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Re vi st a Br as ile ir a de N ut ri çã o Fu nc io na l - a no 1 3, n º5 5, 2 01 3 38 Dra. Vânia Mattoso Ribeiro Abstract Hemochromatosis is a hereditary disease of iron metabolism characterized by excessive absorption of the mineral by intestinal cells, leading to iron overload predominantly in the liver, but also in other sites such as pancreas, heart, joints and endocrine glands, causing irreversible damage to them.Cellular iron homeostasis involves the control of its capture, transport, storage and export. In hereditary hemochromatosis, the HFE mutant gene may impair iron uptake by transferrin, mediated by transferrin receptors (TfR) in intestinal crypt cells, generating a false signal that iron stores are low. This signal will result in an increase in divalent metal transporters 1 (DMT-1), responsible for its absorption. Consequently, the levels of transferrin and ferritin will be high, which is very characteristic of the pathology. Due to the lack of specificity of the symptoms, it is crucial that health professionals be vigilant and make proper screening, assessing family history and using biochemical tests for serum transferrin and ferritin saturation. Thus, treatment of hemochromatosis should start at the early stages of the disease, preventing further complications and offering the patient better quality of life. Keywords: omega-3 fatty acids, vegetarianism, echium. Resumo A hemocromatose hereditária é uma doença do metabolismo do ferro caracterizada pela absorção excessiva do mineral pelas células intestinais, levando a sobrecarga de ferro predominantemente no fígado, mas também em outros sítios como pâncreas, coração, articulações e glândulas endócrinas, causando danos irreversíveis aos mesmos. A homeostase celular do ferro envolve o controle da sua captação, transporte, armazenamento e exportação. Na hemocromatose hereditária, o gene mutante HFE pode prejudicar a captação do ferro pela transferrina, mediada pelos receptores de transferrina (TfR), em células da cripta intestinal, gerando um falso sinal de que os estoques de ferro estão baixos. Tal sinal resultará no aumento dos transportadores de metais divalentes (DMT-1), responsáveis pela absorção do mineral. Consequentemente, as taxas de transferrina e de ferritina irão apresentar-se elevadas, fato tão característico da patologia. Devido à falta de especificidade dos sintomas, torna-se crucial que os profissionais de saúde mantenham-se vigilantes e consigam fazer uma triagem adequada, observando o histórico familiar positivo e testes bioquímicos de saturação de transferrina e ferritina sérica. Assim, o tratamento da hemocromatose começará nos estágios iniciais da doença, prevenindo maiores complicações e oferecendo uma melhor qualidade de vida ao paciente. Palavras-chave: hemocromatose, ferro, ferritina, transferrina. Hemochromatosis and high ferritin Hemocromatose e ferritina elevada Re vi st a Br as ile ir a de N ut ri çã o Fu nc io na l - a no 1 3, n º5 5, 2 01 3 39 Dra. Vânia Mattoso Ribeiro férrico para conseguir cruzar a membrana apical. A enzima responsável por esse processo é a ferro redutase citocromo b-like (Dcytb). Para captação celular do ferro heme, há a participação da proteína carreadora do heme 1 (HCP-1)6,10,11. O transporte de ferro no organismo se dá pela ligação ferro-transferrina, e a captação celular envolve os receptores 1 da transferrina (TfR1) e receptores 2 da transferrina (TfR2)6,10,11. Havendo captação do ferro pelas células, este irá destinar-se a suas rotas metabólicas ou será armazenado como ferritina10. Na hemocromatose hereditária, o gene mutante HFE pode prejudicar a captação de ferro pela transferrina mediada pelos receptores de transferrina (TfR) nas células da cripta intestinal, gerando um falso sinal de que os estoques de ferro estão baixos. Tal sinal resultará no aumento da DMT- 1, responsável pela absorção do mineral. O aumento da absorção do ferro elevará as taxas de transferrina e de ferritina8,10. Uma vez ultrapassada a capacidade de armazenamento e neutralização do organismo, haverá saída de ferro dos macrófagos para a circulação. A partir do momento em que a transferrina plasmática se encontrar saturada, o ferro livre irá depositar-se nos hepatócitos e em células parenquimatosas. A liberação de ferro ferroso (Fe+2) da ferritina no citoplasma celular leva à conversão