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Técnica Cirúrgica - Amputação de dígito bovino

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Nome: Vitória Cristina da Silva Sousa RA: 210514 
6º termo - Técnica cirúrgica 
 
Amputação de dígito bovino 
 
Indicações: Segundo Turner e Meilwraith (2002), são indicados em casos de: 
tenossinovite , artrite infecciosa, fraturas, deslocamentos das articulações falangianas 
graves, necrose isquêmica, osteomielite, úlcera crônica e neoplasia. 
 
Preparo do paciente: 
Exames: hemograma e bioquímico 
Jejum alimentar: 12-24 hrs 
Jejum hídrico: 6-12 hrs 
Realizar a tricotomia e antissepsia do local a ser operado e sempre alertar o 
proprietário sobre os risco que o procedimento oferece. 
 
Protocolo anestésico 
A cirurgia pode ser feita com o animal em decúbito lateral após sedação com xilazina 
ou com o animal em estação após colocado num tronco. 
Posteriormente, pode ser usada a ténica de Bier: 
- Faz-se um torniquete de borracha (bandagem elástica ou manguito). 
- Volume máximo de 5 a 10 de AL, entretanto, antes da aplicação do fármaco deve-se 
fazer a retirada de um volume de sangue semelhante ao que será injetado de 
anestésico. 
- Preferencialmente, lidocaína 2% sem vasoconstritor nos ramos das veias metatársica 
dorsal, radial ou metacárpica plantar em membros torácicos e, em membros pélvicos, 
nos ramos craniais das veias safena lateral ou digital plantar lateral. 
- Segue-se com a compressão e massagem suave no local da injeção, a fim de evitar o 
desenvolvimento de hematomas locais. 
Descrição da técnica 
A incisão da pele com o bisturi é feita desde o espaço interdigital até circundar a 
segunda falange, para que o campo não fique obscurecido com sangue. 
Em seguida, são feitas incisões verticais cranial e caudalmente. A pele é dissecada do 
dedo subjacente, tentando-se salvar o máximo possível de pele para retalho. 
A amputação pode ser feita em dois locais: faz-se uma amputação baixa quando 
apenas o coxim articular e falange distal estão doentes; tal amputação é direcionada 
através da falange média. 
Descrevemos a técnica de amputação alta, usada em casos com acometimento do 
coxim articular, da falange distal, da articulação da quartela e da falange média. Essa 
amputação é direcionada através da junção dos terços médio e distal da falange 
proximal. 
A amputação começa com a serra paralela ao eixo longitudinal do membro, até ficar 
na extremidade distal da falange proximal. 
Não se deve serrar em movimento muito rápido, porque pode ocorrer necrose por 
calor dos tecidos, inclusive o osso, ocasionando desprendimento excessivo durante o 
período de cicatrização. É preciso cuidado para evitar invadir a cápsula articular do 
boleto. 
Assim que o dedo tiver sido removido, o excesso de tecido adiposo e todo o tecido 
necrótico, especialmente o que envolva os tendões e suas bainhas, devem ser bem 
dissecados da ferida. Se a artéria digital puder ser localizada, deve ser ligada. 
Parte do retalho cutâneo pode ser suturada embaixo, mas quando o campo cirúrgico 
está inchado em decorrência de infecção e ainda há alguma necrose na região, em 
geral isso não é possível. 
O fechamento completo não é indicado porque a infecção resolve-se mais 
rapidamente se o retalho cutâneo não for completamente suturado, permitindo 
melhor drenagem possível. 
Aplica-se antibiótico em pó na área e em seguida são colocadas compressas estéreis de 
gaze. Coloca-se atadura bem ajustada para evitar hemorragia quando se retirar o 
garrote. 
 
Complicações: 
Pré operatório: 
Região cirúrgica inflamada ou com algum tipo de infecção como: artrites da articulação 
interfalangica distal, necrose da almofada plantar, osteíte e osteólise da terceira 
falange, entre outras; uma antissepsia inadequada; materiais não esterilizados 
corretamente; local e forma de contenção deficiente. 
Trans-operatório: 
O cirurgião deve estar preparado para qualquer tipo de complicação que ocorrer na 
cirurgia, tanto hemorrágica ou diferença anatômica; anestesia inadequada; tomar 
cuidado em relação a contaminação do campo cirúrgico. 
Pós-operatório: 
Pode ocorrer do animal não se adaptar com amputação, não apoiando o membro no 
chão e sobrecarregando os demais; infecção cirúrgica; deiscência de sutura. 
 
Conduta de pós-operatório: 
Em toda zona removida, deve ser colocado antibiótico e posteriormente uma 
bandagem para compressão. 
As bandagens são removidas a cada 2 ou 3 dias, mantendo-se o membro com as 
mesmas até que seja evidente total cicatrização da ferida. 
Uma correta antibioticoterapia por via parental deve ser administrada durante alguns 
dias. 
O animal deve permanecer num ambiente seco e limpo durante pelo menos duas 
semanas de forma a diminuir a carga bacteriana em redor da zona afetada. 
Indicação: administrar antibiótico sistêmico; fazer curativos a cada 2 dias para facilitar 
rotina; deve-se lavar a área com detergente neutro e aplicar furanil nas gazes e colocar 
em cima do local, em seguida passar atadura e bandagem elástica por cima. Ao retirar 
o curativo para trocar, sempre observar se há alguma alteração.

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