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NEUROCIÊNCIA 
Aula 1 : 
 
- Neurofisiologia:​ função 
- Neuroanatomia​: Estrutura 
- Neuropsicologia:​ estuda a relação do sistema nervoso com a psicologia, ou seja 
ele avalia as nossas funções cognitiva ( memória, linguagem, pensamento e etc) a 
partir de uma bateria de testes, depois do prognóstico a pessoa vai passar por uma 
reabilitação. 
- Na neuropsicologia é preciso olhar o ser humano como um todo: corpo alma e 
espírito, um ser biopsicosocial e fazer uma anamnese, entender o seu ambiente de 
convívio. 
 
Tecido Nervoso: 
É compreendido por dois tipos de células: 
- Neurônios: ​consideradas as principais células do sistemas pois fazem as conexões, 
quando morrem não conseguem se multiplicar. 
- Elas recebem, processam e enviam informações por meio da sinapse. 
- Bainha de mielina ​(formadas de neuroglias)​, tem ​função de proteger o axônio. 
- São células que se comunicam entre si ou com células musculares e secretoras através 
- de linguagem eletrônica (modificação de potencial de membrana) 
A maioria dos neurônios possui 3 regiões: 
● corpo celular 
● dendrito ( dedron = árvore) 
● axônio (áxon=eixo) 
 
- Células Gliais ( neuroglias)​: elas revestem o axônio, são células que ocupam os 
espaços entre os neurônios. Tem função de sustentação, revestimento ou 
isolamento modulação da atividade neural e defesa 
 
NEURÔNIO - CORPO CELULAR: 
- contém núcleo e citoplasma 
- é o centro metabólico e do neurônio 
- responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais e pela maioria dos 
processos de degradação e renovação constituintes celulares. 
 
NEURÔNIO - DENDRITOS: 
- São curtos e ramificam-se como galhos de árvore, originando dendritos menores. 
- São especializados em receber estímulos traduzindo-os em alterações do potencial 
da membrana. 
- Os potenciais propagam-se em direção ao corpo celular, neste, em direção ao 
axônio. 
 
NEURÔNIO - Axônio: 
- Prolongamento longo e fino, originado do corpo ou de um dendrito principal. 
- Apresenta comprimento variável. 
- É especializado em gerar e conduzir o potencial de ação ( estímulo nervoso), quanto 
mais rápido for revestido o axônio de bainha de mielina mais rápido será a 
transmissão da informação. 
- Os axônios, geralmente sofrem arborização terminal, através desta, estabelecem 
conexões com outros neurônios ou com células efetuadoras. 
- Poluição, alimentação e drogas prejudicam as bainhas de mielina. 
 
 
 
 
NEURÔNIOS - SINAPSES: 
- Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em 
contato com outros neurônios, passando-lhes informações. 
 
 
 
- Os locais de tais contatos são denominados ​sinapses​ ou ​sinapses 
interneuronais. 
- Os axônios podem relacionar-se também com células não neuronais ou efetuadoras 
(musculares) e células secretoras (glândulas salivares, por exemplo). Estes contatos 
chamados de s​inapses neuroefetuadoras​ e ​junções neuroefetuadoras​. 
 
SINAPSES ELÉTRICAS: 
- Raras em vertebrados e exclusivamente interneuronais 
- As sinapses elétricas não são polarizadas, ou seja a comunicação entre os 
neurônios envolvidos se faz nos dois sentidos. 
 
SINAPSES QUÍMICAS: 
- A grande maioria das sinapses interneuronais e todas as neuroefetuadoras são 
sinapses químicas, ou seja a comunicação entre os elementos em contato depende 
da liberação de ​substância química denominada neurotransmissor. 
● Tipos de neurotransmissores: 
- Acetilcolina 
- Aminoácidos:glicina, glutamato, aspartato, ácido, gama amino - butrico ou GABA. 
- Monoaminas: dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina 
- Peptídeos: Substância P ( neurônios sensitivos) e os opioides ( grupo química da 
morfina - endorfina e encefalinas). 
TECIDO NERVOSO - Fibras Nervosas: 
Compreende um axônio e, quando presentes, seus envoltórios de origem glial. 
O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina, que funciona como isolante 
elétrico. 
Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas 
mielínicas. 
Ambos os tipos ocorrem tanto no sistema nervoso central como no periférico, sendo a 
bainha de mielina formada por células Schwann, no periférico e por oligodendrócitos no 
central. 
Compreende um axônio e, quando presentes, seus envoltórios de origem glial. 
O principal envoltório das fibras nervosas é a ​bainha de mielina​, que funciona como 
isolante elétrico. 
- Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras 
nervosas mielínicas. 
- As áreas de fibras nervosas mielínicas são denominadas substância branca. 
- A neuroglia onde se concentram os corpos dos neurônios é denominada substância 
cinzenta, com base em sua cor in vivo. 
- No sistema nervoso central, as fibras nervosas reúnem-se em feixes denominados 
tractos ou fascículos. 
- No sistema nervoso periférico também agrupam-se em feixes, formando os nervos 
 
Neurônio de Associação 
Constituem a grande maioria dos neurônios existentes no Sistema Nervoso Central, fazem 
ligações entre os hemisférios e áreas cerebrais. 
 
NEURÔNIO AFERENTE OU SENSITIVO 
Estes neurônios carregam mensagens de todos os receptores do corpo para o Sistema 
Nervoso Central sobre as modificações ocorridas no meio interno e externo Essas 
mensagens chamam-se impulsos nervosos. 
CORPO - SNC * impulsos nervosos 
 
NEURÔNIO MOTOR 
Leva mensagens, chamadas impulsos nervosos, do Sistema Nervoso Central para os 
órgãos ou músculos que respondem ao movimento. 
 
 
 
 
COMO O SISTEMA NERVOSO TRABALHA 
O Sistema Nervoso coordena as atividades corporais garantindo que estas partes trabalhem 
de forma eficiente. 
Informações sobre mudanças são levadas pelos neurônios sensoriais para os neurônios de 
conexão no SNC. 
No Sistema Nervoso Central a informação é processada e impulsos nervosos são levados 
pelos neurônios motores para o corpo. 
Sinapse Elétrica 
As sinapses elétricas são mais comuns em invertebrados e possuem mecanismos mais 
simples. Nos humanos, ocorrem apenas nas células gliais ou musculares lisas (cardíaca). 
 
Neste caso não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é conduzido 
diretamente de uma célula a outra através de canais comunicantes que conduzem íons. 
 
Elas são particularmente úteis quanto à velocidade na transmissão do impulso. É um tipo de 
resposta quase imediata. 
 
