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Behaviorismo Clássico (experimentos) - TSP

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Como já apresentado no presente trabalho, John B. Watson, pai do Behaviorismo 
Clássico, fora um influente psicólogo do século XX. Seus ideais precederam as 
teorias de B. F. Skinner e têm grande influência nas áreas de propaganda e 
publicidade até os dias de hoje. 
 
“John Watson não foi o primeiro a advogar a meticulosa prática 
behaviorista, mas foi com certeza o mais representativo.” (GLOBO LIVROS, 
2016) 
 
Segundo Watson (1913 apud GLOBO LIVROS, 2016, p. 68), a psicologia deveria 
tornar-se científica no sentido de abandonar as ideias sobre estados mentais e 
voltar seu foco à previsão e controle de comportamentos. Em sua visão, qualquer 
pessoa poderia ser treinada para ser qualquer coisa, desde que condicionada para 
tal. Nesse sentido, inicia uma série de pesquisas e experimentos com seres 
humanos, a qual seu primeiro envolvido é “Albert B”, ou “Pequeno Albert”. 
 
“Os testes foram planejados com o objetivo de determinar se era possível 
ensinar uma criança a sentir medo de um animal, apresentando-o repetidas 
vezes a um barulho alto e assustador.” (GLOBO LIVROS, 2016, p. 68) 
 
Nesse experimento, Watson (1913 apud Bisaccioni e Neto, 2010) pretendia: 
 
responder a quatro questões principais: 1) verificar se a resposta de 
medo poderia ser condicionada apresentando um animal e logo em 
seguida um som forte; 2) testar a transferência dessa resposta 
emocional a outros animais e objetos; 3) verificar o efeito do tempo 
sobre a intensidade da resposta; [...]” (BISACCIONI; NETO, 2010) 
 
Watson ​(1913 apud GLOBO LIVROS, 2016, p. 69), inicia seu experimento 
colocando o bebê Albert sobre um colchão e, logo em seguida, apresentando-o a 
diferentes animais, como um cachorro, um rato, um coelho e objetos inanimados, 
como máscara e papéis. O bebê teve curiosidade em relação aos objetos, porém 
não apresentou reação de medo. 
 
Outro experimento, após este, fora realizado: 
 
Em outra ocasião, quando Albert estava sentado no colchão, Watson bateu 
com um martelo numa barra de metal, produzindo um barulho alto e 
repentino; como era de esperar, Albert ficou assustado e angustiado e 
começou a chorar. (GLOBO LIVROS, 2016, p. 69) 
 
Watson (1913 apud Globo Livros, 2016, p. 69) nomeou o barulho de Estímulo 
Incondicionado e levantou a hipótese de que, se associasse o barulho à aparição do 
rato, o bebê Albert passaria a ter medo do animal. 
 
Nas três apresentações seguintes, o rato foi seguido pelo som intenso. 
Como consequência, Albert caiu para o lado direito, desviou a cabeça, mas 
não chorou. Na quinta apresentação, o rato foi apresentado sem o som. O 
bebê franziu o rosto, desviou o corpo para a direita e choramingou. Na 
sequência, mais dois pareamentos rato/som foram realizados. Na última 
apresentação, Albert sobressaltou violentamente e começou a chorar. Por 
fim, o animal foi apresentado mais uma vez sozinho. O bebê começou a 
chorar imediatamente, desviou e tombou para o lado esquerdo e começou 
a engatinhar rapidamente. De acordo com Watson e Rayner (1920), após 
sete pareamentos rato/som, o bebê apresentava uma reação emocional 
completa. (​BISACCIONI; NETO, 2010) 
 
O experimento de Watson se baseia nas ideias de Ivan Pavlov (1890 apud Globo 
Livros, 2016), o qual postula: 
● Um animal (o cão) é submetido a um “Estímulo Incondicionado”, como 
exposição à comida; 
● Um “Reflexo Incondicionado” é gerado: salivação; 
● Associa-se um Estímulo Incondicionado a um “Estímulo Neutro”: o toque de 
um sino; 
● Um “Reflexo Condicionado” começa a se desenvolver no cão: Associação da 
comida ao toque do sino; 
● Depois de certas repetições, um “Estímulo Condicionado” (toque do sino) 
resultará no“Reflexo Condicionado” (a salivação); 
 
Em suma, no experimento de Pavlov, o simples toque do sino gerava nos cães, a 
salivação, pois esses associavam o som ao alimento. Traçando um paralelo a 
Watson, a associação de um estímulo incondicionado (exposição do bebê ao rato) a 
um estímulo neutro (barulho) gera uma resposta incondicionada (medo), que suscita 
em um estímulo condicionado (o rato associado ao barulho, gerava medo, mesmo 
quando dissociado fisicamente desse). Além do rato, o Pequeno Albert também 
apresentara reações como medo e angústia quando exposto a outros objetos 
semelhantes ao animal, como coelhos e casacos de pele brancos, provando que “as 
emoções humanas são suscetíveis ao condicionamento clássico.” (GLOBO 
LIVROS, 2016, p. 70) 
 
