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GERAÇÕES X E Y NO MERCADO 
DE TRABALHO: LIDERANÇA E 
TECNOLOGIA
Professora: Me. Suzi Maria Nunes Cordeiro
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Aguinaldo Ventura 
Design Gráfico Bruna Stefane Martins Marconato 
Qualidade Textual Kaio Vinicius Cardoso Gomes
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; CORDEIRO, Suzi Maria Nunes.
 
 O Acadêmico e o Mercado de Trabalho. Suzi Maria Nunes 
Cordeiro.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 32 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Acadêmico. 2. Mercado de trabalho. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 331.1
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
09|A HISTÓRIA DA ECONOMIA CAPITALISTA E SUAS 
GERAÇÕES
15|GERAÇÃO X: LIDERANÇA À FRENTE DO MERCADO 
DE TRABALHO
21| GERAÇÃO Y: TECNOLOGIA E MULTITAREFAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Entender o que é mercado de trabalho e como o mesmo se configura na 
sociedade capitalista, a fim de inteirar-se sobre as gerações que dominam 
esse atual mercado.
 • Compreender as gerações mais atuantes no mercado de trabalho, para que 
possa identificar o comportamento das gerações X e Y.
 • Conhecer as características das gerações X e Y, a fim de identificar as qua-
lidades de cada uma e os reflexos que causam no mercado de trabalho.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • A história da economia capitalista e suas gerações
 • Geração X: Liderança à frente do mercado de trabalho
 • Geração Y: A tecnologia e as multitarefas
01
GERAÇÕES X E Y NO MERCADO DE TRABALHO: 
LIDERANÇA E TECNOLOGIA
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
É com satisfação que damos início ao estudo sobre as gerações X e Y no mercado 
de trabalho. Este tema torna-se relevante à medida em que observamos que nas 
empresas atuais há o convívio de diferentes gerações em um mesmo ambiente de 
trabalho e que cada uma possui habilidades e características advindas de seu tempo. 
Sendo assim, abordaremos o comportamento das gerações X e Y no atual mercado 
de trabalho.
A priori, devemos ter claro o conceito de mercado de trabalho, sendo este fruto 
do modo de economia Capitalista. Para termos uma compreensão histórica e social 
do que se passa no atual mercado de trabalho, precisamos resgatar alguns elemen-
tos do contexto político e econômico mundial, principalmente os pontos ligados 
ao modelo capitalista de organização. Cada geração que abordaremos nos tópicos 
a seguir são frutos de uma necessidade do mercado de trabalho de seu tempo e, 
também, influenciam seus contextos.
Para melhor conhecimento dessas gerações, será explanado neste encontro as 
diferentes gerações que temos em nossa sociedade, desde as tradicionais, passan-
do pela Baby boomer, até chegar a Z, no entanto, a ênfase será nas gerações X e Y, 
que atualmente dominam esse mercado.
Cada geração foi marcada por um momento histórico que reflete na cultura de 
cada povo. No caso da geração X, presenciaram os acontecimentos da Guerra Fria e 
o início da globalização. O contexto foi de muitas lutas políticas e sociais.
No caso da geração Y, o fato mais marcante foi a expansão da tecnologia, que se 
tornou mais evidente a partir da década de 90, quando alguns meios midiáticos co-
meçaram a se tornar mais populares nos lares, sobretudo, brasileiros. Nesse contexto, 
já havia nascido os primeiros integrantes da geração Y. Essa foi a primeira geração a 
ter sua educação influenciada por diferentes aspectos tecnológicos.
A seguir, acompanharemos essa linha histórica entre as gerações e suas presen-
ças no cenário do mercado capitalista.
Pós-Universo 8
Pós-Universo 9
A HISTÓRIA 
DA ECONOMIA 
CAPITALISTA E SUAS 
GERAÇÕES
Para compreendermos as interações das gerações X e Y no mercado de trabalho, pre-
cisamos começar pela definição de “mercado de trabalho”. Consideramos um mercado 
de trabalho o espaço em que encontramos a oferta e a procura de emprego. Para 
Bourdieu (2001, p. 253):
 “
[...] aquilo a que chamamos de mercado é o conjunto das relações de troca 
entre agentes colocados em concorrência, interações diretas que depen-
dem da estrutura socialmente construída das relações de força para a qual 
os diferentes agentes envolvidos no campo contribuem com diversos graus 
através das modificações que lhe conseguem impor.
Entretanto, se contextualizarmos o conceito de “mercado de trabalho” verificamos que 
ele surgiu apenas com o Capitalismo, visto que há cinco elementos significativos que 
estão interligados a esse mercado: a concorrência, as competências, a qualificação 
profissional, o lugar e o tempo (CARVALHO; SILVA; HOLANDA, 2006). Portanto, preci-
samos compreender a origem desse sistema econômico até sua atualidade, a fim de 
constatar o mercado supracitado ao longo dos anos e suas gerações de trabalhadores.