Sinapse Química 
- Sinapses Químicas são utilizadas para transmissão dos impulsos no sistema 
nervoso central humano. Sempre transmitem esse sinal em uma única direção, ou 
seja, “mão única.” Geralmente elas ocorrem ​entre o axônio de um neurônio e o 
dendrito de outro.​ Essa é uma característica importante, pois permite que os sinais 
atinjam alvos específicos. 
- O terminal pré-sináptico possui vesículas e neurotransmissores que serão liberados 
na fenda sináptica. Utilizam de transporte ativo​ (cálcio e sódio)​ para criar um 
potencial de ação, ou seja, uma voltagem favorável à passagem do impulso elétrico. 
- O sinal ao se propagar pela membrana pré-sináptica induz a abertura de canais de 
cálcio (Ca2+) que tem alta concentração no meio extracelular 
- O cálcio é um importante mensageiro químico intracelular e sua elevação no 
citoplasma das células promove a fusão da vesícula sináptica (que armazena os 
neurotransmissores) com a membrana pré-sináptica. 
- A ​fusão vesícula​ e membrana provocam a exocitose da vesícula. Lembrem que 
exocitose é liberação de substância para fora da célula. ​Exo = fora # endo = dentro. 
Essa substância é o neurotransmissor. 
- Quando um neurônio recebe um estímulo, se este é forte o suficiente, leva a 
produção de um impulso nervoso. O impulso nervoso corresponde a uma corrente 
elétrica que caminha rapidamente no axônio até os botões sinápticos. O impulso 
nervoso para começar precisa encontrar a membrana numa condição denominada 
potencial de repouso; uma vez iniciado, se auto propagará. No neurônio não 
estimulado ouem repouso, a superfície interna da membrana plasmática tem uma 
carga negativa comparada com o fluido tecidual adjacente. A membrana plasmática 
esta assim polarizada. 
- Potencial de Ação. Um potencial de ação é uma onda de descarga elétrica que 
percorre a membrana de uma célula. Potenciais de ação são essenciais para a vida 
animal, porque transportam rapidamente informações entre e dentro dos tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso CENTRAL: 
 
 
- PESQUISAR MAIS INFO E DAR UMA OLHADA NOS SLIDES 
- Sistema nervoso periférico. 
 
DIVISÃO​ ​FUNCIONAL​ ​DO SISTEMA NERVOSO - periferico 
O Sistema Nervoso pode ser dividido funcionalmente em: 
- somático 
- visceral/autônomo 
 
Sistema Nervoso Somático: 
 
“ vida de relação” 
LOBO FUNÇÃO 
FRONTAL Controle voluntário motor dos músculos esqueléticos; personalidade, 
processos intelectuais mais elevados (ex: concentração, planejamento, 
tomada de decisões); comunicação verbal. 
 
PARENTAL Interpretação somestésica (ex: sensações cutâneas e musculares); 
entendimento e expressão verbal. 
 
TEMPORAL Interpretação das sensações auditivas e memória 
OCCIPITAL Integração dos movimentos de focalização visual;correlacionamento das 
imagens com a experiência visual prévia e outros estímulos sensoriais, 
visão consciente​. 
 
Relaciona o organismo com o meio ambiente 
Relacionado à musculatura estriada 
 
⇨ ​Nervos Aferentes​ – conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores 
periféricos, informando-os sobre o que se passa no meio ambiente. 
SNP - CORPO 
⇨ ​Nervos Eferentes ​– leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros 
nervosos, resultando movimentos voluntários. 
corpo- snp 
 
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO EFERENTE 
Neurônio motor somático. 
 
Sistema Nervoso Visceral/autônomo: 
 
“ vida vegetativa” 
 
⇛ Relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais 
 
⇛ Importante para a integração das diversas vísceras no sentido da manutenção da 
constância do meio interno 
⇛ Relacionado à musculatura lisa que é considerada involuntária. 
 
⇨ ​Nervo Aferente:​ conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras 
(visceroceptores) a áreas específicas do SNC. CORPO - SNC 
 
⇨ ​Nervo Eferente:​ leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras, 
terminando em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco. SNC- CORPO 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
Nervos eferentes - motricidade visceral. 
Por definição o SNA (REFERE-SE AO snp) é apenas o componente eferente do Sistema 
Nervoso Visceral 
subdividido em: Simpático e Parassimpático. 
O SNA é um sistema exclusivamente ​eferente ou motor- MÚSCULOS. 
O SNA é involuntário 
Dois Neurônios unindo o SNC ao órgão efetuador. 
 
Neurônio Pré-ganglionar​ - corpo dentro do SNC (medula ou tronco encefálico) 
 
Neurônio Pós-ganglionar​ - corpo localizado no SNP - gânglios 
 
Corpos de neurônios situados fora do SNC tendem a se agrupar, formando dilatações 
denominadas gânglios. 
 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO S.N.A. 
 
Localização dos neurônios pré-ganglionares 
 
Sistema Nervoso Simpático​ - na Região Tóraco-Lombar 
 
Sistema Nervoso Parassimpático​ - na Região Crâneo-Sacral 
Localização dos neurônios pós-ganglionares 
 
Sistema Nervoso Simpático​ - longe das vísceras, próximo da medula. 
 
Sistema Nervoso Parassimpático​ - próximo ou dentro das vísceras e longe da medula. 
 
Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares. 
 
S. N. Simpático: Fibra Pré - Curta 
 Fibra Pós - Longa 
 
S. N. Parassimpático: Fibra Pré - Longa 
 Fibra Pós - Curta 
 
 
DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS DO SNA 
 
A ação da fibra nervosa sobre o músculo ou a glândula se faz por liberação de um 
neurotransmissor 
 
Os mais importantes são acetilcolina e noradrenalina 
 
As fibras nervosas que liberam a acetilcolina são chamadas colinérgicas e as que liberam 
noradrenalina, adrenérgicas 
 
Sistema Nervoso Simpático:​ libera noradrenalina e adrenalina (em casos de emergência) 
 
Sistema Nervoso Parassimpático:​ libera acetilcolina 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 - 24/09/20 
 
CÓRTEX 
- O SN é formado pelo tecido chamado Neuroectoderma 
- No embrião, o Sistema Nervoso surge de um tubo que se forma na parte dorsal do 
Feto. O tubo chama-se Tubo Neural, vai se transformando e forma 3 Vesículas ou 
proeminências. 
- As vesículas se desenvolvem e cada uma dá origem a uma estrutura 
- A parte mais primitiva, que é o Subcórtex, vai se desenvolver e ficar dentro da parte 
mais nova que irá dar origem ao Córtex 
● A parte mais primitiva dá origem a: 
 > Sistema Límbico; 
 > Hipotálamo; 
 > Formação Reticular Ativadora 
● DEFINIÇÃO: 
- É uma camada de substância cinzenta que reveste todo o cérebro, inclusive giros e 
sulcos 
- Possui em geral de 3 a 5 mm de espessura 
 
- Esse córtex é o Neocórtex, aquisição mais recente do SN na evolução, 
 
Na substância cinzenta estão os corpos celulares dos neurônios. 
 
