Estudos de caso sistematização da assistência em enfermagem

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CASO 3: Infarto Agudo do Miocárdio
Diagnóstico 1: Domínio 4 • Atividade/repouso Classe 4 • Respostas cardiovasculares/pulmonares Código do diagnóstico 00204
Perfusão tissular periférica ineficaz
Definição Redução da circulação sanguínea para a periferia que pode comprometer a saúde.
Perfusão tissular periférica ineficaz, relacionada a ausência de pulsos palpáveis, caracterizado por quadro de súbito desconforto respiratório seguido por perda de consciência.
Diagnóstico 2: Domínio 4 • Atividade/repouso Classe 2 • Atividade/exercício Código do diagnóstico 00040
Risco de síndrome do desuso
Definição Suscetibilidade à deterioração de sistemas do corpo como resultado de inatividade musculoesquelética prescrita ou inevitável que pode comprometer a saúde.
Risco de síndrome do desuso relacionada a dor torácica intermitente, caracterizado por perda de consciência.
Diagnóstico 3: Domínio 4 • Atividade/repouso Classe 2 • Atividade/exercício Código do diagnóstico 00090
Capacidade de transferência prejudicada 
Definição Limitação de movimento independente entre duas superfícies próximas.
Capacidade de transferência prejudicada relacionada a mal-estar com dor torácica intermitente caracterizada pela admissão do paciente na unidade de primeiro atendimento em cadeira de rodas. 
Diagnóstico 4: Domínio 2 • Nutrição Classe 5 • Hidratação Código do diagnóstico 00195
Risco de desequilíbrio eletrolítico
Definição Suscetibilidade a mudanças nos níveis de eletrólitos séricos que pode comprometer a saúde.
Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado a transplante de rim, caracterizado por vómitos e hipotermia 35°C.
Intervenções
Realizar exames no paciente, afim de, avaliar o funcionamento renal do paciente, uma vez que o mesmo foi submetido a um transplante renal. Estabelecer junto ao paciente a escala de dor. Observar o padrão respiratório do paciente. Verificar e realizar o controle da temperatura corpórea e dá pressão arterial. 
Como fazer: Coletar uma amostra de sangue e urina do paciente para avaliar os níveis de creatinina presentes no mesmos mesmo, uma vez que, se o rim estiver com o funcionamento prejudicado os níveis tanto no sangue, quanto na urina estarão altos. Utilizar escala numérica para avaliar os níveis de dor do paciente onde 0 significa ausência de dor, 1;2 e 3 pouca dor 4;5 e 6 moderada e 7;8 ,9 e 10 severa. Verificar o sinal vital respiratório do paciente, contar quantas respirações ocorrem dentro do período de 1 minuto, levando em consideração as alterações na frequência, caso ocorra. Controlar a temperatura axilar, usando um termômetro digital, já que o mesmo se encontrava hipotérmico, relacionado a P.A. deve ser feita ou com aparelho digital ou com Esfigmomanômetro. 
Quando fazer: Realizar a coleta de sangue e urina imediatamente após a prescrição. Utilizar a escala numérica de dor no momento em que o paciente relatar está sentindo dor. Verificar padrão respiratório, temperatura corpórea e P.A no momento do exame físico. 
Com que frequência fazer: deve ocorrer a realização dos exames uma vez, e dependendo do resultado deverá ser realizado mais vezes até que o paciente apresente melhoras nos níveis de creatinina. Avaliar a dor do paciente após ele informar e depois de ser medicado caso haja necessidade, para assim, verificar a eficácia do medicamento. Realizar o controle da pressão arterial e temperatura pelo menos uma vez ao dia.
Por quanto tempo fazer: Seguir as orientações até o paciente não apresentar nenhuma alteração metabólica. 
Justificativa 
Quando o rim apresenta mau funcionamento um dos indicativos é os níveis altos de creatinina no sangue, uma vez que o rim é o principal responsável pela excreção dessa substância do organismo. Ao realizar os exames poderemos checar há algo de errado com o rim transplantado. A escala numérica de dor, auxilia o enfermeiro saber o quão intensa está a dor apresentada pelo paciente, assim podendo tratar de maneira mais adequada aquela dor, vale ressaltar a importância de estar atento também a escala de faces da dor, por que o paciente pode alegar um score 9 de dor, mas a sua expressão fácil não indica que ele está sentindo tanta dor como alega. O controle da pressão deve ser realizado por que após reverter o ritmo sinusal o paciente apresentou uma pressão arterial muito elevada 180/100 mmHg, tendo em vista que quando chegou buscando por atendimento a sua pressão era 129/95 mmHg. Quando admitido na unidade o paciente apresentava quadro de hipotermia 35°C, e essa temperatura se encontrava abaixo do que conhecemos como afebril. 
