Trabalho de GC ITAUSA (1)

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Introdução
O objetivo deste trabalho é compreender o mecanismo de Governança Corporativa da Holding ITAUSA S.A. No mesmo será abordado e descritos diversos tópicos de como o grupo se posiciona perante suas práticas de Governança Corporativa e também alguns pontos importantes como apresentação da empresa; Porte/funcionários; Atividade/Setor de atuação; Composição acionária; Objetivos (diretrizes); Princípios que norteiam as práticas de governança; Estrutura da Governança (Conselhos, Comitês, Diretoria, Sistema de controle Interno e Externo (auditoria), Gerenciamento de risco, Planejamento estratégico); Comunicação com as partes interessadas, entre outros.
ITAUSA S.A
A Itaúsa é uma holding (empresa que possui participações em outras empresas) que detém o controle do Itaú Unibanco, por meio da IUPAR (Veículo de Investimento), e o compartilha com a família Moreira Sales. A companhia foi constituída com o objetivo de centralizar as decisões financeiras e estratégicas de um conjunto de empresas, propiciando a elas uma gestão eficiente e maior capacidade de crescimento. A história da empresa teve início com o primeiro banco de investimentos no Brasil. Com o nome Banco Federal Itaú de Investimentos S.A., ele foi criado em 06/05/1966 após a atividade ser institucionalizada pelo Banco Central. Assim, o Banco Federal Itaú de Investimentos S.A surgiu como uma S/A (Sociedade Anônima) de capital aberto, com foco principal em realizar operações de participação ou financiamento a médio e longo prazo. Com isso, as operações tinham por objetivo tanto o suprimento de capital fixo ou de movimento, mediante a aplicação de recursos próprios, como também a angariação e aplicação dos recursos de terceiros e outras atividades que eram permitidas pela legislação e regras monetárias. Em 1970, a empresa teve sua razão social alterada para Banco Itaú de Investimentos S.A. e logo depois, em 1973, passou a ser denominado como Banco Itaú Português de Investimento S.A. O banco expandiu a sua atuação majoritariamente na área de bancos de investimento, acumulando uma vultuosa carteira de ações e se tornando acionista significativo de várias instituições financeiras do Itaú. Dado o crescimento dessas operações e das instituições, houve uma reformulação e o Banco Português de Investimento S.A. deixou de ser apenas um banco de investimento e se tornou a empresa líder das Instituições Financeiras Itaú. Na época, a holding liderava um conglomerado com mais de 50 sociedades. Já em dezembro de 1974, em uma assembleia geral, foi aprovada a alteração da razão social da empresa e a companhia passou a se chamar Investimentos Itaú S.A. Além da razão social, também houve alteração de seu objeto social, que passou a ser o de apoiar empresas privadas nacionais de cujo capital detinha participação. Mais tarde, em 1991, a denominação foi novamente modificada e a holding passou a se chamar Itaúsa – Investimentos Itaú S.A., denominação essa que permanece até os dias de hoje. Uma vez holding pura de capital aberto, a Itaúsa concentra todas as decisões financeiras e estratégicas, de modo que suas controladas tenham as melhores condições de se expandir de maneira sustentável e rentável, com foco principal em entregar valor aos acionistas por meio da ética nos negócios, valorização do capital humano e a meritocracia. Hoje, as principais empresas controladas pela Itaúsa se destacam nos diversos setores de negócios a que se dedicam: Itaú Unibanco Holding S.A e suas controladas Banco Itaú e Banco Itaú BBA (segmento financeiro) e Duratex, Alpargatas e NTS (setor industrial). 
Porte de colaboradores
A Holding possui em torno de 112 mil colaboradores que fazem parte das empresas do conglomerado: Duratex, Elekeiroz, Itautec e Itaú Unibanco. 
Principais atividades
A companhia tem como atividade principal adquirir parte de empresas a fim de centralizar as decisões financeiras e estratégicas.
Composição acionaria
A Itaúsa possui influência direta nas principais decisões e nos rumos do Itaú, compartilhando o controle com a família Moreira Salles e Egydio Souza. Conforme abaixo:
Objetivos e Diretrizes
A ITAUSA tem como principal objetivo centralizar as decisões financeiras e estratégicas de um conjunto de empresas, propiciando a elas uma gestão eficiente e maior capacidade de crescimento, Além dos princípios que norteiam a Cia temos as diretrizes de atuação a responsabilidade social, a transparência nos negócios, e a vocação para expansão das empresas, fortalecendo associações e buscando a internacionalização, com forte base de capital próprio e de tecnologia de gestão.