Desde que as embarcações europeias começaram a desbravar os mares para 
compras de especiarias na Índia e colonização de novos continentes, em meados 
do século XV, consideramos o início do capitalismo comercial, também conhecido 
como pré-capitalismo. Marca-se, por assim dizer, a passagem do Feudalismo para o 
Capitalismo. Destarte, tivemos o início do capitalismo industrial, partindo da Primeira 
Revolução Industrial na Inglaterra, no final do século XVIII, em que a maquinaria 
Pós-Universo 10
começou a ter espaço em fábricas têxteis, passando por diferentes momentos his-
tóricos que marcaram esse período até o século XIX.
Com o Capitalismo, vemos mais nitidamente as diferentes facetas da palavra 
“trabalho”. Se antes podíamos considerar o trabalho como uma forma em que o 
homem modifica a natureza para o seu sustento, modificando também a si e ao seu 
redor (MARX, 2008), após a Primeira Revolução Industria,l ele assume “o papel de 
forma de aquisição de recursos para a subsistência”, visto que a propriedade privada 
foi ganhando forma com o desenvolvimento da sociedade, em que os mais fortes 
se apropriaram de terras e os mais fracos ficavam sem lugar para retirar o sustento 
(JAREÑO, 2008, on-line)1.
Desse modo, quem não possuía terra foi obrigado a oferecer força de trabalho 
aos que possuíam.
 “
A partir desse marco, as relações sociais começam a assumir os contornos 
atuais, nas quais impera a relação capital versus trabalho. Essas relações sociais, 
chamadas de relações sociais capitalistas, objetivam a exploração do trabalho 
dos indivíduos que não são detentores dos meios de produção, pelos que os 
detêm. Assim, capitalismo assume definitivamente seu papel como modo 
de produção social [...]. Dessa forma, a industrialização trouxe uma acentua-
ção da relação entre capital versus trabalho, caracterizada pela exploração 
do trabalhador (JAREÑO, 2008, p. 6).
Pós-Universo 11
Em meio a esse contexto, para garantir suas subsistências, muitos trabalhadores 
vendiam sua força de trabalho pelo mínimo que os grandes proprietários estavam 
dispostos a oferecer. Temos, neste momento, os mais fortes visando o lucro de um 
lado e os mais fracos visando a sobrevivência de outro. A burguesia ao tomar ciência 
dessas condições, necessita de um contingente maior de trabalhadores aptos para 
serviços braçais e que estejam dispostos a sevenderem por baixo preço (JAREÑO, 
2008), eis o mercado de trabalho. Para Smith (1998), o mercado de trabalho seria o 
locus em que as transações entre empregadores e empregados acontecem.
Na sequência dos fatos, tivemos a Segunda Revolução Industrial, abrangendo 
maior parte da Europa e, com as máquinas, conquistando diferentes fábricas, trata-se 
do surgimento do capitalismo financeiro. Até o século XIX, consideramos que as gera-
ções que presenciaram o surgimento e o desenvolvimento inicial do Capitalismo são 
as chamadas de Tradicionais. Considerando seu contexto histórico, Allen (2004) ex-
plicita que as gerações Tradicionais preferem trabalhar em uma mesma empresa por 
longos períodos de sua vida, são em maioria fiéis à moral e às regras em gerais. “No 
ambiente de trabalho eles se destacam por ser uma equipe extremamente formal e 
cumpridora de regras, além de acompanhar todo o processo desde as contratações 
até as revisões de desempenho”, (REIS et al., 2013, on-line)2, no entanto, essa geração 
já está, em grande parte, aposentada.
Retomando o contexto Capitalista, além da Segunda Revolução Industrial (en-
volvendo desenvolvimentos nas indústrias químicas, petrolíferas, elétricas e de aço), 
tivemos alguns avanços tecnológicos que fortificaram disputas geopolíticas, resul-
tando em duas grandes guerras mundiais. 
As gerações nascidas após a Segunda Guerra Mundial até meados da década 
de 1960 são consideradas Baby boomer, nome que se refere ao grande número de 
bebês nascidos nesse período. Esta geração vivenciou uma melhora na economia 
mundial (principalmente norte-americana, em que houve a maior taxa de natalida-
de desse período), além de alguns avanços tecnológicos como a expansão da TV e 
suas cores. Ao que se refere ao campo do trabalho, os Baby boomers tendem a de-
safiar o sistema, contudo, não deixam de ser leais aos seus superiores, (CRAMPTON; 
HODGE, 2009, on-line)3.
Pós-Universo 12
Segundo Cavazzote, Lemos e Viana (2012, on-line)4 a geração supracitada vê o tra-
balho como forma de realizações pessoais e materiais, mas possuem dificuldades 
em conciliar a vida profissional com a pessoal. Weingarten (2011) complementa ao 
dissertar que os Baby boomers são tendenciosos ao controle nas empresas onde 
atuam.
Na década de 1980, o mundo presenciou o fim da Guerra Fria, época marcada 
pelo embate principal entre o Capitalismo dos Estados Unidos que eclodiu contra o 
Socialismo dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticos (URSS). Tratava-
se, portanto, de disputas econômicas, ideológicas e militares. A crise econômica nos 
países socialistas serviu como catalisador da Guerra Fria, estes passaram por grande 
insatisfação popular.
