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Crescimento microbiano As principais reações de síntese celular correspondem a reações de polimerização, processos pelos quais polímeros (macromoléculas) são originados a partir de monômeros. Fissão binária Processo pelo qual o crescimento de uma célula individual ocorre até que esta se divida, originando duas novas células; a partição de uma célula , referida como septo, é resultante do crescimento da membrana citoplasmática e da parede celular para o interior da célula, em direções opostas, até a individualização das células filha. Proteínas Fts e o plano de divisão celular (pág 129) As proteínas Fts ( filamentoso termossensível) são aquelas essenciais à divisão celular em procariotos. FtsZ, a proteína mais importante desse grupo apresenta também similaridades estruturais com a tubulina (importante na divisão de eucariontes), elas interagem e formam um aparelho de divisão na célula denominado divisomo. A formação do divisomo é iniciada pela ligação das moléculas de FtsZ, originando um anel ao redor do cilindro celular, localizado na região central da célula, as moléculas de FtsZ vão se polimerizar, dando origem a um anel intacto que passa a atrair outras proteínas Fts. A replicação do DNA ocorre antes da deposição do anel FtsZ. O término da síntese de DNA parece ser o sinal para a formação do anel FtsZ, situado no espaço entre os nucleóides duplicados. FtsZ apresenta atividade enzimática, hidrolisando guanosina trifosfato (GTP) e gerando energia; acredita-se que essa anergia promova a polimerização e despolimerização do anel FtsZ. Morfologia Celular e Actina em procariotos (pág 130) Procariotos possuem proteínas específicas que definem a forma celular. A proteína de maior importância na morfologia de uma célula denomina-se MreB; ela forma um citoesqueleto do tipo actina em espécies de Bacteria e, provavelmente, também de Archaea. MreB dá origem a faixas filamentosas espiraladas, localizadas internamente à célula e imediatamente abaixo da membrana citoplasmática. Bactérias em forma de coco são desprovidas de MreB e do gene que a codifica. OBS: Presença de FtsZ e MreB indica que as células procarióticas possuem proteínas estruturalmente similares à tubulina e actina, respectivamente. Síntese de peptideoglicano e divisão celular (pág 130) Antes da divisão celular acontecer, os compostos da parede celular devem ser sintetizados. os novos materiais devem ser adicionados a parede preexistentes, sem que perca integridade estrutural. Autolisinas criam pequenas aberturas na parede, na região do anel FtsZ e os nossos componentes da parede são adicionados através dessa abertura. Biossíntese de peptídeoglicano (pág 131) A síntese do novo peptídeoglicano envolve clivagem controlada do preexistente por autolisinas e a inserção dos precursores desse polímero. O bactoprenol, importante lipídeo usado como molécula carreadora, transporta os blocos de peptideoglicano através da membrana, tornando- os hidrofóbicos e permitindo sua passagem pelo interior da membrana citoplasmática. Ao atingir o periplasma, o bactoprenol interage com as enzimas responsáveis pela inserção dos precursores de crescimento da parede celular e pela catálise da formação de uma ligação glicosídica. Transpeptidação: o alvo da penicilina (pág 131) Etapa final da síntese da parede celular é um processo conhecido como transpeptidação, onde ocorre formação das ligações peptídicas cruzadas entre os resíduos de ácido murâmico de cadeias adjacentes de glicano. A transpeptidação corresponde à reação inibida pelo antibiótico penicilina. Proteínas, como a Fts, foram identificadas no periplasma de gram-negativas; quando a penicilina se liga a tais proteínas, estas perdem sua atividade catalítica, deixando de participar da síntese da nova parede celular. A ação contínua das autolisinas enfraquece a estrutura da parede, podendo provocar a lise celular. Crescimento populacional Taxa de crescimento =corresponde à variação do número de celular ou da massa celular por unidade de tempo Geração =Intervalo em que uma célula origina duas novas Tempo de geração =Tempo necessário para que uma célula origine duas novas, também conhecido como tempo de duplicação. Crescimento exponencial (pág 132) Padrão de aumento populacional, em que o número de células é duplicado a cada período de tempo. O crescimento exponencial caracteriza-se por apresentar incialmente uma taxa lenta de aumento do número de células que, posteriormente, é acelerada. O ciclo do crescimento (pág 134) Fase lag Ocorre quando uma população microbiana é inoculada em um meio de cultura onde o crescimento não se inicia de imediato. Se uma cultura já em crescimento exponencial for inoculada em um mesmo meio, sob as mesmas condições, a fase lag não ocorre. Se um inóculo em fase estacionária for transferido para o mesmo meio de cultura, haverá uma fase lag, mesmo que todas as células do inóculo sejam viáveis. A fase lag tambem pode ser observada quando o inóculo sobre algum tipo de dano, mas ainda estão vivas, pois as células precisarão de algum tempo para recuperar os danos sofridos. Quando uma cultura de meio rico é transferida para uma cultura de meio pobre, observa-se uma fase lag, nesse caso as células precisam sintetizar enzimas necessárias à biossíntese de metabólitos essências não fornecidos pelo meio, Fase exponencial A fase exponencial é a consequência da divisão celular, onde uma célula se divide em duas novas e assim por diante; células em crescimento exponencial geralmente se encontram nas condições mais saudáveis. Em geral, microrganismos procariontes crescem mais rapidamente que os eucariontes, sendo que os organismos eucariontes menores crescem mais rápido que os maiores. Fase estacionária (pág 135) A população microbiana não cresce indefinidamente, isso pode se dever a alguns fatores limitantes de crescimento como: consumo de nutrientes essenciais presentes no meio de cultura; presença de algum produto de excreção que atinge uma concentração inibitória e promove a interrupção do crescimento exponencial. Medidas diretas do crescimento microbiano O crescimento populacional pode ser analisado pelas variações referentes ao número de células, peso de algum componente celular ou peso seco total das próprias células. Contagem de células totais (pág 135) Podem ser realizados dois tipos de contagem microscópica direta: a partir de amostras secas em lâmina ou a partir de amostras liquidas (como na figura abaixo). Contagem de viáveis (pág 136) Uma célula viável é definida como aquela capaz de se duplicar. A contagem de viáveis normalmente é realizada pela determinação do número de células capazes de formar colônias em um meio sólido adequado. A metodologia usada é denominada contagem em placa ou contagem de colônias. Podendo ser realizada de duas maneiras: • Semeadura por espalhamento: um pequeno volume da cultura previamente diluída, não ultrapassa 0,1mL, é espalhada na superfície de um meio sólido com o auxílio de uma alça estéril. A placa é incubada até que haja o surgimento das colônias, que são contadas. • Semeadura em profundidade: um volume conhecido da cultura é pipetado em uma placa de Petri estéril, á qual se adiciona o meio de cultura ainda fundido, promovendo-se sua homogeneização com a amostra. Diluição das suspensões celulares antes do plaqueamento (pág 136) É importante que nos métodos de semeadura o número de colônias formadas não seja muito grande, pois em placas muito populosas, algumas células podem não formar colônias ou estas podem fundir-se, levando a erros de contagem. O número também não pode ser muito pequeno pois poderá comprometer a significância estatística da contagem. Normalmente o número de colônias em uma placa deve