Abaixo da camada cortical está a​ Substância Branca onde estão os axônios dos neurônios. 
Estes ligam os neurônios corticais a outros centros subcorticais ou ligam diversas regiões 
corticais entre si 
 
Mergulhados nessa substância branca existem alguns aglomerados de células os núcleos 
da base do cérebro. 
 
● No Neocórtex aparecem neurônios de: 
 ​Eferentes ​- (motricidade - saem do córtex). 
Projeção​ ​{ ​ ​Aferentes​- (sensibilidade - chegam ao tálamo e córtex) 
 
Associação​ - podem ser interhemisféricas e intrahemisféricas 
 
 
FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO 
 
● INTERHEMISFÉRICAS 
 
- Fazem a ligação de um Hemisfério com o outro 
 
- Exemplo: Corpo Caloso. Leva informações do Hemisfério 
 
- Direito para o Esquerdo 
 
● INTRAHEMISFÉRICAS 
 
- Fazem conexão entre as diferentes áreas corticais 
 
- Exemplo: lobo Parietal E com o lobo Occipital E 
 
- Isso se chama Associação Intrahemisférios 
 
CÓRTEX: CLASSIFICAÇÃO 
● ANATÔMICA: 
 
- Lobo Frontal: motor e funções cognitivas 
 
- Lobo Parietal: ligado à Sensibilidade 
 
- Lobo Temporal: ligado à Audição 
 
- Lobo Occipital: ligado à Visão 
 
● FUNCIONAL: 
 
Áreas de Projeção​ - recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a 
sensibilidade e com a motricidade. 
 
Área de Associação​ - relacionadas a funções psíquicas complexas (superiores). 
 
O Neuropsicólogo russo Alexandre Luria propôs uma divisão funcional do córtex baseada 
no seu grau de relacionamento com a motricidade e com a sensibilidade 
 
✓​ Áreas de Projeção​ - áreas primárias motora e sensitiva 
 
✓​ ​Áreas de Associação​ - áreas secundárias e terciárias 
 
● Secundárias -​ se relacionam, embora indiretamente, com uma modalidade sensorial 
 ou com a motricidade. 
 
● Terciárias ​- estão envolvidas com atividades psíquicas superiores como: memória, 
processos simbólicos, pensamento abstrato. 
 
 
ÁREAS CORTICAIS PRIMÁRIAS 
ÁREAS DE PROJEÇÃO (primárias) 
 
● Área Motora Primária 
 
✓​ Área 4 de Brodmann, localizada no Giro Pré-Central,Polo Frontal.(Motricidade Voluntária) 
 
● Áreas Sensitivas Primárias 
 
✓ Sensibilidade somática geral​ - Áreas 3, 1, 2 de Brodmann, localizada no Giro 
Pós-Central, Polo Parietal. 
 
✓​ ​Visual​ - Área 17 de Brodmann, localizada no Sulco Calcarino, Polo Occipital. 
 
✓ Auditiva ​- Área 41 e 42 de Brodmann, localizada no Giro Temporal Superior, Polo 
Temporal 
 
✓ Área Vestibular -​ parece localizar-se na região correspondente à face, na área 
somestésica 
 
✓ Área Gustativa -​ Área 43 de Brodmann, localizada na porção inferior do Giro 
Pós-Central. 
 
● Áreas Sensitivas Secundárias: também chamadas0áreas de associação ou áreas 
gnósicas 
 
✓ Área somestésica secundária ​(gnósica da sensibilidade geral) - Áreas 5 e 7 de 
Brodmann, localizadas no Giro Parietal Superior. 
 
✓ Área Visual secundária​ (gnósica da visão) - Áreas 18 e 19, localizadas no Lobo 
Occiptal, circundandoa área visual. Lobo temporal áreas 20, 21 e 37 de Brodmann 
 
✓ Área Auditiva secundária​ (gnósica da audição) - Área 22 de Brodmann, localizada no 
Lobo Temporal, circundando as áreas auditivas primárias. 
 
PATOLOGIAS 
 
● Lesões das Áreas Sensoriais Secundárias​ geram quadros clínicos chamados 
agnosias, nos quais há perda da capacidade de reconhecer, apesar das vias 
sensitivas e das áreas de projeção corticais estarem perfeitamente normais. 
 
● Existem agnosias: 
 
✓ ​visuais, 
 
✓ ​auditivas, 
 
✓ ​somestésicas (geralmente táteis) 
 
ÁREAS CORTICAIS SECUNDÁRIAS 
 
✓ ​Área Motora Suplementar:​ ocupa a parte mais alta da Área 6 situada na face medial do 
Giro Frontal Superior – concepção ou planejamento de sequências complexas de 
movimentos 
 
✓ ​Área Pré-motora:​ localiza-se no lobo frontal, ocupa toda a extensão da área 6, situada 
na face lateral do hemisfério – envolve grupos musculares maiores, como os do tronco ou 
da base dos membros. 
 
A área Pré-motora coloca o corpo em uma posição preparatória para realização de 
movimentos 
 
Lesões - músculos tem força diminuída (hipotonia) – paresia – o que impede o paciente 
elevar completamente o braço ou a perna. 
 
● Áreas Motoras Secundária Motora 
 
✓ ​Área Motora Suplementar: - Áreas 8 Automatismo do movimento e Tônus muscular Giro 
Frontal Superior e Giro Frontal médio -(Motricidade Automática) - associado com o controle 
do movimento dos olhos; 
 
✓ ​Área de Broca - (programação da palavra escrita e falada) - Áreas 44 - 45, Giro Frontal 
Médio e Inferior. EXPRESSÃO DA LINGUAGEM 
 
Lesão: Afasia de Broca ou Afasia de Expressão 
 
 
ÁREAS CORTICAIS TERCIÁRIAS 
 
● ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS 
 
✓​ ​Áreas Pré-Frontais ​- Áreas 9, 10 e 11. Parte anterior não motora do Lobo Frontal. 
 
Funções: 
 
● Escolha de opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física 
e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações 
se modificam. 
 
● Manutenção da atenção: capacidade de seguir sequências ordenadas de 
pensamentos. 
 
● Controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o 
Hipotálamo e o Sistema Límbico. 
 
● Elaborar a representação mental do futuro. 
 
● Retardar respostas para analisar melhor a situação. 
 
● Resolver questões abstratas de matemática, filosofia etc. 
 
● Auto controlar o comportamento segundo padrões éticos. 
 
● Memória para fatos recentes 
 
✓​ ​Área Temporoparietal ​- Compreende todo o lóbulo parietal inferior, ou seja,Giros 
Supramarginal, Área 40, e GiroAngular, Área 39 estendendo-se às margens do sulco 
temporal superior e parte do lóbulo parietal superior. 
 
