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Disciplina: Estudos Bromatológicos dos Alimentos Profª. Daniela Viana LEITE E DERIVADOS O QUE É LEITE? O leite de outras espécies deve denominar-se segundo a espécie da qual proceda. “Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas.” (IN, 62/2011) Integra o agronegócio brasileiro Alimento de excelente qualidade nutritiva Utilização in natura Processado em derivados •Agrega valor ao produto. •Aumenta a vida útil. •Diversifica a forma de consumo. •Incrementa a cadeia de produção. Composição Química do Leite Animal Gordura (%) Proteína (%) Lactose (%) Cinzas (%) Extrato seco (%) Vaca 4,0 3,6 5,0 0,7 13,3 Ovelha 6,3 5,5 4,6 0,9 17,3 Búfala 7,9 4,0 5,2 0,8 17,9 Cabra 4,1 4,2 4,6 0,8 13,7 o Existe diferença na composição média do leite de diversas espécies: KLOBITZ, 2011 Composição Nutricional CARBOIDRATOS Principal glicídio – Lactose Substrato para ação de MO (iogurtes, queijos): ↑ácido láctico Biodisponibilidade de cálcio e vitamina D Lactose tem baixa solubilidade (↑T°C → ↑solubilidade / ↓T°C → ↓ solubilidade e se cristalizam). Cristalização da lactose - sensação de arenosidade nos produtos lácteos (sorvetes e leite condensado); Degradação térmica: Caramelização e Reação de Maillard. Composição Nutricional LIPÍDIOS São formadas por TG (98 a 99%), em sua maioria por AGS (60%), AGMI (35%) e AGPI (5%). L ip íd io s AGS AGCC C4:0 AGCM C6:0 C8:0 C10:0 AGCL C14:0 C16:0 C18:0 AGMI C18:1 ω9 AGPI C18:2 ω6 Composição Nutricional LIPÍDIOS Presença de glóbulos! A integridade dos glóbulos determina a estabilidade da gordura do leite. Membrana do glóbulo de gordura é bastante complexa com 3 camadas. Evitar a coalescência e proteger da ação enzimática. Composição Nutricional PROTEÍNAS Encontram-se distribuídas em micelas de cerca de 100 nm de Diâmetro – sistema coloidal de grande estabilidade. Micelas – sensíveis apenas à redução de pH ou enzimas. Composição Nutricional PROTEÍNAS Há 3 grandes famílias proteicas: 1) Caseínas – 2,7 a 3% 2) Albuminas - 0,4 a 0,5% 3) Globulinas - 0,05 a 0,1% Proteínas do soro do leite – solúveis Caseínas – insolúveis (formação de iogurtes e queijos) pH 4.6 Caseínas – coagulam (formam gel que geram queijos) Proteínas do soro – não coagulam Enzimas Proteínas do soro - desnaturam Caseína – não desnatura ↑ T°C Proteínas do soro Composição Nutricional Ordonez, 2005 Sais Minerais Mais abundantes (mg/100 mL): potássio (145); cálcio (120); cloro (100); fósforo (95) e citratos (175); Vitaminas Vitaminas lipossolúveis perdidas durante o desnate; Fonte de vitamina A, tiamina (B1), riboflavina (B2, fotossensível), cianocobalamina (B12); Pobre em vitamina C (processamento térmico) e D; Classificação do Leite Quanto aos tipos de leites fluidos Quanto ao tratamento térmico Quanto ao teor de gordura RIISPOA, 2017 Classificação do Leite Quanto aos tipos de Leite fluidos Leite cru refrigerado Leite fluido a granel de uso industrial Leite pasteurizado Leite submetido ao processo de ultra-alta temperatura - UAT ou UHT Leite esterilizado Leite reconstituído RIISPOA, 2017 Classificação do Leite Quanto ao Processamento Térmico • É o leite produzido em propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados sob inspeção sanitária oficial. Leite Cru Refrigerado • É o leite fluido submetido a um dos processos de pasteurização (Lenta ou Rápida). Leite Pasteurizado • É o leite homogeneizado e submetido a processo de ultra-alta temperatura. Leite UHT / UAT (Longa Vida) • É o leite