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ATIVIDADE AVALIATIVA - AV1 CURSO: DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO II CÓD. DISCIPLINA: CCJ0248 DATA: 07 / 10 / 2020 PROFESSOR: Pedro Henrique Carvalho Silva MATRICULA: ALUNO (A): Giulia Chaves Teixeira - 202003070394 VALOR: 8,0 pontos Instruções: • A prova é individual. • A entrega do trabalho deverá ser feita através de postagem no SIA, no campo próprio para este fim. • O PRAZO MÁXIMO PARA ENTREGA É DE 24 HORAS DA REALIZAÇÃO DA PROVA. Trabalhos entregues após a data limite não serão aceitos e corrigidos. • As questões abertas são uma oportunidade de você, aluno, dissertar sobre o que aprendeu. Evite respostas muito objetivas e curtas, pois estas não permitirão a avaliação plena do conhecimento acerca do assunto. • Elabore sua resposta de forma fundamentada não bastando a mera indicação de dispositivos de lei. BOA PROVA! 1) (1,5) Antônio ajuizou reclamatória trabalhista em desfavor m desfavor da sociedade empresária Rio Dourado Ltda., na qual trabalhou por 8 anos e 3 meses, na condição de vigia noturno. Em seus pedidos, Antônio requereu o pagamento de adicional noturno, horas extras e o intervalo intrajornada que não havia sido pago. A sentença julgou procedente em parte os pedidos, condenando a empresa ao pagamento de adicional noturno, rejeitando a ocorrência de horas extras, mas nada tratou sobre o intervalo suprimido. Com base no caso acima responda: a) Antônio possui interesse de recorrer? Em caso positivo, aponte o(s) recurso(s) passíveis de utilização. Levando-se em conta que a ação foi julgada parcialmente procedente, Antônio possui interesse recursal. Considerando que o juízo fora omisso no que tange ao intervalo intrajornada, caberá a oposição de embargos de declaração. Já no tocante a rejeição dos pedidos de horas extras, caberá a interposição de recurso ordinário em face da sentença proferida neste tocante. b) A sociedade empresária possui interesse em recorrer? Em caso positivo, aponte o(s) recurso(s) passíveis de utilização. Como dito acima, os pedidos foram julgados parcialmente procedentes, dessa forma, a empresa Rio Dourado também possui interesse recursal. Considerando que o único pedido, até então, julgado procedente fora o adicional noturno, poderá ser interposto recurso ordinário em face da decisão para tentativa de reversão da condenação. 2) (1,5) Em sede se Recurso Ordinário interposto pelo Instituto Semear, entidade filantrópica, em face de sentença trabalhista, o juiz do trabalho considerou o recurso deserto por não ter sido comprovado nos autos o recolhimento do depósito recursal. Diante do caso narrado, responda: a) Qual a medida cabível contra a decisão do juiz? Justifique. No caso em comento, a medida que caberá para que o Recurso Ordinário interposto seja analisado é o Agravo de Instrumento, pois trata-se de recurso que deve ser interposto em face de decisões que denegam seguimento a recurso, previsto na alínea b do artigo 897 da CLT, in verbis. Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: [...] b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. b) Qual argumento você utilizaria para reverter a decisão? Justifique. Utilizaria do argumento de que às entidades filantrópicas fica dispensado o recolhimento de depósito recursal, conforme disposto no §10º do artigo 899 da CLT, in verbis. Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. [...] § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. 3) (1,5) O desembargador relator do TRT da 3ª Região proferiu decisão monocrática negando seguimento ao recurso ordinário interposto pela Reclamada, ao fundamento de intempestividade. A Reclamada apresentou embargos de declaração contra a decisão alegando que houve um erro ao não considerar o feriado local, devidamente comprovado na peça recursal. Diante do caso narrado, responda: a) Agiu corretamente a Reclamada em seu recurso apresentado? Justifique com base no cabimento do recurso. Da decisão proferida não é cabível oposição de embargos, pois estes somente são oponíveis em casos de omissão, contradição ou obscuridade da decisão proferida, conforme artigo 897-A da CLT, o que não é o caso. Seria cabível, por se tratar de uma decisão monocrática do relator, interposição de agravo interno. b) Poderia o relator, em caso de pedido de revisão do mérito da decisão, receber e julgar os embargos? Aponte uma possível solução com base nos princípios recursais. Primeiramente, imperioso destacar que não cabe Embargos de Declaração para revisão de mérito. Caso o recurso correto fosse interposto, considerando que o pedido de revisão é acerca de decisão proferida pelo relator o mesmo não poderá receber e julgar os embargos, tal procedimento deverá ser realizado pelo colégio de desembargadores pertencentes à turma deste. 