Situa-se pois entre as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica, funcionando como 
centro que integra informações recebidas dessas 3 áreas 
 
Funções: 
 
✓ Percepção espacial -​ permite ao indivíduo determinar relações entre os objetos no 
espaço extrapessoal. 
 
✓ Área do esquema corporal - ​permite que se tenha uma imagem das partes 
componentes do próprio corpo, 
PATOLOGIAS 
● Lesões das Áreas Terciárias 
 
✓ Lesões na Área Temporoparietal 
 
Desorientação espacial generalizada, que faz com que o paciente não consiga mais 
deslocar-se de casa para o trabalho e, nos casos mais graves, nem mesmo 
dirigir-se de uma cadeira para a cama. 
 
● Síndrome de Negligência ou Inatenção​ - lesões do lado direito, hemisfério mais 
relacionada com processos psico-visuais. 
 
Em relação ao próprio corpo - Indivíduo perde a noção de seu esquema corporal, deixa de 
perceber a metade esquerda de seu corpo como fazendo parte do 
seu “eu”. 
 
Em relação ao espaço extrapessoal - Paciente passa a agir como se do lado esquerdo o 
mundo deixasse de existir de forma significativa para ele. Assim, ele só escreve na metade 
direita do papel, só lê a metade direita das sentenças e só come alimento colocado no 
lado direito do prato. 
 
ÁREAS CORTICAIS TERCIÁRIAS 
✓ ​Áreas Límbicas​ - Compreendem o Giro do Cíngulo, Giro Para-hipocampal e o 
Hipocampo 
 
✓ FUNÇÕES: 
 
Áreas relacionadas com a memória e o comportamento Emocional associado com 
interpretação de emoções 
ÁREAS DE LINGUAGEM 
 
● Área anterior da Linguagem - Área de Broca que está relacionada com a expressão 
da linguagem. 
 
● Área posterior da Linguagem - Área de Wernicke que está relacionada basicamente 
com a percepção da linguagem. 
 
✓ ​As duas áreas estão ligadas e as informações relevantes para a correta expressão da 
linguagem passam da área de Wernicke para a área de Broca. (Fascículo Arqueado) 
 
PATOLOGIAS 
Lesões das Áreas de Linguagem – Afasias 
 
- As perturbações não podem ser atribuídas a lesões das vias sensitivas ou motoras 
envolvidas na fonação, mas apenas lesões das áreas corticais de associação 
responsáveis pela linguagem. 
 
3 Tipos de AFASIAS: 
 
● Motora de expressão:​ Afasia de Broca - o indivíduo compreende a linguagem 
falada e escrita mas, tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou 
escrevendo. Varia desde uma mudez completa até uma fala lenta e deliberada. 
 
● Sensitiva ou de Percepção: ​Afasia de Wernicke - a compreensão da linguagem 
falada e escrita é deficiente. Quando a lesão é extensa, a compreensão tanto da 
entrada auditiva como da visual da linguagem esta comprometida. A fala é fluente e 
normal na velocidade e melodia. Dificuldade de encontrar a palavra adequada 
fazendo uso de combinações de palavras erradas (parafasia). Tendem a adicionar 
sílaba às palavras e palavras às frases. Podem criar novas palavras (neologismo) 
 
● Afasia de Condução ​– lesões no fascículo arqueado. Nomeação gravemente 
comprometida com boa compreensão. A escrita pode estar perturbada, a seqüência 
das letras nas palavras é pobre, com omissões, inversões e até substituição de 
letras. Em alguns o movimento voluntário está comprometido. 
 
NEUROPSICOLOGIA 
 
Preocupa-se com a complexa organização cerebral e suas 
relações com o comportamento e a cognição, tanto em quadros 
patológicos como no desenvolvimento típico. 
 
 
▪ É uma ciência do século XX, que se desenvolveu inicialmente a partir da convergência da 
Neurologia com a Psicologia, no objetivo comum de estudar as modificações 
comportamentais resultantes de lesão cerebral; 
▪ Atualmente - área de interface entre as neurociências e as ciências do comportamento; 
▪ É multidisciplinar; 
▪ Ampla gama de aplicações em pesquisas ou na área clínica; 
▪ Atuação do neuropsicólogo – avaliação (exame neuropsicológico) e reabilitação das 
disfunções do SN, adquiridos ao longo da vida ou como consequência de alterações no 
neurodesenvolvimento. 
 
▪ Achados paleontológicos de crânios pré-históricos – ​intervenções no cérebro​ para 
liberar maus espíritos; 
 
▪ Egito Antigo – primeiras evidências em favor da ideia da relação entre cérebro e 
processos mentais: 
 
Papiro de Edwin Smith, escrito por volta de 1700 A.C. - autoria atribuída a um grande 
médico egípcio chamado Imhotep. Relato clínico de um caso de um paciente com 
alterações da linguagem decorrentes de ferimento localizado no osso temporal. 
 
▪ Grécia – dilema cérebro x coração – sede da mente; 
 
▪ Hipócrates (460-400 a.C.): 
- correlaciona ferimentos cranianos a problemas motores; 
- afirma que​ o cérebro é a parte mais importante do corpo ​e do pensamento; 
- postula a distinção entre doenças neurológicas e mentais, ambas relacionadas ao cérebro; 
- Descreve a epilepsia como sendo um distúrbio do cérebro e estabelece que o cérebro está 
envolvido com nossas sensações e emoções e é o sítio da inteligência; 
- Estudos com epilepsias trazem evidências da relação contralateral entre cérebro e corpo. 
 
 
 
NEUROPSICOLOGIA – HISTÓRICO – Idades Média e Moderna 
 
▪ Idade Média - dilema entre as correntes ventricular x tecidual – regulação do 
comportamento; 
▪ Desenvolvimento da ciência moderna após o Séc. XVIII – consolidação da hipótese 
tecidual e do cérebro como órgão responsável pelos processos mentais e comportamento; 
▪ Idade Moderna - Descartes(1596-1650): 
- corrente ventricular e glândula pineal como sede da interação entre mente e corpo; 
 
▪ Séc. XIX – holistas x localizacionistas - funcionamento cerebral; 
 
▪​ Gall (1757-1828)​ – localizacionista – Frenologia; 
 
▪ Hipótese – forma e protuberâncias do crânio são indicativas das faculdades e aptidões 
mentais de uma pessoa. Baseia-se no conceito de que o cérebro é o órgão da mente e se 
encontra dividido em regiões com funções específicas denominadas módulos. 
 
 ▪ Paul Broca (1824-1880) – demonstra o comprometimento da fala como decorrente de 
uma lesão no lobo frontal do hemisfério esquerdo – Afasia de Broca. 
 