fluido, previamente envasado e submetido a processo de esterilização. Leite Esterilizado RIISPOA, 1952 Classificação do Leite Tipos de Processamentos Térmicos RIISPOA, 2017 Pasteurização Lenta 63-65°C/30’ Rápida 72-75°C /15 a 20” UHT 130-150°C /2 a 4” Resfriamento a T° <32°C Esterilização 110-130°C /20 a 40’ Resfriamento a T° de 20 a 35°C Classificação do Leite Pasteurizado Quanto ao teor de gordura • Contém no mínimo, 3% de gordura Leite Integral • Contém 2,9 a 0,6% de gordura Leite Semidesnatado • Contém, no máximo, 0,5% de gordura Leite Desnatado RIISPOA,2017 Classificação do Leite Quanto ao tipo A, B e C Leite Tipo A Leite Tipo B Leite Tipo C Tipos de leite para consumo humano Leite pasteurizado tipo A Leite UHT /UAT Leite esterilizado Leite homogeneizado Leite evaporado Outros: Leite com ômega; Leite com lactose reduzida; Leite enriquecido com vitaminas; Leite enriquecido com ferro; Leite enriquecido com cálcio; Leite enriquecido com fibras. Classificação do Leite LEITE CRU Produzido em condições higiênicas Através da ordenha (manual ou mecânica) Leite filtrado (utensílios específicos) Mantido na propriedade rural e conservado sob temperatura É proibido o desnate parcial ou total do leite nas propriedades rurais. É proibida a venda de leite cru para consumo direto da população. RIISPOA,2017 PIQ do Leite Requisitos Físico-Químicos Teor mínima de gordura 3% Teor mínimo de lactose 4,3% Teor mínimo de proteína 2,9% Teor mínimo de sólidos totais 11,4% Teor mínimo de sólidos não gordurosos 8,4% Acidez titulável 0,14 e 0,18 g AL/100 mL Densidade a 15°C 1,028 a 1,034 g/mL Índice crioscópico -0,512°C a -0,536°C RIISPOA, 2017 Classificação do Leite Leite pasteurizado tipo A Instrução Normativa n° 62/2011. Produzido, beneficiado (pasteurizado) e envasado em granja leiteira. Após envase deve ser acondicionada à T° de 4°C até a expedição. Engarrafado automaticamente com aplicação de fecho de comprovada inviolabilidade. Designação de venda: Leite pasteurizado tipo A integral Leite pasteurizado tipo A semidesnatado Leite pasteurizado tipo A desnatado Classificação do Leite Leite pasteurizado tipo a Instrução Normativa n° 62/2011. Após a pasteurização, o produto deve apresentar: Teste de fosfatase alcalina – Negativo Teste de peroxidase – Positivo Enumeração de coliformes a 30/35°C - < 0,3 NMP/mL Requisitos físicos e químicos Leite cru refrigerado tipo A Requisitos físico-químicos Integral Gordura (g/100g) Mín. 3,0 Acidez titulável, (g de ácido láctico/100mL) 0,14 a 0,18 Índice crioscópico -0,512°C a -0,531°C Densidade relativa 15°C (g/mL) 1.028 a 1.034 Extrato seco desengordurado ou Sólidos não gordurosos (g/100g) Min. 8,4 Proteína total (g/100g) Min. 2,9 Estabilidade ao Alizarol 72% (v/v) Estável IN, 62/2011 Requisitos físicos e químicos Leite pasteurizado tipo A Requisitos físico-químicos Integral Semides- natado Desna- tado Gordura (g/100g) Míni. 3,0 0,6 a 2,9 Máx. 0,5 Acidez titulável, em g de ácido láctico/100mL 0,14 a 0,18 Índice crioscópico -0,512°C a -0,531°C Densidade relativa 15°C (g/mL) 1.028 a 1.034 Extrato seco desengordurado ou Sólidos não gordurosos (g/100g) Min. 8,4 Estabilidade ao Alizarol 72% (v/v) Estável IN, 62/2011 Leite UAT (ultra alta temperatura – UHT) Portaria n° 146/1996. Leite homogeneizado submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura 130-150°C/2 a 4”, mediante um processo térmico de fluxo contínuo Imediatamente resfriado a uma T° < 32°C Envasado sob condições assépticas em embalagens estéreis e hermeticamente