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CAPÍTULO VIII Da Confusão Art. 381 Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. CONSULPLAN - NeR (TJ MG)/TJ MG/Provimento/2016 Morrendo o credor, tornando-se o devedor seu único herdeiro, é correto afirmar que houve confusão. (CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT8/TRT 8/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2013 )Considere que determinada pessoa tenha reunido as qualidades opostas de credor e devedor da obrigação, tendo, com isso, desaparecido a pluralidade de situações jurídicas referentes à dívida. Essa situação configura a modalidade de pagamento denominada confusão. FADESP - Adv (CM Marabá)/CM Marabá/2011) É causa de extinção das obrigações a confusão. (CESPE - CL (SEN)/SEN/Direito Civil, Processual Civil e Agrário/2002) Murilo - devedor - contraiu com Álvaro - credor -, seu filho e único herdeiro, uma dívida quérable de R$ 100,00. Após o vencimento da dívida, Murilo falece, sem que tenha havido o pagamento. Com base na situação descrita e considerando a legislação civil vigente relativa a obrigações bem como a doutrina a respeito da teoria geral das obrigações, julgue o item a seguir: I - Na hipótese, houve forma de pagamento indireto com a extinção da obrigação. (CERTO) II - No caso, não haverá a extinção da obrigação, enquanto não houver pagamento em dinheiro. (ERRADO) extingue-se automaticamente. III - Na situação hipotética, há a figura da remissão da dívida com a sua conseqüente extinção.(ERRADO) ao herdar dívida de qual era credor, operou-se a causa extintiva da obrigação denominada confusão, e não remissão (perdão) da dívida. IV - Se Murilo tivesse outros herdeiros, a dívida, em regra, não seria extinta totalmente. (CERTO) Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só parte dela. (IESES - AJ TRE MA/TRE MA/Judiciária/2015 – ERRADO) A confusão somente pode se verificar sobre a integralidade da dívida. Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a ocorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. (FEPESE - DP SC/DPE SC/2012 - CORRETA) A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. (FCC - JE TJRR/TJ RR/2008 – INCORRETO) A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário extingue toda a obrigação até a equivalência integral dos créditos. (CEBRASPE (CESPE) - JE TJBA/TJ BA/2004 – CORRETA) Na obrigação solidária, a confusão é forma de extinção da obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito ou na dívida, permanecendo, quanto ao mais, a solidariedade. Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior. CAPÍTULO IX Da Remissão das Dívidas Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. (FGV - AJ TRT12/TRT 12/Judiciária/"Sem Especialidade"/2017) Enzo e Lucas são grandes amigos e, por estar Enzo em dificuldades financeiras, Lucas emprestou-lhe R$2.000,00, ficando acertado que a devolução do numerário ocorreria 30 dias depois. Passado um mês, Enzo disse que continuava com grave dificuldade e que não teria dinheiro para honrar o compromisso. Penalizado com a situação, Lucas resolveu perdoar a dívida, afirmando que uma boa amizade teria maior valor que dinheiro. Enzo agradeceu a sensibilidade e aceitou a oferta do amigo. No caso apresentado, a obrigação foi extinta por REMISSÃO. (FUNDATEC - Proc Mun (Pref POA)/Pref POA/2016 – CORRETA) A remissão das dívidas é efeito de negócio jurídico bilateral. Logo, temos, de um lado, o exercício de um direito exclusivo do credor (perdão da dívida) e, do outro, a aceitação pelo devedor, revelando, portanto, um negócio jurídico bilateral. (VUNESP - Adv Jr (CRO SP)/CRO SP/2015 - CORRETO) Entende-se por remissão da dívida a exoneração do devedor do cumprimento da obrigação. CEBRASPE (CESPE) - DP MA/DPE MA/2011 –CORRETA) A remissão de dívida somente opera com a concordância do devedor, mas, quando praticada por devedor já insolvente ou por ela reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderá ser anulada. Por isso, não se admite o perdão da dívida por quem está insolvente ou por ele é levado à insolvência configurando fraude contra credores, segundo o art. 158, CC. (CESPE - JE TJBA/TJ BA/2004 – CORRETA) Aos credores sem garantia cabe ação de anulação do ato de remissão de dívida efetuado por devedor sem suporte patrimonial para saldar o débito. (FCC - AJ TRF3/TRF 3/Judiciária/"Sem Especialidade"/2007 –CORRETA) A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. (VUNESP - Proc (IPSM SJC)/IPSM SJC/2018 – ERRADO) A devolução voluntária do título da obrigação sem pagamento prova a remissão, ficando desonerados o devedor e seus co-obrigados, mesmo que o credor não seja capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida. Art. 388. A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. TÍTULO IV Do Inadimplemento das Obrigações Capítulo I Disposições Gerais Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
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