em sala de aula apresentando um vídeo sobre a importância de uma boa alimentação, apresentará aos alunos a situação-problema referente a má alimentação entre jovens e adultos e como as crianças também têm sido afetadas por esses hábitos de consumo. Em seguida, proporá uma roda de conversa para que os alunos possam debater suas observações e conhecimentos sobre o tema. Neste momento, o professor mediará a aula de forma que os alunos possam se sentir à vontade em expressar suas percepções.
2° momento
Levar os alunos para a sala de informática e pedir que pesquisem sobre o assunto a fim de adquirirem conhecimentos para a próxima atividade (não revelar que será realizado um jogo). Mediar as buscas pela internet para que mantenham o foco no assunto, nesse momento, deve-se incentivar o sentimento de equipe na turma, colocando os estudantes que possuem mais dificuldade tutorados por outros alunos.
3°momento
O professor dividirá a turma em grupos mistos para que os alunos possam interagir entre si. Em seguida, explicará que farão um jogo para descobrirem juntos quais os benefícios que os alimentos naturais podem trazer ao corpo humano. Distribuirá aos grupos umafolha de papel A4 e lápis de colorir e pedirá que, juntos, criem um personagem para representa-los nessa jornada.
4° momento
Colocará no meio da sala um tabuleiro feito com papel kraft. Nesse momento, explicará as regras do jogo aos grupos: os grupos iniciarão com os personagens no mesmo local , para decidir quem vai começar, um representante de cada irá jogar o dado e os números serão organizados em ordem crescente; cada grupo terá direito de jogar o dado uma vez e somente um integrante poderá deslocar o personagem no tabuleiro; cada grupo terá uma chance para responder a uma pergunta sobre o assunto, acertando, ganhará 1(um) ponto, caso erre, será debitado 1(um) ponto do placar; ao final o grupo vencedor ganhará uma coroa e o título de “Mestres da Alimentação Saudável”, caso haja empate, a vitória será decidida com uma pergunta surpresa. Caberá ao docente a confecção do tabuleiro, dados para os jogos, coroas de papel e a faixa para o título, assim como realizar uma pesquisa sobre as possíveis perguntas que serão feitas. 
5° momento
Após as atividades anteriores, sugere-se que o docente realiza novo debate com a turma para observar se seus conceitos sobre o assunto se modificaram e para avaliar o que aprenderam com as dinâmicas propostas.
	Recursos
	Aparelho de televisão e DVD
Folhas de papel A4
Lápis de colorir
Folhas de papel kraft
Folhas de papel coloridas
Canetinhas e pincéis atômicos
Sala de informática
	Avaliação
	A avaliação será feita através da observação da participação dos alunos, de seu interesse pelo tema e do engajamento pela busca de conhecimento. Será avaliado também os níveis de compreensão e de formulação e expressão das ideias.
Atividades
Resolução da situação-problema; pesquisa direcionada; debate direcionado; análise de vídeos e conteúdo; jogo.
Critérios
Interação com os colegas; completude da proposta; construção do conhecimento; resolução de problemas e conflitos.
	Referências
	BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/>.
GAROFALO, Débora. Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/15426/dicas-e-exemplos-para-levar-a-gamificacao-para-a-sala-de-aula>. Acesso em: 16 jun. 2020.
	Plano de Aula
	Identificação
	Disciplina 
	Matemática - Informática
	