Dez anos depois, o presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, implan-
tou a Glasnost e a Perestroika. A União Soviética estava deixando o Socialismo rumo 
ao Capitalismo, com abertura política e democrática. Os demais países socialistas 
também implantaram mudanças políticas e econômicas para retomar a democracia 
e caminhar para a economia de mercado. Sendo assim, esta década, além de marcar 
o fim da Guerra Fria, também teve a divisão do mundo em dois blocos ideológicos. 
Pós-Universo 13
Podemos observar que o Estado minimizou a economia permanecendo impo-
tente, enquanto as empresas privadas assumiram o comando com a elite à frente, 
resultando na concentração de renda e nas desigualdades que aumentaram cada 
vez mais. O Estado mínimo tornou-se uma possível solução que seria necessária 
para a reprodução do capital. Foi neste meio que a globalização começou a emergir. 
Carvalho (2010) nos mostra que no mercado Taylorista/Fordista tinha-se a ideia do 
“longo prazo”, hoje, essa ideia foi substituída pela dinâmica, o imediato. Vemos que a 
reconfiguração do trabalho também reconfigura a identidade dos sujeitos. 
Com o passar dos anos, vieram os filhos dos Baby boomers, considerando os nas-
cidos entre 1964 a 1980 como a geração X. Ressaltamos que não há uma data exata 
que separe uma geração de outra, apenas a linearidade entre as gerações subsequen-
tes. Cada geração é marcada por sua cultura, sendo esta uma cultura industrializada, 
sinalizada pela globalização, crescimento do uso dos computadores e, por conse-
quência, a eclosão do multiculturalismo (EISNER, 2005).
No campo do trabalho, a geração X valoriza mais as atividades em equipe, gostam 
de cumprir metas e, se precisarem, quebram regras para cumprirem os desafios. Logo, 
podemos considerá-la uma geração competitiva e autoconfiante (EISNER, 2005). 
Não é por menos que são reconhecidos pela habilidade de liderança, muitos dessa 
geração estão à frente de grandes empresas e equipes de trabalho.
A posteriori veio a geração Y, nascidos em meados de 1980 a 2000 (aproximada-
mente). Trata-se da geração que teve mais acesso à comunicação, à globalização e às 
novas tecnologias. Se nas gerações passadas a tendência era sair de casa assim que 
atingisse a maioridade, a geração Y se caracteriza, também, por sair cada vez mais 
tarde da casa dos pais. Passam grande parte do tempo conectados as redes sociais 
e trabalham exclusivamente para viverem de acordo com seus padrões, (TAPSCOTT, 
1999).
No trabalho, são criativos, inovadores e ativos. A tecnologia sempre é bem vista por 
eles no ambiente de trabalho, preferem ficar menos tempo em uma única empresa 
do que as gerações passadas, a dinâmica no trabalho está presente em todos os as-
pectos, até na migração de uma empresa para outra, (LOMBARDIA, 2008).
Por fim, temos a geração Z, nascidos em meados da década de 90 em diante, 
momento em que a tecnologia já está consolidada em nossa sociedade. Essa geração 
não conhece o mundo sem aparelhos tecnológicos, por isso, são considerados os 
nativos digitais. Nascidos em um momento de pouca segurança e território, somado 
Pós-Universo 14
com as interações e relacionamentos por meio de redes sociais, a geração Z tem como 
tendência uma vida mais sedentária. Ainda assim, acostuma-se ao novo sentido de 
amizade, em que seu círculo é vasto e a intimidade é grande, pois a privacidade não 
é um quesito significativo em suas vidas, (MUELLER, 2014).
No que tange o mercado de trabalho, ainda não há estudos sobre a geração Z, 
pois é uma geração que ainda está se inserindo nesse espaço, considerando que os 
primeiros ainda possuem cerca de 20 anos de idade e a maioria é estudante, (REIS 
et al., 2013).
Com base nas apresentações de cada geração, você consegue identificar a 
qual pertence? você se identifica com alguma geração, ainda que não seja 
a de sua época de nascimento? O fato de uma pessoa ter nascido em de-
terminado contexto não significa que ela necessariamente terá as mesmas 
características aqui citadas, mas sim, que o meio favorece o desenvolvimen-
to de algumas habilidades e perfis semelhante entre as pessoas da mesma 
geração, por exemplo.
Fonte: a autora.
reflita
Para cada momento, a sociedade precisa de um sujeito, ora mecânico, ora dinâmico, 
e, assim, o produz por meio da educação escolar, familiar e até de outras instituições, 
que ao mesmo tempo em que são influenciadas pela demanda, também influen-
ciam na sociedade como um todo. Atualmente, necessitamos de pessoas que sabem 
liderar, que sejam dinâmicas, criativas e multitarefas. Temos em nosso mercado, em 
maioria, as gerações X e Y, com suas diferentes características e perspectivas de vida, 
por isso, será melhor explanado no tópicos a seguir essas duas gerações no ambien-
te de trabalho.
