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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAEMTRO QUÍMICA FARMACÊUTICA E MEDICINAL Determinação da atividade antioxidante do ácido ascórbico e do chá de hibisco utilizando o radical livre DPPH. MANAUS – 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO 5° PERIODO DE FARMÁCIA / NOTURNO DOCENTE: DISCENTES: ANA BEATRIZ DE MENESES SOUZA ANDRÉIA PORTILHO BIANCA MOREIRA EVELYN FERNANDA FELIPE VNHORT LUDMYLLA NEGREIROS RODRIGO AGUIAR MANAUS – 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 6 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 9 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 14 4 INTRODUÇÃO O uso de plantas medicinais para fins terapêuticos, pela população, é baseado na tradição popular ou cientificamente validada como medicinais. A validação de novas drogas vegetais através de pesquisas comprovando sua eficácia e segurança vem a mostrar o caminho para que se possa fazer o correto aproveitamento destas plantas e seus derivados aplicados a fitoterapia. A maioria das plantas medicinais é utilizada empiricamente na forma de planta fresca colhida pelo próprio consumidor, ou como plantas secas empacotadas ou, ainda, adquiridas a granel no comércio, especialmente, no nordeste e região Amazônica (LORENZI; MATOS, 2008; SAAD et al., 2009). O Ministério da Saúde aprovou a Portaria nº. 971, de 03 de maio de 2006, que estabelece a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), contemplando as áreas de homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medicina antroposófica e termalismo social/crenoterapia. Essa portaria estabelece diretrizes e ações para toda a cadeia produtiva de 10 plantas medicinais e fitoterápicos, proporcionando também a valorização e preservação do conhecimento tradicional associado das comunidades e povos tradicionais (BRASIL, 2006; RODRIGUES; AMARAL, 2012; SAAD et al., 2009). Esse estudo foca de maneira experimental em proporcionar mais informações sobre a atividade antioxidante, tanto do Hibiscus sabdariffa L. quanto do Acido Ascórbico através de métodos DPPH. Antioxidante Pode-se definir os antioxidantes como substâncias que, em baixas concentrações, são capazes de prevenir os efeitos nocivos da oxidação, inibindo o início da lipoperoxidação, sequestrando radicais livres e/ou quelando íons metálicos (RODRIGUES et al., 2013; SUCUPIRA et al., 2012). Os sistemas antioxidantes são constituídos por diversas substâncias heterogêneas, como vitaminas, minerais, pigmentos naturais e outros compostos vegetais e, ainda, enzimas que bloqueiam o efeito danoso dos radicais livres, formados nas reações metabólicas ou por fatores exógenos ao organismo (MACIEL, 2011; PEREIRA; CARDOSO, 2012). Os antioxidantes endógenos, produzidos pelo próprio organismo, são classificados em enzimáticos (superóxido dismutase citoplasmática e mitocondrial, catalase, glutationa peroxidase, glutationa redutase) e não enzimáticos (glutationa, ácido lipóico, albumina, ubiquinona, metalotioneínas, transferrina, ceruloplasmina). Estes antioxidantes têm a função de proteger o organismo contra os radicais livres que ocasionam efeitos deletérios ao utilizar O2 no processo de respiração celular (PEREIRA; CARDOSO, 2012; VANCINI et al., 2005). Fica claro que os antioxidantes são substâncias importantes, pois promovem uma melhor proteção contra os danos causados pelos radicais livres (MACIEL, 2011). 5 Radicais livres Os radicais livres são átomos ou moléculas que possuem elétrons não pareados em sua camada de valência. Fazem parte das substâncias instáveis que se multiplicam em cascata, tendo um tempo de vida curto. Existem, portanto, compostos igualmente reativos, que não possuem elétron não-pareado na última camada e, com isso, não podem ser classificados como radicais livres, mas que indiretamente geram radicais livres. Os radicais livres cujo elétron encontra-se centrado nos átomos de oxigênio e nitrogênio são comumente denominados, respectivamente, de espécies reativas de oxigênio (EROS) e espécies reativas de nitrogênio (ERNS) (KIRKHAM; BISWAS; RAHMAN, 2006; PEREIRA; CARDOSO, 2012; VANCINI et al., 2005). Espécies reativas de oxigênio (EROS) são geradas constantemente no corpo humano. Todos os organismos vivos aeróbios, como o homem, utilizam o oxigênio na produção de energia. A redução do oxigênio à água fornece a energia que permite a impressionante complexidade dos organismos superiores. Cerca de 95 a 98% do oxigênio consumido durante a respiração celular é para a produção de energia, o restante (2 a 5% do oxigênio metabolizado) produz EROS (SOARES, 2013). 