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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL - CULTURA E SOCIEDADE

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CULTURA E SOCIEDADE
DIAS, Izabel Cristina[footnoteRef:1] [1: Estudante do curso de Pedagogia, pela Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.] 
Orietador: MARTINS, Edson[footnoteRef:2] [2: Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2006), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (2001), Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná (1998), Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (1994), Especialista em Educação a Distância pelo Centro Universitário SENAC – RJ, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo (1985). Professor na Faculdade FAEL] 
RESUMO
Aborda-se nesta pesquisa, a importância da utilização de brincadeiras e jogos no processo ensino-aprendizagem dos alunos da Educação Infantil. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, analisando livros, artigos, publicações, revistas entre outros de doutrinadores respaldados que apontam a importância do lúdico para a educação Infantil. O objetivo deste trabalho é analisar a necessidade de trabalhar o lúdico na Educação Infantil respeitando-se o meio cultural e a sociedade na qual a criança está inserida. Justifica-se a pesquisa deste tema pela necessidade de demonstrar que a ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, daí a importância de entender como essas brincadeiras influenciam no processo ensino-aprendizagem na fase da educação infantil, tendo como base a cultura e a sociedade na qual as crianças estão inseridas. A ludicidade na educação infantil é importantíssima e, ao refletir sobre ela, percebe-se que, as experiências com brincadeiras pelas crianças estão conectadas ao modo de vida das mesmas, sua cultura e meio social na qual estejam inseridas influenciando diretamente nesse processo de ensino-aprendizagem e no próprio desenvolvimento do educando. Ao se compreender a importância do espaço da brincadeira neste cenário, deixa-se de reduzir o lúdico a mero auxiliar didático e começa-se a enxerga-lo como uma maravilhosa ferramenta pedagógica que auxilia no processo de aprendizagem e também ensino. Por esse motivo, as escolas que respeitam os direitos e visam suprir as necessidades das crianças, devem incluir o lúdico em seu currículo, com planejamento, materiais adequados, espaços próprios, apoio integral da direção e bons educadores.
Palavras-chave: Lúdico, Ensino-Aprendizagem, Cultura, Meio Social. 
ABSTRACT
In this research, the importance of playing games in the teaching-learning process of Early Childhood Education students is approached. The methodology used was bibliographic research, analyzing books, articles, publications, magazines, among others, of supported doctrines that point out the importance of playfulness for early childhood education. The objective of this work is to analyze the need to work on play in Early Childhood Education, respecting the cultural environment and the society in which the child is inserted. Research on this topic is justified by the need to demonstrate that playfulness is a great laboratory for the integral development of the child, hence the importance of understanding how these games influence the teaching-learning process in the early childhood stage, based on culture and the society in which children are inserted. Playfulness in early childhood education is very important and, when reflecting on it, it is noticed that the experiences with games for children are connected to their way of life, their culture and social environment in which they are inserted, directly influencing this teaching process- learning and the student's own development. When you understand the importance of the space of play in this scenario, you stop reducing playfulness to a mere didactic aid and you start to see it as a wonderful pedagogical tool that helps in the learning and teaching process. For this reason, schools that respect the rights and aim to meet the needs of children, should include play in their curriculum, with planning, appropriate materials, their own spaces, full support from management and good educators.
Keywords: Playful, Teaching-Learning, Culture, Social Environment.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho teve como tema o Lúdico na Educação Infantil: Cultura e Sociedade. O principal argumento se dá pelo fato de que o ato de brincar auxilia na educação infantil conduzindo a criança a desenvolver sua capacidade de criação e invenção, utilizando a imaginação e tornando o espaço educacional mais dinâmico, alegre e cativante. 
O objetivo geral do trabalho foi tecer uma análise sobre a importância de utilizar jogos e brincadeiras no processo do ensino aprendizagem dos alunos na Educação Infantil.
Entre os objetivos específicos optou-se por tratar do tema do Lúdico no Desenvolvimento Infantil; a utilização de jogos, brincadeiras e brinquedos como auxílio no desenvolvimento de atividades lúdicas em sala de aula; a influência da cultura local na qual a criança está inserida e o papel do educador em saber como trabalhar o lúdico na Educação Infantil, respeitando-se o meio cultural e a sociedade na qual a criança está inserida.