citossólica do mineral a íon férrico10,11. O mecanismo de toxicidade do ferro está relacionado com o ferro livre, que está diretamente envolvido com estresse oxidativo por meio de reações de Fenton, uma vez que o ferro livre age como catalisador de reações oxidativas e, consequentemente, da síntese de radicais superóxidos e hidroxilas. A conversão de superóxido em H2O2 pela superóxido dismutase causa peroxidação lipídica das membranas celulares, levando a dano celular, fibrose reativa, esclerose e insuficiência funcional10,11. Assim, a ferritina apresenta-se como protetora ou tóxica. Ao realizar sequestro de ferro livre, pode funcionar como antioxidante, apresentando-se como protetora. Entretanto, mudanças em condições locais podem fazer com que a ferritina libere parte do ferro armazenado, agindo como pró-oxidante10. Diagnóstico O diagnóstico de hemocromatose é baseado, primeiramente, em testes bioquímicos: saturação de transferrina e ferritina sérica. Posteriormente, podem-se realizar análises moleculares. Entretanto, o custo das mesmas análises é alto12. A saturação de transferrina é o teste laboratorial mais sensível para avaliação de ferro acumulado, que apresenta como vantagens o baixo custo, a fácil realização e a alta sensibilidade10. Introdução A hemocromatose é uma doença do metabolismo do ferro que leva à absorção excessiva do mineral pelas células intestinais, ocasionando sobrecarga de ferro predominantemente no fígado, mas também em outros sítios como pâncreas, coração, articulações e glândulas endócrinas, causando danos irreversíveis aos mesmos. A origem da disfunção é um defeito no braço curto do cromossomo 6, porém há contribuição de fatores ambientais no desencadeamento desta doença1,2,3. O defeito básico da hemocromatose é a mutação do gene HFE, que codifica uma proteína de 343 aminoácidos, resultando em exacerbada absorção de ferro mediada pelo receptor de transferrina no intestino1,4. Tal defeito pode expressar-se em mais de uma posição na cadeia de aminoácidos. Uma das variantes é a C282Y, em que a falha ocorre na posição 282 da proteína, onde uma unidade de tirosina substitui uma de cisteína. Essa mutação resulta na forma mais comum de hemocromatose na Europa1,4. A forma de mutação mais frequente no Brasil, atingindo cerca de 80% dos portadores da doença, é a H63D, na qual o ácido aspártico substitui a histidina na posição 63 da proteína1,4. Portanto, o defeito pode aparecer em H63D (homozigoto e heterozigoto), C282Y e H63D (heterozigoto composto), C282Y (heterozigoto e homozigoto) e S65C1,5. Adicionalmente, existe um percentual de indivíduos com sobrecarga férrica que, aparentemente, não são portadores de nenhumas das mutações relacionadas ao gene HFE. Tais dados sugerem que pode haver outras mutações presentes em regiões ainda não analisadas do gene ou uma heterogeneidade genética, como é o caso da hemocromatose juvenil do tipo II, hemocromatose do tipo III e hemocromatose autossômica dominante6. A hemocromatose hereditária é a enfermidade genética mais frequente, afetando 1 em cada 200-400 indivíduos nas populações de origem caucasiana. O percentual de homens afetados é maior do que o de mulheres, uma vez que estas contam com a proteção da menstruação, da gestação e do parto. A doença ocorre com maior frequência em pessoas entre 40 e 60 anos de idade, e raramente crianças são acometidas. Alcoolismo e histórico familiar positivo para a doença apresentam-se como fatores de risco, entretanto muitos casos não são diagnosticadosdevido à falta de atenção à sua ocorrência, ao longo período de latência e aos sintomas inespecíficos1,5,7. Processo absortivo A hemocromatose é caracterizada pela predisposição para absorver em excesso o ferro oriundo da dieta8,9. Essa absorção é regulada pela mucosa intestinal por meio da ação de transportadores de metais divalentes 1 (DMT -1). O ferro não-heme precisa passar de ferro ferroso para ferro Re vi st a Br as ile ir a de N ut ri çã o Fu nc io na l - a no 1 3, n º5 5, 2 01 3 40 Hemocromatose e ferritina elevada As concentrações de ferritina sérica refletem o estoque de ferro no organismo. A ferritina alta tem um valor preditivo no que se refere à possível existência de danos hepáticos. Quando há valores de ferritina acima de 1000 mg/L, a presença de fibrose é considerada extremamente provável. Entretanto, a ferritina é uma proteína de fase aguda, e valores séricos aumentados podem