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PTI IIII

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Polo de Pilar do Sul 
LICENCIATURA PEDAGOGIA
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Disciplinas: Sociologia da Educação; Legislação Educacional; Teorias e Práticas do Currículo; Filosofia da Educação; Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de Aprendizagem na Educação Infantil.
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2019
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Educação Infantil 
Campos de experiência fundamentados na BNCC
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2019
Sumário
Introdução	3
Educação infantil na BNCC	4
Campos de experiência	5
Atividades do campo de experiência “Eu, o outro e nós”	7
Considerações finais	9
Referências bibliográficas	10
Introdução
Ultimamente o assunto que mais se tem visto na educação é sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se trata do documento que mais recebeu sugestões e contribuições na história do país. Isso já mostra a importância que possui, não só para os educadores, mas para o país inteiro.
Todas as instituições de ensino deverão se adaptar e rever os currículos para realizar as mudanças necessárias no conteúdo pedagógico. Tudo de acordo com as orientações da nova Base. Cada competência tem uma importância que deve ser desenvolvida de uma forma diferente. Propondo assim uma organização na qual esse conteúdo permeia várias etapas do Ensino Infantil, seguindo uma noção de progressão de das múltiplas aprendizagens, articulando o trabalho com experiências diferenciadas e valorizando as situações lúdicas de aprendizagem.
Os educadores precisam se debruçar para a valorização da infância, sabendo que os sujeitos estão em desenvolvimento e esse é apenas o começo na educação básica. Quanto menos rupturas e mais respeito para os momentos de vida, especificidades e necessidades de cada idade, melhor.
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar terá como temática explanar como a etapa da Educação Infantil e os campos de experiência estão fundamentados na BNCC.
1. Educação Infantil na BNCC
Para apoiar a implementação da parte da Educação Infantil da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o documento “BNCC na Educação Infantil” visa servir de ferramenta aos gestores municipais encarregados de fazer com que os novos currículos, alinhados à BNCC, cheguem às escolas e creches de todo país.
A BNCC define seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento para as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses. São eles: Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar e Conhecer-se. Além disso, propõe dois eixos estruturantes para a prática pedagógica na Educação Infantil (interações e brincadeiras) e uma organização curricular por Campos de Experiências, com objetivos de aprendizagem e desenvolvimento por faixas etárias.
Não são processos fáceis, que dependem, é claro, de estimulação constante, regras em boa parte dos andamentos, carinho, informação e orientação constantes. Como apoio para que a aprendizagem se efetive, por meio da BNCC foram criados os Campos de Experiências, que são 5, a saber:
· O eu, o outro, o nós;
· Corpo, gestos e movimentos;
· Traços, sons, cores e formas;
· Escuta, fala, pensamento e imaginação;
· Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Entre as 10 competências da Base Nacional Comum Curricular, temos:  O conhecimento; O Pensamento científico, crítico e criativo; O repertório cultural; A comunicação; A cultura digital; O Trabalho e Projeto de Vida; A argumentação; O autoconhecimento e autocuidado; A empatia e a cooperação; A Responsabilidade e cidadania. Partindo deste ponto, fica claro observar que o objetivo dessa base é fornecer as melhores condições para o indivíduo se formar desde sua fase inicial na instituição escolar, ou seja, ele estará apto para atuar em sociedade ao longo de seu desenvolvimento e todas essas competências visam promover um melhor acesso as condições para tal. E procurar fazer isso mantendo a profundidade filosófica, política, sociológica, antropológica e didático-pedagógica.
Resumidamente a educação infantil deve ser realizada de forma que o educador estimule o desenvolvimento cognitivo dos alunos, e, através do caráter filosófico, os ensine sobre o questionamento a cerca de uma questão para a resolução de uma atividade.
Além disso, os aspectos sociológicos estão ligados em como a educação infantil reflete no processo de formação das crianças e com isso a necessidade de instituições escolares que trabalhem corretamente, o que traça um paralelo com os aspectos políticos, que vão desde a promoção de programas para o ensino infantil como a necessidade de políticas públicas para o campo da educação. A conexão entre a antropologia e a sociologia da infância vem trazendo importantes contribuições para pensar as crianças e seus grupos sociais, suas brincadeiras, e a constituição das culturas infantis. Passamos da brincadeira como algo fundamental na construção subjetiva das crianças para uma dimensão mais relacional e cultural da brincadeira, isto é intersubjetiva. O direito de todas as crianças é aprender a brincar: como isso se efetiva é uma escolha pedagógica da escola, uma escolha didática da professora ou do professor. 