Este artigo consistiu numa pesquisa bibliográfica, utilizando-se argumentos de doutrinadores respaldados que apontam a importância do lúdico para a educação Infantil, como, Ângela M. Borba, Ângela Maria Scalabrin Coutinho, Adriana Friedmann, Tizuko Morchida Kishimoto, Jacinto Manuel Sarmento e Lev Semyonovich Vygotsky, apoiam essa prática, pois com o lúdico a criança se apropria com mais facilidade dos conteúdos e de todas as propostas que o educador lhe propuser.
Em primeiro lugar fez-se uma reflexão e discussão da importância dos jogos e brincadeiras como forma lúdica na educação infantil. Em seguida Demonstrou-ser a importância que o professor tem de trabalhar o lúdico na educação infantil, entendendo a influência da cultura no comportamento desse aluno, bem como trazer brincadeiras e jogos que tenham ligação com o meio social no qual ela esteja inserida.
Por fim, buscou-se entender como se pode desenvolver nas crianças as suas capacidades, habilidades, conhecimentos e raciocínio lógico através da utilização de brincadeiras e jogos na educação infantil.
2. IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO FORMA LÚDICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	Ao se fazer uma reflexão sobre a importância do lúdico na educação infantil, é de suma importância entender como as experiências brincantes da criança relacionadas diretamente com a cultura e o meio social na qual elas estão inseridas influenciam no processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento desse educando.
Vygotsky (1994, p. 98) já dizia que:
A brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz.
 Atualmente, as crianças têm ingressado cada vez mais cedo nas instituições educacionais, passando aos educadores a tarefa de ensinar e educa-los no período da educação infantil.
Kishimoto (1999, p. 15) leciona que:
 Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social”.
Ou seja, cada cultura tem seus diversos tipos de brincadeiras e jogos que são adotados ao longo do tempo, cuja função principal é a de eternizar a cultura das crianças e auxiliá-las para que possam desenvolver da melhor maneira possível uma boa convivência social e aprender se divertindo.Ora, durante as atividades lúdicas que estejam sendo aplicadas, o educando certamente está aprendendo várias coisas, e também está agregando através da interação social e da comunicação, elementos da cultura na qual está inserida. 
Segundo Vygotsky (1994, p. 122): 
É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do mundo adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (…). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos.
Segundo o autor, pode-se perceber nitidamente que, ao brincar, a criança em seu mundo imaginário, desenvolve a capacidade de criação, invenção, mesmo porque, para realizar os seus desejos, muitas vezes, ela cria objetos, instrumentos, ou até mesmo, brinquedos, o que mostra o desenvolvimento de habilidades artísticas, de coordenação motora, entre outras.
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Nas palavras de Nylse Helena Silva Cunha (2009, p. 09):
A ludicidade, tão importante para a saúde mental humana, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço de exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
Ou seja, é verdadeiramente necessário valorizar a ludicidade para a saúde mental das crianças, pois assim ela poderá se expressar melhor com o mundo e as pessoas que a rodeiam, bem como com os objetos, pois entenderá a aplicação e importância dos mesmos.
Aprender brincando é mais satisfatório. Ou seja, através do brincar, a criança faz o que mais gosta de fazer, porque está unindo o prazer ao conhecimento de um modo geral. 
Dessa forma, a educação deve estimular a formação e a compreensão das crianças como um ser ativo e seu principal método é a utilização do uso de brinquedos e brincadeiras centradas na recreação como uma maneira de ter uma educação baseada no brincar.
Nas palavras de Wajskop (2009, p.33):
A brincadeira pode ser um espaço privilegiado de interação e confronto de diferentes crianças com diferentes pontos de vista. Nessa experiência elas tentam resolver a contradição da liberdade de brincar no nível simbólico em contraposição às regras por elas estabelecidas, assim como o limite da realidade ou das regras dos próprios jogos aos desejos colocados. Na vivência desses conflitos, as crianças podem enriquecer a relação com seus coetâneos, na direção da autonomia e cooperação, compreendendo e agindo na realidade de forma ativa e construtiva.
Portanto, quando brinca, a criança passa a compreender diferentes pontos de vista e enriquecem seus relacionamentos interpessoais, aprendendo a ser independente e cooperativa.
Logo, brincando a criança aprende melhor, porque o lúdico está diretamente ligado ao processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil.
Para Kishimoto (1999, p. 36):
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com cognições, afetivas, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-la.
Partindo-se do pressuposto de que a criança aprende de maneira espontânea, o lúdico é de grande relevância para a aprendizagem no desenvolvimento infantil, ou seja, ele passa a ter fundamental importância na formação e aprendizagem.
