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1 UNIVERSIDADE ZAMBEZE Faculdade de ciências de Saúde-Tete Cadeira: IMUNOLOGIA MÉDICA Tema: IMUNIZAÇÃO E VACINA I Grupo Dr. MAURO Amélia Sande António António Aurelina Antonio Claudina .Araujo Delipe Albertino Daisy Rita Filipe Paulo Bene Florença Jose Josefa Mário Jose João Manuel Lino Roia Modesto Alface Osvaldo Manuel Vânia Mário Viano Jeremias Eurídice Tatiana Adão Mateus Tete, Maio 2018 Introdução O control das infeções é abordado por vários ângulos da Medicina. Os avanços da saúde publica foi a capacidade de interagir ou colaborar com sistema imune, ao induzir a resposta imune por exposição do organismo não só imune, a um antígeno mediante o processo de vacinação. Jenner raciocinou que a exposição intencional ao vírus da varíola bovina, que não é virulento aos seres humanos, poderia conferir proteção contra o microrganismo semelhante que causava a doença humana. O objetivo da vacinação das vacinas é gerar respostas contra agentes infeciosos de forma específica. Objetivos Objetivo Geral — Falar dos processos de Imunização e Vacinação. Objetivos Específicos — Conceituar os termos imunização e vacinação; — Explicar processo de imunoprofilaxia ; — Mencionar as condições básicas que devem apresentar as vacinas e suas classificações; — Vantagens e desvantagens de substratos indutores e efetores. Meio de prover proteção específica contra a maioria dos patógenos nocivos comuns. . Imunização sua patogênese Mecanismo da imunidade depende da : localização do patógeno exotoxinas anticorpos neutralizadores que preveniriam sua ligação ao receptor apropriado e a promoção de sua degradação e eliminação pelo fagócitos. outros meios Eliminácao por lise mediada pelo complemento ou fagocitose e morte intracelular Intracelularmente célula que o mantém terá que ser destruída . Intracelularmente, ele não será acessivel a anticorpos enquanto estiver no interior e a célula que o mantém terá que ser destruída e, somente assim o anticorpo poderá ter algum efeito A maioria das infecções virais e bactérias intracelulares e protozoários são exemplos de tais patógenos. Neste caso, as células que os contém têm que ser destruidas por elementos da imunidade mediada por células ou, se eles fazem a célula infectada expressar antígenos especiais reconhecíveis por anticorpos, a morte dependente de anticorpo ou do complemento pode expor o organismo a elementos da imunidade humoral. Se o mecanismo da patogênese envolve exotoxinas, o único mecanismo imune eficiente contra ele seria anticorpos neutralizadores que preveniriam sua ligação ao receptor apropriado e a promoção de sua degradação e eliminação pelo fagócitos se o patógeno produz doença por outros meios, o anticorpo teriaque reagir com o organismo e eliminá-lo por lise mediada pelo complemento ou fagocitose e morte intracelular 4 Ambos os modos de imunização podem ocorrer por processos naturais ou artificiais Tipos de Imunização Passiva Ativa Alternativamente, células imunes de um indivíduo imunizado podem ser usadas para transferir imunidade. IMUNIDADE PASSIVA Imunidade pode ser adquirida sem que o sistema imune seja estimulado por um antígeno. Isso é feito pela transferência de soro ou gamaglobulinas de um doador imune para um indivíduo não imune Imunidade é transferida da mãe para o feto através da transferência placentária de IgG ou transferência pelo colostro de IgA. Imunidade passiva naturalmente adquirida Imunidade passiva artificialmente adquirida Imunidade é transferida artificialmente pela injeção com gamaglobulinas de outros indivíduos ou gamaglobulinas de um animal imunizado A transferência passiva de imunidade com globulinas imunes ou gamaglobulinas é praticada em numerosas situações agudas ou infecções (difteria, tétano, sarampo, phtheria, tetanus, measles, hidrofobia, etc.), envenenamento (insetos, répteis, botulismo), e como uma medida profilática (hipogamaglobulinemia). Nessas situações, gamaglobulinas de origem humana são preferíveis embora anticorpos específicos desenvolvidos em outras espécies são eficientes e são usados em alguns casos (envenenamento, difteria, tétano, gangrena gasosa, botulismo). Enquanto esta forma de imunização tem a vantagem de prover proteção imediata, gamaglobulina heterólogas são eficientes durante apenas por uma curta duração e frequentemente resulta em complicações patológicas (doença do soro) e anafilaxia. Imunoglobulinas homólogas têm o risco de transmitir hepatites e HIV. Transferência passiva de imunidade mediada por célula pode também ser conseguida em certas doenças (cancer, imunodeficiência). Entretanto, é difícil encontrar doador com histocompatibilidade adequada e há risco severo de doença do tipo rejeição enxêrto x hospedeiro. 