fechadas Portaria n° 370/1997 – Aprova inclusão de citrato de sódio, monofosfato de sódio, difosfato de sódio e trifosfato de sódio (≤ 0,1g/100 mL) – únicos aditivos permitidosa serem adicionados em leite. Requisitos físicos e químicos Leite UHT Requisitos físico-químicos Integral Semides. Desnat. Gordura (g/100g) Mín. 3,0 0,6 a 2,9 Máx. 0,5 Acidez titulável, em g de ácido láctico/100mL 0,14 a 0,18 Extrato seco desengordurado g/100g Min. 8,2 Min. 8,3 Min. 8,4 Estabilidade ao Etanol 68% (v/v) Estável Portaria, 146/1996 Leite em Pó PORTARIA n° 369/1997 Aditivos aceitos : Emulsionante: Lecitina para elaboração de leites instantâneos (≤ 5g/kg) Antiumectantes: Silicatos de alumínio e cálcio; fosfato Tricálcio; dióxido de silício; carbonato de cálcio e carbonato de magnésio (≤ 10g/kg) Leite em pó é o produto obtido por desidratação do leite de vaca integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para a alimentação humana, mediante processos tecnologicamente adequados. Classificação de Leite em Pó Leite em Pó Gordura Integral Parcialmente desnatado Desnatado Tratamento térmico (TT) Bx TT (≥ 6mg/g) Médio TT (1,51 e 5,99mg/g) Alto TT (< 1,50mg/g) Umectabilidade e dispesibilidade Instantâneo Não instantâneo Requisitos físico-químicos Integral Semdesnat. Desnat. Matéria gorda (%m/m) ≥ 26,0 1,5 a 25,9 < 1,5 Umidade Máx. 3,5 Máx. 4,0 Máx. 4,0 Acidez titulável (ml NaOH 0,1N/10g) Máx. 18,0 Máx. 18,0 Máx. 18,0 Sólidos não gordurosos Máx. 18,0 Máx. 18,0 Máx. 18,0 Índice de solubilidade (ml) Máx. 1,0 Leite de alto tratamento térmico Máx. 2,0 Partículas queimadas Disco B Para leite em pó instantâneo Grau de umectação máx. (s) 60 60 60 Grau de dispersão máx. (% m/m) 85 90 90 Requisitos físicos e químicos Leite em Pó Composto Lácteo Instrução Normativa n° 28/2007 Os ingredientes lácteos - no mínimo 51% do total de ingredientes do produto. São permitidos vários reguladores de acidez, acidulantes, saborizantes, corantes, espessantes, emulsificantes e outros. É o produto em pó resultante da mistura do leite e substâncias alimentícias lácteas ou não-lácteas Composto Lácteo Instrução Normativa n° 28/2007 Substâncias Lácteas • Creme de leite; sólidos de origem láctea; manteiga; gordura; caseinatos; proteínas lácteas; soro de leite; leite fermentado... Substâncias Não- Lácteas • Açúcares; maltodextrina; edulcorantes; frutas; polpa; sucos; gorduras vegetais; café; chocolate... Classificação dos Compostos Lácteos C om po st o lá ct eo Sem adição Adicionadas apenas substâncias lácteas – 100% Ingredientes Lácteos Com adição Adicionadas substâncias não-lácteas – no mínimo 51% Ingredientes Lácteos Requisitos Físico-químicos Composto Lácteo Requisitos físico-químicos Produto Análise Mínimo % Composto lácteo ou composto lácteo sem adição Teor de ptns de origem láctea (g/100g) 13 Composto lácteo com adição Teor de ptns de origem láctea (g/100g) 9 Leite em Pó Modificado Instrução Normativa n° 27/2007 Não pode usar aditivo Designação de venda: Leite em pó modificado ou modificado acidificado. É o produto resultante da dessecação do leite fluido previamente preparado, considerando-se como tal, além do acerto de teor de gordura, a acidificação por adição de fermentos lácticos ou de ácido láctico e o enriquecimento com açúcares, com sucos de frutas ou com outras substâncias permitidas, que a dietética e a técnica indicarem. Requisitos físico-químicos Integral Parcialmente desnatado Desnatado Teor mínimo de ptns de origem láctea 18,0% Umidade máxima 6,0% Acidez