Watson (1924 apud Globo Livros, 2016, p. 71) era ousado em dizer, a respeito de 
seus métodos: 
Deem-me uma dúzia de crianças saudáveis e bem formadas e meu método 
específico para criá-las; garanto que posso escolher aleatoriamente 
qualquer uma e treiná-la para se tornar qualquer tipo de especialista - 
médico, advogado, artista, comerciante e, sim, mesmo mendigo e ladrão -, 
independente de talentos, aptidões, tendências, habilidades, vocações e 
raças de seus ancestrais (GLOBO LIVROS, 2016, p. 71) 
 
Por conta de seu sucesso com o experimento de Albert B., Watson também 
acreditava que a criança era formada pelo meio e, nesse sentido, a educação 
infantil consistiria em exercícios de modificação comportamentais. 
 
Após o experimento, John B. Watson (1920 apud Globo Livros, 2016, p. 71) 
publicou livros sobre cuidado infantil e espécies de “manuais de educar crianças”, 
em que pregava sobre o Desapego Emocional. Defendia, com base em seu 
experimento que os pais deveriam ter controle ativo na criação de seus filhos e 
modelar seus ambientes; coisa que ele próprio colocou em prática com seus filhos, 
junto a Rayner, sua companheira. 
 
As ideias e experimentos de Pavlov e Watson tiveram extrema influência sobre os 
de Skinner, anos depois. 
 
Em contrapartida ao Behaviorismo Clássico, B. F. Skinner também propusera sua 
ideia e realizara testes em laboratórios para comprovação de sua tese. Trouxe à luz 
o conceito de “Condicionamento Operante”, em que pontua que a 
ação/comportamento atua sobre o ambiente tanto quanto esse define o 
comportamento, moldando-o. Skinner não ignorava, ao todo, os processos 
psíquicos, mas esses estavam fora de sua área de interesse. 
 
“A objeção aos estados internos não é por eles não existirem, mas pelo fato 
de não serem relevantes para a análise funcional.” (B. F. Skinner apud 
GLOBO LIVROS, 2016, p. 84) 
 
Diferentemente do que muito se acredita, B. F. Skinner estava mais associado ao 
pragmatismo americano, que “mede a importância ou o valor das ações por suas 
consequências” do que ao Positivismo lógico europeu. (GLOBO LIVROS, 2016, p. 
85). 
 
Fortemente influenciado por Charles Darwin que publicara seu livro décadas antes, 
em 1859, Skinner possuía uma visão de que o Condicionamento Operante estava 
diretamente relacionado com a teoria da seleção natural de espécies. 
 
[...] depreendeu-se que o behaviorismo radical de Skinner enxergava todos 
os seres vivos como objetos passivos de condicionamento, mas, na 
verdade, segundo ele, o condicionamento operante é um processo 
recíproco, no qual o organismo atua sobre seu ambiente e o ambiente 
reage. (GLOBO LIVROS, 2016, p. 85). 
 
No quetange ao Condicionamento Operante, pode-se dizer que há uma maior 
probabilidade de repetição do comportamento se houver um “reforço positivo” como 
resposta à determinada ação. Para comprovar sua tese, Skinner criou o 
experimento até então nomeado como “Caixas de Skinner”. 
 
Um rato era colocado dentro de uma dessas caixas, que tinha em seu 
interior uma alavanca especial. Toda vez que pressionava a alavanca, o 
animal recebia uma porção de comida. A frequência com que acionava a 
alavanca era automaticamente registrada. De início o rato talvez o fizesse 
por acidente, ou por mera curiosidade, e consequentemente recebia o 
alimento. Com o tempo, aprendia que a comida surgiria sempre que a 
alavanca fosse acionada e passava a pressioná-la de propósito, para 
ganhar o alimento. (GLOBO LIVROS, 2016, p. 81) 
 
Com esse experimento, Skinner concluiu que “os animais são condicionados pelas 
respostas que recebem por suas ações e do ambiente.” (GLOBO LIVROS, 2016, p. 
81). Na visão dele, algumas ações (como puxar a alavanca) tinham consequências 
positivas. De acordo, fazia com que a probabilidade de que um ser repetisse aquela 
ação, aumentasse. A isso, Skinner nomeou de “Reforço Positivo”, teoria muito 
utilizada ainda hoje no âmbito educacional para realização de tarefas e vestibulares, 
por exemplo. 
 
Ao longo do experimento, Skinner ficou sem suprimento de ração para os roedores, 
o que o obrigou a fracionar as quantidades e adaptar os horários de abastecimento. 
Consequentemente, os ratos tiveram de reaprender a sequência de vezes 
necessária de apertar a alavanca até que esta lhes desse o alimento. Sendo assim, 
tiveram de readaptar seus hábitos, contribuindo para que os estudos de Skinner 
avançassem. 
 