▪ Área de Broca - “centro funcional da linguagem”. 
“Expressão da linguagem” 
 
▪ Carl Wernicke (1848-1904) – demonstra que lesões no córtex temporal do hemisfério 
esquerdo acarretam dificuldade na compreensão da linguagem (área de Wernicke) – Afasia 
de Wernicke. 
 
▪ Postulou também a existência da Afasia de Condução (lesões nas conexões entre as 
áreas de Broca e Wernicke). 
 
▪ ​Karl Lashley (1890-1958) - ​questiona os localizacionistas, ao demonstrar, nos seus 
estudos com animais, a dificuldade em localizar a área exata da memória. 
 
▪​ Walter Hess (1881-1973) ​- cria o princípio da organização cerebral - atividades mais 
complexas recrutariam, proporcionalmente, um maior número de estruturas. 
 
▪ ​Alexander Luria (1902-1977)​ – Sistemas Funcionais. 
 
Funções mentais são organizadas pela ação conjunta e articulada de variadas estruturas 
que podem estar em diferentes e distantes áreas do cérebro. Descreveu o SNC estruturado 
hierarquicamente em três unidade funcionais, bem como descreveu o funcionamento das 
áreas corticais. 
 
 
 
 
NEUROPSICOLOGIA NO BRASIL - FUNDAÇÃO 
 
António Branco Lefèvre (1916-1981)​ - patrono da neuropsicologia no Brasil. Médico 
pediatra e psicólogo foi o fundador da neurologia infantil em nosso País. 
1950 - ​tese de doutoramento, intitulada Contribuição para a psicopatologia da afasia em 
crianças, constitui um marco do vínculo embrionário entre a neurologia e a psicologia. 
1970 ​- criou o primeiro grupo de estudos e o primeiro programa de pós-graduação em 
“atividade nervosa superior”, na Clínica Neurológica da FMUSP. Participavam das 
atividades de avaliação e reabilitação médicos neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, 
terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. 
 
▪ ​Beatriz Helena Withaker Ferreira Lefèvre (1928-2013) ​– psicóloga. iniciou seus 
trabalhos em Neuropsicologia no final da década de 1960, contribuindo intensamente para o 
desenvolvimento da ciência neuropsicológica. 
 
NEUROPSICOLOGIA NO BRASIL 
1988 – fundação da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNp), durante a realização 
do XIII Congresso Brasileiro de Neurologia, em São paulo; 
 
PRINCIPAIS CASOS CLÍNICOS 
 
Dos casos clínicos de lesão localizada, um dos mais famosos, ocorreu em 1848 quando um 
funcionário de uma ferrovia americana, P.T.Gage, teve seu córtex pré-frontal destruído por 
uma barra de ferro durante uma explosão... 
 
▪ O jovem trabalhador teve que explodir uma rocha, mas cometeu um erro e a explosão 
ocorreu mais cedo do que o esperado. Como resultado desse erro de cálculo, Phineas foi 
arremessado a mais de 20 metros e recebeu o impacto de uma barra de metal que se 
encaixou em sua bochecha e perfurou seu crânio, saindo de sua testa. 
 
- olhar slides caso phineas gage aula 5. 
 
 
 
Neuropsicologia das funções cognitivas 
MEMÓRIA 
 
Memória é meio pelo qual se recorre ao conhecimento do passado, a fim de usá-la 
no presente. 
 
A memória é concebida como envolvendo três armazenamentos: 
 
1.​ armazenamento sensorial – (curtíssimo prazo) capaz de conservar quantidades 
relativamente limitadas de informações durante períodos muito curtos de tempo. 
Dá-se ao nível da aquisição de informação somente (informações visuais). 
 
2.​ armazenamento de curto prazo – (fixação/imediata) capaz de manter pequenas 
quantidades de informações por períodos um pouco mais longos de tempo (número 
telefônico). É a capacidade de repetir um fato, uma seqüência de fatos, nomes ou 
situações. 
. 
3.​ armazenamento de longo prazo – (evocação) capaz de armazenar grandes 
quantidades de informação quase indefinidamente. Quanto mais reforço, seja pela 
importância dos fatos, a relevância ou pelo impacto emocional que as informações 
produzem, assim como a maior repetição destas informações,maior, mais clara e 
mais duradoura será a memória. 
 
Estruturas envolvidas na memória: 
 
hipocampo 
tálamo 
hipotálamo 
amígdala 
núcleos da base 
cerebelo 
 córtex. 
 
 Estas regiões encontram-se interligadas por complexos circuitos neuronais. 
 
Neurotransmissores: 
 
serotonina e acetilcolina 
 
Classificação da memória 
 
Memória explícita ou declarativa – (o que é o mundo) é desempenhada 
por processos tipicamente conscientes, representando fatos ou 
episódios. (Kandel e col., 1997) 
 
- Depende do sistema do lobo temporal medial. 
- Codifica a informação sobre eventos autobiográficos e o conhecimento de 
fatos. 
- Sua formação depende de processos cognitivos do tipo da avaliação, 
comparação e interferência. 
- Podem ser recuperadas por ato deliberado de recordação. 
- São estabelecidas por testes ou experiência única e, com freqüência, podem 
ser expressas concisamente em frases declarativas: 
 
p.ex.: “no ultimo verão, visitei minha avó em sua casa de campo” 
 
(autobiográfico) . 
 
“O ouro é mais pesado que a água” 
 
(conhecimento de um fato) 
Memória explícita ou declarativa - ​pode ser subdividida em semântica 
ou episódica. 
 
Semântica – ​permite lembrar o conceito contido no conteúdo do fato, não estando 
ligada a uma conotação temporal. (conhecimento do que seja um computador). 
 
Episódica –​ lembrar do fato numa determinada temporalidade. (lembrar do episódio 
em que se escreveu determinado texto, com conotação temporal e situacional). 
 
A memória explícita ou declarativa inclui o aprendizado sobre as pessoas, lugares e 
coisas, passível de ser descrito verbalmente, um aprendizado que exige um 
conhecimento consciente. 
 
Memória implícita ou não declarativa – ​(como fazer coisas) adquirindo 
habilidades motoras ou perceptivas a que a consciência não tem acesso 
(inconsciente). 
 
● Não exige recordação deliberada e depende de diversas vias perceptivas e 
reflexas. 
● Tem qualidade automática e reflexiva. 
● Sua formação e recordação não são absolutamente dependentes da 
capacidade de ter ou de tomar conhecimento ou mesmo de processos 
cognitivos. 
● Acumula-se lentamente por repetições. 
 
Ex.: habilidades perceptivas e motoras e o aprendizado de certos tipos de 
procedimentos e de regras, como as da gramática. 
 
 
 
 
 
LINGUAGEM 
 
É uma forma de comunicação distintivamente humana, um meio de transmitir 
informação complexa de uma pessoa a outra. 
 