Friedmann (1996, p.56), lembra que:
Jogos de Exercício Sensorimotor - Caracterizam a etapa que vai do nascimento até o aparecimento da linguagem, apesar de reaparecerem durante toda a infância O jogo surge primeiro, sob a forma de exercícios simples cuja finalidade é o próprio prazer do funcionamento. Esses exercícios caracterizam-se pela repetição de gestos e de movimentos simples e têm valor exploratório. Dentro desta categoria podemos destacar os seguintes jogos: sonoro, visual, tátil, olfativo, gustativo, motor e de manipulação.
Ou seja, os jogos têm como característica principal a repetição através de gestos e movimentos simples e, por esse motivo, tem grande valor exploratório para a criança na sua primeira etapa de vida.
Segundo Friedmann (1996, p. 56):
Jogo Simbólico - Entre os dois e os seis anos a tendência lúdica predominante se manifesta sob a forma de jogo simbólico. Nesta categoria o jogo pode ser de ficção ou de imitação, tanta no que diz respeito à transformação de objetos quanto ao desempenho de papéis. A função do jogo simbólico consiste em assimilar a realidade. É através do faz-de-conta que a criança realiza sonhos e fantasias, revela conflitos interiores, medos e angústias, aliviando tensões e frustrações. O jogo simbólico é também um meio de auto-expressão: ao reproduzir os diferentes papéis (de pai, mãe, professor, aluno etc.), a criança imita situações da vida real. Nele, aquele que brinca dá novos significados aos objetos, às pessoas, às ações, aos fatos etc., inspirando-se em semelhanças mais ou menos fiéis às representadas. Dentro dessa categoria destacam-se os jogos de faz-de-conta, de papéis e de representação (estas denominações variam de um autor para outro).
Ora, para cada fase de desenvolvimento infantil há determinados tipos de jogos que devem ser adotados, sendo que entre os dois e os seis anos, podem ser de ficção ou de imitação, como jogos de faz-de-conta, de atuação, entre outros.
.
Ou seja, o lúdico facilita o processo do ensino aprendizagem de modo satisfatório. O ato de brincar é uma experiência da cultura e fundamental na formação do ser. 
Vygotsky (1994, p. 118), lembra que:
(...) aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente. 
Ora, para que se possa aprender melhor, saber lidar com novas situações que surgem com o passar dos anos, viver bem dentro da sociedade, é essencial que a criança tenha um bom aprendizado.
Nas palavras de Kishimoto (1999, p. 06):
Para a criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver.
Ora, apesar de não ser o único aspecto na vida da criança, o lúdico a ajuda a experimentar o poder de explorar o mundo dos objetos, pessoas, natureza, cultura, e assim, mais tarde, fazer uma interpretação do meio social em que ela vive e aprender a se expressar de uma maneira melhor.
Marinho (2007, p. 85), afirma que:
Podemos dizer que a criança, quando brinca e joga, também treina para um melhor convívio social, pois aprende a cumprir regras, trabalhar em grupo, conhecer e desafiar limites, ao mesmo tempo em que melhora sua agilidade e perspicácia diante das situações que aparecem durante as brincadeiras e jogos. 
Ou seja, as brincadeiras desenvolvem a interação social infantil, pois, elas passam a aprender a conviver dentro da sociedade, desenvolvendo a capacidade de resolver problemas enfrentados durante a vida.
Vygotsky (1994, p. 135) este diz que:
Nestaépoca de globalização e de avanços tecnológicos o valor dos velhos brinquedos e brincadeiras está passando por um processo de transição, pois as crianças estão deixando de se envolverem com tais situações devido a influência do computador, vídeo game, televisão e outros brinquedos eletrônicos que deixam o espaço e o tempo da criança restrito apenas a imaginação e não a manipulação que corresponde a situação real.
Com tantas mudanças e transformações no mundo, principalmente ao que atine ao desenvolvimento tecnológico, muitas brincadeiras estão sendo deixadas de lado e isso não tem sido nada bom para as crianças, prejudicando o processo ensino aprendizagem.
Assim sendo, tanto a atual educação, como as teorias sobre o lúdico acabam por acompanhar criticamente ou harmonicamente a sociedade de consumo e os seus conceitos sobre o brincar, ou seja, o lúdico. 
