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Emergência do novo coronavírus e a vigilância em saúde

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Disciplina: Seminário Temático I
Aluna: Suzane da Silva Emídio dos Santos 
Matrícula: 2011311023
Polo: Paracambi
Artigo de referência: Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva, R. M. Lana Programa de Computação Científica, Fundação Oswaldo Cruz. Av. Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21040-900, Brasil. raquelmlana@gmail.com
Atividade Avaliativa II
1. EXPLIQUE o que é o “Coronavírus”, qual é a especificação deste patógeno relacionado à doença Covid-19 e quando foi identificado no cenário mundial.
	Coronavírus são RNA vírus causadores de infecções respiratórias em uma variedade de animais, incluindo aves e mamíferos 1. Sete coronavírus são reconhecidos como patógenos em humanos. Os coronavírus sazonais estão em geral associados a síndromes gripais. O novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, foi detectado em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Em 9 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a circulação do novo coronavírus. No dia seguinte, a primeira sequência do SARS-CoV-2 foi publicada por pesquisadores chineses. Em 16 de janeiro, foi notificada a primeira importação em território japonês. No dia 21 de janeiro, os Estados Unidos reportaram seu primeiro caso importado. Em 30 de janeiro, a OMS declarou a epidemia uma emergência internacional (PHEIC) (Lana et al., 2020:01).
2. EXPLIQUE como a velocidade de propagação de uma doença pode ser avaliada e como os analistas observam transmissibilidade do novo coronavírus no Brasil.
	A transmissibilidade de uma doença é medida de acordo com sua capacidade de se propagar a partir de um paciente zero, quanto maior o número de pessoas que um paciente é capaz de infectar, maior o índice de transmissibilidade da doença. No Brasil o a estimativa inicial para o SARS-CoV-2 vara de 1,6 a 4,1 um ídice superior ao do vírus Influenza, por exemplo, porém esse índice foi avaliado ainda no início da pandemia, sem todas as informações necessárias para uma estimativa mais próxima do real.
3. EXPLIQUE o significado do trecho a seguir: “A potencial chegada do novo vírus coloca à prova a estrutura de vigilância existente no país, principalmente num momento em que a redução de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na pesquisa fragiliza a capacidade de detecção precoce e de resposta” (Lana et al., 2020:01).
	A saúde pública (e me atrevo a dizer que a privada não fica muito longe) no Brasil não é um modelo de sucesso a ser seguido, sempre acompanhamos casos de pessoas que passam anos na fila de espera por um atendimento, isso em tempos normais de demanda. A atual redução de investimentos na área da saúde e pesquisa chega a ser cruel e justamente nesse momento nos vemos encarando uma pandemia dessa dimensão. A falta de investimento na área nos coloca lá atrás na busca por avanços, considerando que as pesquisas são de essencial importância para o progresso. Após o enfrentamento de tantas epidemias como Dengue e Zika o país precisa se antecipar nos avanços para que quando isso vier a acontecer estejamos prontos, ou pelo menos minimante preparados.
4. CITE pelo menos dois argumentos que corroboram a frase “O esforço mundial de geração de informações sobre o novo coronavírus é impressionante” (Lana et al., 2020:03).
	Logo no primeiro mês de descoberta do vírus já foi possível ver uma comoção mundial entre os especialistas para gerar informações corretas para que todos tivessem acesso as respostas sobre o novo vírus, esforço esse gerado através da busca pela ciência e avançoo em pesquisas que foi possível demonstrar análises dos primeiros casos com aspectos clínicos, inclusive. Foi notório que haviam pessoas que se anteciparam e estavam preparadas para esse tipo de acontecimento. Além do preparo nos profissionais das áreas de saúde e pesquisa, vimos também a importância do compartilhamento de dados e troca de informações e trabalho em conjunto, grupos distintos acompanhando casos em tempo real e buscando modelos matemáticos para monitoramento para mais uma vez estar a frente.
5. EXPLIQUE o significado do trecho a seguir: “Em contrapartida, o avanço do uso de mídias sociais como meio de informação trouxe consigo o desafio de monitorar e responder rapidamente a conteúdos falsos disseminados nestes canais, e de forma que possam igualmente circular nos mesmos” (Lana et al., 2020:03). APONTE em sua resposta, como esta questão tem afetado o seu cotidiano.
	Atualmente com a facilidade ao acesso de informações toda vez que algo novo surge, surge junto um grupo de pessoas que se consideram “especialistas” trazendo respostas quase sempre infundadas. Não foi diferente com o caso do coronavírus, desde o início da pandemia foi possível ver o surgimento de receitas caseiras e remédios de uso comum sendo considerados a cura para a doença. A falta de informação correta levou a população às farmácias esgotando muitas vezes estoques de medicamento para poder se sentir segura. Não apenas isso, mas o fato de muitos considerarem a doença apenas um resfriadinho comum também colocou muitas vidas em risco. A falta de crença nas mídias de tradicionais de informação levou as pessoas a buscarem dados em canais alternativos e muitas vezes infundados. Vivemos uma cultura onde profissionais da área muitas vezes não são ouvidos, é necessário que os especialistas se façam ouvir fora do ambiente acadêmico, a informação correta também precisa circular nas mídias sociais e onde os menos dotados de conhecimento costumam estar. 
