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27-08-20 CEP_fasepreparatória e planejamento

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Controle Estatístico e Qualidade de Processos
Z520216
Univap 
Professora Caroline P. R. Malere
Fase preparatória e planejamento
Conforme já visto a implementação de CEP e cartas de controle em um processo podem trazer muitos benefícios para o processo, mas para garantir os benefícios desta método é importante que exista um preparo e planejamento das áreas envolvidas.
 Gerência;
Engenharia;
Manufatura;
Controle de Qualidade;
Produção.
gerência
Cabe a gerência promover um ambiente aberto e de suporte para o desenvolvimento do CEP; 
Promover o trabalho de equipe evitando competições internas;
Favorecer e dar suporte aos treinamentos necessários;
Aplicar e utilizar os dados obtidos no CEP nas decisões que dizem respeito ao processo.
Engenharia
Estabelecer a redução da variação através do CEP planejamento do processo, ou seja, número de mudanças no design, planejamento da manufatura e montagem;
Suporte aos treinamentos necessários
Aplicar o CEP para promover um melhor entendimento das variações da engenharia de processo;
Exigir um melhor entendimento da variação e estabilidade em relação aos dados que são usados no desenvolvimento do projeto;
Favorecer as mudanças na engenharia do produto que foram fruto das análises do CEP que podem ajudar na diminuição da variação.
ETAPAS PREPARATÓRIAS
Conscientização e treinamento das pessoas envolvidas no processo.
Mapeamento do processo para a sua correta definição.
Escolha das características de qualidade mais significativas, com foco no cliente ( nesta etapa a aplicação do gráfico de Pareto é bem vinda!).
Definição e análise do sistema de medição (unidades, instrumentos, grau de precisão das medidas, método para efetuar as medidas, etc).
Como e onde serão efetuadas as medições para que as ações sejam realizadas.
Elaboração dos gráficos
Uma vez efetuada a fase preparatória deve-se focar nos seguintes temas:
Escolha do tipo de gráfico;
Coleta de dados;
Indicação do estado do processo e sua performance;
Determinar da capacidade do processo, depois de se ter atingido o estado de controle;
Ações para melhoria do processo.
Coleta de dados
A coleta de dados para o preenchimento das cartas de controle exige investimentos em tempo, recursos e mudança na filosofia da empresa. É necessário se atentar as seguintes questões em relação a coleta:
a) não utilizar um número excessivo de cartas de controle, sob risco do CEP transformar-se em atividade-gargalo na produção; 
b) aplicar o CEP em etapas prioritárias do processo, determinadas sob o ponto de vista da demanda de qualidade dos clientes; 
c) associar o CEP à uma estratégia de ação; coletar dados e não agir implica em desperdício de tempo e recursos. 
Deve-se investir um tempo na fase preparatória e de planejamento onde todas as pessoas envolvidas se sintam corresponsáveis e comprometidas com a implementação do CEP. 
É importante nesta fase de planejamento se certificar que tais condições estejam bem fundamentas para que não se necessite de alteração no meio do processo.
Outra questão muito importante no planejamento é reconhecer as etapas críticas do processo que estão relacionadas com a qualidade do produto final que chega ao cliente. 
O método de reconhecimento deve ser o mais consistente possível
 levando em conta o ponto de vista do cliente!!!
Características de qualidade importantes para o cliente:
Processos nos quais as características determinadas em (i) são construídas; 
Variáveis a serem controladas em cada processo; 
Capacidade do sistema de medição; 
Indivíduos responsáveis pela ação sobre o sistema quando este sinalizar um estado de descontrole estatístico; 
Ações a serem tomadas quando o sistema estiver fora de controle. 
Etapas de implementação:
1. Identificação dos postos de controle e parâmetros e características de qualidade do processo a serem monitorado.
2. Definição de critérios de classificação dos produtos (filtros): utilizados mais tarde na análise gerencial. São informações como, por exemplo, tipo de produto, turno, máquina, operador, encarregado de turno, fornecedor, matérias- primas, entre outros.
3. Definição dos parâmetros e características de qualidade do processo: parâmetros (variáveis ou atributos de processos) e características de qualidade fora das especificações geram produtos finais defeituosos ou indesejáveis fora do padrão de aceitação.
Variáveis do tipo nominal-é-melhor : possuem um valor-alvo dado por um número real diferente de zero; desvios do alvo implicam em perda de qualidade. Para seu monitoramento, é necessário definir um limite inferior e superior de especificação. 
Variáveis do tipo maior-é-melhor: são aquelas cujo valor alvo é teoricamente infinito. Essas variáveis não possuem limite superior de especificação; é necessário definir apenas um limite inferior de especificação, abaixo .
Variáveis do tipo menor-é-melhor são aquelas cujo valor alvo é teoricamente igual a zero. Essas variáveis não possuem limite inferior de especificação; é necessário definir apenas um limite superior de especificação. 
4. Definição do procedimento de coleta de dados: nesta etapa serão definidos quem irá coletar os dados, qual a frequência de coleta, como será o armazenamento deste dados, destinos dos dados, qual o tipo de registro utilizado (papel ou eletrônico) e como será a carta de controle utilizada.
5. Avaliação do sistema de medição: é necessário avaliar a sua capacidade. 
Um sistema de medição capaz apresenta uma variância de medição inferior a 20% da amplitude das especificações. 
6. Definição das responsabilidades: definem-se os responsáveis pela coleta dos dados e registro na planilha, digitação dos dados, monitoramento das cartas de controle, cálculo dos limites de controle e estudos de estabilidade e capacidade
Também é necessário definir responsáveis pela identificação e execução de ações corretivas, no caso do processo sair fora do controle, e ações preventivas para evitar a reincidência do problema (facilidadores do CEP).
Papel do facilitador: apoia a equipa na busca do melhores resultados e também participa do processo de implementação.
Grupo de Qualidade: é importante a criação de um grupo de apoio quando causas especiais não podem ser corrigidas por operador e supervisor de área.
7. Definição da documentação necessária: execução das planilhas de coleta de dados e planilhas de registro de ocorrência de causas especiais
8. Treinamento em controle estatístico de processos: todos na empresa devem ser capazes de interpretar os dados coletados no CEP. O treinamento deve ser aplicado imediatamente antes da implantação efetiva do CEP, podendo ser ministrado para diferentes níveis e funções na empresa.
9. Implantação efetiva: duas são as etapas da implantação efetiva do CEP: (a) início do monitoramento e (b) cálculo dos limites de controle.
10. Acompanhamento e consolidação:
 (a) (avaliação da sistemática de ação – analisa-se e aprimora-se o sistema de controle do processo implantado através da verificação dos procedimentos de coleta de dados, registro e ação de melhorias. 
(b) análise da estabilidade dos processos – avalia-se a estabilidade dos processos e, se necessário, adotam-se procedimentos de identificação e eliminação de causas especiais. 
(c) análise da capacidade do processo – avalia-se a capacidade dos processos e, se necessário, adotam-se estudos de otimização dos processos através de grupo de ação de melhorias da qualidade.
Etapas de implementação:
1. Desdobramento da qualidade, composta pela identificação da qualidade demandada pelo cliente. 
2. Desdobramento das características de qualidade do produto, construção da matriz da qualidade e priorização das características de qualidade do produto
 3. Desdobramento dos processos, composto pela identificação dos parâmetros e características dos processos, construção da matriz do processo e priorização dos parâmetros e características dos processos críticos para a qualidade.
4. Direcionamento das possíveis ações de melhoria; e localização dos postosde controle e alocação dos parâmetros e características do processo em cada posto. 
Escolha do tipo de gráfico

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