Pós-Universo 15
GERAÇÃO X: 
LIDERANÇA À FRENTE 
DO MERCADO DE 
TRABALHO
 Como vimos no tópico anterior, cada geração foi marcada por um momento históri-
co que reflete na cultura de cada povo. A cultura determina a identidade do sujeito. 
No caso da geração X, presenciaram os acontecimentos da Guerra Fria e o início da 
globalização. Santos et al. (2011, on-line)5 complementam que as lutas políticas e 
sociais também foram testemunhadas poressa geração, escândalos políticos como 
a morte de Martin Luther King, “a queda do muro de Berlin, a descoberta da AIDS 
e a modificação de conceitos impostos pela sociedade anterior [...]”, promoveram a 
adoção de um sentimento de patriotismo, sobretudo, nos Estado Unidos da América.
As famílias começaram a sair mais de casa para trabalhar em um ritmo capita-
lista (discurso de que tempo é dinheiro), o que fez seus pais se afastarem mais dos 
lares, participando menos da educação familiar. Isso fez com que essa geração cres-
cesse mais independente.
 “
Com o ingresso da Geração X no mercado de trabalho, os relacionamentos 
modificaram-se, tornando mais informais, com funcionários mais dinâmi-
cos. Buscam equilíbrio entre vida profissional e afetiva. Acreditam que não 
devem doar-se à empresa exageradamente, pois entendem que devem per-
manecer na organização enquanto estiver um ambiente agradável. São leais 
consigo mesmo e com os colegas, não para seus superiores, (BORTOLUZZI; 
BACK; OLEA, 2016, p. 67).
Pós-Universo 16
A educação dessa geração também teve forte influência da televisão. Outras ca-
racterísticas que podemos atribuir a essas pessoas são: conservadoras, dedicadas e 
comprometidas com os objetivos da empresa. Mattos et al. (2011, p. 69) destacam 
que em relação à área de atuação “[...] a geração X está presente na implantação e 
supervisão de projetos já existentes e no mercado, já que as empresas buscam de-
senvolvimento e crescimento com estabilidade nos momentos de crise do mercado”. 
Sendo assim, a geração X é vista como a geração de líderes, é ótima em orientar suas 
equipes para os rumos que a empresa tem como objetivo.
Mas afinal, a qual estilo de mercado de trabalho pertence a geração X? Para en-
tendermos as exigências desse campo em relação aos trabalhadores, precisamos 
compreender quais meios de produção eram utilizados entre 1960 e 1980. Todos já 
ouviram falar das clássicas produções taylorista e fordista; a primeira foi criada pelo 
fundador da Administração Científica, Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que de-
senvolveu uma pesquisa para melhoria na produção, em que ajudaram as empresas 
a formarem linhas de produções mais rápidas, visto que adequavam os trabalhadores 
a cada etapa de seus trabalhos, de modo que não perdessem tempo, visto, também, 
que deveriam seguir o ritmo das máquinas (PASSOS, 2005, on-line)7.
Já a produção fordista, do empresário Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford 
Motor Company, utilizava alguns princípios tayloristas como a padronização e a sim-
plificação, o que permite alguns autores atuais utilizar o termo taylorismo-fordismo. 
Henry Ford idealizou a introdução das linhas de montagem de produção nas fábri-
cas da Ford.
 “
Tem-se a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava 
em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o au-
tomóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em 
uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do traba-
lho (WOOD JÚNIOR, 2014, p. 1 - grifo do autor).
Pós-Universo 17
No entanto, ambos os meios tornaram-se obsoletos por volta de 1960, pois as produ-
ções começaram a aumentar e a necessidade de um novo modelo emergir. Vemos, 
então, que as gerações tradicionais e Baby boomer trabalharam em um meio de 
produção taylorista-fordista, em que os trabalhadores deveriam ser mecânicos, 
com processos fragmentados. Em sequência veio o modelo toyotista de Eiji Toyoda 
(1913-2013), difundido pelo mundo em meados da década de 70. Este modelo foi 
implementado na fábrica Toyota. Se antes o Fordismo defendia a máxima acumu-
lação dos estoques, a partir do Toyotismo teve-se a adequação da estocagem dos 
produtos conforme a demanda, ou seja, quando a procura por uma determinada 
mercadoria é grande, a produção aumenta, quando essa procura diminui, a produ-
ção abaixa (PINTO, 2007).
Segundo Antunes (2003), o Toyotismo se fundamenta no trabalho operário em 
equipe, com funções mais flexíveis e multivariadas. Neste sistema operacional, o tra-
balhador pode operar várias máquinas, diferente do fordismo em que o trabalho era 
fragmentado e cada um era responsável por uma máquina ou, ainda, uma parte do 
processo de determinada máquina. O Toyotismo também visa o melhor aproveita-
mento possível do tempo de produção (just in time). As produções, nesse contexto, 
transferem boa parte das atividades para terceiros (no modelo Fordista cerca de 75% 
da produção era realizada na fábrica, já no Toyotismo esse número chega a 25% com 
chances de reduzir mais). Esse modelo também se difere por considerar os aspec-
tos cognitivos de seus trabalhadores, permitindo que utilizem mais do que a força 
braçal, as habilidades intelectuais.