6. EXPLIQUE dois acontecimentos em relação às chamadas “fake-news”, que demandaram notas de esclarecimento por parte da SBI e do Ministério da Saúde.
	Áudios falsos com recomendações equivocadas que circularam em mídias sociais se passando por comunicado de entidades de respaldo público como a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a tentativa de resgatar o mito de que certos chás têm as mesmas propriedades antivirais do fosfato de oseltamivir (princípio ativo do antiviral usado para o tratamento de SRAG por vírus Influenza), sugerindo o consumo destes para casos de influenza e coronavírus (Lana et al., 2020:03).
7. EXPLIQUE o significado do trecho a seguir: “A comunicação de especialistas não pode ficar restrita ao ambiente acadêmico e profissionais da área” (Lana et al., 2020:03). APONTE em sua resposta, se você tem recebido mensagens de especialistas neste cenário atual, e quais suas fontes em geral.
	As informações corretas geradas a partir de pesquisas e descobertas muitas vezes ficam restritas aos profissionais da respectiva área, isso acaba gerando na população a necessidade de buscar esclarecimento em fontes muitas vezes não confiáveis, as informações que são de fato verdadeiras precisam ser mais divulgadas e compartilhadas para assim alcançar um número maior de pessoas. Eu particularmente não tenho recebido orientações de especialistas e tenho buscado me inteirar da situação pelos canais tradicionais de informação. 
8. No texto, os autores abordam a questão do “desabastecimento, seja de kits para a detecção de agentes, seja de pessoal capacitado” e indica que isto "atrasa a liberação de resultados” e, consequentemente gera sub-notificação e sobrecarga nos laboratórios de referência. INDIQUE duas medidas que, em sua opinião, poderiam alterar este quadro. APONTE argumentos que sustentem sua percepção.
 	Uma medida que se utilizada ajudaria seria o uso de testes rápidos para a detecção da doença, com a pesquisa necessária, se alcançaria um modelo de teste do tipo de glicose, por exemplo, assim muitos profissionais e não só da saúde, mas de serviços essenciais saberiam de imediato seestão infectados e isso diminuiria a capacidade de propagação da doença por esse paciente podendo assim tomar as medidas necessárias para o isolamento. Outra medida seria a produção de itens de proteção em larga escala por empresas que possuam a matéria-prima necessária, mas que devido a pandemia não estão produzindo seus produtos próprios para evitar prejuízos, e feito isso vender para o governo. Essa medida ajudaria tanto a empresa a manter seus funcionários, quando os profissionais de saúde que muitas vezes esperam semanas para a chegada do material de proteção que não chega a tempo de evitar uma maior propagação da doença.
9. De acordo com o texto, “é fundamental que o Ministério da Saúde desenvolva uma infraestrutura integrada de dados à altura da velocidade de espalhamento das doenças nesta era de alta mobilidade global” (Lana et al., 2020:03). INDIQUE duas medidas que, em sua opinião, poderiam colaborar com o desenvolvimento do Ministério da Saúde. APONTE argumentos que sustentem sua percepção.
	Precisamos de um sistema de detecção mais célere, que acompanhe a velocidade de propagação da doença. Um sistema informatizado mais limpo e conciso com acesso garantido aos responsáveis por unidades de saúde que possam atualizar caso a caso confirmado da doença, com mapeamento do local onde o paciente esteve, dentre outras informações necessárias seria de extrema importância para a prevenção ou detecção precoce de novos casos. 
	Unidades de pronto atendimento nos bairros especializadas nessa doença, ou até anexos em unidades já existentes, também seriam bem úteis, o atendimento separado dos demais pacientes levaria a população a se sentir mais segura quando precisa buscar atendimento médico para casos comuns, já que o mede de se contaminar pelo covid-19 também acabou fazendo com que muitas pessoas se tratem em casa de doenças diversas, o que pode vir a gerar um novo problema de saúde pública. E não apenas isso, esse atendimento separado traria mais celeridade ao atendimento e detecção dos casos de coronavírus.
10. EXPLIQUE como você percebe as ações do Ministério da Saúde brasileiro no contexto atual. APONTE, em sua resposta, pelo menos dois argumentos para sustentar sua percepção.
	Embora tenha ficado claro que o Ministério da Saúde, e não só ele mas todo o setor responsável pela saúde pública, desde os investimentos em pesquisa até os próprios profissionais que estão na linha de frente no atendimento aos pacientes, não estavam preparados para esse tipo de enfrentamento, acredito que estamos nos encaminhando bem, políticas públicas implementadas para a redução de pessoas nas ruas, fechamento das escolas, necessidade de sair de casa apenas com máscara entre outros cuidados adotados para prevenção de uma maior propagação da doença ajudaram a amenizar um pouco os efeitos. Não que não esteja sendo grave, porque está, mas acredito que se não tivessem sido adotadas essas medidas a estimativa de contaminados hoje seria muito maior.
REFERÊNCIA:
Lana, RM et al. (2020) “Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva”. In: Cad. Saúde Pública 2020; 36(3):e00019620.

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