E, é de suma importância não permitir que as crianças percam a oportunidade de brincar e jogar, pois é através do lúdico na educação infantil que será possível que elas possam desenvolver a sua sociabilidade, coordenação motora, noção espacial e corporal e até mesmo o desenvolvimento da linguagem.
3. A IMPORTÂNCIA DE O PROFESSOR TRABALHAR O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cada criança é criada numa cultura específica e as suas expressões, nas variadas linguagens desdobram-se do relacionamento que ela tem com o meio social no qual ela está inserida, ou seja, tem como base os bens culturais que a sociedade disponibiliza para ela.
	Nas palavras de Ângela M. S. Coutinho (2002, p.99):
As manifestações infantis são provenientes de uma cultura própria das crianças. Suas expressões, nas variadas linguagens, decorrem da relação com a cultura que as cerca, ou seja, com os bens culturais que a sociedade disponibiliza para elas. A representação de cenas do cotidiano pelas crianças expressando conhecimentos produzidos socialmente são reelaborados pelas mesmas em suas vivências, elas recriam situações já presenciadas e criam, assim, uma cultura infantil, pois, como afirmam Sarmento e Pinto: "As culturas infantis não nascem no universo simbólico exclusivo da infância, este universo não é fechado - pelo contrário, é, mais do que qualquer outro, extremamente permeável - nem lhes é alheia a reflexibilidade social global. (COUTINHO, 2002, p. 99)
Na verdade, há uma necessidade de os adultos tentarem compreender e se aproximar do mundo cultural da criança, tentando compreender os elementos que constituem a sua criação.
Ao trabalhar com atividades lúdicas, o educador pode utilizar não só brincadeiras, como diversos tipos de jogos, entre eles, jogos de conceitos, de raciocínio, comportamentais, de estratégia, de desenvolvimento, jogos com regras, que permitem que as crianças explorem a partir da ludicidade o seu desenvolvimento e o seu aprendizado.
Segundo Antunes (2001, p. 28):
[...] as brincadeiras [ou atividades] dentro do lúdico se tornam um aliado e instrumento de trabalho pedagógico super valorizado para se conseguir alcançar os objetivos de uma construção de conhecimentos onde o aluno seja participativo ativo. 
Dessa forma, o educador pode utilizar as atividades lúdicas com a finalidade educativa, inclusive para trabalhar conteúdos escolares específicos.
Nas palavras de Severino (1991, p. 26):
 [...] ao entender a educação como um processo historicamente produzido e o papel do educador como agente desse processo, que não se limita a informar, mas ajudar as pessoas a encontrarem sua própria identidade de forma a contribuir positivamente na sociedade e que a ludicidade tem sido enfocada como umas alternativas para a formação do ser humano pensaram que os cursos de formação deverão se adaptar a esta nova realidade. Uma das formas de repensar os cursos de formação é introduzir na base de sua estrutura curricular um novo pilar: a formação lúdica. 
Por esse motivo, é extremamente necessário que se garanta a formação educacional desse educador, para que ele tenha condições de exercer sua profissão de maneira exemplar. 
É sempre bom lembrar que, o educador tem a função primordial de conduzir a aprendizagem e o aluno à missão de aprender. É necessário que, o aluno e o professor possam sentir o sabor do conhecimento que está sendo socializado em sala de aula.
A professora Tizuko Kishimoto (2010, p. 1), diz que:
Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. 
Por esse motivo, é necessário dinamizar novos espaços e técnicas de aprendizagem e de produção de conhecimento no contexto escolar, utilizar o lúdico na educação infantil dentro dessas novas didáticas é uma ferramenta que complementa essas novas alternativas metodológicas de ensino inovador.
É bom ressaltar que, as brincadeiras e jogos não influenciam apenas crianças, mas também os adultos, tornado o ambiente de aprendizagem mais favorável e atrativo.
Para Negrini apud Santos (1997, p. 13):
A formação do educador deveria contemplar três pilares que fariam a sustentação da formação profissional: a formação acadêmica, a formação pedagógica e a formação pessoal. Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais dos cursos de formação do educador, entretanto algumas experiências têm mostrado sua validade e não são poucos os educadores que tem afirmado ser a ludicidade a alavanca da educação para o terceiro milênio.
Portanto, os professores de educação infantil precisam entender que o ensino lúdico é uma forma de aprendizagem, mas ainda, eles devem aliar o conceito de escola à ideia de aprendizagem facilitada pela utilização do lúdico, ou seja, brincadeiras, jogos e o brinquedo, buscando a igualdade na educação e o respeito às diferenças de aquisição cognitivo.