7 IMUNIDADE ATIVA Esta se refere à imunidade produzida pelo corpo após exposição d antígenos. Imunidade activa naturalmente adquirida Exposição a diferentes patógenos leva a infecções sub-clínicas ou clínicas que resultam em numa resposta imune protetiva contra esses patógenos. Imunização pode ser conseguida ao administrar patógenos vivos ou mortos ou seus componentes. Imunidade ativa artificialmente adquirida Vacinas É uma suspensão de microrganismos e/ou parte de sua estrutura ou de seus produtos metabólicos, inativados ou nao, com agregado ou não de adjuvantes, que inoculados adequadamente em um vertebrado superior se caracterizam por induzir um estado de imunidade ativa. Conceito: Agentes indutores de imunidade ativa Condições Básicas Seguranca: livre de elementos ou substâncias que causem reações locais ou gerais indesejáveis. Ex. certeza de inactivação dos agentes ou que estão mortos. Pureza: livre de materiais e microorganismos extranhos que possam afectar sua segurança, potência ou eficácia. Potência: força relativa de um produto biológico determinada por métodos ou procedimentos estándar.. Cont. Eficácia: habilidade ou capacidade específica de proteger aos vacinados da enfermedade eleita Não ter poder patógeno residual: a aparição de outra enfermedade em consequência do uso da vacina. Não causar interferência: não deven interferir com a resposta imune de outras vacinações. Cont. Estabilidade: não sofrer alterações durante seu periodo de vida útil. Conservação: boa, sem maiores exigências e prolongada. Administração: simples e rápida para poder vacinar a maior quantidade de pessoas em menor tempo possível e com as máximas seguranças de imunizar (Vacinar e um acto mecánico, imunizar e o objetivo) Custo: devem ser económicas para assegurar sua aceitação e aplicação. Características de uma vacina ideal Elevada eficácia e efectividade contra a enfermedade; Proteção de longa duração; Imunide satisfatória a qualquer idade; Possibilidade de administração aos recém nascidos; Administração simples, preferível não invasiva; Dose única (idealmente); Segurança (efeitos secundários mínimos ou inexistentes) Estabilidade (em condições de utilização variáveis); Facilidade de fabricação; Custo reduzido; Compatibilidade com outras vacinas. Terapêuticas Profiláticas Natural: (oral, inaladas intranasais ) Parenteral. Vacinas injetáveis (IM, Subcutánea, ID) SEGUNDO SUA FINALIDADE SEGUNDO SUA APLICAÇÃO VACINAS CLASSIFICAÇÃO: Monovalentes: contêm uma valência ou serotipo de todos os possíveis ex: Encefalomielite tipo Este. Bi, tri, tetra o pentavalentes: de acordo ao número de valências. Polivalentes: se contêm na totalidade ex: Encefalomielite equina Este, Oeste e Venezuela. Mistas ou combinadas: ex: tripla bacteriana (uma bacteria e dos toxoides) SEGUNDO SEU IMUNÓGENO Vacinas usadas para imunização ativa consistem em organismos vivos (atenuados), organismos completos mortos, componentes microbianos ou toxinas secretadas (que tenham sido detoxificadas). SEGUNDO O ESTADO BIOLÓGICO DO IMUNÓGENO A primeira vacina viva foi a da varíola bovina introduzida por Edward Jenner como uma vacina paraa varíola. Vacinas vivas (M.O Atenuados) Exemplo de vacina bacteriana viva é a da tuberculose (Mycobacterium bovis: Bacilo de Calmette-Guérin - BCG). O objetivo da atenuação é produzir um organismo modificado que simula o comportamento natural do micróbio original sem causar doença significativa. Vacinas vivas são usadas contra várias infecções virais (polio, a vacina do Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, varicela, hepatite A, febre amarela, etc.). O único exemplo de vacina bacteriana viva é a da tuberculose (Mycobacterium bovis: Bacilo de Calmette-Guérin - BCG). Enquanto muitos estudos têm mostrado a eficácia da vacina BCG, vários outros estudos põem dúvida nos seus benefícios. Vacinas vivas normalmente produzem infecções não clínicas auto-limitantes e levam a subsequente imunidade, ambas humoral e mediada por células, sendo a última essencial para patógenos intracelulares. Entretanto, elas têm um sério risco de causar doenças verdadeiras em indivíduos imunocomprometidos. Além disso, uma vez que vacinas vivas são frequentemente atenuadas (tornadas menos patogênicas) pela passagem em animal ou por mutação térmica, elas podem reverter às suas formas patogênicas e causar doenças sérias. É por essa razão que a vacina da pólio viva (Sabin), que foi usada por muitos anos, tem sido substituida em muitos países pela vacina inativada (Salk). 