Logo em seguida, Skinner testou as respostas dos roedores a Reforços Negativos, 
instalando no fundo de suas caixas, uma grade elétrica, que dava choque nos 
animais toda vez que ativada. 
 
“Skinner constatou que sempre que um comportamento tinha o resultado 
negativo de suscitar o choque, ocorria uma redução desse comportamento.” 
(GLOBO LIVROS, 2016, p. 83) 
 
Posteriormente, instalou um botão que permitia que os ratos desligassem a grade 
elétrica, se pressionado. Era uma forma de reforço positivo que implicava na 
inibição do estímulo negativo. Confirmou então que se uma ação suprime um 
estímulo negativo, essa tende a ser repetida. 
 
B. F. Skinner concluiu ainda que estímulos positivos eram mais facilmente 
aprendidos e configuravam comportamentos mais eficientes, uma vez que, na 
interação com o ambiente, o ser em teste, quando recebia uma resposta positiva 
desse (como a angariação do alimento), tendia a repetir a ação que levou ao 
estímulo com maior probabilidade. 
 
Mais tarde, Skinner realizou testes com pombos, usando o que chamou de “método 
das aproximações sucessivas”. 
 
Deu aos pombos reforços positivos para qualquer tipo de comportamento 
semelhante ao que tentava realmente produzir. Por exemplo, se estivesse 
tentando treinar um pombo para voar em círculos no sentido horário, a ave 
ganhava alimento por qualquer movimento que fizesse para a direita, por 
mais sutil que fosse. Quando esse comportamento estava consolidado, a 
comida só era fornecida em resposta a voos maiores para a direita, e o 
processo era repetido até o pombo completar o círculo para ser alimentado. 
(GLOBO LIVROS, 2016, p. 83-84) 
 
O experimento com pombos culminou em contribuições ao sistema educacional 
vigente, ao que Skinner chamaria de “Instrução Programada” (MONICA, 1997). 
Skinner desenvolveu um programa de ensino que chamou de “máquina de ensino”, 
em que, ao invés de somente receber um feedback positivo no final de cada prova 
e/ou atividade, o aluno recebia e acumulava feedbacks positivos à medida que 
acertava questões de uma lista, fazendo com que cada reforço positivo instigasse-o 
a buscar mais reforços positivos, acertando, consequentemente, mais questões. 
 
O êxito nesses esforços levou Skinner a acreditar que as leis de 
aprendizagem se aplicam a todos os organismos. Em escolas, o 
comportamento de alunos pode ser modelado pela apresentação de 
materiais em cuidadosa sequência, e pelo oferecimento das recompensas 
ou reforços apropriados. A aprendizagem programada e máquinas de 
ensinar são os meios mais apropriados para realizar a aprendizagem 
escolar. O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos, é um mundo no 
qual prevalecem certas contingências de reforços. (RODRIGUES, 2014) 
 
Posteriormente, Skinner também criou um projeto que nomeou “Projeto Pombo”, o 
qual certos pombos, treinados por condicionamento operante para dar bicadas em 
uma imagem específica projetada através de uma lente, foram colocadas em um 
bocal cônico acoplado a uma bomba, na época da Segunda Guerra Mundial (1944). 
Esse experimento nunca fora colocado em prática, apesar de ter tido aprovação dos 
militares guerrilheiros e de ter arrecadado fundos governamentais para tal. 
 
A intenção de Skinner de controlar o comportamento, era tida por muitos, como 
totalitária e utópica, dado o momento histórico vigente. Entretanto, para outros, era 
uma possibilidade de prever e controlar comportamentos humanos tidos como 
disfuncionais. 
“[...] a seleção baseada em resultados controla inteiramente o nosso 
comportamento e, portanto, nossa vida. Tentativas de escapar dessa 
condição estão fadadas ao fracasso e ao caos.” (GLOBO LIVROS, 2016, p. 
85) 
 
Apesar de obsoleto, o Behaviorismo Radical de Skinner e seus experimento tiveram 
grande influência nas ideias e constructos da hoje conhecida psicologia 
cognitivo-comportamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000200
022​ 07.11.2020 
 
https://www.youtube.com/watch?v=kIZBQgMCEyk​ 08.11.2020 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901977000300012 
08.11.2020 
 
O Livro da Psicologia​. [tradução Clara M. Hermeto, Ana Luisa Martins]. - 2 ed. - 
São Paulo: Globo Livros, 2016. 01.11.2020 
 
https://pgl.gal/o-modelo-didatico-do-ensino-programado-segundo-b-f-skinner/ 
08.11.2020 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000200022
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2010000200022
https://www.youtube.com/watch?v=kIZBQgMCEyk
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901977000300012
https://pgl.gal/o-modelo-didatico-do-ensino-programado-segundo-b-f-skinner/

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