total 2,5 a 5,5% Gordura ≥ 18% 1,5 a 17,9% < 1,5% Açúcares mínimo 50,0% Requisitos físicos e químicos Leite em Pó Modificado Leite Aromatizado Instrução Normativa n° 26/2007 Aditivo permitido: aromatizante/saborizante e citrato de sódio para leite UHT. É o produto lácteo, convenientemente homogeneizado, resultante da mistura preparada com leite, açúcar, aromatizantes (cacau, sucos ou essências de frutas) ou outras substâncias a juízo do DIPOA, submetido à pasteurização/esterilização nos próprios frascos. Requisitos físico-químicos Leite aromatizado pasteurizado Leite aromatizado esterilizado Teor de ptns de origem láctea (g/100g) Mínimo de 2,0% Bebida Láctea Instrução Normativa n° 23/2005 A base láctea representa pelo menos 51% (m/m) do total de ingredientes do produto. Rótulo deve constar a seguinte informação: CONTÉM SORO DE LEITE / BEBIDA LÁCTEA NÃO É LEITE / ESTE PRODUTO NÃO É LEITE. É o produto lácteo resultante da mistura do leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado, em pó, integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado e desnatado) e soro de leite (líquido, concentrado e em pó) adicionado ou não de produto(s) ou substância(s) alimentícia(s), gordura vegetal, leite(s) fermentado(s), fermentos lácteos selecionados e outros produtos lácteos. Leite Fermentado Instrução Normativa n° 23/2005 São considerados Leites Fermentados: Iogurte, Leites Fermentados ou Cultivados, Kefir, Kumys, Leite acidófilo e Coalhada. São os produtos adicionados ou não de outras substâncias alimentícias, obtidos por coagulação e diminuição do pH do leite, ou leite reconstituído, adicionado ou não de outros produtos lácteos, por fermentação láctica mediante ação de cultivos de microrganismos específicos. Estes microrganismos específicos devem ser viáveis, ativos e abundantes no produto final durante seu prazo de validade. Iogurte Instrução Normativa nº 46/2007 FERMENTAÇÃO LÁTICA LACTOSE ÁCIDO LÁTICO Lactobacillus acidophilus Streptococcus thermophilus Produto da fermentação láctica do leite pasteurizado ou esterilizado mediante ação de cultivo de Streptococcus salivarius subsp thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp bulgaricus (107 UFC/mL). o Objetivos da fermentação láctica: Formação de gel por diminuição do pH. Promover sabor ácido, consistência e aroma típicos. Classificação de iogurtes de acordo com: 1. % de gordura – integral, semidesnatado ou desnatado; 2. Produção de gel – tradicional, batido ou líquido; 3. Aroma e sabor – natural, com frutas ou aromatizado; 4. Tratamentos pós-incubação – tratados termicamente, congelados, desidratados ou concentrado. Iogurte Doce de Leite Portaria n° 354/1997 Produto obtido por concentração e ação do calor a pressão normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de sólidos de origem láctea e/ou creme, adicionado de sacarose (parcialmente substituída ou não por monossacarídeos e/ou outros dissacarídeos). Classificação: • Quanto ao teor de gordura: doce de leite (6-9 g/100 g) ou doce de leite com creme (>9 g/100 g); • Quanto a adição de outras substâncias alimentícias: sem adição ou com adição. Ingredientes obrigatórios: leite (ou leite reconstituído) + sacarose (máx. 30%) Queijo Portaria n°146/1996 Tipos: Frescos e Maturados • Produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado), ou de soros lácteos, • Coagulados pela ação física do coalho, de enzimas especificas, de bactéria específica, de ácido orgânicos, isolados ou