AFASIA 
 
Uma lesão cerebral de extensão limitada no hemisfério esquerdo de uma pessoa 
destra poderá fazê-la perder a capacidade de utilizar a linguagem como meio de 
comunicação e como meio de representação simbólica: o indivíduo não poderá se 
exprimir oralmente ou por escrito de uma forma inteligível; ele não mais decifra as 
mensagens que recebe sob a forma de linguagem falada ou escrita. 
 
Afasia pode ser entendida como uma perturbação da linguagem caracterizada pela 
perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais e de 
compreender esses sinais. Alguns autores referem a Afasia como a perda da 
memória dos sinais pelos quais se realiza a troca de idéias. De qualquer forma, o 
fato dominante na Afasia é a incompreensão da palavra falada e a impossibilidade, 
em grau variável, de ler ou de escrever. 
 
O diagnóstico da Afasia é importante que aconteça sem que haja alguma patologia 
dos aparelhos sensoriais e sem que hajam paralisias capazes de impedir a elocução 
da palavra oral ou sua expressão escrita. 
 
A Afasia sempre diz respeito à perda dos conhecimentos de linguagem adquiridos, o 
que normalmente se acompanha de algumprejuízo das funções intelectuais. Seria, 
então, a perda da inteligência específica da linguagem, tanto para expressar o 
pensamento por meio da palavra oral ou gráfica, quanto para compreender a 
palavra falada ou escrita (na Afasia motora pode estar preservada a capacidade de 
compreender). 
 
 
Tanto a Afasia quanto a Disartria podem perturbar gravemente a expressão, porém, 
são dois os caracteres semiológicos que distinguem esses dois tipos de alteração 
da linguagem. Na Disartria há sempre uma conservação perfeita da compreensão 
da linguagem oral e escrita e existe sempre a possibilidade do paciente se 
expressar perfeitamente por escrito. 
 
AFASIA DE WERNICKE 
 
▪ ​Deficiência importante na compreensão. 
 
▪ ​A lesão afeta a área de Wernicke (área 22 de Brodmann) e muitas vezes se 
estende para as partes superiores do lobo temporal (áreas 40 e 39) e, inferiormente, 
para a área 37. 
 
▪ ​Quando a lesão é extensa, a compreensão tanto da entrada auditiva como a da 
visual da linguagem fica gravemente comprometida. 
 
▪ ​A fala permanece fluente e é normal na velocidade e na melodia. 
 
▪ ​Dificuldades na produção da linguagem. 
 
▪ ​Dificuldade de encontrar a palavra adequada ou usam a palavra ou combinações 
de palavras erradas (parafasia). 
 
▪ ​Adicionam sílabas às palavras e palavras às frases. 
 
▪ ​Criam novas palavras (neologismo). 
 
▪ ​Deixam de transmitir as idéias que tenham em mente, um comprometimento 
chamado de fala vazia. 
 
▪ ​Os pacientes não têm conhecimento dessa falha, por ter a compreensão da 
linguagem comprometida. 
 
▪ ​Comprometimento em repetir palavras e frases. 
 
▪ ​Leitura e escrita comprometidas. 
 
▪ ​A linguagem falada pode ser excessiva (Iogorréia); esse fenômeno foi chamado de 
premência da fala. 
 
AFASIA DE BROCA 
 
▪ ​A compreensão esta em boa parte preservada. 
 
▪ ​A produção da linguagem esta gravemente comprometida. 
 
▪ ​Lesão do córtex associativo motor no lobo frontal (áreas 44 e 45 de Brodmann). 
 
▪ ​Nos casos graves as áreas pré motora e pré frontal circundantes 
(áreas 6, 8, 9, 10 e 46) também são lesadas. 
 
▪ ​A falha na produção da linguagem varia desde uma mudez completa até uma fala 
lenta e deliberada, usando palavras simples. 
 
▪ ​Enunciam os substantivos no singular e os verbos no infinitivo ou no gerúndio e, 
com frequência, eliminam totalmente os artigos, adjetivos e advérbios. 
 
▪ ​Repetição comprometida e a nomeação moderadamente comprometida. 
 
▪ ​Têm, em geral, conhecimento dos erros. 
 
▪ ​A compreensão da linguagem falada e escrita esta menos perturbada. 
 
▪ ​Dificuldade em ler em voz alta, e a escrita (como a fala) é anormal. 
 
▪ ​Como a Área de Broca fica localizada próximo do córtex motor e da cápsula 
interna subjacente, uma paralisia parcial do lado direito com perda de visão 
acompanha quase sempre esse tipo de afasia. 
 
AFASIA DE CONDUÇÃO 
 
Via que conecta a Área de Broca com a Área de Wernicke, chama-se fascículo 
arqueado. 
 
Lesão no fascículo arqueado produz uma afasia de condução. 
 
A lesão desse fascículo ocorre por comprometimento do giro supramarginal do lobo 
parietal ou, com menor freqüência, das faces posterior e superior do lobo temporal 
esquerdo. 
 
A lesão não é restrita à substância branca, mas também envolve o córtex. 
 
Menor fluência na produção da linguagem. 
 
Cometem muitos erros parafásicos. 
ATENÇÃO 
 
A atenção é um processo complexo, é parte integrante e fundamental da atividade 
sensorial, é indispensável à linguagem, à aprendizagem e à memória e ainda 
participa como um distribuidor da atividade sensorial pelos vários níveis de 
consciência que simultaneamente processam a informação. 
 
A atenção é um complexo domínio neurocomportamental que se constitui como 
base fundamental de todas as funções cognitivas superiores. 
 
Há duas maiores redes de distribuição neural que fazem a mediação de aspectos 
complementares da atenção: 
 
consiste num sistema difuso que distribui a atenção globalmente e que é servido por 
uma ampla rede de estruturas talâmicas e bi-hemisféricas, entre as quais os lobos 
frontais ocupam um lugar preponderante. 
 
consiste num sistema mais focal, que canaliza a atenção para aspectos mais 
salientes da experiência espacial e é mais lateralizado nas regiões frontais e 
parietais do hemisfério direito. 
 
Três funções principais da atenção: 
 
1. Atenção seletiva - escolhe-se no que prestar atenção a alguns estímulos e 
ignorar outros. 
 
2. Vigilância – espera-se atentamente detectar o aparecimento de um 
estímulo específico. 
 
3. Atenção dividida - distribui-se recursos de atenção disponíveis para 
coordenar o desempenho de mais de uma tarefa ao mesmo tempo. 
 
 
Orientação em relação ao tempo 
 
Funções mentais que produzem consciência do 
dia, data, mês e ano. 
 
Orientação em relação ao lugar 
 
Funções mentais que produzem consciência da localização da pessoa, em relação 
ao ambiente imediato, à sua cidade ou ao país. 
 