Por fim, os aspectos pedagógicos estão relacionados ao cotidiano escolar e tanto na didática como na organização do currículo. Os direitos trazem uma metodologia pedagógica, eles colocam nas ações das crianças a sua capacidade de aprender, de forma pessoal e coletiva.
Portanto os aspectos sociológicos, filosóficos e pedagógicos presentes na Etapa da Educação Infantil na BNCC possuem vinculações com a vida cotidiana tendo a meta de tornar o estudante capaz de fazer uma leitura do seu aprendizado e da sua vida, ajudando a formar um cidadão capaz de se inserir criticamente na sociedade, para além de ter conhecimentos técnicos. 
2. Campos de experiência
A educação, como muitos outros aspectos da vida, está em constante evolução. Hoje em dia, o aprendizado de crianças e adolescentes não é mais abordado a partir da compreensão do conteúdo das grades curriculares. É aí que entram os campos de experiência da BNCC, que têm o objetivo de, entre outras coisas, priorizar o desenvolvimento infantil de maneira holística.
Os campos de experiência existem para nortear e apoiar o planejamento pedagógico dos docentes. Eles cuidam para que o aluno tenha espaço, tempo e liberdade para se expressar e o professor possa acompanhá-lo nessa jornada. Ou seja, as práticas docentes devem se alinhar aos interesses e necessidades do aluno para que exista uma vivência educativa.
· “O eu, o outro e nós”: este campo está relacionado ao autoconhecimento e à construção de relações, com todas as especificidades que acarretam. Busca-se desenvolver a consciência cidadã, incentivando a criação de vínculos sociais fortes e baseados no respeito.
· “Corpo, gestos e movimentos”: Todos os movimentos e gestos contribuem para que as crianças se tornem conscientes de sua corporeidade. Por meio dessas experiências elas identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo a consciência sobre o que é seguro e o que pode causar dano ao seu corpo.
· “Traços, sons, cores e formas”: O foco desse campo é a interação das crianças com materiais e sons que as permitam conhecer cores, formas e texturas diversas nos objetos. Também como volume, intensidade e frequência (grave ou agudo) de instrumentos musicais ou outros materiais que emitam sons, como uma colher batendo numa panela.
· “Escuta, fala, pensamento e imaginação”: Ampliando as formas de comunicação da criança, bem como favorecendo o desenvolvimento e a consolidação da imaginação e do pensamento abstrato e crítico. Com isso, por meio de diversas atividades que priorizam o lúdico, as crianças desenvolvem habilidades que potencializam sua compreensão de práticas cotidianas e seus diferentes significados, como a alfabetização, envolvendo a fala, a escrita e a leitura.
· “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”: Contribui de forma proeminente no processo ensino-aprendizagem, possibilitando diversos intercâmbiosde conhecimentos, estabelecendo relações com os diversos saberes.
Para isso, é preciso que a criança receba estímulos de todas as formas, seja para desenvolvimento de uma história fantasiosa, estimulando e desenvolvendo sua criatividade, ou uma pintura que retrate sua realidade, fazendo com que a criança recrie sua visão de mundo em papel e tinta.
Diante disso, é necessário garantir a prática de tais direitos dentro das redes de ensino, visto que essas formas de aprendizagem, segundo a BNCC, visam garantir que o aluno desenvolva o senso crítico e tenha menos preconceito com o diferente, ao interagir socialmente com as demais crianças e pessoas ao seu redor.
A vida dos pequenos é construída por experiências e é por meio delas que a aprendizagem acontece. As situações rotineiras são ricas para as crianças, e explorar o dia a dia é uma boa solução para expor a criança a experiências – sensoriais, emocionais e sociais.