 
Fármacos
Epinefrina 
Classe farmacológica: A Epinefrina é um antiasmático; broncodilatador [catecolamina; adrenérgico; estimulante adrenérgico; simpaticomimético; vasopressor; estimulante cardíaco; adrenalina. Pertencente ao grupo farmacológico das aminas simpatomiméticas
Mecanismo de ação: atua estimulando os receptores alfa e beta-adrenérgicos, estimulando a liberação de noradrenalina. 
Indicações: • Suporte hemodinâmico (relacionado com a circulação sanguínea) em situações de parada cardiorrespiratória ou estados de...
• Reações de anafilaxia ou choque anafilático (reação alérgica aguda);
• Crise asmática grave e pouco responsiva as medidas terapêuticas habituais;
• Controle de pequenas hemorragias cutâneas e outros.
Efeitos colaterais: ansiedade, tremores, cefaleia, palpitação, taquicardia (muitas vezes seguida de dor anginosa), arritmias (batimento cardíaco irregular), hipersalivação, hiperglicemia, fraqueza, zumbido, sudorese excessiva, dispneia e frio nas extremidades corporais podem ocorrer, mesmo em baixas doses.
Altas doses administradas podem provocar arritmias (batimento cardíaco irregular) cardíacas graves, um súbito aumento da pressão arterial, sendo inclusive capaz de produzir hemorragia cerebral, edema pulmonar, isquemia de extremidade, esplâncnica e renal. 
Cuidados de enfermagem: Realizar a aferição da pressão arterial, uma vez que o medicamento tem como efeito colateral um súbito aumento da pressão arterial, acompanhar os índices glicêmicos através de exame de glicemia capilar, observar se o paciente apresenta agitação (ansiedade), atenção as queixas do paciente no caso de dor.
Amiodarona
Classe farmacológica: A amiodarona é uma droga antiangina e antiarrítmica.
Mecanismo de ação: Aumenta a duração da atividade do músculo ventricular e atrial, inibindo a adenosinatrifosfatase miocárdica ativada por Na e K. Há um decréscimo resultante na velocidade cardíaca e na resistência vascular.
Indicações: A amiodarona é utilizada para arritmias ventriculares. Flutter atrial e fibrilação atrial. Profilaxia de taquiarritmias em portadores das síndromes de pré-excitação.
Efeitos colaterais: Náusea, arritmia vômito, constipação e alterações do paladar. Ataxia, tremores, parestesias e fraqueza muscular. Cefaleia, insônia e tonturas. Fibrose pulmonar e pneumonite intersticial. Depressão. Reações de fotossensibilidade. Bradicardia. Hipotensão. Bloqueios atrioventriculares e sinoatriais. Deposição de cristais de amiodarona na córnea.
Cuidados de enfermagem: Controle da temperatura corpórea do paciente, monitoramento do ECG (por conta dos riscos de arritmia cardíaca, bradicardia), realizar ausculta cardíaca (por conta dos riscos de bloqueios atrioventriculares e sinoatriais), verificação do acesso venoso para que não ocorra extravasamento da medicação. 
Dopamina 
Classe farmacológica: A Dopamina é um vasopressor; estimulante cardíaco.
Mecanismo de ação: A Dopamina atua diretamente nos receptores beta-1 do coração, aumentando a força de contração do músculo cardíaco (efeito inotrópico positivo). Estimula também receptor alfa 1 e 2, aumentando a vasoconstrição no músculo liso.
Indicações:  é indicada para casos de choque circulatório, no tratamento de choque séptico, choque cardiogênico e no infarto agudo do miocárdio e choque anafilático.
Efeitos colaterais: Alguns dos efeitos colaterais de Dopamina incluem náusea, vômito, aumento dos batimentos cardíacos, má digestão de alimentos, pressão baixa ou alta, dor no peito, diminuiçãodos batimentos cardíacos, palpitações ou batimentos do coração irregulares.