	Série
	3°ano
	
	Turma 
	Ensino Fundamental
	
	Período
	Manhã/Tarde
	Conteúdo
	Figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera): reconhecimento, análise de características e planificações.
	Objetivos
	Objetivo geral
Identificar as faces de um cubo e de um paralelepípedo; explorar as diferenças e semelhanças entre o cubo e o paralelepípedo.
Objetivo específico
(EF03MA13) Associar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera) a objetos do mundo físico e nomear essas figuras.
(EF03MA14) Descrever características de algumas figuras geométricas espaciais (prismas retos, pirâmides, cilindros, cones), relacionando-as com suas planificações.
	Metodologia
	· O professor iniciará a aula expondo as caixas e solicitando que os alunos aas observem com atenção. Em seguida, escolherá algumas das caixas e perguntará aos alunos se é um cubo ou paralelepípedo. Surgindo questionamentos, os alunos serão convidados a realizarem uma pesquisa sobre as diferenças e características de cada forma geométrica.
· Na sala de informática, o professor deve separar os computadores em grupos de 3 e, em cada conjunto deve expor uma característica das formas estudadas. Os alunos que serão convidados a percorrerem todos os computadores, de modo que vejam todas as informações.
· Após este momento de descoberta, em sala de aula, o docente irá apresentar aos alunos, slides e vídeos sobre o conteúdo estudado, logo após, a sala será reunida em uma roda de conversa para que os estudantes possam debater suas descobertas.
· Outra vez, os alunos serão divididos em grupos. O professor irá distribuir as caixas entre eles, junto com folhas de papel A4 e solicitará que, em conjunto, desenhem objetos do dia a dia que tenham a mesma forma. Em seguida, os alunos, mediados pelo docente irão montar um cartaz separando as formas que são cubos e as formas que são paralelepípedos. Um aluno por vez será convidado a ir ao centro da sala e mencionar uma característica da forma que desenhou que a torna um cubo ou paralelepípedo.
· Como fechamento, os alunos retornarão à sala de informática. Nesta etapa, o trabalho será realizado com o auxílio da ferramenta digital Paint, em que os estudantes irão desenhar as formas no computador e em seguida, criar desenhos com as mesmas. O docente, neste momento, estará sempre solicitando a turma que mencione alguma curiosidade sobre o conteúdo estudado e relembrando sobre as características de cada forma geométrica. Encerrar a atividade reforçando as diferenças do cubo e do paralelepípedo, encontradas durante as atividades anteriores.
	Recursos
	Caixa de diferentes tamanhos e em formatos de cubos e paralelepípedos;
Lápis,
Datashow 
Computadores
	Avaliação
	A avaliação será realizada através da observação da participação individual de cada aluno, o interesse pelo conteúdo apresentado, a formulação e exposição de ideias, a apreensão individual de cada aluno sobre o conteúdo exposto, o trabalho em equipe.
Atividades
Exposição de conhecimentos prévios; pesquisa direcionada; debate direcionado; criação artística; uso de equipamentos e ferramentas digitais; análise de vídeos e conteúdos de pesquisa; representação gráfica.
Critérios
Interesse pela atividade; completude dos desafios propostos; busca de novas fontes de conhecimento.
	Referências
	BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/>.
BUSS, Cristiano da Silva. MACKEDANZ, Luiz Fernando. O ensino através de projetos como metodologia ativa de ensino e de aprendizagem. Revista Thema, v.14, n.3, p 126-129, 2017.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todas as etapas do Estágio Supervisionado foram de suma importância e enriquecedoras para o aprendizado. No contexto da nova abordagem pedagógica, procurou-se preparar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos alunos; a cada dia, percebia-se o interesse cada vez maior e a interação com os assuntos abordados. 
A prática em sala de aula nos leva a refletir como será o dia a dia como professor. Enquanto estamos estudando apenas as teorias, não temos ideia do que é estar frente a uma classe, em que cada uma das crianças tem suas próprias particularidades. Por isso, o professor deve estar preparado e atento, sempre refletindo sobre sua prática educativa.
Este estágio se caracteriza como um momento ímpar para verificar os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação de Licenciatura em Pedagogia, dando embasamento a verdadeira situação do exercício da profissão em sala de aula. O estágio nos leva a refletir sobre a profissão docente desejando mudança e transformação, aliando as aulas ao dia a dia dos alunos, dessa forma, fazendo com que absorvam o conhecimento de forma significativa, e que esse conhecimento possa ultrapassar os muros da escola tornando-os cidadãos críticos e pensantes na sociedade, sendo este um dos valores sempre frisados pela Universidade Pitágoras Unopar.
REFERÊNCIAS
THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista brasileira de educação, v. 13, n. 39, p. 545-554, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Este documento é uma adaptação, para fins didáticos, de um Projeto Político Pedagógico de uma escola. Disponível em <https://arquidiocesano.com/proposta-pedagogica/sintese-do-ppp/>. Acesso em 08/05/2020. 
JARDIM, Tatiane. A Atuação do Professor nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em:< https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dccec41dc31c4129c6cf33cc908d140f/faa791d070f1465258c668b206acc912>. Acesso em 11 jun. 2020.
VIDOTTI, Vilze. Atuação da Equipe Pedagógica. Disponível em: < https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dccec41dc31c4129c6cf33cc908d140f/ec6a387c0ac49fc6fb21a5cd127a9a0a>. Acesso em 11 jun. 2020.
BATTINI, Okçana. Atuação da Equipe Administrativa. Disponível em: < https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dccec41dc31c4129c6cf33cc908d140f/28010060332142a8c597df63f2113e9f>. Acesso em: 11 jun. 2020.
KLS. Fundamentos e Organização da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cef0e36cb56bc0d80571195a9e6072ec/18ec14083a5a5fcdff6438d3d7e01888>. Acesso em: 11 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC. Propostas e Práticas de Implementação. MEC, 2019. Brasília, DF, 2019. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_temas_contemporaneos.pdf>
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/>.
GAROFALO, Débora. Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/15426/dicas-e-exemplos-para-levar-a-gamificacao-para-a-sala-de-aula>. Acesso em: 16 jun. 2020.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
BUSS, Cristiano da Silva. MACKEDANZ, Luiz Fernando. O ensino através de projetos como metodologia ativa de ensino e de aprendizagem. Revista Thema, v.14, n.3, p 126-129, 2017.
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