Orientação em relação à pessoa 
 
Funções mentais que produzem consciência da própria identidade e da dos 
indivíduos no seu ambiente imediato. 
 
Orientação em relação a si próprio 
Funções mentais que implicam na consciência da própria identidade. 
 
Praxia 
 
é a habilidade de idealizar e executar um ato motor normalmente gestual, 
tratando-se do componente cognitivo do comportamento motor propriamente dito. 
 
Apraxia 
 
Prejuízo na capacidade de executar atividades motoras, apesar de as capacidades 
motoras, função sensorial e compreensão estarem intactas para a tarefa exigida. 
 
Na realidade é a perda da capacidade de executar eficientemente a intenção para 
um ato para um determinado fim, mas não há comprometimento anatômico das 
estruturas cerebrais envolvidas na execussão desse ato (seja ele da musculatura 
voluntária, da fala, da mímica, etc). 
 
Os indivíduos com demência podem apresentar apraxia. 
 
Eles apresentam prejuízo em sua capacidade de demonstrar com mímica o uso de 
objetos (por ex., pentear os cabelos) ou de executar atos motores conhecidos (por 
ex., acenar dizendo adeus). 
 
A apraxia pode contribuir para déficits nos atos de cozinhar, vestir-se e desenhar. 
 
As perturbações na habilidade motora podem ser testadas pedindo que o indivíduo 
execute funções motoras (por ex., mostrar como se escova os dentes, copiar 
pentágonos que se intercruzam, montar blocos, ou arranjar varetas em desenhos 
específicos). 
 
VISUOCONSTRUÇÃO 
 
A habilidade vísuoconstrutiva – reconhecidas também como 
praxia construtiva – trata-se da capacidade de juntar/manipular estímulos físicos ou 
de realizar certos movimentos, de forma a organizá-los ou adaptá-los a 
determinado fim. 
 
A realização de um ato, mesmo que habitual, envolve diversas operações mentais e 
motoras. 
 
COGNIÇÃO SOCIAL 
 
habilidade de identificação, manipulação e adequação do comportamento de acordo 
com informações socialmente relevantes detectadas e processadas em determinado 
contexto do ambiente (Adolphs,2001) 
 
A cognição social direciona o comportamento automático e volitivo, juntamente com 
uma variedade de outros processos cognitivos, modulando a resposta 
comportamental. 
 
A cognição social são diferentes formas da análise para compreensão do 
comportamento humano 
 
A​ cognição social​ consiste em uma operação mental, que esta na base do 
funcionamento social, envolvendo a capacidade humana de perceber a intenção e a 
disposição do outro em determinado contexto. Isso inclui as habilidades nas áreas 
da percepção social, atribuição e empatia e reflete a influência do contexto social. 
 
 
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO 
 
Grupo de condições com início no período do desenvolvimento: 
▪ A primeira manifestação se dá, em geral, antes de a criança ingressar na escola; 
▪ Ocorrência de déficits no desenvolvimento, que acarretam prejuízos no 
funcionamento 
pessoal, social, acadêmico ou profissional. 
▪ Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na 
aprendizagem ou no controle de funções executivasaté prejuízos globais em 
habilidades 
sociais ou inteligência; 
▪ É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento. 
 
 
 
▪ Síndrome neurológica descrita pela primeira vez em 1798 pelo médico e autor 
escocês Alexander Crichton – “inquietação mental”. 
 
▪ Transtorno do Neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais de 
desatenção, 
desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade, excessivos para a idade ou nível 
de desenvolvimento; 
▪ Desatenção e desorganização - incapacidade de permanecer em uma tarefa, 
aparência de não ouvir e perda de materiais; 
▪ Hiperatividade-impulsividade - atividade excessiva, inquietação, incapacidade de 
permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade de 
aguardar; 
▪ Costuma persistir na vida adulta, resultando em prejuízos no funcionamento social, 
acadêmico e profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH 
 
Três áreas da região pré-frontal: 
▪ 1. Circuito orbitofrontal; 
▪ 2. Circuito dorsolateral; 
▪ 3. Circuito do cíngulo anterior. 
 
▪ Dorsolateral – processos mais cognitivos associados as decisões (planejamento, 
solução de problemas, flexibilidade, memória, etc.); 
▪ Orbitofrontal - comportamento social, controle inibitório, automonitoramento, 
cumprimento de regras sociais; 
▪ Cingulo anterior – motivação, atenção executiva, seleção e controle de respostas. 
 
 
TDAH – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
Funções e tratamentos. 
 
▪ Diagnóstico – multiprofissional – a avaliação neuropsicológica é um exame 
complementar; 
▪ Tratamento – multidisciplinar – envolvendo aspectos neurológicos, emocionais, 
psicomotores e pedagógicos; 
▪ Tratamento medicamentoso – psicoestimulantes do SNC; anfetaminas; bloqueador 
seletivo da recaptura de noradrenalina; 
▪ Acompanhamentos – psicoterapia, psicopedagogia; fonoterapia; terapia 
ocupacional; psicomotricidade, etc.; 
▪ Educação familiar; 
▪ Intervenção na escola (para o caso de crianças e adolescentes). 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA 
▪ 1943 - Leo Kanner publicou “Autistic Disturbance of Affective Contact” . 
Descreveu 11 crianças socialmente isoladas que compartilhavam um desejo 
obsessivo para mesmices. 
▪ “Os transtornos do espectro autista representam um amplo continuum de 
déficits cognitivos e neurocomportamentais, incluindo déficits de socialização e 
comunicação, com padrões restritos e repetitivos de comportamentos”. 
 
É um Transtorno do Neurodesenvolvimento que caracteriza-se por: 
▪ déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos 
contextos; 
▪ presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou 
atividades; 
*Início antes dos 3 anos de idade; 
*Comprometimento adaptativo. 
Detecção precoce – aos 2 anos, crianças no espectro mostram claros problemas em 
comunicação social, jogos, linguagem e cognição, bem como outras dificuldades 
sensoriais e motoras. 
 
 
 
TEA - CARACTERÍSTICAS 
 
▪ Comunicação e interação social 
▪ Déficits verbais e não verbais 
▪ Déficits na reciprocidade socioemocional – claramente evidentes em crianças 
pequenas (imitação reduzida, dificuldade em atenção compartilhada, etc.); 
▪ Déficits nas relações sociais – pode haver interesse social ausente, reduzido ou 
atípico; 
▪ Cptos restritos e repetitivos – estereotipias motoras, fala repetitiva, adesão a 
rotinas e resistência a mudanças, rituais, interesses limitados e fixos, hiper ou 
hiporreatividade a estímulos. 
 