Sales (2016, p. 34), continua afirmando que:
Educadores, professores, pedagogos, num âmbito geral, todos concordam que a brincadeira é um instrumento pedagógico importante e ajuda a desenvolver o raciocínio, as habilidades, fortalece vínculos afetivos entre alunos, desenvolve a imaginação, a percepção, a criatividade e estimula-os, por isso é importante resgatar as brincadeiras tradicionais, pois elas utilizam mais a criatividade, resgata as histórias, e desenvolve o contato maior entre pais e filhos e devem estar presentes em todos os momentos, já que é uma forma prazerosa de aprender, estimulando o vínculo afetivo entre professor – aluno e vice – versa. O lúdico deve estar sempre presente na prática pedagógica, para desenvolver o aspecto cognitivo dos alunos.
Dessa forma, é correto afirmar que é de suma importância que o lúdico esteja presente na prática pedagógico por ser um excelente instrumento no processo do ensino aprendizagem e os educadores devem valorizar o seu emprego do mesmo em suas aulas.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, P. 23):
 Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. 
Logo, é papel do educador vivenciar a ludicidade como fazer pedagógico no seu processo de formação profissional, pois quando ele aprende a importância da utilização dessa ferramenta, as crianças aprendem com alegria, facilitando o processo de ensino aprendizagem.
4. O LÚDICO COMO DESENVOLVEDOR DE CAPACIDADES, HABILIDADES, CONHECIMENTOS E RACIOCÍNIO LÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Como visto anteriormente as atividadeslúdicas são responsáveis por desenvolver diversas habilidades físicas, afetivas, sociais e intelectuais nas crianças, como a criatividade, autonomia, responsabilidade, o respeito à diversidade.
Igualmente, também ajuda a promover adaptações sociais, favorecendo o processo de comunicação, potencialização e socialização.
A criança precisa conquistar novos conhecimentos pelo contato com seus semelhantes e com o meio em que vive. 
Vygotsky (1994, p. 94) ensina que:
O ponto de partida dessa discussão é o fato de que o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades.
Dessa forma, pode-se entender que, o brincar, o brinquedo e os jogos produtos sociais e históricos revelam traços importantes da cultura, que determinam o povo em um dado momento histórico, ao utilizar atividades lúdicas é importante que o educador respeite as experiências já vividas pelo educando e a cultura na qual ele foi criado.
É na infância que os processos de conceituação acabam por desenvolver as funções intelectuais. Elas dão suporte psicológico ao processo de formação de conceitos. Para ele destaca-se a necessidade de pensar nas relações entre pensamento e linguagem. Estas se envolvem na formação de conceitos.
Segundo Oliveira (1992 p.27-28): 
Ao utilizar a linguagem para nomear determinado objeto estamos, na verdade, classificando esse objeto numa categoria, numa classe de objetos que têm em comum certos atributos. A utilização da linguagem favorece, assim, processos de abstração e generalização (...). As palavras, portanto, como signos mediadores na relação do homem com o mundo são, em si, generalizações: cada palavra refere-se a uma classe de objetos, constituindo num signo, numa forma de representação dessa categoria de objetos, desse conceito.
Assim sendo, o educando através da aprendizagem das palavras que se utiliza em sua linguagem infantil, principia-se um processo semântico que se atinge o ápice após alguns anos. Conclui-se então que crianças, adolescentes e adultos ao utilizar uma mesma palavra podem estar querendo dizer coisas distintas.
É necessário entender que, as experiências vivenciadas de zero a seis anos de idade são fundamentais na formação do ser humano. O que se aprende na referida fase pode deixar marcas para o resto da vida. A educação infantil é o momento de interação da criança com o mundo, com todos os que a cercam e consigo mesma.
Gadotti (1992, p. 82) enfatiza que: 
A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também se preocupar com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. Mas, para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças: é preciso reconhecê-las, não camuflá-las, aceitando que, para conhecer a mim mesmo, preciso conhecer o outro.
Portanto, a escola é também uma grande responsável por difundir a cultura, construindo competências, buscando novos conhecimentos e novas tecnologias, utilizando sempre métodos práticos, preocupando-se, dessa forma, com a formação global dos alunos, para que aprendam a serem mais críticos, respeitados e reflexivos.