Cuidados de Enfermagem: Cabe ao profissional de enfermagem cuidados para com o paciente que está usando dopamina como: monitoramento da pressão arterial, uma vez que um dos efeitos adversos do medicamento inclui alteração na pressão, monitorar o pulso, padrão respiratório e ECG. Administração deve ser realizada apenas por via endovenosa, o que faz com que haja necessidade de checagem do acesso venoso. 
 CASO 4: Hipertensão Arterial Sistêmica
Diagnóstico 1: Domínio 1, promoção a saúde; classe 1, percepção de saúde cod. Do diagnostico 00168
Estilo de vida sedentário 
Definição: Um hábito de vida que se caracteriza por baixo nível de atividade física.
Estilo de vida sedentário, relacionado a falta de condicionamento físico, uma vez que a paciente apresenta cansaço ao caminhar, caracterizado por dispneia aos esforços. 
Diagnóstico 2: Domínio 1 • Promoção da saúde Classe 2 • Controle da saúde Código do diagnóstico 00078
Controle ineficaz da saúde
Definição Padrão de regulação e integração à vida diária de um regime terapêutico para tratamento de doenças e suas sequelas que é insatisfatório para alcançar metas específicas de saúde.
Controle ineficaz da saúde, relacionado ao não seguimento da dieta prescrita, caracterizado por obesidade 95kg e cintura 116 cm.
Diagnóstico 3: Domínio 4 • Atividade/repouso Classe 5 • Autocuidado Código do diagnóstico 00193 
Autonegligência
Definição Conjunto de comportamentos culturalmente estruturados que envolvem uma ou mais atividades de autocuidado em que há falha em manter um padrão de saúde e bem-estar socialmente aceito (Gibbons, Lauder e Ludwick, 2006). 
Autonegligência relacionada a hábito sedentário e hipertensão, caracterizado por tabagismo e uso esporádico de bebida alcoólica fermentada.
Diagnóstico 4: Domínio 2 • Nutrição Classe 4 • Metabolismo Código do diagnóstico 00263
Risco de síndrome do desequilíbrio metabólico
Definição Suscetibilidade a um agrupamento tóxico de fatores bioquímicos e fisiológicos associados ao desenvolvimento de doença cardiovascular decorrente de obesidade e diabetes tipo 2 que pode comprometer a saúde. 
Risco de síndrome do desequilíbrio metabólico, relacionado a hipertensão, caracterizado pelo não seguimento da dieta prescrita e obesidade. 
Intervenções 
 Estabelecer medidas terapêuticas, afim de, orientar a paciente sobre os riscos que a obesidade, associado ao sedentarismo, hipertensão e uso excessivo de substâncias como o álcool e a nicotina causam a sua saúde. Realizar acompanhamento domiciliar para que haja um controle da pressão arterial da paciente. Criar juntamente ao profissional nutricionista uma dieta a qual a paciente se adeque. Incentivar a paciente a realizar atividades físicas.
Como fazer: Explicar para o paciente sobre a doença que a acomete e estabelecer mudanças no estilo de vida, como a realização de exercício aeróbicos leves como uma caminhada, de início separando alguns minutos do dia para fazer uma caminhada curta e ir gradativamente aumentando o percurso e sempre dando ênfase a sua importância e o porquê de ser tão necessário seguir essas orientações. Incluir na dieta da paciente, frutas e verduras apresentando a ela uma nova forma seja de preparo ou apresentação, para que a mesma tenha interesse em seguir a dieta e entender que tem sim como ter uma alimentação nutritiva sem precisar de muito esforço. O controle da pressão arterial deve ser realizado através de visitas domiciliares, assim, poderemos também avaliar se a medição prescrita está fazendo o efeito desejado. 
Quando fazer: A paciente deve realizar os exercícios frequentemente e todos os dias. A dieta deve ser seguida a risca e pode ser intercalada para que haja uma maior variação nutricional. Tratando-se de controlar a P.A. da paciente a visita pode acontecer pelo menos uma vez na semana. 
Com que frequência fazer: Realizar as orientações estabelecidas todos os dias.
Por quanto tempo fazer: Manter a realização das orientações até que haja uma nova consulta médica, a equipe irá verificar a eficácia das orientações e montar novas estratégias. 
