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ESTUDO DIRIGIDO 2 - DIR ECONOMICO

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DIREITO ECONOMICO
ESTUDO DIRIGIDO 2 
1. Quem tem competência para legislar sobre Direito Econômico? Fundamente.
Um dos argumentos que justificam a autonomia do Direito Econômico é a previsão Constitucional da competência para criação de normas jurídicas A disposição constitucional assim determina:
 “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – (...) §1.º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se -á a estabelecer normas gerais.
 §2.º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
 §3.º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. §4.º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que l he for contrário.” 
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - (...)
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - (...) 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - (...)” 
 A competência concorrente estipulada no inciso I, do art. 24, da CF, deve ser aplicada apenas quando o tem a econômico não seja incluído na competência privativa da União ( art. 22), pois legislar sobre crédito, câmbio, transferência de valores, sistemas de poupança, entre outros, implica na criação de normas de natureza eminentemente econômica. Por fim , compete também aos municípios legislar sobre direito econômico em razão do disposto no art. 30, III, da C F, nos termos: 
 “Art. 30. Compete aos Municípios:
I - (...)
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
Em resumo, a competência para legislar sobre direito econômico é concorrente (União, Estados e Distrito Federal). Entretanto, devem ser excluídos os tem as econômicos previstos na competência privativa da União. De forma suplementar, os municípios poderão legislar sobre tem as de direito econômico. 
2. Identifique as características do(s) sistema(s) econômico(s).
Liberalismo (Adam Smith) 
O liberalismo tem início do século XX e caracteriza -se pela não intervenção estatal no mercado econômico (teoria da mão invisível, de Adam Smith). O liberalismo ou o Estado liberal identifica um Estado que tem por princípios atuar de forma mínima no domínio econômico. O Estado, na verdade, confia que os agentes econômicos privados são suficientes para suprir o mercado daquilo que é necessário para a satisfação dos mais variados interesses econômicos. O Estado do liberalismo econômico era o resultado do tempo que se tinha dos abusos de poder contra os agentes econômicos. Acreditava- se que a participação do Estado não poderia l imitar a livre iniciativa de empreender e competir com os outros agentes econômicos. A ausência de um ente coercitivo na economia causou um ambiente completamente descontrolado e frágil, que culminou, em 1.929, na Quebra da Bolsa de Valores de N ova York, demonstrando o fracasso desse sistema econômico; 
Intervencionismos (Keynes) 
Com a Quebra da Bolsa de ova York, percebeu-se que o Estado deveria interferir na Economia, como um Estado de bem estar social, fator que aumentou o "tamanho" do Estado e reduziu o campo de iniciativa privada. Isso fez c om que o Estado não tivesse m ais de onde tirar dinheiro para cobrir os seus gastos, desencadeando o Neoliberalismo; 
Reformas Neoliberais 
Tem início na década de 1990. Trata -se do modelo liberal com novas características. Defende a intervenção estatal na economia, m as de forma a garantir a primazia da iniciativa privada. Estado atua preventiva e repressivamente contra o s problemas que levaram ao fracasso de 29, principalmente por meio da chamada regulação.
3. Conceitue a Constituição Econômica.
 Hoje temos uma ordem econômica constitucionalmente posta que regula as atividades e status e provas, bem como os mecanismos de intervenção do Estado. A noção de ordem tem um sentido descritivo e outro normativo, descrição de como se dão as relações econômicas e a descrição do dever-ser, respectivamente. Essa ordem econômica denota a atividade econômica do Estado, dividindo-se, então, entre ordem pública e privada, em que a pública reflete a atividade econômica realizada pelo Estado dentro daquilo que lhe é estabelecido pela ordem econômica, ou seja, o Estado possui uma série de incumbências, como a segurança pública, a qual o Estado, e somente ele, deve realizar, pois é uma atividade própria. Deste modo estamos a frente de uma atuação pública do Estado, enquanto a atuação é privada que se fala em intervenção, uma vez que é a atuação do Estado em um domínio que não lhe é próprio, lembrando que a Constituição regula ambos os domínios, ou seja, todos os fundamentos e princípios estão constitucionalmente descritos no artigo 170 vinculam tanto a atividade estatal em domínio próprio, ordenando o domínio econômico público, quanto o domínio econômico privado. Isso significa que o Estado ao desempenhar suas atividades deve respeitar os fundamentos e princípios da ordem econômica. Em grande medida o Estado estará prestando serviço público, conforme o art. 175 da Constituição, sabendo que a ideia de eficiência pública é diferente da privada, em que nesta é o lucro o que a representa e naquela é o lucro coletivo.
4. Qual a primeira constituição que sistematizou a ordem econômica no Brasil?
A Constituição de 1934 é um marco no tocante à ordem econômica, em face de ser a primeira Constituição brasileira a tratar, de forma explícita dela e, também social, já que trata, em seu Capítulo IV, “Da Ordem Econômica e Social”.