18 Vacinas mortas Vacinas virais mortas (aquecimento, agentes químicos ou irradiação UV) incluem as da pólio (vacina Salk), influenza, hidrofobia, etc. A maioria das vacinas bacterianas são organismos mortos (tifo, cólera, peste bubônica, coqueluche) Os microrganismos inativados produziram uma série de antígenos seguros para imunização. Enquanto vacinas vivas normalmente produzem apenas infecções não clínicas auto-limitantes e subsequente imunidade, elas têm o sério risco de causar doenças verdadeiras em indivíduos imunocomprometidos. Vacinas virais mortas (aquecimento, agentes químicos ou irradiação UV) incluem as da pólio (vacina Salk), influenza, hidrofobia, etc. A maioria das vacinas bacterianas são organismos mortos ( tifo, cólera, peste bubônica, coqueluche, etc.) (figura 4). Outras vacinas bacterianas utilizam os componentes de suas paredes celulares (haemophilus, coqueluche, meningococos, pneumococos, etc.) (figura 5). Algumas vacinas virais (hepatite-B, hidrofobia, etc.) consistem de proteínas antigênicas clonadas em um vetor adequado (ex. fungo). Quando o mecanismo patogênico de um agente envolve uma toxina, uma forma modificada de toxina (toxóide) é usado como uma vacina (ex., difteria, tétano, cólera) (figura 6). Essas subunidades de vacina são desenhadas para reduzir os problemas de toxicidade. Cada tipo de vacina tem suas próprias vantagens e desvantagens (figura 7). 19 Subunidades de vacinas Um patógeno inteiro geralmente contém muitos antígenos não relacionados com a resposta protetora do hospedeiro, mas que podem causar problemas por inibição da resposta aos antígenos protetores ou produção de hipersensibilidade. Quando o mecanismo patogênico de um agente envolve uma toxina, uma modificada forma de toxina (toxóide) é usada como vacina (ex. Difteria, tétano, etc.). Toxóides, embora percam sua toxicidade, eles continuam imunogênicos. A vacinação com os antígenos protetores isolados pode evitar essas complicações, e a identificação desses antígenos cria a possibilidade de produção sintética quando a cultura do organismo em grande quantidade é inviável ou quando o custo do isolamento dosm componentes individuais é muito alto. Algumas vacinas consistem de sub-componentes dos organismos patogênicos, usualmente proteínas ou polissacarídeos. Uma vez que polissacarídeos são relativamente fracos antígenos T-independentes, e produzem respostas apenas do tipo IgM sem memória imunológica, eles fazem respostas mais imunogênicas pela conjugação com proteínas (ex. Hemofilus, meningococos, pneumococos, etc.). Vacinas contra hepatite B e hidrofobia consistem em proteínas antigênicas clonadas em um vetor adequado (ex., fungo). Essas vacinas em subunidades são desenhadas para reduzir problemas de toxicidade e risco de infecção. Quando o mecanismo patogênico de um agente envolve uma toxina, uma modificada forma de toxina (toxóide) é usada como vacina (ex. Difteria, tétano, etc.). Toxóides, embora percam sua toxicidade, eles continuam imunogênicos. 20 Modificação duma forma de toxina em toxoide inofensivo usada como vacina PATOGENO INATIVO PATOGENo ATENUADO PATOGENO Fracionamento lnativação Atenuação Técnicas clássicas de vacina. subunidades Atenuação por tecnologia de DNA recombinante Vacina com antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) usando como carreador o vírus da vacinia atenuado. Atenuação Viral Clasificação sanitária Vacinas sistemáticas: São aquelas cujo objectivo é proteger as pessoas susceptíveis, recomendadas para toda a população, salvo contraindicações concretas. Ex: vacinacao em criancas Vacinas optativas ou não sistemáticas: Sua aplicação têm carácter individual ou em grupos de população, se baseia em circunstâncias pessoais, ambientaies ou de outro tipo que rodeiam ao paciente. Ex: viagens a países Vacinas optativas ou não sistemáticas: São aquelas que não formam parte de um programa de saúde pública como as anteriores. 