Pós-Universo 18
Considerando o exposto, quando a geração X começou a ingressar no mercado 
de trabalho, o modo de produção ativo era o Toyotismo. O trabalhador deveria ser 
qualificado, multifuncional, conhecer e participar de todas as etapas do trabalho, 
(PINTO, 2007). Frente a isso compreendemos que o mercado de trabalho também 
forma seus trabalhadores, o fato desse modo de produção exigir pessoas com maior 
proatividade e liderança, fez com que a geração evidenciada se destacasse com sua 
criatividade e inovações nas diferentes empresas.
No mercado atual, a geração X procura se especializar cada vez mais para se 
manter empregado. Para Santos et al. (2011, p. 4):
 “
Tal condição leva essa mesma geração à valorização do trabalho e à estabi-
lidade financeira, na condição de garantir a realização de desejos pessoais 
e materiais, já que a carreira ainda encontra-se como o centro de seus dire-
cionamentos e pode levar ao sucesso profissional. Mas, em contrapartida, 
efetiva-se a busca acirrada pelo sucesso da vida pessoal, e, depois, a constitui-
ção de uma família e a preocupação com a qualidade de vida, muito embora 
essas questões se mostrem um tanto quanto conturbadas com todos os per-
calços impostos pela vida moderna. Nesse sentido, muitas vezes os valores 
pessoais são submergidos na busca dos objetivos.
Pelo longo tempo no mercado de trabalho, a geração X possui vasta experiência, que 
pode ser inspirada pelas novas gerações. Refere-se também a primeira geração que 
teve a inserção da mulher no mundo dos negócios, o que resultou em busca de ino-
vação e conhecimento para ter acesso às novas oportunidades, tanto pelos homens 
quanto pelas mulheres, (OLIVEIRA, 2009).
Os primeiros nascidos da geração X estão com cerca de 53 anos e se preparando 
para a aposentadoria, no entanto, vivemos em nosso país um momento de transfor-
mações políticas, em que a reforma da Previdência Social ainda deixa incerto o futuro 
desses novos aposentados. Até a reforma, a aposentadoria seria liberada para mulhe-
res de 55 anos e homens de 60 anos de idade, mais o tempo de contribuição a ser 
levado em consideração. Aprovada a reforma com a idade mínima para aposentado-
ria, passamos a ter aposentados apenas com 65 anos, mais o tempo de contribuição 
(NERY, 2016, on-line)8.
Pós-Universo 19
Considerando esse contexto, a reforma da previdência pode ser um dos maiores 
desafios que as pessoas da geração X enfrentarão em relação ao mercado de trabalho, 
mais especificamente a saída deste. As mulheres, por exemplo, nascidas no primeiro 
ano da considerada linha da geração X (1964) se aposentariam com a antiga regra 
com mais dois anos de trabalho, porém, se aprovada a nova regra da previdência, 
deverão contribuir com mais dez anos de trabalho para desfrutar desse que, ainda, 
é um direito.
Apesar da eclosão da taxa de natalidade no mundo ter iniciado nos anos Pós-
Segunda Guerra Mundial, com o nascimento da geração “Baby boomer”, no 
Brasil, essa taxa começou a crescer por volta de 1960, em que a geração X 
emergia. Segundo os dados do IBGE do censo 2010, temos cerca de 33,6% 
da população representada pela geração X (1964 a 1980), no entanto, a 
maior representanteatual é a Z com 41,6% da população brasileira. Verifique 
a figura a seguir:
fatos e dados
Fonte: adaptada de IBGE (2010, on-line)9.
Figura 1 -
Pós-Universo 20
Pós-Universo 21
GERAÇÃO Y: 
TECNOLOGIA E 
MULTITAREFAS
O advento da tecnologia se tornou mais evidente a partir da década de 90, quando 
alguns meios midiáticos começaram a se tornar mais populares nos lares, sobretudo, 
brasileiros. A televisão colorida, o rádio com melhor qualidade de som e de trans-
missão, os telefones celulares que eram novidades, começaram a entrar nas casas e 
modificar as relações intrafamiliares. Nesse contexto, já havia nascido os primeiros 
integrantes da geração Y. Essa foi a primeira geração a ter sua educação influencia-
da por diferentes aspectos tecnológicos.
Além da TV e do computador fazerem parte da criação dessa geração, Raines 
(2000) ressalta que o fato de serem os primeiros a romperem com o padrão de família 
tradicional os tornou mais independentes, ativos e com um emocional mais firme.
 “
O modelo familiar mais acentuado é o flexível, muitos são filhos de pais se-
parados, convivem com irmãos de pais diferentes, madrastas, padrastos, 
namorados de pais e mães. São pertencentes a famílias que elencaram como 
objetivo preparar seus filhos para o futuro, por isso a “agenda” da infância era 
determinada por muitos afazeres, como cursos de idiomas, esportes e outras 
tarefas para preencherem o dia a dia, esquecendo-se de acharem um tempo 
para o ser criança (SANTOS et al., 2011, p. 5).