5. Explique os fundamentos da ordem econômica.
 	No art. 170, CF/88, é possível identificar os fundamentos, objetivos e finalidades da ordem econômica. Referido artigo dispõe: 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
De acordo com a ideologia (Constitucional) adotada na ordem jurídica, a ordem econômica tem como fundamentos a livre iniciativa e a valorização do trabalho humano.
Nas palavras de Eros Roberto Grau: “Nestes termos, o art. 170, ao proclamar a livre iniciativa e a valorização do trabalho humano como fundamentos da ordem econômica está nelas reconhecendo a sua base, aquilo sobre o que ela se constrói, ao mesmo tempo sua conditio per quam e conditio sine qua non, os fatores sem os quais a ordem reconhecida deixa de sê-lo, passa a ser outra, diferente, constitucionalmente inaceitável. Particularmente a afirmação da livre iniciativa, que mais de perto nos interessa neste passo, ao ser estabelecida como fundamento, aponta para uma ordem econômica reconhecida então comocontingente. Afirmar a livre iniciativa como base é reconhecer na liberdade um dos fatores estruturais da ordem, é afirmar a autonomia empreendedora do homem na conformação da atividade econômica, aceitando a sua intrínseca contingência e fragilidade; é preferir, assim, uma ordem aberta ao fracasso a uma 'estabilidade' supostamente certa e eficiente. Afirma-se, pois, que a estrutura da ordem está centrada na atividade das pessoas e dos grupos e não na atividade do Estado. Isto não significa, porém, uma ordem do 'laissez faire', posto que a livre iniciativa se conjuga com a valorização do trabalho humano, mas, a liberdade, como fundamento, pertence a ambos. Na iniciativa, em termos de liberdade negativa, da ausência de impedimentos e da expansão da própria criatividade. Na valorização do trabalho humano, em termos de liberdade positiva, de participação sem alienações na construção da riqueza econômica. Não há, pois, propriamente, um sentido absoluto e ilimitado na livre iniciativa, que por isso não exclui a atividade normativa e reguladora do Estado. Mas há ilimitação no sentido de principiar a atividade econômica, de espontaneidade humana na produção de algo novo, de começar algo que não estava antes. Esta espontaneidade, base da produção da riqueza, é o fator estrutural que não pode ser negado pelo Estado. Se, ao fazê-lo, o Estado a bloqueia e impede, não está intervindo, no sentido de normar e regular, mas está dirigindo e, com isso, substituindo-se a ela na estrutura fundamental do mercado".
6. Livre iniciativa significa ausência de regulação? Porque.
 Conforme exposto na questão anterior, muita bem ditado por Eros Roberto Grau, “Não há, pois, propriamente, um sentido absoluto e ilimitado na livre iniciativa, que por isso não exclui a atividade normativa e reguladora do Estado. Mas há ilimitação no sentido de principiar a atividade econômica, de espontaneidade humana na produção de algo novo, de começar algo que não estava antes. Esta espontaneidade, base da produção da riqueza, é o fator estrutural que não pode ser negado pelo Estado. Se, ao fazê-lo, o Estado a bloqueia e impede, não está intervindo, no sentido de normar e regular, mas está dirigindo e, com isso, substituindo-se a ela na estrutura fundamental do mercado”. 
Assim, não se pode afirmar que a livre iniciativa significa ausência completa de regulação, vez que esta não exclui completamente a atividade de reguladora do Estado 
7. Porque o Direito Econômico é considerado direito de síntese?
 
8. Segundo Frei Beto, em sua coluna publicada no jornal Folha de São Paulo,
“Relatório   da ONU, divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior  índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos,  nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar,  Camarões, Tailândia e África do Sul.
Aqui temos uma das piores  distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença  entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres  (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais  afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos  sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54) O  percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros. 
Na América Latina, há menos  desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como  principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a  política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de  serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.” 
 
Considerando a notícia acima, aponte um princípio que rege a ordem econômica brasileira transgredido pelos fatos relatados, explicando sua escolha e justificando fundamentadamente sua resposta.
 
9. O dispositivo previsto nos §§ 1º e 2º do art. 173 da CF aplicam-se às empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos? Justifique.
 
10. Diferencie atuação de intervenção do Estado na economia.
 
11. Diferencie absorção, participação, direção e indução, como mecanismos de intervenção do Estado na economia. A regulação se enquadra em qual modalidade de intervenção? Explique.
 
 
12. Qual foi o objetivo do legislador constituinte e ordinário ao permitir a criação das Agências Reguladoras? O mesmo modelo de Agências Reguladoras existente no direito norte-americano pode ter aplicação em nosso ordenamento jurídico?

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