TEA – ACHADOS DE NEUROANATOMIA E NEUROIMAGEM 
 
▪ Aumento do volume cerebral que afeta tanto substância branca quanto 
cinzenta, bem como ventrículos alargados; 
▪ Anormalidades na química cerebral: 
▪ Síntese de serotonina e eletrofisiologia cerebral 
▪ Claras diferenças no funcionamento e na estrutura do “circuito da empatia” 
(amígdala, junção parieto-temporal, cíngulo anterior e córtex órbito-frontal) 
 
 
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA 
 
Histórico: 
▪ 1872 – Berlin utilizou pela primeira vez o termo dislexia; 
▪ 1896 – Morgan – “cegueira verbal”; 
▪ 1917 – Hinshelwood – ressurge o temo dislexia. Grave distúrbio de leitura como 
um defeito congênito do cérebro, afetando a memória visual de palavras e de letras. 
 
 
 
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM - DEFINIÇÃO 
 
“... compreende uma inabilidade específica, como de leitura, escrita ou 
matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente 
abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e 
capacidade intelectual.” 
 
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM - CARACTERIZAÇÃO 
▪ Dificuldades persistentes (pelo menos 6 meses, a despeito de intervenções) e 
prejudiciais, que podem acarretar prejuízos duradouros, inclusive no desempenho 
profissional; 
▪ Manifestam-se durante os anos de escolaridade formal; 
▪ O desempenho individual deve estar bastante abaixo da média para a idade; 
▪ Não podem ser consequências de: 
- falta de oportunidade de aprender; 
- descontinuidades educacionais (mudança de escola, faltas excessivas); 
- TCE ou doença cerebral adquirida; comprometimentos visuais e/ou auditivos. 
- comprometimento na inteligência global. 
 
Domínios: 
▪ Com prejuízo na leitura: problemas na leitura de palavras, velocidade ou fluência 
da leitura e na compreensão da leitura; 
▪ Com prejuízo na expressão escrita: problemas na ortografia, na gramática e na 
pontuação ou na organização da expressão escrita; ​ DISLEXIA 
▪ Com prejuízo na matemática: problemas com senso numérico, memorização de 
fatos aritméticos, fluência de cálculo e no raciocínio matemático. 
 
“...padrão de dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no 
reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e 
dificuldades de ortografia. “ (DSM V, p. 67) 
 
▪ Prejuízo na leitura de palavras impressas (correlacionar letras a sons do próprio 
idioma); 
▪ Comprometimento das habilidades de reconhecimento das palavras e 
compreensão da leitura. 
 
 
 
DISLEXIA – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
▪ DIAGNÓSTICO – clínico e multidisciplinar; 
▪ TRATAMENTO – fonoaudiologia e psicopedagogia: 
- planejado a partir dos resultados da avaliação neuropsicológica, considerando o 
contexto biopsicossocial da criança e visando benefícios duradouros; 
- o treinamento em habilidades fonológicas é uma modalidade de intervenção bem 
consolidada; 
- recursos pedagógicos e de reabilitação neurocognitiva; 
- geralmente não demanda tratamento farmacológico, contudo, quando 
acompanhado por transtornos psiquiátricos, poderão ser necessários tratamentos 
complementares, como psicoterapia e psicofármacos. 
 
Aula 7: 
ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS 
ASSOCIADAS A QUADROS NEUROLÓGICOS 
 
EPILEPSIAS - CONCEITUAÇÃO 
“Não há uma definição satisfatória de epilepsia. Epilepsia não é, naturalmente, uma 
doença específica, ou mesmo uma única síndrome. Sob esta denominação, 
compreende-se ampla categoria de sintomas complexos decorrentes de funções 
cerebrais alteradas que podem ser secundárias a um grande número de processos 
patológicos.” 
▪ Caracterizada por uma alteração cerebral e predisposição contínua do cérebro 
em gerar crises epilépticas (ILAE); 
▪ Crises epilépticas: 
- ocorrem na ausência de condição tóxico – metabólica ou febril; 
- são eventos clínicos que refletem disfunção temporária de um conjunto de 
neurônios de uma parte do encéfalo (crises focais) ou de áreas mais extensas 
envolvendo simultaneamente os dois hemisférios (crises generalizadas); 
- associadas a patologias estruturais ou neuroquímicas do cérebro, que 
desequilibram sua atividade elétrica, gerando descargas súbitas, excessivas e 
descontroladas, predominantemente no córtex cerebral. 
▪ Condição crônica de alta prevalência - 24 milhões de pessoas no mundo (WHO, 
2016); 
▪ Um grande número de doenças/condições ou lesões cerebrais podecausar 
epilepsia, tais como: 
- fatores genéticos e perinatais; 
- malformação cerebral durante o desenvolvimento; 
- traumatismos cranianos ou agentes físicos (hemorragias, tumores, infecções 
cerebrais); 
- distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais; 
- doenças degenerativas e hereditárias. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
▪ Realizado por meio da descrição da fenomenologia clínica das crises e 
exames que caracterizam a atividade elétrica cerebral: 
- Anamnese; 
- Exame físico e neurológico; 
- EEG, Video-EEG; 
- Exames complementares. 
 
TRATAMENTO 
▪ Medicamentoso; 
▪ Cirúrgico – cirurgias, implante de eletrodo, VNS; 
Avaliação Neuropsicológica – importante na compreensão das habilidades 
cognitivas do paciente; na monitorização dos efeitos das drogas e/ou da epilepsia 
sobre a cognição; acompanhamento pré e pós-cirúrgico. 
 
EPILEPSIAS - IMPACTO 
Impacto importante nas relações familiares e sociais e no funcionamento 
psíquico/cognitivo das pessoas acometidas: 
▪ Imprevisibilidade das crises; 
▪ Efeitos colaterais das drogas antiepilépticas; 
▪ Quando refratárias ao tratamento há a preocupação 
relacionada à necessidade de intervenção cirúrgica. 
 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO 
 
“refere-se a um problema neurológico, tem- porário ou permanente, focal e abrupto, 
decorrente de um processo patológico dos vasos sanguíneos encefálicos.” 
Pode ser classificado em: 
▪ ​Isquêmico​ - oclusão de um vaso sanguíneo ou de uma artéria que interrompe o 
fluxo de sangue a uma região específica do cérebro; 
▪ ​Hemorrágico​ - ruptura de um vaso sanguíneo que leva ao derrame de sangue para 
dentro do cérebro. 
 
 
 
AVE - CAUSAS 
 
AVE ISQUÊMICO 
▪ ​Embolia cerebral​ ➔ um coágulo que se forma numa parte qualquer do 
corpo, que se desprende e se desloca percorrendo os vasos sanguíneos até 
uma artéria cerebral; 
▪ ​Trombose arterial​ ➔ formação de um coágulo de sangue (trombo) dentro de 
um vaso sanguíneo no cérebro, geralmente sobre uma placa de gordura 
(arteriosclerose).

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