ser constatados em diversas situações, incluindo inflamações crônicas e agudas, hemólise, hipotireoidismo, consumo excessivo de álcool, dentre outros10,13. Após terem sido descartadas outras possíveis causas do aumento da ferritina, a suspeita de hemocromatose deve ser levantada e avaliada conjuntamente com a saturação de transferrina. Havendo elevação das duas variáveis, deve-se solicitar a pesquisa de mutação de genes HFE ou outros genes relacionados à hemocromatose hereditária10,14. Conduta dietoterápica A conduta dietoterápica tem como objetivo reduzir a oferta de ferro via alimentar e diminuir a absorção do mineral por meio de combinações alimentares. Tal dietoterapia é válida tanto nas sobrecargas férricas como na hemocromatose. Adicionalmente, partindo do princípio de que a ferritina pode atuar como um pró-oxidante e é um marcador inflamatório importante, a dieta desses indivíduos deve ser rica em alimentos antioxidantes e apresentar um perfil anti-inflamatório2,10,13. Portanto, para reduzir a oferta de ferro via alimentar deve-se evitar e/ou reduzir o consumo de carnes vermelhas, leguminosas e folhosos verdes-escuros, por serem boas fontes de ferro2. É válido, também, evitar alimentos fortificados com ferro15,16,17. Outra medida importante é evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina C junto às principais refeições em que haverá oferta do mineral, uma vez que o ácido ascórbico converte o ferro ferroso de origem vegetal em ferro férrico, aumentando a absorção do mesmo2. Estratégias para a redução da absorção do mineral por meio de combinações alimentares envolvem o consumo de cálcio e fibras alimentares concomitantes à ingestão de ferro, já que possuem efeito quelante sobre o mineral, reduzindo a sua absorção18. Adicionalmente, o consumo de café e chás também apresenta efeito quelante devido à presença de taninos, fitatos e cafeína19. Alguns flavonoides como, por exemplo, a quercetina20,21 também possuem grande afinidade com o ferro, podendo ser usados como quelantes. Outros compostos que também atuam como quelantes são os polifenóis, pigmentos presentes em alguns vegetais, frutas, cereais e legumes, chás, café e vinho, além de alguns tipos de proteínas dietéticas, como as provenientes do ovo, do leite e da soja17 . Para reduzir o efeito nocivo do excesso de ferro no organismo, faz-se necessário o aumento da ingestão de antioxidantes, como, por exemplo, o ácido ascórbico ofertado longe das refeições, a vitamina E, betacaroteno, polifenóis, flavonoides, selênio, entre outros. Vale ressaltar que, concomitante ao consumo de selênio, também é interessante aumentar o consumo de zinco, cobre e manganês, uma vez que estes minerais participam da formação de várias enzimas antioxidantes, entre elas a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa peroxidase (GPx)2,22. Organizado pela Associação Europeia para o Estudo do Fígado (EASL), o Consenso Internacional sobre Hemocromatose Hereditária (HH) não indica a adoção de dieta estritamente pobre em ferro, mas recomenda que tais pacientes devam evitar alimentos com alto teor do metal, bebidas alcoólicas – uma vez que podem acelerar o dano hepático – e frutos do mar, especialmente ostras cruas, responsáveis por casos de infecções fatais geradas por sua contaminação com Vibrio vulnificus em pacientes com HH23. Vale ressaltar a importância da adoção de uma dieta com perfil anti-inflamatório, baseada no consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, pobre em gorduras saturadas e com teores adequados de gorduras mono e poli-insaturadas, uma vez que tanto os carboidratos de alto índice glicêmico quanto as gorduras saturadas exercem efeito relevante na modulação da inflamação24. Além da adequação dos macronutrientes, deve-se adotar o consumo regular e diário de alimentos que contenham compostos bioativos com ação anti-inflamatória. Dentre eles, podemos citar: •Ômega 3: Presente em alimentos como linhaça, semente de chia, alguns peixes e óleos vegetais, o ômega 3 apresenta importante papel anti-inflamatório e antioxidante. Dietas suplementadas com tal componente melhoram a sensibilidade insulínica e diminuem os níveis séricos de TNF-α, IL-6 e IL-1β25. Adicionalmente, tanto os ácidos graxos EPA (eicosapentaenoico) quanto o DHA (docosaexaenoico) podem reduzir a resposta inflamatória por meio da ativação de receptores nucleares PPAR, os quais têm ação anti-inflamatória24. •Romã: A romã é uma fruta presente na dieta mediterrânea que apresenta importante efeito na saúde humana. Ela melhora a sensibilidade insulínica, além de ter importante ação anti-inflamatória por também apresentar efeitos no acionamento dos PPARs. Possui, ainda, polifenóis como elagitaninas, antocianinas e ácidos fenólicos26. •Oleaginosas: Quando incorporadas à dieta humana, apresentam diversos benefícios à saúde. Desempenham importante efeito anti-inflamatório, anticancerígeno, antioxidante e antidiabético, dentre outras propriedades funcionais27,28. •Frutas vermelhas: Ricas em polifenóis e com importante papel anti-inflamatório29. •Flavonoides: Possuem efeito quelante sobre o ferro dietético e apresentam-se como potentes antioxidantes, Re vi st a Br as ile ir a de N ut ri çã o Fu nc io na l - a no 1 3, n º5 5, 2 01 3 41 Dra. Vânia Mattoso Ribeiro além de terem efeitos protetores aos tecidos hepático, renal e cardiovascular, efeito anticarcinogênico e anti-inflamatório. As maiores fontes desses flavonoides são maçã, uva, morango, nozes, sementes, especiarias, cacau, grãos e vegetais como cebola, couve, vagem e brócolis21. •Curcumina (Curcuma longa): Exibe efeitos anti- inflamatórios, anticancerígenos e moduladores do sistema imune30,31. A curcumina ainda bloqueia a ativação da proteína quinase IKK, reduzindo a fosforilação e a degradação da proteína inibitória do NFkB, a IKB-α. Dessa forma, a translocação do NFkB do citoplasma para o núcleo celular será bloqueada, evitando a ativação de diversos genes relacionados à inflamação24. •Azeite de oliva extravirgem: Rico em ácido oleico e outros microcomponentes que estão diretamente envolvidos na atividade antioxidante, atuando no estresse oxidativo. Alguns compostos bioativos presentes nesse alimento, como o tirosol, atuam na modulação da inflamação e ativação endotelial, através da inibição de fatores de transcrição pró- inflamatórios, como o NFkB, inibição da VCAM-1, COX-2 e iNOS, além de conter β-sitosterol, outro componente com ação anti-inflamatória32,33. •Chá verde: Devido à presença das catequinas, tal bebida apresenta importante efeito anti-inflamatório, uma vez que elas inibem a degradação da IKB-α, e apresenta efeito anticarcinogênico, além de atuar como quelante de ferro24,34. •Suco de uva integral orgânico: Rico em resveratrol, que atua na inibição de citocinas pró-inflamatórias e na supressão da produção de EROs35. Esse composto fenólico é capaz de apresentar ações transcricionais indiretas, afetando vias de sinalização celular, como avia do NFkB36. •Goji berry: Ainda pouco conhecida no Brasil, a goji berry apresenta uma potente ação antioxidante, contém β-sitosterol, vitamina C, oligoelementos e alto índice ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity) em pequenas porções de alimento37,38,39. Outros compostos que merecem destaque por apresentarem efeito modulatório na via de sinalização do NFkB são o gingerol, proveniente do gengibre, o ácido cafeico, oriundo da erva-mate, e o licopeno, presente em alimentos como tomate, melancia e goiaba. O ácido elágico, contido no abacate e no morango, e o indol-3-carbinol, da cebola e repolho, também desempenham ações similares33. Conclusão A hemocromatose hereditária tem como característica a inespecificidade de sintomas e um quadro clínico variável, pois as mutações genéticas podem não ser muito penetrantes. Dessa forma, torna-se essencial a vigilância constante e a triagem adequada. Testes bioquímicos de saturação de transferrina, ferritina, ferro sérico e provas de função hepática são importantes, assim como a observação de um histórico familiar positivo. O diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que as complicações podem se tornar irreversíveis40,41. Adicionalmente, outra forma de contornar o problema seria a utilização de manobras dietéticas. Nesse caso, faz-se importante o uso de alimentos com efeito quelante de ferro conjuntamente com uma dieta anti-inflamatória, visto que a ferritina é um importante marcador de inflamação2,10. Embora a remoção do excesso de ferro por flebotomia seja uma terapia simples, efetiva e segura, os danos causados aos órgãos são irreversíveis, caso a patologia não seja prontamente tratada. Caso a flebotomia inicie antes de haver qualquer dano, a expectativa de vida do paciente é similar à da população em geral12,42. 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