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COMPLEMENTOS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS Profa Dra Monica M Stuermer ESFORÇOS SIMPLES Classificação dos Esforços Simples • Esforço Normal (ou axial) N: Soma algébrica das projeções sobre a normal à seção das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção; é positivo quando de tração (tendendo a distender a seção) ou negativo quando de compressão (comprimindo a seção) • Esforço cortante (ou cisalhante) Q : Soma vetorial das projeções sobre o plano da seção das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção (tende a cortar a seção, promover o seu deslizamento); é positivo quando as projeções se orientam nos sentidos dos eixos ou negativo, caso contrário. Classificação dos Esforços Simples • Momento fletor M : Soma vetorial das projeções sobre o plano da seção dos momentos das forças, situadas de um mesmo lado da seção, em relação ao seu centro de gravidade (tende fazer a seção girar sobre um eixo localizado no seu próprio plano, comprimindo uma parte e distendendo a outra); é dito positivo quando orientado no sentido arbitrado para o eixo, ou negativo, caso contrário. • Momento torçor T : Soma algébrica dos momentos, em relação a um eixo perpendicular ao plano da seção e passando pelo seu centro de gravidade, das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção (tende a torcer a seção, fazendo-a girar em tomo de um eixo que lhe é perpendicular); positivo quando "sai" da seção ou negativo, caso contrário. Classificação dos Esforços Simples Momento fletor Força normal Força de cisalhamento Componentes do Momento fletor Força Normal Momento torçor Componentes da força de cisalhamento Classificação dos Esforços Simples Simbologia CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS O dimensionamento e a verificação da capacidade resistente de barras, como de qualquer elemento estrutural, dependem das tensões que se distribuem ao longo das seções transversais desse elemento. Daí a necessidade de se conhecer claramente as características ou propriedades das figuras geométricas que formam essas seções transversais As principais propriedades geométricas de figuras planas são: Área (A) Centro de gravidade ou geométrico (CG) Momento de Inércia (I) Raio de giração (i) Módulo de resistência (W) Centro geométrico de figuras planas O centroide ou centro geométrico, ou centro de gravidade de figuras planas é um ponto utilizado em equações matemáticas e físicas, como se todas as propriedades do corpo estivessem concentradas nele. Admitindo-se que os materiais são homogêneos e uniformes ao longo de uma seção transversal, o centroide coincide com o eixo do centro de gravidade do corpo. É o ponto que reflete o equilíbrio de uma superfície a um ponto, pois pode estar até fora da figura representativa. Centro geométrico de figuras planas Centro geométrico de figuras planas As coordenadas são as médias das coordenadas dos pontos de uma figura: Exemplo : Na figura, localize o CG : Centro geométrico de figuras planas Exemplo . . Centro geométrico de figuras planas CG - Exercícios 1) Determine as coordenadas do centróide do perfil abaixo: CG - Exercícios 1) Solução CG - Exercícios 2) Determine as coordenadas do centróide do perfil abaixo: CG -Exercícios 2) Determine as coordenadas do centróide do perfil abaixo: CG - Exercícios 2) Determine as coordenadas do centróide do perfil abaixo (outra resolução): Ai X X . Ai Y Y . Ai A 2000 50 100000 190 380000 B 3200 10 32000 100 320000 C 2000 50 100000 10 20000 Somatória 7200 232000 720000 A B C 232000 7200 32,22 720000 = 100 7200 3) Calcular a posição do CG da figura abaixo, em metros, dada as dimensões em cm. CG - Exercícios 3) Calcular a posição do CG da figura abaixo, cujas dimensões estão em cm. CG -Exercícios Ai X X . Ai Y Y . Ai A 0,085 0,575 0,048875 0,75 0,06375 B 0,06 0,30 0,018 0,40 0,02400 C 0,085 0,425 0,036125 0,05 0,00425 