manual de ordenha

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MANUAL/TREINAMENTO PARA ORDENHA MECANIZADA 
Na propriedade rural o médico veterinário é responsável pelos cuidados com as vacas leiteiras desde a gestação, nascimento e desenvolvimento. Esses animais requerem atenção especial com a alimentação, controle de doenças que podem influenciar diretamente na qualidade e produção do leite, e ainda as práticas de bem estar animal. O médico veterinário orienta o produtor rural durante todo o processo, desde a ordenha, a conservação e o transporte do leite, garantindo um leite de qualidade e livre de possíveis doenças. Pois através dele é feita a criação de programas de boas práticas de fabricação com o intuito de prevenir a contaminação dos produtos durante o processamento, da matéria prima ao produto final. Além disso, a fiscalização obrigatória de todos os serviços oficiais da União, dos Estados e Municípios é também responsabilidade do médico veterinário. Ele é o responsável por garantir que o leite e seus derivados sigam os padrões de higiene e sanidade em toda sua produção. Esse profissional é quem garante a saúde da população através da segurança destes alimentos. Segundo a Embrapa, considera-se leite de boa qualidade aquele que ao sair do úbere do animal contenha aproximadamente de 1.500 a 2.500 bactérias por cm3. A ordenha mecânica é realizada por máquinas que simulam a mamada do bezerro, fazendo com que a extração do leite seja feita de forma mais “orgânica”. Quando um conjunto de ordenha é colocado nos tetos de uma vaca e começa a ordenhar, uma série de ações combinadas acontecem para que o leite seja retirado como se fosse mamado pelo bezerro. O objetivo é retirar o máximo de leite possível, sem, entretanto, que a vaca, os tetos, ou a glândula mamária sejam prejudicados nesse processo. Para uma boa prática de manejo é importante conter a contaminação de germes, com isso vem a primeira etapa para uma boa prática de manejo. A higiene dos materiais de uso e o ambiente em que o animal vive. Na limpeza do ambiente do animal, sempre estudar os produtos utilizados, para assim ter a máxima eficácia e evitar possíveis doenças causadas por fungos e bactérias que podem adoecer o animal e atrapalhar na produção de leite. A construção de esterqueiras próximas ao local é proibida. Recomenda-se que seja afastada para que não desenvolva microrganismos que poderão causar doenças, como a mastite entre outras. Estar sempre atento à qualidade da água e alimentos do rebanho, e na lavagem dos utensílios, que deve ser feita antes e depois da ordenha. Analisar com frequência amostras de água e os padrões microbiológicos. Deve-se evitar alteração na rotina, além de barulhos externos, pois se houver algum incomodo, as vacas podem deixar de produzir ocitocina, influenciando assim a ejeção de leite no momento da ordenha. Ruídos, cheiros e mudanças na rotina ativam o estresse, que pode levar a diminuição de leite produzido pelas vacas. A falta de cuidados com a higiene interfere diretamente na qualidade do leite. Descuidos do ordenhador, uso de materiais sujos e a falta de higienização dos animais aumentam as chances de contaminação. Mas a falta de refrigeração do leite também é um fator que compromete muito a produção de leite de qualidade. Além desses fatores de extrema importância os funcionários devem seguir os seguintes passos para garantir a qualidade e higiene na produção.
ANTES DA ORDENHA: - Utilizar a identificação dos animais para a separação dos que estão em tratamento ou observação. - Ordem de ordenha das vacas: Os animais que são ordenhamos primeiro serão os animais mais jovens e sadios, depois os adultos e sadios e, por fim, animais que estão com mastite, neste caso é essencialmente que sejam separados para evitar contaminação total de todo o leite retirado. No caso de animais que estejam sendo medicados, esse leite não poderá ser utilizado para comercialização até a fase final da medicação. - Todos os animais devem ter supervisão de médicos veterinários para acompanhamento da sua saúde. Eles são submetidos a exames. Como o teste da caneca e é feito 1x ao mês, e o teste de CMT, que tem como objetivo avaliar a mastite subclínica e o material analisado nos mostra o quanto de células somáticas temos no leite. - Os animais devem ter sido alimentados em no máximo 1 hora antes da ordenha, pois assim se evita o estresse por estarem com fome. - Os animais são levados para sala de espera que deve abrigá-las de sol, chuva e outros barulhos que possam estressar estes animais. - Limpeza dos funcionários, barbas feitas, unhas cortadas, roupas limpas e mãos higienizadas, usar botas e boné, não fumar no local. - Limpeza do local da ordenha, se atentando sempre com os produtos utilizados, se matam a maioria dos micro-organismos que possam atacar o recinto. Evitar que o local tenha mofo ou fique sujo, tanto o local que ficam as vacas quanto o local da ordenha. - Limpeza dos materiais utilizados na ordenha, (como baldes, canecas, galões de leite, teteiras) com o uso de solução de 1 pastilha de cloro para 2l de água. - Aparar com frequência os pelos da cauda e próximos ao úbere. - Cuidar para que o ambiente de ordenha seja de fácil limpeza, tenha boa drenagem, boa circulação de ar e iluminação. Treinar um profissional auxiliar para a limpeza do ambiente. O ordenhador deve cuidar apenas da ordenha. 
NO MOMENTO DA ORDENHA: - Pré dipping: Higienizar as tetas das vacas, mergulhando teta por teta em uma solução clorada para higienização pré ordenha, de forma que a solução que entrou em contato com o teto não volte para o restante da solução (uma pastilha de cloro para 2l de agua), deixe por 30 segundos e em seguida seque a teta com papel toalha. - Os 3 primeiros jatos da ordenha são separados para eliminar microorganismos e avaliação de mastite. Se houver presença de grumos não utilizar aquele teto na ordenha. - Se atentar no momento da colocação das teteiras para o início da ordenha. Ter cautela, pois se for feita de modo errado pode comprometer na qualidade do leite e também afetar a produção de leite daquela vaca. O tempo da limpeza até a ordenha tem que ser feita o mais rápido possível, tendo como padrão de nível de qualidade 8 minutos, do tempo de limpeza até a liberação do leite, não podendo passar disso. O vácuo deve ser aberto imediatamente após a colocação das teteiras, para que faça com que o leite seja retirado das tetas e levado diretamente para o copo coletor. Sempre observar os equipamentos da ordenha mecanizada, para evitar qualquer tipo de mau funcionamento. - Ordenhar até o esgotamento total do leite. 
APÓS A ORDENHA: - Após a ordenha os tetos são higienizados novamente (pós-dipping) com a solução de cloro, assim obtendo níveis muito consideráveis na prevenção de mastites. As vacas são levadas novamente para o seu cocho e imediatamente alimentadas, evitando assim que se deitem antes que o canal das tetas esteja completamente fechado, evitando assim que entrem micro-organismos, fungos e bactérias, diminuindo o risco de ocorrer mastite nesses animais. - Local e utensílios utilizados na ordenha são higienizados novamente após a ordenha. A limpeza deve ser feita da forma correta e com os produtos corretos, para evitar a formação de resíduos nas tubulações. - Realizar a limpeza do tanque logo após a retirada do leite. - Na ordenha mecanizada é indicado que seja feita manutenção 1 vez ao mês para eventuais avaliações técnicas. ARMAZENAMENTO CORRETO DO LEITE: - Resfriar o leite imediatamente após a ordenha. Deve-se alcançar aproximadamente 4°C em até duas horas