Pelo fato de seus pais ou responsáveis serem de uma geração comprometida com 
o trabalho e/ou seguirem um ritmo de progressão do capital, cresceram em um 
ambiente onde tudo acontece muito rápido, as pessoas se arrumam e tomam café 
de forma acelerada, as informações se espalham e se modificam freneticamente 
e todas as atividades devem ser desenvolvidas de modo que não se perca tempo. 
Assim, a geração Y tem como uma de suas características a velocidade em desen-
volver atividades.
Pós-Universo 22
A geração Y é conhecida pela imersão na tecnologia, o que a coloca na frente do 
atual mercado de trabalho. Não há como uma empresa funcionar bem sem uma boa 
tecnologia em suas produções, atividades diárias etc. Como ressalta Pereira e Blanes 
(2014, p. 14), essa é a primeira geração a trabalhar em casa, por meio de computa-
dores e dispositivos móveis, “essa característica de trabalhar para uma empresa de 
dentro de sua própria residência oferece a esta geração inovação e conforto, conce-
dendo a estes profissionais apresentar melhores resultados, fazendo múltiplas tarefas 
através da internet”. Cazaleiro (2011) complementa que pelo fato da tecnologia adian-
tar muitas tarefas, essa geração tem como característica marcante o imediatismo.
Além disso, essa geração está habituada a realizar diferentes afazeres ao mesmo 
tempo, desde estudar escutando música até trabalhar com manipulação de planilhas 
e falar ao telefone com o cliente. Isso seria um ponto positivo para a geração Y, visto 
que todas as tarefas exigidas são realizadas simultaneamente, o que poupa tempo. 
Mas a questão que fica é: seriam confiáveis e bem executadas todas as atividades 
realizadas ao mesmo tempo? A impressão que fica em quem não possui a habilida-
de de multitarefas é a que uma ou todas essas ações simultâneas ficam a desejar.
Pós-Universo 23
A execução correta de duas ou mais atividades simultâneas depende de mais do 
que o sujeito ser pertencente a geração Y, depende se o sujeito possui competência 
para desenvolver as atividades e se essa habilidade foi desenvolvida ao longo de sua 
vida. Nascer entre os anos de 1980 a 2000 não garante um gene com essa aptidão. 
O fato de pertencer ao contexto dessa época facilita o aprimoramento dessa prática, 
mas não garante sua eficácia.
Sendo assim, depende de cada sujeito o desenvolvimento da habilidade de multi-
tarefas. Bem como ser pertencente a geração Y não garante que sua vida profissional 
será voltada inteiramente para a tecnologia, como programador de jogos, operador 
de sistemas computacionais, dentre outros, mas o contexto atual exige que ele se 
depare com diferentes tecnologias, seja em maquinários ou em ferramentas sofisti-
cadas que ele deverá ter competência para manusear.
Melo, Santos e Souza (2013, p. 10) afirmam que “a geração Y gosta de inovar, por 
isso sempre procura um lugar que se sinta satisfeito e tenha oportunidades de cres-
cimento. Essa geração mudou até o jeito de se trabalhar nas empresas, exemplo 
disso são as empresas Google e Facebook, dirigidas pela geração Y”. Pereira e Blanes 
(2014), complementam que essa geração não admite ser como “robôs”, fazer todo o 
dia o mesmo trabalho é desmotivador.
Em 2013 foi lançado um filme sob a direção de Shawn Levy intitulado “Os 
estagiários”. Nele é abordada a dinâmica de trabalho das empresas Google, 
desde a seleção até a realização das tarefas. Podemos observar como seria 
um ambiente de trabalho todo voltado a geração Y; com tecnologia, con-
forto e sem uma visão de obrigação, sendo visto como um ambiente de 
responsabilidades, mas com muito prazer. Os personagens Billy McMahon 
e Nick Campbel interpretados por Vince Vaughn e Owen Wilson, respectiva-
mente, ilustram a saga de dois homens da geração anterior (por volta dos 
40 anos) que se candidatam às vagas da empresa. A falta de habilidades no 
manuseio da tecnologia e de multitarefas tornam, para eles, a competição 
pela vaga mais difícil. É interessante a abordagem do filme e seu desfecho, 
que tal assistir?
Fonte: a autora.
saiba mais 
Pós-Universo 24
Ainda nas palavras de Pereira e Blanes (2014, p. 13-14) as pessoas da geração Y 
“Valorizam e priorizam as relações humanas, gostam de estar com os amigos, com 
a família, fazem o que gostam e que acreditam ter sentido. Valorizam os estudos 
e acreditam em carreira profissional com curso superior e se dedicam a isso”. De 
acordo com Kanname (1999), essa geração recebeu uma educação mais sofisticada 
e leva uma vida mais saudável que seus antecessores, o que prevê um tempo maior 
no mercado de trabalho, pois a longevidade é mais considerada que a de seus pais, 
porém, esse não é o único motivo que permitirá e exigirá da geração Y um longo 
período da vida no trabalho.