3. Atividades do campo de experiência “Eu, o outro e nós”
Creches e pré-escolas precisam compreender o trabalho como uma função educativa de construção da identidade da criança e o exercício da cidadania, como também vivenciar a socialização entre elas, desenvolver os aspectos afetivos, cognitivos e emocionais, de modo que tenham acesso e ampliem seus conhecimentos sobre a realidade social e cultural do contexto no qual estão inseridas.
Através do campo de experiência “Eu, o outro e nós” que é o primeiro dos campos de experiência proposto pela BNCC e trata sobre a construção da identidade, da subjetividade, das relações interpessoais, do respeito próprio e coletivo, da sensação de pertencimento a um grupo, será elaborada uma sequência de atividades relacionadas a este campo.
Campo de experiência: Eu, o outro e nós.
Objetivo geral: Ampliar o universo de experiências e habilidades das crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar a educação familiar.
Objetivos de aprendizagens: Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações; Ampliar as relações interpessoais desenvolvendo atitudes de participação e cooperação; Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos; Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros com as quais convive; Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida; Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos.
Eixos temáticos: Relação com os companheiros; Autoconhecimento e cuidado de si mesmo.
Atividades: Brincadeiras nos espaços internos e externos; Rodas de histórias; Rodas de conversas; Oficinas de desenhos, pinturas e modelagens; Desenvolver em sala de aula o habito de registros dos acontecimentos vivenciados no dia a dia; Criação de momentos de convivências onde a família participe das aulas, seja para contar uma história, relatar informações sobre o filho ou até mesmo fazer atividades lúdicas pelo menos duas vezes por mês.
Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.
Considerações finais
Primeiramente, creche não pode ser mais vista como lugar onde as crianças ficam sendo cuidadas enquanto as mães precisam trabalhar. A Educação Infantil há anos faz parte da Educação Básica, contemplando em suas atividades ações de cuidar, educar e brincar.
A grande novidade da BNCC para a Educação Infantil é a ampliação do “cuidar, educar e brincar” para cinco campos de experiência, os quais consideram que a criança aprende e se desenvolve em todos os momentos e não apenas em atividades pedagógicas tradicionais.
É importante ressaltar que, como aponta a BNCC, as atividades podem e devem englobar mais de um Campo de Experiência simultaneamente, a depender da criatividade e proposta dos educadores.
Portanto é responsabilidade das escolas garantir que seus alunos receberão, em sala de aula, as competências gerais estabelecidas pelo documento. Dessa forma, o cenário educacional nacional se torna mais justo e igualitário para todas as crianças.
Assim, uma criança que tiver todos os seus direitos garantidos pela BNCC se desenvolverá como um cidadão melhor e mais preparado para o mundo a sua volta. Portanto, deve-se ter como uma das principais obrigações de uma instituição assegurar que a Base Curricular seja aplicada dentro de sua rede de ensino.
Referências bibliográficas
ABREU, Richard. Os fundamentos pedagógicos da Base Nacional Comum Curricular – BNCC: competências e habilidades. Disponível em: http://prof.richardabreu.com.br/os-fundamentos-pedagogicos-da-base-nacional-comum-curricular-bncc/. Acesso: Outubro/2019
AVELINO, Amanda. BNCC e alfabetização: o que mudou? Disponível em: https://blog.estantemagica.com.br/bncc-e-alfabetizacao/. Acesso: Outubro/2019
BOZZA, Amanda. Desenvolvimento das competências gerais da BNCC. Disponível em: https://www.tuneduc.com.br/competencias-gerais-da-bncc/. Acesso: Outubro/2019
CEZARI, Eduardo. A autonomia do educador: um olhar a partir dos documentos oficiais, em especial o referencial pedagógico para a educação infantil do município de Palmas. Disponível em: file:///C:/Users/natalia/Downloads/2135-Texto%20do%20artigo-11758-1-10-20160603.pdf. Acesso: Outubro/2019
GOMES, Evanildes. Plano anual para educação infantil 04 anos (BNCC). Disponível em: https://evanildes07.blogspot.com/2019/01/plano-anual-para-educacao-infantil-04.html. Acesso: Outubro/2019
LOPES, Rita de Cássia Soares. A relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf. Acesso: Outubro/2019
SEDU. Marcos legais da BNCC. Disponível em: https://ae011sedu.wordpress.com/bncc/marcos-legais/. Acesso: Outubro/2019

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