Segundo, Oliveira, Solé e Fortuna (2010, p.119) lembram que: 
A brincadeira é tão importante para o desenvolvimento humano que até mesmo quando ocorrem brigas ela contribui para o crescimento e a aprendizagem. Negociar perspectivas, convencer o opositor, conquistar adesões para uma causa, descer, abrir mão, lutar por um ponto de vista, tudo isso ensina a viver. 
O brincar vai desde a sua prática livre até uma atividade dirigida, com regras e normas e toda criança necessita de desafios para aprender a respeitar o limite de cada brincadeira, desde que desperte o interesse e a motivação das crianças na construção e reconstrução do conhecimento.
Bom reforçar que, as atividades lúdicas realizadas na Educação Infantil. 
facilitam o desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social da criança e como elas auxiliam e ao mesmo tempo conduzem para aprendizagem.
Por esse motivo, ao utilizar atividades lúdicas na educação infantil, o educador deve priorizar o mundo da criança e sua especificidade, para que as crianças possam vivenciar experiências que permitam a efetivação de suas aprendizagens escolares.
Desde a constituição de 1988, no Brasil, quando se fala no termo educação infantil está se referindo a etapa educacional das crianças de 0 a 6 anos de idade. 
Segundo Vygotsky (1994, p. 45):
No processo do desenvolvimento a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, retratadas através de seu ambiente humano, que ajuda a entender seus objetivos. Isto vai envolver a fala, a comunicação.
Nota-se que a imaginação da criança associa-se diretamente a aquisição de fala, que facilita a formação de representações sobre objetos e permite a criança imaginar um objeto que ela nunca viu antes. Por outro lado, do mesmo modo que há um desenvolvimento de relação significado/ objeto, há desenvolvimento na relação significado/ ação, ou seja, a criança aprende a separar-se de uma ação real através de outra ação, desenvolvendo a vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes, assim como operar com as coisas a leva ao pensamento abstrato.
Segundo o autor, primeiramente a criança aprende por imitação, logo na primeira infância, o que vai ajuda-la no desenvolvimento da fala e na sua comunicação com as demais pessoas. 
Posteriormente, usando da imaginação ajudará no desenvolvimento de relação entre a palavra ouvida e o objeto que na verdade, ela não tinha visto anteriormente, o que será uma ferramenta para que ela possa fazer as suas próprias escolhas. 
Essas escolhas vão ser importantes para que essas atividades lúdicas possam ajudar o educador a atingir o fim almejado. A escola deve ser um espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as crianças sintam prazer pelo ato de conhecer.
	
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo procurou-se abordar o lúdico e a educação infantil. Ao se transitar, mesmo que rapidamente, pelas variadas épocas e autores procurou-se expor a relevância da temática, lúdico para o contexto da educação infantil. Dessa maneira, passou-se também pela problemática da conceituação do termo lúdico. Diante desse aporte teórico tentou-se refletir sobre a especificidade da educação infantil e como o lúdico apresenta-se diante desse cenário.
E por último apresentou-se a implicação da questão tecnológica e do lúdico na educação infantil. O lúdico fornece à criança um desenvolvimento sadio e harmonioso. Como se pode constatar o estudo do lúdico encontra-se diferentes momentos históricos e suas respectivas compreensões. O lúdico se expressa desde os primórdios na Antiguidade através das atividades de dança, pesca, pintura, caça e lutas.
No que se refere à teoria do lúdico, exibiu-se às contribuições de Vygotsky na área da psicologia infantil. Além disso, abordou-se a tentativa de elaborar um conceito dos eventos que podem encontrar-se compartilhando o nome de lúdico. Diante dessa problemática nenhum dos autores apresenta a possibilidade de se conseguir englobar tudo que se nomeia lúdico num mesmo conceito. Apresentou-se ainda dentro dessa problemática que a dificuldade de conceituação aumenta se unir ao lúdico o termo educativo.
Portanto, ao se compreender a importância do espaço da brincadeira neste cenário, deixa-se de reduzir o lúdico a mero auxiliar didático. 
Por esse motivo, as escolas que respeitam os direitos e visam suprir as necessidades das crianças, devem incluir o lúdico em seu currículo, com planejamento, materiais adequados, espaço próprio e bons educadores.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, D. A. Odireito da brincadeira a criança. São Paulo: Summus, 2001.
BORBA, Ângela M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL, MEC/SEB Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Rangel, Aricélia Ribeiro do Nascimento – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.1 - 3.
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