Somatória 0,23 0,103 0,092 0,103 0,23 0,448 m 0,092 = 0,4 m 0,23 Momento de inercia de área O momento de inércia de área, (chamado segundo momento de área ou segundo momento de inércia), é uma propriedade geométrica da seção transversal de elementos estruturais. Está relacionado com as tensões e deformações que aparecem por flexão em um elemento estrutural e, portanto, junto com as propriedades do material, determina a rigidez de um elemento estrutural sob flexão. Definição matemática: Integral do produto dos elementos de área de uma figura plana pelo quadrado de suas distâncias a um eixo, ou seja, dividimos a área em questão em partes pequenas e fazemos um somatório dessas áreas multiplicadas pelo quadrado de suas distâncias ao eixo em questão Sempre positivos! → Unidade I = [L4] Momento de inercia de área Quanto maior for o momento de inércia de um corpo, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação. Contribui mais para o aumento do valor do momento de inércia a porção de massa que está afastada do eixo de giro. Aumentar a altura da seção da viga, devido ao expoente cúbico, resulta num aumento bem maior de momento de inércia se comparado com aumentar o lado. Dobrar uma tábua em relação à sua espessura é fácil, mas não em relação à sua largura. Momento de Inércia Exemplo 1) Dividindo a área anterior em duas: Momento de Inércia Exemplo 2) Momento de Inércia eixo central de inércia – Passa pelo centroide do corpo O momento de inércia de área da seção transversal de uma viga, em relação a um eixo que passe pelo seu centro de gravidade, mede a sua rigidez, ou seja a sua resistência à flexão em relação a esse eixo. Momento de inercia de área Por exemplo, para uma seção retangular, de lados b e h com o eixo passando pelo seu centro, o momento de inercia em relação ao eixo x será; 𝐼𝑥 = 𝑏. ℎ3 12 Momento de inercia de área Momento de inercia de área Momento de inércia da secção transversal de algumas peça 𝐼 = 𝑏. ℎ3 12 𝐼 = π. 𝑑4 64 𝐼 = 𝑒.ℎ3 6 + 𝑒.𝑏.ℎ2 2 𝐼 = π (𝐷4 − 𝑑4) 64 𝐼 = 𝑒.ℎ3 12 + 𝑒.𝑏.ℎ2 2 Maior momento de inércia: maior resistência – Máximo I, máxima resistência à flexão Eixos de Maior e Menor Inércia Translação de Eixos Momento de Inércia (conhecido) 𝑰𝒙′ = 𝑰𝒙+ 𝑨 ∙ 𝒅𝟐 𝑰𝒚′ = 𝑰𝒚 + 𝑨 ∙ 𝒅𝟐 Momento de Inércia Momento de inercia- exercícios 1) Determinar momento de inércia, relativo ao eixo baricêntrico x do perfil representado na figura. Momento de inercia- exercícios 1) Resolução: Momento de inercia- exercícios 2) Calcule o momento de inércia da figura a seguir: 2) Resolução: Momento de inercia- exercícios 𝐼𝑥 = 𝑏. ℎ3 12 Momento de inercia- exercícios 2) Resolução: 24mm + 3 mm = 27 mm Para encontrar o momento de inércia das áreas 2 e 3 precisamos fazer a translação dos eixos : Momento de inercia- exercícios 2) Resolução: Então: 24mm + 3 mm = 27 mm Para encontrar o momento de inércia das áreas 2 e 3 precisamos fazer a translação dos eixos : 3) Na figura abaixo, dadas as medidas em metros, calcular o momento de inércia Ix Momento de Inércia - Exercícios Momento de Inércia - Exercícios 3) Resolução: Raio de giração Define-se raio de giração como sendo a raiz quadrada da relação entre o momento de inércia e a área da superfície. A unidade do raio de giração é o comprimento. O raio de giração é utilizado para o estudo da flambagem. Obs. Outras nomenclaturas: Kx, ix Ky. iy Raio de giração - exercícios 1) Determine o raio de giração Rx das figuras apresentadas nos exercícios de momento de inércia Raio de giração - exercícios 1) Resolução: A = (40 x 40) – π.202/4 A = 1286 cm2 205479,3 1286 = 12,641 cm 39 cm4 A = A1 +A2 +A3 A = 3,84 +2,88 +1,44 cm2 A = 8,16 cm2 39 8,16 = 2,186 cm 418666 m4 A = A1 +A2 +A3 A = 9,0 + 8,0 + 9,0 m2 A = 26 m2 418666 26 = 126,896 m Módulo Resistente Define-se módulo resistente (ou módulo de resistência) de uma superfície plana, em relação aos eixos que contém o CG, como a razão entre o momento de inércia relativo ao eixo que passa