Justificativa
 Ao falar de qualidade de vida, devemos frisar a importância de medidas profiláticas. Quando examinamos o histórico de vida do paciente, veremos que o déficit do autocuidado sempre vai ser proveniente de algo, seja um trauma ou problemas adquiridos por doenças psicológicas. Ao realizar medidas terapêuticas, ajudamos o paciente a se entender melhor e conhecer mais sobre o que o acomete e o quão importante é para ele o autocuidado e autoconhecimento.
 Propranolol 
Classe farmacológica: É um bloqueador beta adrenérgico.
Mecanismo de ação:  O mecanismo anti-hipertensivo, é complexo e envolve diminuição do débito cardíaco (ação inicial), redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
Indicações: hipertensão arterial, essencial ou renal, angina do peito, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, miocardiopatia hipertrófica, estenose sub-aórtica hipertrófica, aneurisma da aorta.
Efeitos colaterais: bradicardia excessiva, olhos secos, náusea, sonolência, diarreia, chiado no peito ou sintomas de bronquite, fadiga e sensação de fraqueza, perda de cabelo.
Cuidados de Enfermagem: Proporcionar ao paciente um ambiente agradável onde ele consiga ter o repouso adequado, instruir sobre os riscos de dirigir automóveis durante o tratamento com propranolol pois o mesmo tem como efeito adverso a sonolência, orientar o paciente sobre a importância da realização de exercícios físicos para diminuir sintomas colaterais como a fadiga.
Hidroclorotiazida
Classe farmacológica: A hidroclorotiazida pertence à classe de diuréticos tiazídicos.
Mecanismo de ação: As tiazidas afetam os mecanismos tubulares renais da reabsorção eletrolítica, aumentando diretamente a excreção de íons sódio e cloreto e privando o corpo do excesso de água. As perdas de potássio ocorrem secundariamente (substituição por sódio) e por secreção ativa no túbulo distal. A excreção de magnésio é aumentada, enquanto a excreção de ácido úrico é reduzida. A ação diurética da hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática e aumenta a secreção de aldosterona, seguida por aumentos na concentração de potássio na urina e perda de bicarbonato, e uma diminuição no teor de potássio sérico.
Indicações: tratamento da hipertensão arterial
Efeitos colaretais: • Hipotensão arterial.
· Desidratação.
· Câimbras.
· Fraqueza.
· Hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue).
· Hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue).
· Hipomagnesemia (baixa concentração de magnésio no sangue).
· Hiperuricemia (elevação da concentração de ácido úrico no sangue).
· Hipercalcemia (elevação da concentração de cálcio no sangue).
· Hiperglicemia (elevação da concentração de glicose no sangue).
· Elevação do colesterol.
· Impotência sexual.
· Náuseas.
· Distúrbios do sono.
Cuidados de enfermagem: Por se tratar de diurético ele deve ser admistrado no primeiro período do dia, desta forma a eliminação da urina ocorre durante todo o dia, não interferindo no padrão de sono do paciente. Instruir o paciente a ingesta constante de água e frutas ricas em água, por conta do risco de desidratação causado por esse medicamento, controle da ingesta de alimentos ricos em lipídeos, 
Sinvastatina 
Classe farmacológica: Sinvastatina é um fármaco pertencente do grupo das estatinas.
Mecanismo de ação: A sinvastatina reduz os níveis de mau colesterol através da inibição de uma enzima no fígado, chamada de hidroximetilglutaril-co-enzima A redutase, reduzindo a produção de colesterol.
Indicações:  indicado para reduzir os níveis do mau colesterol e triglicerídeos e aumentar os níveis do bom colesterol no sangue.
Efeitos colaterais: Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com a sinvastatina são distúrbios digestivos. Efeitos secundários comuns incluem:
· – Dor de cabeça· – Náusea
· – Dor de estômago
· – Prisão de ventre
· – Diarreia
· – Dor muscular ou fraqueza
· – Dor nas articulações
Cuidados de Enfermagem: Recomendar uma dieta mais nutritiva para a paciente com as devidas orientações nutricionais, afim de auxiliar no efeito do medicamento que é a redução do colesterol (LDL), oferecer um ambiente mais confortável onde a paciente fique livre de estresse, proporcionar o alívio da dor através de medicamentos, realizar exames para medir os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.
Infarto agudo do miocardio
Infarto agudo do miocardio
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