combinados, • Todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes. Manteiga Classificação Manteiga Extra: corresponde à classe dequalidade I da classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL 99A: 1987. Manteiga de Primeira Qualidade: corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial segundo a Norma FIL 99A: 1987. • É o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, • Com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. • A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea. Portaria nº 146/1996. Creme de Leite Classificação Creme de baixo teor ou leve (10 - 19,9%) Creme (20 - 49,9%) Creme de alto teor de gordura (Min. 50%) • É o produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequados. • Apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água. Portaria nº 146/1996. Requeijão OBS: A denominação Requeijão está reservado ao produto no qual a base láctea não contenha gordura e/ou proteína de origem não láctea. Classificação Requeijão Requeijão Cremoso (creme de leite/manteiga/gordura anidra/butter oil) Requeijão de Manteiga (manteiga + massa de coalhada de leite integral /semidesnatado/desnatado) • É o produto obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite OPCIONALMENTE ADICIONADA de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. • O produto poderá estar adicionado de condimentos, especiarias e/ou outras substâncias alimentícias. Portaria nº 359/1997 Estabilidade ao Etanol a 68% (teste do álcool) Princípio Verificar a estabilidade térmica por meio da reação com solução alcoólica 68%. Coagulação se dá por efeito da elevada acidez ou do desequilíbrio salino, quando se promove desestabilização das micelas pelo álcool. Indicado para leite UHT Resultado: Instável: Coagulado Estável: Sem coagulação Teste do Alizarol Princípio Baseia-se na ocorrência de coagulação por efeito da elevada acidez ou do desequilíbrio salino, quando se promove desestabilização das micelas pelo álcool. O alizarol atua como indicador de pH, auxiliando a diferenciação entre o desequilíbrio salino e a acidez excessiva. Resultado: Leite normal: coloração VERMELHO-TIJOLO, com ligeira precipitação e POUCOS GRUMOS Leite ácido: coloração MARROM-CLARO ou AMARELA (leite talhado com pequenos grumos) Leite alcalino: coloração LILÁS a VIOLETA Prova de Fosfatase Alcalina Princípio Verificar a atividade enzimática da fosfatase alcalina. Ela é SENSÍVEL a T° de pasteurização. Informa a eficiência da pasteurização. Resultado: Positivo: coloração AZUL INTENSA – leite cru ou leite não foi adequadamente pasteurizado Negativo: coloração CINZA - Leite pasteurizado Prova de Peroxidase Princípio Avaliar se a pasteurização foi eficiente. A peroxidase, ao hidrolisar a H2O2, libera O2, o qual transformará o guaiacol da sua leucobase (incolor) para a forma corada (salmão). Resultado: Positivo: desenvolvimento de um ALO DE COLORAÇÃO SALMÃO – leite pasteurizado Negativo: sem desenvolvimento do alo – leite UHT. Determinação da Densidade a 15°C Princípio Fornece informações sobre a quantidade de gordura do leite. A determinação é efetuada utilizando-se o termolactodensímetro, que possui uma escala de densidade e um termômetro. Densidade deve ser medida a 15°C, segundo legislação e, corrigir o valor obtido no termolactodensímetro. Resultado para leite fluido: Densidade deve estar entre 1,028 e 1,034 a 15°C. Índice Crioscópico Princípio A Crioscopia do leite corresponde à medida de seu ponto de congelamento, utilizando o crioscópio eletrônico. O ponto de congelamento