Questões como a necessidade de complementar a renda familiar e a aposenta-
doria tardia são quesitos significantes na vida profissional, especificamente no final 
de carreira, da geração supracitada (KANNAME, 1999). Como vimos no tópico ante-
rior, a reforma da previdência sujeita a nova aposentadoria com a idade mínima de 
65 anos, mais o tempo de contribuição a ser considerado.
Atualmente, vivemos mais uma crise do capital, muitos jovens (ingressantes no 
mercado de trabalho) sentem dificuldade de começar a trabalhar pela falta de ex-
periência, visto que não há tempo para ensinar novos aprendizes, é necessário mão 
de obra que já conheça os processos para desenvolver o trabalho o quanto antes e 
retomar o lucro, porém, as exigências não param por aí. Procura-se profissionais que 
já tenham experiência e com uma boa capacitação teórico-prática. O nível de estudo 
exigido está cada vez maior, há alguns anos o nível médio era suficiente para boa 
parte dos trabalhos braçais e a graduação para os trabalhos intelectuais e de lide-
rança, no entanto, somente essa formação não supre as necessidades do mercado, 
pois é preciso mais.
Se por um lado as empresas necessitam de um profissional qualificado, por 
outro, esses profissionais precisam de boas remunerações para fazer jus ao que in-
vestiram em termos de formação. A geração Y vem se capacitando cada vez mais 
para ter todos os tipos de reconhecimento possível: financeiro, profissional, pessoal 
dentre outros, pois essa geração busca desafios e motivações, logo, quanto mais a 
empresa reconhece um trabalhador da geração supracitada, mais ela tem a ganhar. 
Seria, portanto, a valorização profissional um grande desafiopara essa geração, visto 
que sem formação não há um bom mercado de trabalho para esses jovens, mas ao 
mesmo tempo uma formação de excelência não garante um bom emprego e uma 
boa remuneração.
Pós-Universo 25
Outro possível desafio seria o contraste entre as gerações que atuam no mercado 
de trabalho:
 “
Mais de 60% dos empregadores dizem estar presenciando tensão entre em-
pregados de diferentes gerações, de acordo com uma pesquisa de Lee Hecht 
Harrison mencionada por Tulgan (2001). A pesquisa descobriu que mais de 
70 % dos empregados mais velhos não sabem das habilidades dos novos tra-
balhadores. Aproximadamente metade dos empregadores diz que os novos 
empregados não sabem das habilidades dos funcionários mais velhos, ou 
seja, um não conhece o outro. Muitos desta geração viajaram e tiveram ex-
periências enriquecedoras, o que pode intimidar membros de gerações mais 
velhas, que os enxergam como concorrentes ou sem habilidades. Além disso, 
os mais jovens não tratam os empregados mais velhos bem já que não lhes 
fora tratado ou ensinado a questão de hierarquia, uma vez que, em casa, 
foram tratados com igualdade (WADA; CARNEIRO, 2010, p. 9-10).
Muitos Baby boomers não acompanham o ritmo e o modo de desenvolvimento de 
trabalho dos Y, em contrapartida, estes não conseguem lidar muito bem com a hie-
rarquia, visto que em sua educação a equidade é prioridade. A geração X também 
tem dificuldade com os Baby boomers pelo excesso de comprometimento com o 
trabalho e com a geração Y que certas vezes não desempenham certos papéis de 
acordo com o ditado pela empresa, mas sim, do seu jeito.
Diante do exposto, cabe a cada empresa ajustar o trabalho aos diferentes estilos 
presentes e compreender que cada geração desempenha, com maestria, um tipo 
de função, mais adequada ao seu tempo. Torna-se necessária a análise das caracte-
rísticas de cada trabalhador para designá-lo as funções mais pertinentes.
atividades de estudo
1) Consideramos um “mercado de trabalho” o espaço em que encontramos a oferta e 
a procura de emprego. Mas esse conceito não existiu em todos os modelos econô-
micos existentes. Considerando o contexto em que surgiu o termo “mercado 
de trabalho” é correto afirmar que:
a) Surgiu com o Feudalismo, visto que há cinco elementos significativos que estão 
interligados a esse mercado: a concorrência, as competências, a qualificação pro-
fissional, o lugar e o tempo.
b) Trata-se do locus em que os empregadores oferecem maior remuneração para 
os empregados que estejam dispostos a ganhar menos.
c) Surgiu no momento em que a burguesia, ao tomar ciência das péssimas condições 
de vida dos trabalhadores e necessitar de um contingente maior de trabalhadores 
aptos para serviços braçais, ofereceram maiores salários a quem estava disposto 
a se vender.
d) Em meio a escassez de terra para cultivar o próprio sustento, muitos trabalha-
dores vendiam sua força de trabalho pelo mínimo que os grandes proprietários 
estavam dispostos a oferecer para garantir sua subsistência.
e) É um conceito novo, que surgiu em meados de 1980, com a expansão da 
globalização.