26 Imunização profilática versus imunização terapêutica Algumas vacinas podem ser administradas terapeuticamente, ou seja após a exposição (Imunoterapia). Imunoprofilaxia - é o ramo da imunologia que estuda a investigação, produção e controlo dos produtos relaccionados com a imunidade e os fenómenos que resultam desses produtos sobre um ser vertebrado superior. A maioria das vacinas são administradas profilaticamente, ou seja, antes da exposição ao patógeno. (A eficácia deste modo de imunização depende da taxa de replicação do patógeno, do período de incubação e do mecanismo de patogenicidade. Por esta razão, apenas uma injeção de refôrço da vacina de tétano é suficiente se a exposição ao patógeno ocorrer em menos de 10 anos e se a exposição é mínima (ferimentos relativamente superficiais). Em uma situação onde patógenos têm curtos períodos de incubação, o mecanismo de patogenicidade é tal que mesmo uma pequena quantidfade da molécula patogênica poderia ser fatal (ex. Tétano e difteria) e/ou o bolus da infecção é relativamente grande, a imunização passiva e ativa pós exposição são essenciais. A imunização passiva profilática também é normal nos casos de defeitos no sistema imune, tais como hipogamaglobulinemias. 27 Vantagens Tem memória imunológica e eficiência na resposta imune com virus atenuados. Desvantagens Pode haver reativação no organismo com o aparecimento da doença. Ex: Virus da poliomielite e vibrião da colera Inductores: são aqueles que induzem um estado de inmunidade activa por exemplo: Vacinas (imunidade activa artificial) Estes produtos são denominados agentes: indutores e efetores. Vantagens E para urgências especialmente toxinas e venenos. Desvantagens Não cria memória imunológica, é uma proteção temporária. Ex: Soro antitetánico, soro antiofídico, soro imune anti- hepatite B Efetores: efecto ou consequência do indutor, se caracterizam por poder ser transferidos a outra pessoa a fim de protegê-la da enfermedade (imunidade pasiva artificial) por exemplo: soros (imunoglobulinas). Diferentes tipos de vacinas e natureza de resposta produzida por elas. Tipo de vacina Exemplos Forma de proteccao Bacterias vivas atenuadas ou mortas BCG, cólera Resposta de anticorpos Virus vivos Atenuados Poliomielitis, rabia Resposta de anticorpos; resposta imunitaria celular Vacinas de subunidades (antígeno) Toxoide tetánico e toxoide diftérico Resposta de anticorpos Vacinas conjugadas Infeccao por Haemophilus influenzae Resposta de anticorpos dependente do linfocito T cooperador a antígenos polissacáridios Cont. Vacinas sintéticas Hepatitis (proteínas recombinantes) Resposta de anticorpos Vectoresvíricos Ensaios clínicos com antígenos de VIH em vector da viruela de canario Respostas imunitarias celular e humoral Vacinas de ADN Ensaios clínicos em marcha para infeccoes graves Respostas imunitarias celular e humoral . Efeitos adversos da imunização febre, mal estar e desconforto. Artrite (rubéola), convulsões, às vezes fatal (coqueluche), desordens neurológicas(influenza). Alergias . 32 Contraindicações Febre acima de 38.5ºC Vacinas fabricadas com bacterias ou virus vivos devem ser administradas, tendo maior rigor na sua vigilancia em individuos imunocomprometidos, transplantados, com cancro, em tratamento com corticoides em doses altas e gestantes. 33 Calendário de vacinação recomendado em crianças de 0-24 meses em Moçambique Idade Vacina Ao Nascimento 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 6 meses 9 meses 18 meses 24 meses bCG bCG Poliovírus inativado IPV IPV IPV IPV Rota vírus Rota Rota Rota Pneumococo PCV10 PCV10 PCV10 DTP/HB+Hib DTP/HB+Hib DTP/HB+Hib DTP/HB+Hib Sarampo, rubeola SR SR Bibliografia Stites DP. Imunologia Básica e Clinica 9 ed. Guanabara. Rio de Janeiro. 2010 Roitt et all, Fundamentos de Imunologia. 12 ed. Guanabara. Rio de Janeiro. 2013 Abbas et all, Imunologia Celular e Molecular, 8 ed. Elsevier. São Paulo. 2008 Gyton et all, Tratado de Fisiologia Humana. 12 ed. HALL. 2009 Considerações Finais Duvidas Acréscimo & Criticas
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