4) (1,5) A categoria profissional X, com membros em todo território nacional, não obteve êxito em suas negociações coletivas, e pretende ajuizar um dissídio coletivo para determinação de cláusulas normativas. Ajuizada a ação no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, a Seção de Dissídios Coletivos, decidiu de forma não unânime, proferindo acórdão. a) Diante do caso concreto pergunta-se, qual o recurso cabível e qual a competência para seu julgamento? Justifique. Considerando que a decisão fora de forma não unânime o recurso cabível é o Embargos, conforme dispõe a alínea a, do inciso I do artigo 894 da CLT, transcrito: Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I - de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; A competência para julgar os embargos interpostos é do próprio TST na sua Seção Especializada em Dissídios Coletivos, vide alínea c, do inciso II, do Artigo 77 do Regimento Interno. Art. 77. À Seção Especializada em Dissídios Coletivos compete II - em última instância, julgar c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão embargada estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou com súmula de sua jurisprudência predominante; b) Se um dissídio coletivo, de competência originária de um TRT, for julgado, qual seria o recurso cabível contra a decisão, e qual a competência para processamento e julgamento do recurso? Justifique. No caso de recurso em face de decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho em dissídio coletivo de sua competência originária, caberá a interposição de Recurso Ordinário, que será processado e julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho, conforme disposto no inciso II do artigo 895 da CLT. Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 5) (2,0) Em sede de reclamatória trabalhista ajuizada por Paulo em face da empresa Gama Ltda., os pedidos foram julgados improcedentes. Em sede de recurso ordinário, o TRT deu provimento ao recurso de Paulo para reformar totalmente a sentença. A empresa inconformada, deseja apresentar recurso junto ao Tribunal Superior do Trabalho. Ao interpor seu Recurso de Revista, o presidente o TRT fazendo o seujuízo de admissibilidade entendeu não existir o pressuposto da transcendência, bem como reputou deserto o recurso. Diante do caso narrado, responda: a) Agiu corretamente o Presidente do TRT em relação à análise da admissibilidade? Justifique. O presidente do Tribunal não agiu de forma correta, eis que a análise de admissibilidade feita pelo Tribunal Regional é feita somente no que tange o preparo recursal, pressuposto extrínseco, sendo que no tocante ao pressuposto intrínseco da transcendência, é de competência do Tribunal Superior a análise, conforme disposto no artigo 896-A da CLT, abaixo transcritos. Art.896-A – O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. b) Qual o recurso cabível para reverter a decisão denegatória de admissibilidade feita pelo TRT? E qual o juízo competente? Justifique. O recurso cabível para destrancar o recurso de revista que teve negado o seu seguimento pelo Tribunal Regional do Trabalho é o Agravo de Instrumento que compete ao Tribunal Superior do Trabalho julgar, conforme dispõe o §4º e a alínea b, do artigo 897 da CLT, in verbis. Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. § 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada c) Nesse caso, se o Ministro Relator do TST reputar ausente o requisito da transcendência, denegando novamente seguimento o recurso da empresa, qual seria a medida cabível? Justifique. Caso a decisão monocrática do relator considere ausente a transcendência da matéria recorrida não caberá recurso, conforme disposto no § 5º do artigo 896-A da CLT. Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. § 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria.
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