2) Considerando a afirmação: “[...] essa geração tem como característica marcante o 
imediatismo”, podemos considerar que está se referindo a qual geração? Assinale 
a alternativa correta:
a) Refere-se a geração Baby boomer, pois foram marcados por um contexto contur-
bado por cresceram em um ambiente de pós-guerra.
b) Refere-se a geração X, pois nasceram em um ambiente tecnológico, em que 
muitas informações surgem e desaparecem com velocidade.
c) Refere-se a geração Y, pois cresceram em um ambiente onde tudo acontece 
muito rápido.
d) Refere-se a geração X, que vem se capacitando cada vez mais para ter todos os 
tipos de reconhecimento possível.
e) Refere-se a geração Y, que também tem como característica o aspecto conserva-
dor no ambiente de trabalho.
atividades de estudo
3) Analise as asserções abaixo e a relação entre elas:
A geração X foi a primeira a ter a inserção da mulher no mundo dos negó-
cios, o que resultou em busca de inovação e conhecimento para ter acesso 
as novas oportunidades, tanto pelos homens quanto pelas mulheres.
PORQUE
Essa geração possui vasta experiência, que pode ser inspirada pelas novas 
gerações.
Assinale a alternativa correta:
a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justifi-
cativa da primeira.
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma 
justificativa da primeira.
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma pro-
posição falsa.
d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposi-
ção verdadeira.
e) Nenhuma das alternativas acima está correta.
resumo
Nesta unidade, tivemos como objetivo entender o que é mercado de trabalho e como o mesmo 
se configura na sociedade capitalista, a fim de inteirar-se sobre as gerações que dominam esse 
atual mercado. Sendo assim, apresentamos um contexto geral do capitalismo, em que surgiu o 
conceito de “mercado de trabalho”, sendo o locus de transição entre o empregador e o empregado.
Também buscamos compreender as gerações mais atuantes no mercado de trabalho, sobre-
tudo as gerações X e Y. No caso da geração X, presenciou os acontecimentos da Guerra Fria e o 
início da globalização. O contexto foi de muitas lutas políticas e sociais. Essa geração começou 
a ingressar no mercado de trabalho com o modo de produção ativo do Toyotismo. O trabalha-
dor deveria ser qualificado, multifuncional, conhecer e participar de todas as etapas do trabalho.
Já a geração Y, o fato mais marcante foi a expansão da tecnologia, que se tornou mais evidente 
a partir da década de 1990, quando alguns meios midiáticos começaram a se tornar mais popu-
lares nos lares, sobretudo, brasileiros. Essa foi a primeira geração a ter sua educação influenciada 
por diferentes aspectos tecnológicos. Essa imersão na tecnologia os coloca na frente do atual 
mercado de trabalho. Não há como uma empresa funcionar bem sem uma boa tecnologia em 
suas produções, atividades diárias etc.
Para cada momento, a sociedade precisa de um sujeito, ora mecânico, ora dinâmico, e, assim, 
o produz por meio da educação. Atualmente, necessitamos de pessoas que sabem liderar, que 
sejam dinâmicas, criativas e multitarefas. Temos em nosso mercado, em maioria, as gerações X e 
Y, com suas diferentes características e perspectivas de vida.
Diante do exposto, cabe a cada empresa ajustar o trabalho aos diferentes estilos presentes e com-
preender que cada geração desempenha com maestria um tipo de função, mais adequada ao 
seu tempo. Torna-se necessária a análise das características de cada trabalhador para designá-lo 
as funções mais pertinentes.
material complementar
Título: O Y da questão: Como a geração Y está transformando o 
mercado de trabalho
Autor: Lynne C. Lancaster e David Stiilman
Editora: Saraiva
Ano: 2014
Sinopse: o guia que transformará as grandes expectativas da Geração 
Y em resultados ainda maiores! A obra traz os resultados de uma 
vasta pesquisa e centenas de entrevistas para identificar as sete ten-
dências essenciais para compreender e administrar a Geração Y. Este 
guia oferece ainda insights valiosos e dicas práticas que as outras gerações, Tradicionalistas, Baby 
Boomers, X e até os membros da Y, poderão usar para resolverem conflitos de geração, serem 
mais produtivos e alcançarem um sucesso organizacional como nunca se viu.
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3 Em: <http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/9418322.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2017.
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referências bibliográficas
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8 Em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518439/Textos_para_discussao_190.
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9 Em: <https://vamoscontar.ibge.gov.br/atividades/ensino-fundamental-6-ao-9/49-piramide-eta-
ria.html>. Acesso em: 13 mar. 2017.
resolução de exercícios
1. d) Em meio a escassez de terra para cultivar o próprio sustento, muitos trabalhadores vendiam 
sua força de trabalho pelo mínimo que os grandes proprietários estavam dispostos a oferecer 
para garantir sua subsistência.
2. c) Refere-se a geração Y, pois cresceram em um ambiente onde tudo acontece muito rápido.
3. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da 
primeira.
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