do leite é de -0,512°C. Resultado: Quanto mais perto de 0°C mais água tem no leite – leite adulterado. Índice refratométrico do soro cúprico a 20°C Princípio Baseia-se no princípio de que a adição de água dilui as substâncias dissolvidas em seu soro. Utiliza-se o refratômetro de imersão que é controlado com água fervida e resfriada. Para proceder a leitura, deve-se adicionar solução de sulfato de cobre (36° Zeiss a 20°C) à amostra e filtrá-la. Resultado: Leitura abaixo de 37° Zeiss do soro cúprico a 20°C sugere adição de água ao leite. Determinação da Acidez Princípio Indica o estado de conservação do leite. OBS: I. Acidez aparente – presente em leite normal fresco (presença de fosfatos, citratos, caseína, albumina e CO2). II. Acidez real ou verdadeira – crescimento de MO que utiliza a lactose. No teste de acidez titulável, uma substância alcalina (NaOH) é usada para neutralizar o ácido. Uma substância indicadora (fenolftaleína) é usada para mostrar a quantidade de álcali que foi necessária para neutralizar o ácido. Relação entre °D e g% de ácido láctico: °D = 100 x g% ácido láctico Acidez em ° Dornic 1°D é equivalente a 0,1 mL de uma solução de NaOH N/9, que reage com 10 mL de leite. Determinação da Acidez Gordura pelo Método de Gerber Princípio Baseia-se na quebra da emulsão do leite pela adição de ácido sulfúrico e álcool isoamílico, na centrifugação e posterior determinação da gordura. OBS: Ácido sulfúrico: dissolve ou decompõe as ptns e a lactose - ↑ densidade de fase aquosa. Álcool amílico: substância desmulsificante (separação da gordura). Resultado: Integral: Teor original Padronizado: 3,0% Semidesnatado: 0,6 a 2,9% Desnatado: máximo 0,5% Gordura pelo Método de Gerber Determinação do Extrato Seco Total (EST) Princípio Evaporação da água e substâncias voláteis. 1) EST pelo método indireto Utiliza-se o disco de Ackermann, fazendo coincidir as graduações dos círculos interno (densidade) e médio (gordura). A parte externa do círculo (flecha) indica o EST% (m/v). 2) EST pelo método direto: Método gravimétrico [utiliza-se estufa a 102°C (±2°C)]. Determinação do extrato seco desengordurado ou sólidos não gordurosos Princípio Obtém-se diminuindo a gordura do EST. Cálculo: P-G = ESD% P = n° de g de EST G = n° de g de gordura% Identificação de Amido Princípio Desenvolvimento de coloração azulada após aquecimento e adição de solução de iodo (solução de lugol) à amostra, em presença de amido. Resultado: Positivo: coloração AZUL Negativo: coloração característica do Leite. Leite Leite ∆ Solução iodo (Lugol) Identificação de Sacarose com Resorcina Princípio Resorcina em meio ácido se condensa com as aldoses, formando um composto de coloração vermelha. Resultado: Positivo: coloração VERMELHA Negativo: coloração característica do Leite Leite Leite H+ Resorcina Metodologia: Resorcina + Ácido Condensa-se com aldoses Formação de composto avermelhado Identificação de Formaldeído Princípio Floroglucina reage com o formaldeído, produzindo um derivado hidroximetilado de coloração salmão. Resultado: Positivo: coloração SALMÃO Negativo: coloração característica do leite Leite Leite Floroglucina + Formaldeído Identificação de Peróxido de Hidrogênio Princípio Peroxidase do leite age sobre o H2O2 liberando O2, transformando o guaiacol da forma leuco para sua forma corada, salmão. Resultado: Positivo: coloração SALMÃO Negativo: coloração característica do leite Leite Guaiacol H2O2 Peroxidase Leite
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