6 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Verificar a atividade antioxidante da Vitamina C (Acido Ascórbico) e do chá de Hibiscus sabdariffa L. utilizando o radical livre estável DPPH (2-2-difenil-1- picrilidrazida). 2.2 Objetivos específicos Fazer os cálculos para determinação da capacidade antioxidante do ácido ascórbico e do Hibisco. Compreender o mecanismo de relação entre as substâncias antioxidantes e os radicais livres. Correlacionar a teoria à prática. 7 MATERIAL E MÉTODOS Materiais: Solução de DPPH Solução de ácido ascórbico Hibisco (Hibiscus sabdariffa) Água destilada Metanol Micropipetas. Espectrofotômetro Vidrarias necessárias. Procedimento: 1. Preparar o chá de hibisco, colocando aproximadamente 2 colheres de sopa de hibisco em 200 mL da água fervente e deixar em infusão durante 5 minutos aproximadamente, filtrar o conteúdo e esperar esfriar. 2. Preparação da solução de DPPH: misturar 100 mL de metanol com 30 mg de DPPH, agitar até completa dissolução. 3. Preparação da solução de ácido ascórbico: misturar 50 mL de água destilada com 0,0450 g de ácido ascórbico, agitar até completa dissolução. 4. Colocar 6 tubos de ensaio na grade e rotular com números de 1 a 6. Os mesmos serão preenchidos segundo a tabela número 1. Tabela número 1: PARA USAR NA CURVA DO ÁCIDO ASCÓRBICO CONCETRAÇÃO FINAL DE ÁCIDO ASCÓRBICO (mg/mL) NOS TUBOS tubos Volume em mL Ácido ascórbico Água deionizada 1 ZERO 1000 0 2 100 900 90 3 200 800 180 4 400 600 360 5 600 400 540 6 800 200 720 5. Colocar 7 tubos de ensaio na grade e rotular com números de 1 a 7. Os mesmos serão preenchidos segundo a tabela número 2. PARA USAR NA DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE tubos Volume em L Ácido ascórbico /chá DPPH 1= controle 20 L do tubo 1 1980 2 20 L do tubo 2 1980 3 20 L do tubo 3 1980 4 20 L do tubo 4 1980 5 20 L do tubo 5 1980 6 20 L do tubo 6 1980 7 20 L do chá de hibisco 1980 8 6. Deixar os tubos preparados no passo 5 durante 30 minutos (para completar a reação). Após esse tempo as amostras serão lidas em espectrofotômetro a 517 nm.Figura 1 - Ácido Ascórbico e DPPH respectivamente. Figura 2 - Micropipeta Figura 3 - Transferência do DPPH para os tubos de ensaio 9 RESULTADOS E DISCUSSÃO As leituras das absorbâncias foram realizadas após aproximadamente 20 minutos no espectrofotômetro, aparelho com a função de medir e comparar a quantidade de luz (energia radiante) absorvida. Os resultados obtidos no método do 2,2 difenil-1-picril hidrazil radical (DPPH) foram calculados pela formula abaixo. Determinação da porcentagem de inibição, sequestro ou eliminação do radical DPPH, pela fórmula: % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 𝐴𝑏𝑠𝐶−𝐴𝑏𝑠𝐴 𝐴𝑏𝑠𝐶 ). Onde: AbsC= absorbância do controle AbsA= absorbância da amostra. Dados de absorbância: PARA USAR NA DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE Tubos Anotar os dados obtidos Leitura da absorbância Cálculos da porcentagem de inibição 1= controle 0.850 0,850 2 0.792 6,82% 3 0.719 15,41% 4 0.487 42,70% 5 0.220 74,11 % 6 0.190 77,64 % 7 = chá de hibisco 0.301 — TUBO 1 Substância controle: 0,850 (metanol) TUBO 2 % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 0,850−0,792 0,850 ). 