Princípios que norteiam as práticas de governança
Valorização do capital humano, ética nos negócios e geração de valor aos acionistas e à sociedade norteiam a atuação do Conglomerado em todas as suas operações.
Estrutura da Governança
Diretoria
Os membros da Diretoria administram e representam legalmente a Itaúsa. Em específico, dois Diretores, em conjunto, têm poderes para representar a Itaúsa, assumindo obrigações ou exercendo direitos em qualquer ato, contrato ou documento que acarrete responsabilidade para a sociedade, inclusive na concessão de fianças, avais, entre outras garantias. Compete ao Diretor-Presidente convocar e presidir as reuniões da Diretoria; o Diretor Geral deve estruturar e dirigir todos os serviços da sociedade, bem como estabelecer normas internas e operacionais, de acordo com as diretrizes traçadas pelo CA; os Diretores Vice-Presidentes e os Diretores Executivos devem colaborar com o Diretor-Presidente e com o Diretor Geral na gestão dos negócios e direção dos serviços sociais.
Conforme previsto no Estatuto Social, a Diretoria tem entre suas responsabilidades ceder e renunciar direitos, onerar e alienar bens sociais, prestar garantias a obrigações de terceiros e deliberar sobre a emissão de notas promissórias e títulos no exterior e de notas promissórias comerciais.
A Diretoria é eleita anualmente pelo CA e é composta de 3 a 15 membros, todos com mandato de 1 ano e possibilidade de reeleição. Não poderá ser eleito Diretor quem já tiver completado 75 anos na data da eleição.
A Vice-Presidência Executiva, responsável pela área econômica, é avaliada pelo CA com relação a suas experiências, conhecimentos de mercado e formação. Cada Companhia do Conglomerado define a forma de avaliação e os critérios para que os profissionais responsáveis pelas áreas Ambiental e Social venham a assumir essas posições. 
	COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA
ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO
Presidente
	HENRI PENCHAS
Vice-Presidente e Diretor de Relações com Investidores
	ROBERTO EGYDIO SETUBAL
Vice-Presidente
	
Sistema de Controle Interno e Externo
Para garantir que conflitos de interesse sejam evitados no Conselho de Administração, os acionistas controladores da Itaúsa seguem o Acordo de Acionistas, de forma que estejam assegurados os fundamentos de sua atuação na gestão de matérias relativas aos principais pontos estratégicos da holding.
O Acordo de Acionistas estabelece as políticas de endividamento e riscos da holding e das Companhias controladas. As políticas delimitam níveis de endividamento conforme os patrimônios líquidos das controladas. Já a gestão de risco é essencial para otimizar o uso de recursos e selecionar as melhores oportunidades de negócios, pois visa mapear eventos internos e externos que possam afetar as estratégias das unidades de negócios.
Nesse âmbito, o Conselho de Administração se reúne trimestralmente e, sempre que necessário, para fazer a análise da eficácia dos processos de gestão de risco da organização para tópicos econômicos. Nessas reuniões é feito todo o acompanhamento de indicadores de riscos financeiros, o que garante efetividade e cobertura de controle.
Os limites são dimensionados e os resultados projetados do balanço, do patrimônio e do perfil de risco de cada unidade são avaliados para serem definidas as medidas de gestão. Adicionalmente, considerando as peculiaridades de cada Companhia os limites são controlados diariamentee os excessos são discutidos em comissões. Os riscos ambientais e sociais são de responsabilidade de cada Companhia, que devem ter como base a orientação geral da holding, a legislação e as direções de associações que visam ao bem-estar social. 
Com o objetivo de desenvolver e aprimorar o conhecimento do Conselho de Administração, a holding convida especialistas em temas econômicos, ambientais e sociais para reuniões com membros do órgão. Um exemplo dessa prática é a presença de um economista sênior do Itaú Unibanco nas reuniões do Conselho para exposição sobre perspectivas macroeconômicas, quando os Conselheiros têm a oportunidade de debater os pontos que consideram mais relevantes. Nas reuniões trimestrais do Comitê de Ética, Divulgação e Negociação são analisados tópicos ambientais e sociais, como o desempenho no Dow Jones Sustainability Index (DJSI) e no ISE da BM&FBovespa, e temas específicos, como a nova Lei Anticorrupção.  
Visando ao aprimoramento de uma atuação eficiente de seu Conselho de Administração, o Conglomerado iniciou, em 2006, o processo de avaliação de desempenho, implementado gradativamente nas Companhias do Conglomerado. O CA da Itaúsa é formado por membros que exercem as mesmas funções nos Conselhos de suas controladas.