pelo CG da figura e a distância máxima entre o eixo e a extremidade da seção estudada. Onde: ICG = momento de inércia da peça em relação ao CG da figura x, y = distância entre o eixo do CG da figura e a extremidade da peça. O módulo resistente é utilizado para o dimensionamento de peças submetidas à flexão 𝑊𝑥 = 𝐼𝐶𝐺 𝑦𝑚𝑎𝑥 𝑊𝑦 = 𝐼𝐶𝐺 𝑥𝑚𝑎𝑥 Módulo Resistente Define-se módulo resistente (ou módulo de resistência) de uma superfície plana, em relação aos eixos que contém o CG, como a razão entre o momento de inércia relativo ao eixo que passa pelo CG da figura e a distância máxima entre o eixo e a extremidade da seção estudada. Onde: ICG = momento de inércia da peça em relação ao CG da figura x, y = distância entre o eixo do CG da figura e a extremidade da peça. O módulo resistente é utilizado para o dimensionamento de peças submetidas à flexão 𝑊𝑥 = 𝐼𝐶𝐺 𝑦𝑚𝑎𝑥 𝑊𝑦 = 𝐼𝐶𝐺 𝑥𝑚𝑎𝑥 Momento de inércia da secção transversal de algumas peça 𝐼 = 𝑏. ℎ3 12 𝐼 = π. 𝑑4 64 𝐼 = 𝑒.ℎ3 6 + 𝑒.𝑏.ℎ2 2 𝐼 = π (𝐷4 − 𝑑4) 64 𝐼 = 𝑒.ℎ3 12 + 𝑒.𝑏.ℎ2 2 𝑊 = 𝑒.ℎ2 3 + e.b.h𝑊 = 𝑏. ℎ2 6 𝑊 = π. 𝑑3 32 𝑊 = 𝑒.ℎ2 6 + e.b.h𝐼 = π (𝐷3 − 𝑑3) 32 Seções simétricas à Linha neutra A maior área da seção transversal não significa maior módulo de resistência à flexão (W) A forma da seção deve ser analisada!! Entre duas seções de mesmo módulo resistente (W), a mais econômica será a de menor área Entre duas seções de mesma área a mais eficiente será a maior módulo resistente (W) bhA Ahbh w 66 2 Seções retangulares de mesma área : maior eficiência = maior h Seções simétricas à Linha neutra Então, para obtermos maior eficiência, devemos dispor a maior massa do material (área da seção) o mais afastado possível da linha neutra EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1) Você vai projetar uma viga de concreto e adota uma peça com seção retangular de h=0,20m e b=0,40m. Alguém levanta a hipótese que uma peça com h=0,40m e b=0,20m é mais resistente a flexão. Prove que esta hipótese é verdadeira ou não. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1) Resolução: I xG =0,4x0,2 3 /12 I xG = 0,00027m 4 WxG =0,4x0,2 2 /6 WxG =0,00267m 3 rxG = 0,0014m I xG =0,2x0,4 3 /12 I xG = 0,00107m 4 WxG =0,2x0,4 2 /6 WxG =0,00533m 3 rxG = 0,0028m EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Para o perfil abaixo, determinar o momento de inercia, e momento resistente relativos aos eixos baricentricos, x e y . Medidas dadas em mm. y x CG 50 10 40 10 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Resolução: 1 2 v u ug vg CG 1,61 cm A partir dos eixos auxiliares v e u, calculamos a posição do CG: y 2,50 cm (figura simétrica ao eixo )vg = ug = EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Resolução: 1 2 v u ug vg Momento de inercia Ix : Ix Ix1 +Ix2 Ix Ix Ix EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Resolução: 1 2 v u ug vg Momento de inercia Iy : Iy Iy1 +Iy2 Iy Iy EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Resolução: 1 2 v u ug vg Raios de giração: Iy Ixrx rx ry ry EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 2) Resolução: 1 2 v u ug vg Momentos resistentes: Ix Iy ymax EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 3) Para o perfil abaixo, determinar o momento de inercia, e momento resistente relativos ao baricentro - s eixos x e y . Medidas dadas em mm. y x CG 40 10 50 10 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES y x 40 10 50 10 v u 2 3 1 2,0 cm (figura simétrica ao eixo ) y 3,50 cm (figura simétrica ao eixo ) A partir dos eixos auxiliares v e u, calculamos a posição do CG: 3) Resolução: EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 3) Resolução: Momento de inercia Ix : Momento de inercia Iy : Iy 2 Iy1 + Iy2 Iy Iy Iy EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 3) Resolução: Raios de giração : EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 3) Resolução: Momentos resistentes : Ix Iy
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