100 × ( 0,058 0,850 ) 100 × (0,0682) = 6,82% TUBO 3 % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 0,850−0,719 0,850 ) 100 × ( 0,131 0,850 ) 100 × (0,1541) = 15,41% 10 TUBO 4 % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 0,850−0,487 0,850 ) 100 × ( 0,363 0,850 ) 100 × (0,4270) = 42,70% TUBO 5 % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 0,850−0,220 0,850 ) 100 × ( 0,63 0,850 ) 100 × (0,7411) =74,11 % TUBO 6 % de inibição do radical DPPH: 100 × ( 0,850−0,190 0,850 ) 100 × ( 0,66 0,850 ) 100 × (0,7764) =77,64 % TUBO 7 Não houve reação. Da direita para esquerda: tubos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 respectivamente. Figura 1 - Resultado da reação de DPPH e amostras de Hibiscus. 11 1. Quais são as características químicas do radical DPPH?. Desenhar a estrutura química. O DPPH devido a sua estrutura química é um radical livre estável, pois possui três anéis aromáticos apresentando efeito de ressonância que é importante para estabilizar a carga eletrônica do radical DPPH. 2. Qual a reação química que acontece entre o DPPH e o ácido ascórbico? Estabeleça a relação estrutura atividade. O sequestro de radicais livres, no qual o ácido ascórbico se liga a um radical orgânico estável, o DPPH. Por conta da presença de elétron desemparelhado de nitrogênio, a solução contendo o DPPH apresenta a cor violeta. Após a reação com o acido ascórbico a cor violeta se modifica para o amarelo. Isso ocorre pelo poder de redução do antioxidante, que ao doar seus eletros se oxida. 3. Quais são as classes de metabólitos secundários obtidos de produtos naturais que tem propriedades antioxidantes? Segundo Ramalho e Jorge (2006), os compostos fenólicos são do metabolismo secundário das plantas e classificados como antioxidantes naturais. 12 Dentre os compostos orgânicos originários do metabolismo secundário encontra- se os flavonoides, que constituem a maior classe de fenólicos vegetais. (FERREIRA, OLIVEIRA; SANTOS, 2008) Nesta classe encontra-se as antocianinas, flavonóis, flavonas, isoflavonas e flavonas. As antocianinas são um grupo de pigmentos naturais e destacam-se pela atividade antioxidante. Segundo Angelo e Jorge (2007), os principais compostos fenólicos e mais abundantes antioxidantes naturais são os flavonoides, ácidos fenólicos, taninos e tocoferóis. Os flavonoides estão presentes em frutas, folhas, sementes e em outras partes dos vegetais em forma de glicosídios. A outra classe de compostos fenólicos, os ácidos fenólicos, possui um anel benzênico, um grupo carboxila e um ou mais grupo hidroxila. Esta classe de compostos fenólicos está dividida em três subgrupos: os ácidos benzoicos, os ácidos cinâmicos e as cumarinas. Outro grupo fenólico são os taninos que estão divididos em duas classes: taninos hidrolisáveis e condensados. Os tocoferóis, outro dos fenólicos, estão presentes em vegetais.Na classe de polifenóis existem as catequinas. Tem-se também a saponina, seu efeito biológico destaca-se pela ação antioxidante, (PEREIRA; CARDOSO, 2012). 4. De acordo com os resultados obtidos, elabore um gráfico de dispersão como mostrado no exemplo, e determine qual foi a concentração do ácido ascórbico que conseguiu inibir 50% dos radicais livres. Reforçando que a amostra n° 7 não reagiu. 13 CONCLUSÃO A partir dos procedimentos realizados no laboratório foi possível averiguar os resultados das atividades antioxidantes do ácido ascórbico e do chá de hibisco através da utilização do radical livre DPPH, foi utilizado 7 tubos de ensaio com concentrações diferentes do ácido ascórbico e uma concentração exata do chá de hibisco em cada um dos tubos, com isso, foi possível constatar através de cálculos que a concentração do experimento do tubo de ensaio 5 foi a que deu mais resultado satisfatório, conseguindo inibir os radicais livres em até 77,64% em relação aos outros ensaios que obtiveram resultados abaixo, apenas o ensaio n° 7 não obteve reação, devido a erro no manuseamento do material. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MENDES, Olga Rabelo. Avaliação da atividade antioxidante da flor de (Hibiscus sabdariffa L.) comercializada no município de Palmas - TO. Disponível em: file:///C:/Users/anab3/Downloads/document55e9d7b406f01%20(1).pdf Acesso em: 16/10/20 file:///C:/Users/anab3/Downloads/document55e9d7b406f01%20(1).pdf INTRODUÇÃO OBJETIVOS MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS