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Acadêmico Bolsista 2020 Carência de micronutrientes 1. Hipovitaminose A 2. anemia por deficiência de ferro 3. Distúrbios por deficiência de Iodo DDI Deficiência de vitamina A pode levar a cegueira, msm nos casos de deficiência leve pode haver comprometimento do sistema imunológico, reduzindo assim a resistência a diarréia, sarampo, que contribui para a morte de muitas crianças.Xeroftalmia - ressecamento patológico, com consequente esclerose da conjuntiva, atribuída à falta de vitamina A.Podendo chegar a cegueira irreversível. Estudos comprovam que a suplementação de vitamina A em crianças entre 6 meses e 5 anos pode reduzir a taxa de mortalidade.impactando as taxas de mortalidade relacionadas ao sarampo e a diarréia. Pode diminuir também as taxas de mortalidade materna, que é muito alta no Nepal, influenciando no surgimento de cegueira noturna.a ingestão regular e adequada dessa vitamina ou de beta-caroteno, por mulheres em fase reprodutiva, pode diminuir marcadamente a mortalidade relacionada à gravidez, a anemia na gestação, quando combinada ao tratamento para verminose, e o percentual de cegueira noturna. Funções da vitamina A ❖ Bom funcionamento do processo visual, na integridade do tecido epitelial e no sistema imunológico, entre outros 1. PROCESSO VISUAL: combinação entre vit A e a opsina no segmento exterior dos bastonetes da retina. A opsina é uma proteína que produz a rodopsina pigmento visual dos bastonetes, que participa do processo visual, em condições de luminosidade reduzida.cegueira noturna, que é uma forma de disfunção da retina, sendo grave o suficiente para ocasionar deficiência subjetiva da visão noturna. 2. DIFERENCIAÇÃO CELULAR: A vitamina A atua nas células produtoras de queratina em vários tecidos epiteliais do organismo, e, na ausência desta, ocorre ressecamento epitelial denominado de xerose, tipicamente encontrado na conjuntiva e na córnea. Também se observa que essa vitamina tem ação semelhante a de um hormônio na diferenciação celular de vários tecidos e órgãos. 3. RESPOSTA IMUNITÁRIA: A vitamina A atua nos processos de manutenção da imunocompetência, principalmente em relação aos linfócitos, de respostas mediadas pelas células T e de ativação de macrófagos. 4. Nesse sentido, o estado nutricional de vitamina A na infecção por HIV é muito importante, e a suplementação poderá ser uma estratégia de intervenção nesses casos.Também a suplementação de vitamina A em crianças infectadas com HIV parece ser benéfica na redução da incidência e da gravidade da diarréia. Acadêmico Bolsista 2020 5. Com relação aos carotenóides, observa-se que, em alguns tipos, a principal função nos seres humanos é a formação da vitamina A. Os carotenóides também podem atuar como antioxidantes, reduzindo radicais livres e, portanto, exercendo efeito protetor em alguns sistemas orgânicos. Essas propriedades, entretanto, parecem não estar relacionadas com a função de provitamina A. AGENTES PRECURSORES DA VITAMINA A : ➢ carotenóides- beta-caroteno (em torno de 100%), seguido do alfa-caroteno (50% – 54%) e do gama-caroteno (42% – 50%). ➢ provitamina A ➢ pigmentos naturais, roxos, alaranjados e amarelos encontrados em plantas e animais. Fontes de vit A ➔ leite materno ➔ folhas cor verde escura ( caruru) ➔ frutos amarelos alaranjados ( mamão, manga) ➔ raízes de cor alaranjada ( cenoura) ➔ óleos vegetais( azeite de dendê,buriti, pequi, pupunha) OBS: O ovo mesmo tendo os pigmentos de luteína zeaxantina, tem pouco betacaroteno. ❖ Biodisponibilidade: A estrutura química de um carotenóide pode determinar sua atividade de vitamina A. Também a forma na qual o carotenóide se encontra nos alimentos é importante. Ele pode estar ligado a um complexo pigmento-proteína ou a gotículas de gordura, cuja liberação é facilitada. O tempo de cocção do alimento pode ajudar na liberação do carotenóide, mas, caso seja prolongado, pode levar à sua destruição oxidativa. A composição química dos alimentos também pode influenciar, pois a gordura favorece a absorção, pela formação das micelas. Ainda como fatores facilitadores, observa-se a necessidade de bom estado nutricional em relação à proteína e ao zinco e a presença de vitamina E, que atua como antioxidante, protegendo a vitamina A da oxidação. Por outro lado, as fibras, a clorofila e os carotenóides, que não têm ação de provitamina A, atuam reduzindo a biodisponibilidade do carotenóide com atividade de vitamina A. A má absorção de gordura e os parasitas intestinais, como Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia. OBS: Os derivados do leite, como queijo e manteiga, além dos ovos, são considerados fontes moderadas de vitamina A. Acadêmico Bolsista 2020 ❖ A melhor fonte de vitamina A na natureza é o fígado de alguns peixes, como o linguado, o bacalhau e o arenque. Diagnóstico da deficiência de vitamina A 1. indicadores clinicos: xeroftalmia( olho seco), A xerose está delimitada principalmente por alterações nas estruturas epiteliais oculares, como a conjuntiva e a córnea. ● cegueira noturna ● xerose ● mancha de bitot ● xerose da córnea ● ulceração da córnea/ ceratomalácia ● cicatriz na córnea ● fundo xeroftalmico 2. Indicadores BIOQUÍMICOS ● Retinol sérico: a vitamina A circula no sangue como retinol, ligada a uma proteína carreadora conhecida pela sigla RBP (retinol-binding protein). O nível de retinol sérico está sob controle homeostático e reflete as reservas corporais somente quando estas são muito baixas ou muito altas. ● Concentração de vitamina A no leite materno: 1.75 – 2.45 µmol/L, enquanto em populações deficientes os valores médios são abaixo de 1.4 µmol/L. Foi selecionado o ponto de corte de ≤1.05 µmol/L de vitamina A ou ≤ 8 µg/g de gordura do leite. Prevenção e controle da hipovitaminose A As três principais linhas de ação em relação aos programas de nutrição e saúde pública são a suplementação de megadoses de vitamina A, a fortificação de alimentos( como o açúcar, o trigo, a farinha de milho e o arroz) e o estímulo à produção e ao consumo de alimentos fontes de vitamina A.A modificação e a diversificação dietética por meio de estratégias de educação alimentar e nutricional, visando à promoção de hábitos alimentares mais saudáveis. A conduta de administração da megadose de vitamina A é: – para crianças de 6 meses a 11 meses de idade – 1 megadose de vitamina A na concentração de 100.000 UI; – para Acadêmico Bolsista 2020 crianças de 12 a 59 meses de idade – 1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000 UI a cada 6 meses; – para puérperas – 1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000 UI, no pós-parto imediato, ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. Brasil: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A o Ministério da Saúde distribui cápsulas de 100.000 UI de vitamina A para crianças de 6 a 11 meses de idade e de 200.000 UI para crianças de 12 a 59 meses de idade nos Estados da Região Nordeste e no Estado de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri). O programa foi ampliado para atendimento às puérperas, por meio de suplementação com cápsulas de 200.000 UI na maternidade, no pós-parto imediato, uma vez que no Nordeste do Brasil mais de 95% dos partos são realizados em hospitais gerais ou especializados. Esta é uma estratégia para garantir a adequação das reservas corporais maternas. Desta forma, o aporte de vitamina A, por meio do leite materno, garantirá suprimento suficiente da vitamina entre as crianças menores de 6 meses de idade que estão sendo amamentadas. OBS: vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E, na dosagem de 100.000 UI e 200.000 UI. Anemia por deficiência de ferro A concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em conseqüência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência.ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada utilização orgânica No Brasil têm sido verificadas elevadas prevalências dessa deficiência, principalmente entre as crianças de 6 a 24 meses, que constituema faixa de maior risco. O leite materno possui pequena quantidade de ferro, mas, entretanto, alta biodisponibilidade para este mineral, com uma utilização elevada quando da ausência de outros fatores dietéticos. Após o esgotamento da reserva, o organismo dependerá do ferro exógeno (dietético) para evitar o aparecimento da anemia. ❖ Sabe-se que o ferro está presente naturalmente nos alimentos na forma ferrosa (Fe 2+) ou férrica (Fe 3+). A forma ferrosa é mais biodisponível que a férrica. Esta pode ser reduzida para ferrosa na presença de ácido clorídrico e de agentes redutores, como o ácido ascórbico, melhorando a sua absorção. ❖ o ferro heme é encontrado nos produtos de origem animal (carnes em geral),derivado principalmente da hemoglobina e da mioglobina das carnes, das aves e dos peixes e, é melhor absorvido que o ferro não-heme. ❖ o ferro não-heme, presente nos produtos vegetais como cereais, tubérculos e leguminosas.Sua absorção depende, em grande parte, das reservas corporais e da solubilidade na parte proximal do intestino delgado, que, por sua vez, depende da influência que a composição da refeição, em seu conjunto, exerce sobre a solubilidade deste mineral. O ferro não-heme precisa de uma proteína Acadêmico Bolsista 2020 transportadora (transferrina) para sua absorção, estando sujeito a fatores químicos ou alimentares que podem influenciar nesse processo. ❖ Composição da dieta:Fatores estimuladores: ácido ascórbico, presente basicamente nas frutas, destaca-se por ser um potente facilitador da absorção do ferro,propriedade redutora e quelante, podendo melhorar a absorção do ferro em refeições com baixa biodisponibilidade que contenham potentes inibidores, como os fitatos e os polifenóis.Outros ácidos orgânicos também com carências de micronutrientes contribuem para o aumento na absorção do ferro, como os ácidos cítrico, málico, e tartárico, encontrados nos vegetais, nas frutas e em temperos.o efeito facilitador das carnes na absorção do ferro, sendo este mais marcante naqueles alimentos que possuem fatores inibidores. ❖ Fatores inibidores:A adição ou a presença de alguns minerais na dieta pode prejudicar a absorção do ferro, como, por exemplo, zinco, cobre, cobalto, níquel, cádmio e manganês. Isso sugere que podem existir vias comuns de absorção, levando a um mecanismo de competição entre esses minerais. Observa-se com relação especificamente ao cálcio que este mineral interfere na absorção do ferro não-heme. o mais importante inibidor de absorção do ferro em cereais e vegetais é o fitato ou ácido fítico. As maiores fontes desse elemento são cereais integrais, fibras e feijões. As fibras também podem diminuir a absorção graças ao aumento do trânsito intestinal. Outro fator inibidor da absorção do ferro é o ácido oxálico, encontrado no espinafre, na beterraba e em algumas leguminosas.os flavonóides, os ácidos fenólicos, os polifenóis e os taninos. Esses compostos são encontrados principalmente nos chás preto e mate, no café, em alguns refrigerantes, no chocolate, no vinho tinto e, em menor proporção, em alguns vegetais e leguminosas. OBS: Há evidências de que um indivíduo anêmico pode absorver duas a três vezes mais ferro do que um indivíduo normal.As etapas da vida em que há maior taxa de crescimento, o que ocorre na infância e na gravidez. Nesses períodos, há aumento na biodisponibilidade do ferro, principalmente do não-heme, favorecendo assim sua maior absorção para suprir com maior facilidade os requerimentos do organismo.Situações de baixa acidez gástrica: levam a redução da absorção, uma vez que o ácido clorídrico é um potente agente solubilizante do ferro não-heme.Resultante do consumo exagerado de antiácidos, após cirurgias ou em situação de idade avançada. Diagnóstico do estado nutricional de ferro Depleção nos depósitos de ferro, o que pode ser medido pela diminuição da ferritina sérica, normalmente para valores inferiores a 12 µg/L.Atenção para doenças hepáticas e câncer que pode levar a elevação de ferritina mesmo na presença de deficiência deste mineral. Acadêmico Bolsista 2020 ocorre diminuição nos níveis de saturação da transferrina, e a maior parte do ferro presente no soro encontra-se unida a ela. Neste estágio, como o ferro sérico se encontra reduzido, a capacidade total de ligação da transferrina apresenta-se aumentada, e a saturação da transferrina, diminuída. A anemia propriamente dita só ocorre quando a produção da hemoglobina diminui o suficiente para levar a redução da sua concentração abaixo dos valores normais para pessoas de mesma idade e sexo.anemia hipocrômica e microcítica.Outro indicador que pode ser usado para diagnóstico nesta fase é o volume corpuscular(VCM), que é a medida do volume ocupado pelas células vermelhas em relação ao volume total do sangue centrifugado. Pontos de corte para a Anemia: Crianças de 6 meses a 6 anos 11 Crianças de 6 anos a 14 anos 12 Mulheres adultas 12 Homens adultos 13 Mulheres grávidas 11 ➢ suplementação de grupos de risco, a fortificação de alimentos e a ações educativas que visem a diversificação alimentar ➢ Além da fortificação das farinhas de trigo e de milho e das ações educativas, o Ministério da Saúde desenvolve o Programa Nacional de Suplementação de Ferro. Esse Programa destina-se à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a 18 meses com ferro; gestantes a partir da 20ª semana gestacional com ferro e ácido fólico e mulheres até o terceiro mês pós-parto e pós-aborto com ferro ➢ a dose semanal de ferro a ser administrada em crianças deve ser correspondente ao dobro da recomendação da Recommended Daily Allowances (RDA). ➢ gestantes e às mulheres até o terceiro mês pós-parto, a Organização Mundial da Saúde preconiza a suplementação de apenas uma dose diária de 60 mg, já que os problemas decorrentes da intolerância do suplemento de ferro têm sido mais freqüentemente observados quando a gestante faz uso de mais de um comprimido de 60 mg de ferro por dia ➢ Entre os diversos tipos de sais de ferro, o sulfato ferroso (Fe SO4 ) é um dos mais utilizados e de menor custo, sendo absorvido rapidamente em situações ideais de administração. Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI) A deficiência de iodo é a causa mais comum e prevenível de retardo mental e danos cerebrais no mundo. Essa deficiência também é responsável pela redução do crescimento e do desenvolvimento infantil, trazendo sérias conseqüências às crianças, tais como: baixa estatura, apatia, atraso no desenvolvimento cerebral, prejuízos à capacidade motora, à fala e à audição, entre outros. Acadêmico Bolsista 2020 ➢ necessário para o adequado funcionamento da glândula tireóide, uma vez que é parte constituinte dos hormônios tireóideos. Fontes de iodo 1. As fontes de origem animal do iodo são usualmente os produtos do mar, uma vez que os oceanos contêm quantidades consideráveis desse elemento químico. O conteúdo de iodo nos peixes refletirá, portanto, seu conteúdo na água. Pode-se citar como fontes de iodo de origem animal: sardinhas, atum, ostras e moluscos. 2. Outras fontes são o leite e demais produtos lácteos e ovos provenientes de regiões onde os animais são alimentados com rações enriquecidas com iodo, ou, no caso do leite, pastaram em áreas com adequada quantidade de iodo.o iodo disponível nos alimentos dependerá da procedência destes últimos e, conseqüentemente, do iodo disponível no solo ou na água 3. o consumo diário do sal iodado, com concentrações segundo a legislação brasileira de 20 a 60 partes por milhão (ppm), em alimentação normossódica (< 5g/dia de sal)46,47,48,49,50, conterá de 100 a 300 µg de iodo, suprindo, portanto, as recomendações relativas aos indivíduos, conforme pode ser visto no quadro que segue: Lactentes 1 a 12 meses 50 µg Crianças 2 a 6 anos 90 µg Crianças 7 a 12 anos 120 µg Crianças a partir de 12 anos, - 150 µg adolescentes e adultos Gestantes e lactantes - 200 µg OBS: O estímulo ao consumo do sal iodado é necessário como estratégia de prevenção e controle dos DDI, não devendo ser encarado como potencialfator de risco para elevação no consumo de sódio, uma vez que dieta normossódica permite atender às recomendações de iodo para a população. Grupos de risco: 1. gestantes: abortos; natimortos; anomalias congênitas; aumento da mortalidade perinatal; bócio neonatal; hipotireoidismo congênito transitório e alterações psicomotoras. O cretinismo é o resultado mais grave da deficiência no período fetal, levando a danos cerebrais irreversíveis na criança. Deve-se atentar para o fato de que, após o nascimento, o cérebro continuará crescendo e se desenvolvendo, e o adequado suprimento de iodo e, conseqüentemente, a produção satisfatória dos hormônios tireóideos é essencial para a continuidade do desenvolvimento cerebral. 2. Crianças: aumento na mortalidade infantil, além das situações de hipotireoidismo, bócio, retardo do desenvolvimento e do crescimento físico.Comprometimento do desenvolvimento psicomotor. Acadêmico Bolsista 2020 3. Adultos: bócio e suas complicações, como a compressão da traquéia, problemas na respiração e na deglutição, além de dor local. Alguns sintomas de hipotireoidismo, como lentidão de movimentos, fadiga, letargia, cansaço excessivo e capacidade mental diminuída podem ser encontrados.Nas mulheres, podem ocorrer ciclos menstruais irregulares e anovulatórios, com redução da fertilidade Consequências da DDI ➔ comprometimento da tireóide e conseqüentemente da produção dos hormônios tireóideos ➔ Para a adequada síntese dos hormônios tireóideos, há necessidade de aporte diário de iodo na alimentação. Nenhuma outra glândula endócrina é tão dependente de um micronutriente quanto a tireóide.48 A tireóide é responsável pela secreção de 75 µg de iodo orgânico por dia, basicamente na forma de tiroxina (T4) e pequena quantidade de triiodotironina (T3). A síntese e a secreção dos hormônios tireóideos são reguladas por fatores extratiróideos ou intratiróideos e, entre os extratiróideos, o hormônio tirotrofina (TSH) exerce importante papel.adequado desenvolvimento e funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, além da manutenção da temperatura corporal ➔ Bócio: Isso acontece nas pessoas com deficiência de iodo, porque elas não estão conseguindo produzir os hormônios tireóideos em quantidade suficiente. Os baixos níveis desses hormônios no sangue levam a aumento na secreção da tirotrofina (TSH), numa tentativa de fazer que a tireóide produza mais dos seus hormônios. Apesar desse aumento da estimulação do TSH ser uma adaptação normal, leva em contrapartida ao bócio, que é o crescimento da tireóide.O bócio pode levar a comprometimentos na respiração, com compressão da traquéia, asfixia, dor local, problemas na deglutição, além da invasão do mediastino, o que é chamado de bócio mergulhante.Diagnóstico por palpação e ultrassonografia. ➔ Cretinismo: deficiência na síntese dos hormônios tireóideos durante o período fetal, traduzindo-se em sério comprometimento do sistema nervoso central e retardo mental irreversível. O cretinismo endêmico está associado ao bócio endêmico e à deficiência grave de iodo, sendo caracterizado pela deficiência mental e por duas formas ou dois tipos distintos de manifestações clínicas. 1. Cretinismo neurológico predominância das manifestações decorrentes dos distúrbios neurológicos, como alterações auditivas, da linguagem, neuromotoras e estrabismo, comprometimento da marcha e da postura; nos casos mais graves, caminhar ou o manter-se de pé é impossível. Acadêmico Bolsista 2020 2. Cretinismo hipotiróideo ocorrem os sinais clássicos do hipotireoidismo, associados a graus leves de retardo mental; os indivíduos afetados são capazes de desenvolver tarefas manuais simples. Os sinais incluem edema generalizado, pele seca, voz rouca, cabelos escassos, lentidão, reflexos diminuídos, retardo no desenvolvimento sexual, na maturação das proporções do corpo e baixa estatura. Esse quadro clínico é confirmado por níveis extremamente baixos de T3 e T4 e altos níveis de TSH. Graus mais leves de hipotireoidismo possuem poucos sinais clínicos e de anormalidades bioquímicas Diagnóstico: Indicadores clinicos: 1. Palpação da tireóide 2. Ultrassonografia Indicadores bioquímicos: 1. Dosagem de iodo urinário: marcador da ingestão dietética prévia de iodo 2. Dosagem de tirotrofina (TSH): Em situações nas quais existe redução de iodo, com baixa concentração de hormônios tireóideos, ocorre estimulação da produção do TSH, como uma tentativa de aumentar a produção dos hormônios na tireóide Prevenção e tratamento dos Distúrbios por Deficiência de Iodo o fato do iodo não poder ser estocado no organismo por longos períodos faz com que pequenas quantidades sejam necessárias diariamente. ❖ iodação do sal Mesmo considerando que o iodato de potássio – produto usado na iodação do sal – seja estável na sua forma pura, a sua permanência no sal de cozinha dependerá de condições tais como umidade do ambiente, forma de acondicionamento e ao tempo de armazenamento.É de dois anos o prazo máximo de armazenamento do sal nos pontos de venda, se armazenado em condições ambientais adequadas.Caso o prazo de validade do sal esteja vencido, pode ocorrer prejuízo na qualidade do iodo;o armazenamento do saco de sal iodado deve ser feito em local fresco e ventilado, evitando-se colocá-lo próximo a locais quentes, como o fogão a gás ou a lenha.após a abertura da embalagem do sal iodado, procurar manter o sal nesse invólucro original, dentro de um pote ou vidro, de preferência, com tampa; f) procurar manter o sal distante de locais úmidos e molhados, evitando-se colocar colheres molhadas em contato com o produto; g) em situações nas quais é utilizado o tempero completo para o preparo dos alimentos, deve-se procurar intercalar este tempero com o sal iodado, pois não há garantia de que sal iodado tenha sido usado na produção do tempero. Acadêmico Bolsista 2020 OBS: A média de consumo de sal pela população brasileira, no ano 2000, foi de 16 g/dia, e o recomendado em uma dieta normossódica é <5 g/dia46,47,48,49,50. Este valor (5 g/dia = uma colher rasa de chá) é suficiente para alcançar a recomendação diária de iodo, bem como protege contra o risco de desenvolver hipertensão arterial. Lei nº 8.080, de 19/09/1990: Sistema Único de Saúde (SUS) Art.5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do Art.2º desta lei; III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art.6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; Capítulo II Dos Princípios e Diretrizes I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; Acadêmico Bolsista 2020 IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa,com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. Capítulo III Da Organização, da Direção e da Gestão A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única. I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente Art.12 -Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. Art.13 -A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: I - alimentação e nutrição; II - saneamento e meio ambiente; III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - ciência e tecnologia; e VI - saúde do trabalhador. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite(CIT E CIB) são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS) OBS: BIPARTITE:gestores estaduais e municipais, vinculada ao Ministério da Saúde Acadêmico Bolsista 2020 TRIPARTITE:gestores federais, estaduais e municipais,vinculada à Secretaria Estadual de Saúde Capítulo II DA ORGANIZAÇÃO DO SUS Seção I Das Regiões de Saúde Art.5º - Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; V - vigilância em saúde. Seção II Da Hierarquização Art.9º - São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: I - de atenção primária; II - de atenção de urgência e emergência; III - de atenção psicossocial; e IV - especiais de acesso aberto. Capítulo IV DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Seção I Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde Seção II Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME Art.25 -A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS Lei nº 8.142, de 28/12/1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. I - a Conferência de Saúde: reunir-se-á a cada quatro anos, representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. II - o Conselho de Saúde: caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada Acadêmico Bolsista 2020 esfera do governo.A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) foi regulamentado como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 080-P, de 16 de outubro de 1990, do Ministério da Saúde e da Lei nº 8080/ 1990, capítulo I, artigo 6º, inciso IV – Lei Orgânica da Saúde. Antes desse momento, existiam inúmeras experiências locais em diversas partes do País, sem uma articulação estadual e nacional.baseado na terceira diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, que se refere à avaliação e ao monitoramento da situação alimentar e nutricional da população brasileira.Objetivo: detecção precoce de situações de risco nutricional e à prescrição de ações que possibilitem prevenir agravos à saúde e reverter ao quadro de normalidade quando possível. ➢ A padronização dos indicadores de diagnóstico do estado nutricional em diferentes fases da vida, bem como as rotinas de monitoramento nutricional com base em critérios epidemiológicos. ➢ sistematizar, por meio de protocolos, a avaliação do estado nutricional do público que busca atendimento na rede básica de saúde. OBS: TAL MATERIAL DESTINA-SE APENAS AOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA E MÉDIA COMPLEXIDADE, EXCETO OS PROFISSIONAIS DE MÉDIA OU ALTA COMPLEXIDADE HOSPITALAR. ❖ Os protocolos do SISVAN fundamentam-se na nova lógica da Programação Pactuada e Integrada (PPI) da Assistência à Saúde (BRASIL 2006a). ❖ Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1999: Lei orgânica do SUS. ❖ Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006: Lei Orgânica de Segurança alimentar e Nutricional (LOSAN): cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada. Destaca-se que o SISAN tem como base, entre outras diretrizes, o monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo. ❖ Portarias: ❖ • Portaria nº1.156, de 31 de agosto de 1990: Institui o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN e seus objetivos: ❖ • Portaria nº080-P, de 16 de outubro de 1990: Constitui o Comitê Assessor do SISVAN para oferecer apoio técnico-operacional à implementação do SISVAN. ❖ Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999: Aprova a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). Acadêmico Bolsista 2020 ❖ • Portaria nº 2.246, de 18 de outubro de 2004: Institui e divulga as orientações básicas para a implementação das ações de vigilância alimentar e nutricional no âmbito das ações básicas de saúde no SUS, em todo o território nacional ❖ Portaria Interministerial nº 2.509, de 18 de novembro de 2004: Trata-se de portaria estabelecida entre o Ministério da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Dispõe sobre as atribuições e normas para a oferta e o monitoramento das ações de saúde relativas às condicionalidades das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. ❖ • Portaria nº 2.608/ GM, de 28 de dezembro de 2005: Define recursos financeiros da vigilância em saúde para incentivar a estruturação de ações de vigilância e prevenção de doenças e de agravos não-transmissíveis por parte das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde das capitais brasileiras. ❖ Portaria nº 399/ GM, de 22 de fevereiro de 2006: Contempla o Pacto firmado entre os gestores do SUS, em suas três dimensões: pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão. O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. ❖ Portaria nº 648/ GM, de 28 de março de 2006: Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa de Saúde da Família(PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) ❖ Portaria nº 687 MS/GM, de 30 de março de 2006: Aprova a Política Nacional de Promoção da Saúde, com o objetivo de promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes ❖ Portaria Interministerial nº 1.010, de 08 de maio de 2006: Trata-se de portaria estabelecida entre o Ministério da Saúde e da Educação, que institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. ❖ Portaria nº 1.097, de 22 de maio de 2006: A Programação Pactuada e Integrada da Assistência em Saúde é um processo instituído no âmbito do SUS onde são definidas as ações de saúde para a população residente em cada território e efetuados os pactos intergestores para a garantia de acesso da população aos serviços de saúde. ❖ Portaria nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008: Estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação. ❖ decreto: Acadêmico Bolsista 2020 ❖ Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007: Institui o Programa Saúde na Escola, cujas ações de saúde devem ser desenvolvidas com a rede de educação pública básica, em conformidade com os princípios e diretrizes do SUS, compreendendo, entre outras ações, a avaliação nutricional dos escolares. ABRANGÊNCIA DOS PROTOCOLOS DO SISVAN protocolos de atendimento que se destinam a todas as fases da vida, abrangendo crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, de forma a atender aos princípios do SUS de universalidade, integralidade e eqüidade na atenção à saúde. ● vulnerabilidade etária: abrange crianças menores de dois anos, gestantes adolescentes e idosos com mais de 80 anos; ● vulnerabilidade por morbidade: abrange casos de indivíduos com diagnóstico de doenças crônicas não-transmissíveis, com especial atenção para portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade; ● vulnerabilidade social: corresponde aos beneficiários de programas sociais, de doação de alimentos ou de transferência de renda, como o Programa Bolsa Família, povos e comunidades tradicionais, moradores sem teto, pessoas em situação de rua, acampados e assalariados rurais e moradores de áreas favelizadas. PROTOCOLOS DO SISVAN POR FASE DA VIDA ● crianças menores de 10 anos ● Para a classificação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos, são adotadas como referência as curvas de crescimento infantil propostas pela Organização Mundial da Saúde em 2006 (WHO 2006), e para as crianças de 5 a 10 anos incompletos a referência da Organização Mundial da Saúde lançada em 2007 (WHO 2007), que corresponde a uma reanálise dos dados do National Center for Health Statistics - NCHS ● Para a classificação do estado nutricional, são adotados os seguintes critérios, segundo os índices antropométricos: Acadêmico Bolsista 2020 Fonte: Adaptado de Organización Mundial de la Salud. Curso de Capacitación sobre la evaluación del crecimiento del niño. Versión 1 – Noviembre 2006. Ginebra, OMS, 2006 1. Uma criança com a classificação de peso elevado para a idade pode ter problemas de crescimento, mas este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices de peso-para-estatura ou IMC-para-idade. 2. Uma criança classificada com estatura para idade acima do percentil 99,9 (Escore-z +3) é muito alta, mas raramente corresponde a um problema. Contudo, alguns casos correspondem a desordens endócrinas e tumores. Em caso de suspeitas dessas situações, a criança deve ser referenciada para um atendimento especializado. • Tipos de aleitamento materno e práticas alimentares: ● desnutrição ● deficiências de micronutrientes 1. Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos. 2. Aleitamento materno predominante: o lactente recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água, como sucos de frutas e chás. 3. Alimentação complementar: a criança recebe o leite materno, mas também recebe alimentos sólidos e semi-sólidos, incluindo o leite não-humano. 4. Não recebe leite materno: a criança já mantém uma alimentação com alimentos sólidos e semi-sólidos, sem o aleitamento materno. Anemia ferropriva e falciforme: A anemia pode ser definida como um estado em que a concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em conseqüência da carência de um ou mais nutrientes, como folatos,proteínas, vitamina B12, cobre, e principalmente ferro. A anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, é atualmente um dos mais graves problemas nutricionais no mundo. Frequentemente, esta anemia é Acadêmico Bolsista 2020 determinada pela ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada utilização orgânica. obs: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a criança de 6 a 59 meses de idade é considerada anêmica quando apresenta hemoglobina sérica inferior a 11,0 g/dl; para crianças com idade entre 5-11 anos, o ponto de corte é de 11,5 g/dl (WHO 2001). Já a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por uma mutação do gene que produz a hemoglobina. Em vez da hemoglobina A, é produzida a hemoglobina S, que tem formato arredondado e assume uma forma de meia-lua ou foice, daí o nome “falciforme”. Nesse formato, as hemácias não exercem a função de oxigenação do corpo de forma satisfatória. A anemia falciforme causa diversas complicações em órgãos e sistemas: além da anemia crônica, há episódios de dores ósteo-articulares, dores abdominais, infecções, enfartes, entre outros agravos. OBS:A anemia falciforme pode ser detectada no recém-nascido por meio do “Teste de Pezinho”, realizado na primeira semana de vida nas unidades básicas de saúde. O exame de detecção da doença falciforme foi incluído na fase II do Programa Nacional de Triagem Neonatal, instituído pela Portaria nº 822/ GM, de 6 de junho de 2001. A partir dos 4 meses de idade, a identificação da anemia falciforme é realizada por meio da eletroforese da hemoglobina. Deficiência de vitamina A A vitamina A é um micronutriente essencial à manutenção das funções fisiológicas normais do organismo. Ressaltam-se as funções ligadas ao sistema visual, diferenciação celular, crescimento, reprodução e sistema imune. OBS: segundo a OMS, a prevalência de níveis séricos de retinol ≤ 0,70 µmo/L em 2% a < 10% da população infantil de 6 a 71 meses de idade indica problema de saúde pública leve, de 10% a < 20%,problema moderado e ≥ 20%, grave (WHO, 1996). O ponto de corte < 1,05 µmo/L tem sido adotado mais recentemente para a identificação da carência subclínica no grupo materno-infantil (FAO/WHO, 1998). Pressão arterial: Os valores limites de pressão arterial normal para crianças são avaliados por tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de altura em que o indivíduo se encontra (BRASIL 2006b). Glicemia: Entre os principais testes laboratoriais utilizados para a triagem do diabetes, destacam-se a glicemia de jejum e o teste oral de tolerância à glicose (TTG-75g) (BRASIL 2006c). A glicemia de jejum identifica o nível de glicose no sangue após a realização de um jejum de 8 a 12 horas. O TTC-75g apresenta o nível de glicose no sangue após uma carga de 75g de glicose que é administrada ao indivíduo em jejum. Os critérios dessa avaliação para crianças são os mesmos adotados para adultos: Acadêmico Bolsista 2020 Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: • Equipamentos antropométricos: balança pediátrica e de plataforma; infantômetro (estadiômetro infantil ou horizontal) e estadiômetro vertical; • Calculadora, planilha ou disco para a identificaçãodo Índice de Massa Corporal (IMC); • Declaração de nascido vivo e/ou Caderneta de Saúde da Criança do Ministério da Saúde; • Gráficos ou tabelas de crescimento infantil; • Mapa de acompanhamento do SISVAN para a criança; • Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. ALERTAA ❖ peso elevado para idade, com curva de crescimento ascendente; ❖ curvas de crescimento horizontal ou descendente entre crianças eutróficas; ❖ muito baixo peso; déficit de altura. ❖ Para menores de 2 anos, o déficit de altura pode ser recuperado na maioria dos casos com uma intervenção adequada e imediata. OBS: o calendário mínimo de consultas para a assistência à criança, determinado pelo Ministério da Saúde. Isto é, deve ser realizado o registro aos 15 dias de vida, 1 mês, 2, 4, 6, 9, 12, 18 e 24 meses. A partir dos 3 anos, recomenda-se a realização de, no mínimo, um registro (acompanhamento nutricional e dos marcadores do consumo alimentar) por ano até que a criança complete 10 anos. ★ Monitorar crescimento, aleitamento materno, alimentação e investigar anemia ADOLESCENTES Público: Compreende todos os indivíduos com idade entre 10 e 20 anos incompletos. Acadêmico Bolsista 2020 1. Maturação sexual:avaliação do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, permite identificar em que fase de seu desenvolvimento puberal o mesmo se encontra. O estagiamento desta maturação foi sistematizado por Tanner (1989). Acadêmico Bolsista 2020 2. Anemia ferropriva e falciforme:além de ser uma fase de crescimento intenso, entre as meninas há o início da perda de ferro nos ciclos menstruais e com as possíveis gestações. Logo, a distribuição normal de hemoglobina no sangue nesta fase da vida varia em função da idade, do sexo e da prática de tabagismo do adolescente.Quanto à anemia falciforme, sua detecção é realizada entre adolescentes por meio da eletroforese da hemoglobina (consulte o protocolo de crianças para maiores informações sobre a anemia falciforme). 3. Lipidograma:As dislipidemias, que correspondem a alterações nos teores de lipídios ou gorduras no sangue, têm se manifestado de forma cada vez mais precoce entre os Acadêmico Bolsista 2020 adolescentes. Estas alterações, frequentemente associadas a uma alimentação desequilibrada. 4. Pressão arterial:Os valores limites de pressão arterial normal para adolescentes são avaliados por tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de altura em que o indivíduo se encontra (BRASIL 2006b). 5. Glicemia:O mesmo do adulto. Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: • Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e estadiômetro vertical; • Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC; • Caderneta de Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde; • Tabelas de valores de IMC para classificação do estado nutricional do adolescente, segundo sexo; • Planilhas de Tanner para identificação do desenvolvimento puberal; • Mapa de acompanhamento do SISVAN para o adolescente; • Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. Análise dos dados encontrados ➔ Orientações para cada situação de diagnóstico antropométrico ➔ Orientações a partir dos achados clínicos ➔ Orientações sobre alimentação ADULTOS ● Compreende todos os indivíduos com idade entre 20 e 60 anos incompletos ● Classificação do estado nutricional: Acadêmico Bolsista 2020 ➢ Circunferência da cintura ➢ Lipidograma ➢ Pressão arterial ➢ Glicemia ➢ Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: Acadêmico Bolsista 2020 • Equipamentos antropométricos: balança de plataforma, estadiômetro vertical e fita métrica; • Calculadora ou disco de antropometria para a identificação do IMC; • Mapa de acompanhamento do SISVAN para o adulto; • Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. OBS: Periodicidade de registro no SISVAN Web para adultos: Recomenda-se a realização de, no mínimo, um registro por ano do acompanhamento nutricional e dos marcadores do consumo alimentar do adulto no SISVAN Web até que este complete 60 anos. IDOSOS ● Compreende todos os indivíduos com idade igual ou maior do que 60 anos. ● Classificação do estado nutricional ● Lipidograma: ● Pressão arterial ● Glicemia ● Perda de peso:Um importante componente de risco para a fragilidade da pessoa idosa é a perda expressiva de peso em um curto período de tempo. Uma perda de peso não-intencional de, no mínimo, 4,5kg ou de 5% do peso corporal no último ano são indicativos que exigem medidas para estabilizar e/ou recuperar seu peso corporal, por Acadêmico Bolsista 2020 meio da promoção de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos sob orientação. Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: ● Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e estadiômetro vertical; ● Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC; ● Mapa de acompanhamento do SISVAN para o idoso; ● Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN; ● Caderneta de saúde do idoso. ● Dificuldade de mastigação por lesão oral, uso de prótese dentária ou problemas digestivos. GESTANTES ➢ Classificação do estado nutricional: Para a classificação do estado nutricional, recomenda-se a utilização do gráfico de acompanhamento nutricional da gestante, sendo identificadas quatro classificações possíveis: baixo peso, peso adequado, sobrepeso e obesidade. Para tanto, é necessário avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) da gestante e a idade gestacional. ➢ avaliação do ganho de peso gestacional ➢ Anemia ferropriva e falciforme ➢ Lipidograma ➢ Pressão arterial ➢ Glicemia ➢ Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: • Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e estadiômetro vertical. • Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC; • Cartão da Gestante do Ministério da Saúde; • Gráficos ou tabelas para avaliação do estado nutricional da gestante segundo IMC por semana gestacional; • Mapa de acompanhamento do SISVAN para a gestante; • Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN Programa Nacional de Suplementação de Ferro Manual de Condutas Gerais 1. causas de deficiência de ferro: ● gestação: alimentação inadequada, não uso de ferro profilático, complicações nutricionais, parasitoses. ● parto e nascimento:clampeamento precoce do cordão umbilical, ausência de aleitamento materno na primeira hora de vida. ● primeiro 6 meses de vida:Ausência de aleitamento materno até o sexto mês, introdução precoce de alimentos e outros leites, parasitoses. ● A partir dos 6 meses:elevada necessidade de ferro, alimentação complementar inadequada, baixa ingestão de ferro heme, não uso de suplemento de ferro profilático, parasitoses. Consequências da deficiência de ferro Acadêmico Bolsista 2020 As principais consequências da deficiência de ferro são: • Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a infecções; • Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos; • Aumento da mortalidade materna e infantil; • Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais; • Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos. Alimentos fontes de ferro O ferro é um micronutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese de células vermelhas do sangue (hemácias) e no transporte do oxigênio no organismo. Há dois tipos de ferro nos alimentos: ferro heme (origem animal, sendo mais bem absorvido) e ferro não heme (encontrado nos vegetais). São alimentos fontes de ferro heme: carnes vermelhas, principalmente vísceras (fígado e miúdos), carnes de aves, suínos, peixes e mariscos. São alimentos fontes de ferro não heme: hortaliças folhosas verde-escuras e leguminosas, como o feijão e a lentilha. Como o ferro não heme possui baixa biodisponibilidade, recomenda-se a ingestão na mesma refeição de alimentos que melhoram a absorção desse tipo de ferro, por exemplo, os ricos em vitamina C, disponívelem frutas cítricas (como: laranja, acerola, limão e caju), os ricos em vitamina A, disponível em frutas (como: mamão e manga) e as hortaliças (como: abóbora e cenoura). ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA ANEMIA Gestação 1. Suplementação profilática com ferro e ácido fólico. 2. Ingestão de alimentos que contenham farinhas enriquecidas com ferro e ácido fólico. 3. Alimentação adequada e saudável com ingestão de ferro de alta biodisponibilidade. Parto e nascimento 1. Clampeamento tardio do cordão umbilical. 2. Amamentação na primeira hora de vida. Primeiros seis meses de vida 1. Aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. 2. Suplementação profilática de ferro para crianças prematuras e que nasceram com baixo peso. A partir dos seis meses até dois anos de idade 1. Alimentação complementar saudável e adequada em frequência, quantidade e biodisponibilidade de ferro. 2. Suplementação de ferro profilática. 3. Fortificação dos alimentos preparados para as crianças com micronutrientes em pó. OBS: O PNSF consiste na suplementação profilática de ferro para todas as crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal, independentemente da idade gestacional até o terceiro mês pós-parto, e na suplementação de gestantes com ácido fólico. com o intuito de reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante (WHO, 2012).Ressalta-se que a suplementação com ácido fólico deve ser Acadêmico Bolsista 2020 iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar para a prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural e deve ser mantida durante toda a gestação para a prevenção da anemia (FEBRASGO, 2012; WHO, 2012). OBS: Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a partir do sexto mês de idade. Se a criança não estiver em aleitamento materno exclusivo, a suplementação poderá ser realizada a partir dos quatro meses de idade, juntamente com a introdução dos alimentos complementares. ➢ As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e hemocromatose, devem ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a viabilidade do uso do suplemento de sulfato ferroso. Ressalta-se que a complementação de ferro oral a essas crianças deve ser considerada, por apresentarem igual chance de desenvolverem anemia por deficiência de ferro na fase de crescimento. O diagnóstico das doenças que cursam por acúmulo de ferro está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal Acadêmico Bolsista 2020 (PNTN) fase II, que inclui o diagnóstico da doença falciforme e hemoglobinopatias. ➢ EFEITOS COLATERAIS DA SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO: Os principais efeitos são: vômitos, diarreia e constipação intestinal. ➢ A recomendação de ingestão é de 400 µg de ácido fólico, todos os dias. Essa quantidade deve ser consumida pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar até o final da gestação. Orientações para tratamento da anemia A recomendação (WHO, 2001) de suplementação de ferro para o tratamento da anemia ferropriva é: 1 - Adultos: 120 mg de ferro elementar/dia por três meses; 2 - Crianças menores de dois anos: 3 mg de ferro/kg/dia, não superior a 60 mg por dia. ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADO DA PESSOA COM DOENÇA CRÔNICA Princípios e diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas 1. Propiciar o acesso e o acolhimento aos usuários com doenças crônicas em todos os pontos de atenção. 2. Humanização da atenção, buscando-se a efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. 3. Respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e hábitos e cultura locais. 4. Garantia de implantação de um modelo de atenção centrado no usuário e realizado por equipes multiprofissionais. 5. Articulação entre os diversos serviços e ações de Saúde, constituindo redes de Saúde com integração e conectividade entre os diferentes pontos de atenção. 6. Atuação territorial, com definição e organização da rede nas regiões de Saúde, a partir das necessidades de saúde das respectivas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas. 7. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de estrutura, processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção. 8. Articulação interfederativa entre os diversos gestores, desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada. 9. Participação e controle social dos usuários sobre os serviços. 10. Autonomia dos usuários, com constituição de estratégias de apoio ao autocuidado. 11. Equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da Saúde. 12. Regulação articulada entre todos os componentes da rede com garantia da equidade e integralidade do cuidado. 13. Formação profissional e educação permanente, por meio de atividades que visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de Acadêmico Bolsista 2020 Saúde para qualificação do cuidado, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Componentes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas 1. Serviços de Atenção Básica/Atenção Primária: centro de comunicação da rede, tendo um papel-chave na estruturação desta, como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, além de realizar o cuidado integral e contínuo da população que está sob sua responsabilidade e de ser a porta de entrada prioritária para a organização do cuidado. 2. Serviços de Atenção Especializada: conjunto dos diversos pontos de atenção com diferentes densidades tecnológicas, que incluem ações e serviços de urgência, ambulatoriais, especializados e hospitalar, sendo apoio e complemento aos serviços da Atenção Básica. a) Ambulatórios especializados: conjunto de serviços e ações eletivas de média e de alta complexidade. b) Hospitalar: ponto de atenção estratégico voltado para as internações eletivas e/ou de urgência de usuários agudos ou crônicos agudizados. c) Serviços de Urgência e Emergência: conjunto de serviços e ações voltadas aos usuários que necessitam de cuidados imediatos nos diferentes pontos de atenção, inclusive de acolhimento aos usuários que apresentam agudização das condições crônicas 3. Sistemas de apoio: são constituídos pelos sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico (patologia clínica, imagens, entre outros) e pela assistência farmacêutica. 4. Sistemas logísticos: são soluções em Saúde, em geral relacionadas às tecnologias de informação. Integram este componente os sistemas de identificação e de acompanhamento dos usuários; o registro eletrônico em Saúde; os sistemas de transportes sanitários; e os sistemas de informação em Saúde. 5. Regulação: compreende-se a regulação como componente de gestão para qualificar a demanda e a assistência prestada, otimizar a organização da oferta, promover a equidade no acesso às ações e serviços de Saúde e auxiliar no monitoramento e na avaliação dos pactos intergestores. Visa garantir o acesso às ações e aos serviços de maior densidade tecnológica. 6. Governança: é entendida como a capacidade de intervenção que envolve diferentes atores, mecanismos e procedimentos para a gestão regional compartilhada da referida rede. Constituem esse componente as Comissões Intergestores. Saúde é “um fenômeno clínico e sociológico, vivido culturalmente” (MINAYO, 1992), ou seja, obra de complexa produção social, cujos resultados na qualidade de vida de uma sociedade estão relacionados às decisões sobre os determinantes sociais da Saúde. Os determinantes sociais do processo saúde/doença Acadêmico Bolsista 2020 1. determinantes distais são as condições socioeconômicas, culturais e ambientais em que as pessoas, suas famílias e as redes sociais estão inseridas, são o desenvolvimento e a riqueza de um país, uma região ou um município, e a forma como essa riqueza é distribuída, resultando em distintas condições de vida de uma dadapopulação. 2. Os determinantes intermediários são representados pelas condições de vida e de trabalho, o acesso à alimentação, à educação, à produção cultural, ao emprego, à habitação, ao saneamento e aos serviços de Saúde (e a forma como se organizam). 3. os determinantes proximais são aqueles relacionados às características dos indivíduos, que exercem influência sobre seu potencial, sua condição de saúde (idade, sexo, herança genética) e suas relações, formais e informais, de confiança, de cooperação, de apoio nas famílias, na vizinhança e nas redes de apoio, onde acontecem as decisões dos comportamentos e estilos de vida, determinados socialmente pela interação de todos os níveis aqui apresentados. Fontes de dados sobre fatores de risco para DCNT: O Vigitel (BRASIL, 2011) soma-se a outros inquéritos como o da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) (BRASIL, 2010), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) (IBGE, 2010), Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) (IBGE, 2009) e Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Fatores de risco ➔ tabagismo ➔ alcoolismo ➔ alimentação não saudável ➔ inatividade física ➔ excesso de peso O Ministério da Saúde lançou, em 2011, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Acadêmico Bolsista 2020 Brasil – 2011-2022. Estruturado em três eixos (1. Vigilância, informação, avaliação e monitoramento; 2. Promoção da saúde; e 3. Cuidado integral) O acesso está diretamente relacionado à disponibilidade de consultas de cuidado continuado e de demanda espontânea, atividades coletivas, atendimentos em grupo, procedimentos de enfermagem, exames, medicamentos, entre outros. “Demanda espontânea” refere-se aos atendimentos não programados na Unidade Básica de Saúde. Representa uma necessidade momentânea do usuário, podendo ser uma informação, uma condição aguda, a agudização de uma condição crônica, uma urgência ou uma emergência. Os princípios que orientam a reorganização dos processos de trabalho ➢ Ampliar o acesso da população aos recursos e aos serviços das Unidades Básicas de Saúde ➢ Buscar maior qualidade da Atenção à Saúde ➢ Persistir na busca à integralidade da atenção ❖ Tabagismo- O tabaco é um fator de risco para seis das oito principais causas de morte no mundo (doença isquêmica do coração, AVC, infecção respiratória baixa, DPOC, tuberculose, câncer de pulmão, brônquios e traqueia) e mata uma pessoa a cada seis segundos (WHO, 2008).Mulheres fumantes têm risco relativo maior de desenvolver doenças cardiovasculares do que os homens. Os motivos para essa diferença ainda não são conhecidos, mas poderiam ser devidos a um efeito adverso da fumaça do tabaco sobre o estrogênio, Mulheres que fumam e usam anticoncepcionais orais têm até 10 vezes mais chance de ter infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite do que aquelas que não fumam (INCA, 2010). ❖ O tabagismo e a doença cardiovascular-Os riscos reduz a incidência de doença coronariana e AVC, significativamente, nos primeiros dois anos após a cessação.mulheres que fumam têm risco aumentado de aterosclerose vascular periférica, bem como de morte por ruptura de aneurisma de aorta abdominal. ❖ O tabagismo e o diabetes mellitus- O tabagismo parece estar associado a processos metabólicos relacionados com o diabetes, incluindo a homeostase da glicose, hiperinsulinemia e resistência à insulina.O tabagismo pode afetar diretamente a secreção pancreática de insulina, ou a sua associação com os hormônios contrarreguladores (cortisol e catecolaminas) pode desempenhar este papel (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2001).o tabagismo causa aumento no risco de doença macro e microvascular.também aumenta as concentrações de colesterol total e LDL, diminui o HDL e aumenta a resistência à insulina.Os fumantes que têm diabetes apresentam risco aumentado para neuropatia e doença renal em estágio terminal (INCA, 2010). ❖ O tabagismo e a hipertensão arterial sistêmica- tabagismo como fator de risco para HAS não está, ainda, bem definido (GUPTA; SINGH; GUPTA, 2004). No entanto, sabe-se que fumar um cigarro eleva momentaneamente a pressão arterial, podendo o seu efeito manter-se por até duas horas.A incidência de hipertensão é maior entre mulheres que fumam mais de 15 cigarros por dia, e a concomitância de hipertensão e tabagismo diminui a função ventricular esquerda em pessoas Acadêmico Bolsista 2020 assintomáticas (KAPLAN, 2010)aumento de até 20 mmHg na pressão sistólica após o primeiro cigarro do dia. Além disso, o cigarro aumenta a resistência às drogas anti-hipertensivas, fazendo com que elas funcionem menos que o esperado (FERREIRA et al., 2009; CHOBANIAN, 2003). ❖ Tabagismo passivo- não se limitam aos efeitos de curto prazo, como irritação nasal, ocular e na garganta, cefaleia, náusea, vômito e tosse. Estudos de meta-análise mostram que pessoas expostas cronicamente à PTA têm risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de desenvolver DCV do que as não expostas (CAVALCANTE, 2005).A fumaça expelida contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro. ❖ síndrome da morte súbita infantil e baixo peso ao nascer, além do aumento dos problemas respiratórios na infância (asma, rinite, pneumonias, otites) ➔ Tratamento da dependência da nicotina ➔ eixo fundamental a abordagem cognitivo- -comportamental, que tem a finalidade de orientá-lo sobre os riscos do tabagismo e os benefícios de parar com o fumo, bem como motivá-lo no processo de cessação do tabagismo, fornecendo orientações para lidar com a síndrome de abstinência, a dependência psicológica e os condicionamentos (INCA, 2001). ● dependência física ● dependência psicológica ● condicionamento ● Tratamento medicamentoso- tratamento farmacológico para todo fumante acima de 18 anos, com consumo maior do que dez cigarros/dia que deseje parar de fumar e não apresente contraindicações. ● • nicotínicos: são medicamentos de primeira linha e incluem adesivo de nicotina, goma de mascar e pastilha. Devem ser utilizados somente após o paciente parar de fumar (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2008) [Grau de Recomendação A]; ● • não nicotínicos: representados pela bupropiona (INCA, 2001; U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2008). ❖ Uso abusivo do álcool ❖ A partir do consumo diário médio de 30 g de etanol, quantia contida em duas doses de destilados, em duas latas de cerveja ou em dois copos de vinho, há definido e exponencial aumento da pressão arterial em homens.Para as mulheres, a quantidade de etanol que provoca aumento exponencial da pressão arterial corresponde à cerca da metade daquela observada para os homens (MOREIRA et al., 1998) ❖ recomendação para diabético- menos de 210 g/semana para homens e menos de 140 g/semana para mulheres (HOWARD; ARNSTEN; GOUREVITCH, 2004). ❖ Acadêmico Bolsista 2020 ❖ Alimentação saudável ❖ aumento da obesidade visceral, alto consumo energético e excesso ou deficiência de nutrientes associados ao padrão alimentar baseado em alimentos industrializados (BRASIL, 2001; CANAAN et al., 2006). ❖ As modificações na alimentação são reconhecidas como um recurso para o controle glicêmico e redução do risco das doenças cardiovasculares (COPPELL et al., 2010). ❖ É recomendado que não tenha caráter proibitivo (ex.: não coma açúcar; não coma sal), mas que sirva de suporte para o usuário e sua família, promovendo melhores escolhas alimentares (ADA, 2007) ❖ A promoção da alimentação adequada e saudável, além de ser uma diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan), conforma uma ação transversal incorporada em todas e quaisquer ações, programas e projetos (BRASIL, 2012). Acadêmico Bolsista 2020 O papel das equipes de Saúde na abordagem da alimentação saudável ➢ Abordagem nutricional para adultos: 1. atender às necessidades nutricionais; 2. perder peso nos casosde sobrepeso e obesidade; 3. melhorar o controle glicêmico; 4. melhorar o perfil lipídico; 5. manter a pressão arterial em níveis adequados; 6. manter o prazer da alimentação, restringindo os alimentos indicados com base nas evidências; 7. prevenir e/ou retardar os agravos; 8. melhorar a saúde e o bem-estar geral Consulta: ➢ exame físico, ➢ avaliação antropométrica para o diagnóstico do estado nutricional e ➢ breve anamnese dos hábitos alimentares ➢ Diagnóstico de obesidade, sobrepeso ou CA aumentada? A perda de peso é indicada para todas as pessoas com excesso de peso. A meta deve ser o peso saudável com IMC abaixo de 24,9 kg/m2 , mas a redução de 7% do peso corporal mostra-se capaz de diminuir a resistência à insulina [Grau de Recomendação A] (SBD, 2003; SBEM, SBN, 2005; ADA, 2010). Além da perda de peso, a diminuição da gordura central com modificação no perfil de gordura corporal precisa ser objetivada (SBEM; SBN, 2005). O acúmulo de gordura na região do abdômen está relacionado ao maior risco para doença cardiovascular (SBC, 2007; SANTOS et al., 2009). ➢ Orientação nutricional • manter o equilíbrio energético e o peso saudável; • limitar a ingestão energética procedente de gorduras; substituir as gorduras saturadas por insaturadas e eliminar as gorduras trans (hidrogenadas); • aumentar o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas (feijões); • limitar a ingestão de açúcar livre; • limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência. Consumo energético- ➔ hiperinsulinemia, à elevação dos níveis pressóricos e a um maior depósito de gorduras. Acadêmico Bolsista 2020 ➔ redução do valor energético total (VET) diário é indicada (SANTOS et al., 2009; ADA, 2010; WHO, 2000; BRASIL, 2006) Carboidrato (CHO)- ➔ A recomendação diária é de 50% a 60% do VET, idêntica à da população em geral (ANDERSON et al., 2004) ➔ Não são recomendadas dietas low carb, isto é, com menos de 130 g de carboidratos/dia, Fibras- ➔ carboidratos complexos presentes nas plantas e resistentes à digestão (SBC, 2007; COZZOLINO, 2007) ➔ solúveis (pectina nas frutas e gomas na aveia, cevada e leguminosas) e insolúveis (hemicelulose nos grãos e lignina nas hortaliças). ➔ consumo de fibras solúveis está associado à melhoria do controle glicêmico.e à diminuição da concentração de lipídios no plasma em pessoa com diabetes do tipo 2. ➔ As fibras insolúveis promovem retardamento do esvaziamento gástrico ➔ recomendação diária de fibra é de 25 g para mulheres e de 38 g para homens ou 14 g a cada 1.000 kcal da dieta ➔ O farelo de aveia é o alimento mais rico em fibras solúveis, portanto seu consumo deve ser estimulado. ➔ não pode exceder à recomendação, pois a fibra interfere na biodisponibilidade de minerais (ANDERSON et al., 2004). Proteína- ➔ 0,8 g/kg de peso para mulheres e 1 g/kg de peso para homens (BRASIL, 2006) Gordura- ➔ gorduras totais deverão representar menos de 30% do VET ➔ ácidos graxos saturados (AGS): 10% do VET, LDL-c esteja acima de 100 mg/dl, abaixo de 7% do VET ➔ devem ser evitados os alimentos ricos em AGS, como carnes gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura de coco, molhos, cremes e doces ricos em gordura e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo ou gordura. ➔ orientação acerca do preparo dos alimentos é de não fritar e de não utilizar margarinas, cremes vegetais e gordura animal (banha) (SBD, 2005). ➔ A ingestão de colesterol deve ser menor do que 300 mg por dia e, para as pessoas com colesterol LDL maior ou igual a 100 mg/dl, deve ser menor do que 200 mg (ADA, 2010; SBEM; SBN, 2005) ➔ ácidos graxos trans: recomendação para a população em geral é <1% das gorduras da dieta (SBD, 2005; LICHTENSTEIN et al., 2006) ➔ ácidos graxos insaturados: poli-insaturados e monoinsaturados. ➔ ácidos graxos poli-insaturados são os óleos vegetais de soja, de milho e de girassol. ➔ ácidos graxos monoinsaturados (ômega 3) são encontrados em peixes de águas frias e profundas (cavala, atum, sardinha, salmão). Os ácidos graxos poli-insaturados promovem redução dos triglicérides plasmáticos pela diminuição da síntese hepática de VLDL, podendo ainda exercer outros efeitos cardiovasculares, como redução da viscosidade do sangue, maior relaxamento do endotélio e também efeitos antiarrítmicos (SBD, 2005) Acadêmico Bolsista 2020 ➔ Suas principais fontes dietéticas são o azeite de oliva, o óleo de canola, a azeitona, o abacate e as oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) (DUTRA-DE-OLIVEIRA; MARCHINI, 1998). ➔ Deve ser estimulado o consumo de gorduras insaturadas para melhorar o perfil lipídico, porém devem ser consumidos crus, pois o aquecimento provoca a saturação dos ácidos graxos. ➔ Não existem evidências que demonstrem os efeitos da suplementação de ômega 3 no controle glicêmico (HARTWEG, 2008). Sal e sódio- ➔ diferença individual na sensibilidade ao sal, sendo que há incidência de hipertensão cinco vezes maior em 15 anos em indivíduos normotensos com elevada sensibilidade ao sal (BRASIL, 2006; SAVICA; BELLINGHIERI; KOPPLE, 2010) ➔ recomendação é o consumo máximo de 5 g diários de sal (o equivalente a 2.000 mg ou 2 g de sódio), o que corresponde a uma colher de chá de sal (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2001; BRASIL, 2006; NKONDJOCK; BIZOME, 2010; TROYER et al., 2010). Práticas Integrativas e Complementares (PICs) Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (Portaria MS nº 971, de 3 de maio de 2006) diretrizes para inserção de ações, serviços e produtos da Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, assim como para os observatórios de saúde do termalismo social/crenoterapia e da medicina antroposófica. As ações das PICs são transversais nos diversos pontos de atenção, mas desenvolvem-se, prioritariamente, na Atenção Básica, pois, em geral, usam tecnologias de elevada complexidade e de baixa densidade (BRASIL, 2006a). ➔ Medicina tradicional chinesa – MTC: Utiliza como elementos diagnósticos, no intuito de avaliar essas desarmonias, a anamnese, segundo os preceitos da MTC, a palpação do pulso, a observação da face e da língua, entre outros elementos; e, como principais recursos terapêuticos, utiliza acupuntura, auriculoterapia, eletroacupuntura, moxaterapia, ventosaterapia, plantas medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais da MTC. ➔ Homeopatia: três princípios fundamentais: a lei dos semelhantes, a experimentação no homem sadio e no uso de doses infinitesimais. ➔ Fitoterapia e plantas medicinais: “terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes apresentações e formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”. ➔ Medicina antroposófica- apresenta-se como uma racionalidade ou sistema de cuidados de natureza integrativa e complementar às ações de Saúde de caráter convencional. ❖ Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é uma ferramenta clínica e, como seu próprio nome diz, centrado na pessoa, e não na doença. Esse método foi desenvolvido no Canadá por uma assistente social e um grupo de trabalho multiprofissional (médico de família e comunidade e Acadêmico Bolsista 2020 enfermeiras). Sustenta-se em uma abordagem compreensiva e em uma ênfase na qualidade da relação profissional-pessoa. Acadêmico Bolsista 2020 Aumentos na absorção de cálcio com a ingestão de fibra alimentar solúvel, hidrolisado de goma de guar, dependem do ceco em ratos parcialmente nefrectomizados e normais ● ratos nefrectomizados (NPX) ● normais com caecectomia ● normais sem caecectomia ➔ absorção de Ca é reduzida por insuficiência renal ➔ as quantidades de Ca no fêmur aumentaram linearmente com o aumento do Ca na dieta até 3,0 g de Ca / kg de dieta em ratos intactos ➔ A nefrectomia parcial diminuiu a absorção aparente de Ca em ratos alimentados com dietas contendo 30 e 4,5 g de Ca / kg de dieta ➔ Nos grupos NPX, a absorção de Ca em ratos alimentados com dieta contendo hidrolisado de gomade guar (GGH; 50 g / kg de dieta; 3,0 g de Ca / kg de dieta) foi significativamente maior do que em ratos alimentados com dieta isenta de fibras , e o aumento na absorção de Ca com a alimentação de GGH foi completamente abolido pela caecectomia. ➔ a ingestão de GGH( hidrolisado de goma guar) aumentou a absorção de Ca em ratos normais, mas não em ratos normais, caecectomizados. ➔ A absorção de Mg também aumentou com a alimentação de GGH e diminuiu com caecaectomyin NPX e ratos normais ❖ Conclusão: Concluímos que a ingestão da fibra alimentar solúvel, GGH, aumentou a absorção aparente de Ca em ratos NPX e não NPX, e o ceco foi responsável por esses aumentos na absorção de Ca. Tipos de leite e sua contribuição na ingestão diária de sódio e cálcio ➔ A biodisponibilidade e o teor de cálcio contido no leite fazem dele a melhor opção no atendimento a Ingestão Dietética Recomendada (IDR) desse nutriente. ➔ Como o leite contribui p/ ingestão de sódio deve haver em concomitância ações p/ diminuir o teor de sódio nele presente. ➔ Objetivo: Quantificar o cálcio e o sódio de leites em pó e ultrapasteurizados comercializados em supermercados da cidade do Rio de Janeiro e estimar a quantidade a ser consumida para atingir as necessidades diárias de cálcio e o impacto sobre a ingestão de sódio ➔ teores médios de cálcio e sódio do leite em pó (mg/26g) foram, respectivamente, 262,5 ± 5,1mg e 116,8 ± 3,1mg, e do leite ultrapasteurizado (mg/200mL) foram, respectivamente, 246,0 ± 10,3mg e 162,5 ± 16,3mg. ➔ Para atingir a IDR do cálcio, pelo consumo de leite, os adolescentes consumiriam 584mg de sódio pelo leite em pó (39% da IDR) e 812,5mg pelo ultrapasteurizado (54% da IDR). ➔ o consumo médio diário de cálcio, entre adolescentes, residentes em área urbana, foi deficiente, oscilando entre 529 a 581mg, dependendo da idade e do sexo ➔ obesidade, hipertensão arterial e osteoporose Acadêmico Bolsista 2020 ➔ Indivíduos com baixa ingestão de cálcio podem estar mais suscetíveis ao acúmulo de gordura corporal em seus adipócitos, provavelmente por um mecanismo que envolve a expressão de um gene presente nessas células denominado agouti, e a elevação dos níveis do Paratormônio (PTH) e da 1,25- diidroxivitamina D3, que promovem o influxo de cálcio nessas células e estimulam a lipogênese, diminuindo a lipólise ➔ excesso de peso/obesidade apresenta forte influência sobre a pressão arterial (PA) de adolescentes e o cálcio apresenta efeito redutor desses níveis pressóricos ➔ este nutriente participa da estabilidade das membranas da musculatura lisa, natriurese e na homeostase do sódio, depleção de fosfato e aumento na síntese de prostaciclinas ➔ Na adolescência, a ingestão de alimentos contendo cálcio é fundamental na prevenção primária da osteoporose ➔ autores consideram a adolescência como o período fundamental para a aquisição dessa massa, pois a mineralização está aumentada, com taxas de formação óssea superiores as de reabsorção, em ambos os sexos ➔ ingestão diária superior ao valor máximo tolerável (2.300 mg/dia), sendo de 3.158 mg e 2.930 mg para meninos e meninas de 10 a 13 anos, respectivamente ➔ O baixo consumo de cálcio por adolescentes associado ao elevado consumo de sódio promove o aumento da excreção renal de cálcio ➔ a cada 2g de sódio ingeridos, ocorra um aumento médio na excreção de cálcio urinário de cerca de 30 a 40mg ➔ Elevado consumo de sódio associado as DCNT ➔ necessidades diárias: 1300 mg de Ca = ingestão de 5 copos de leite por dia (1.000 mL por dia), ou seja, 5 porções de 200ml/dia. ➔ Necessidade diária de sódio: 1.500 mg o valor de ingestão dietética diária que parece reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis ➔ No que diz respeito às concentrações de sódio, o valor médio aferido para os leites ultrapasteurizados (162,5 ± 16,3mg) foi mais elevado do que para os leites em pó (116,8 ± 3,1mg) ➔ Verificou-se que estas eram superiores a 20% (limite máximo pela legislação) para os teores de cálcio dos leites F e H e para sódio dos leites A, C, D e F ➔ um agravamento na inadequação do consumo de nutrientes como cálcio e vitaminas A e E, associado ao elevado consumo de sódio, gordura saturada e açúcares entre os adolescentes, possivelmente relacionado ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados( fonte POF e ERICA) ➔ O leite fornece uma quantidade significativa de cálcio além de vitamina D, fósforo, proteína, zinco e magnésio que têm grande efeito na formação de uma estrutura óssea estável. Além disso, o leite contém o cálcio em uma forma altamente biodisponível e é de fácil ingestão. ➔ Os vegetais folhosos verde-escuros, a sardinha, o atum e algumas sementes podem ser opções para melhorar a ingestão de cálcio, porém, são de baixa aceitação por adolescentes ➔ Os queijos e requeijões contêm quantidades elevadas de sódio e gordura e são, em geral, muito caros. ➔ As bebidas lácteas aumentam a ingestão de açúcar colaborando para aumentar a obesidade, uma situação que, entre os adolescentes, já se configura como bastante grave Acadêmico Bolsista 2020 ➔ recomendação da ingestão de 500 ml de leite por dia, feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)- recomendação da ingestão de 500 ml de leite por dia, feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP),mesmo assim a ingestão de sódio pelos adolescentes ainda seria elevada. ❖ Tanto os adolescentes quanto a população de forma geral, deveriam optar pelo consumo do leite em pó, uma vez que estariam, neste caso, ingerindo, em comparação com o leite ultrapasteurizado, uma quantidade um pouco superior de cálcio (7%) e bem inferior de sódio (28%) ➔ A substituição do pão com manteiga pela tapioca ou alguns tubérculos poderia ser uma alternativa para a redução do sódio. Entretanto, o estudo ERICA28 demonstrou que o consumo de pães, entre os adolescentes, é elevado até mesmo nas regiões Norte e Nordeste (64,8% e 54,5%, respectivamente), onde culturamente o consumo de tubérculos, principalmente no café da manhã, é mais aceito. ➔ a redução dos aditivos a base de sódio nos leites ultrapasteurizados, como por exemplo fosfato monossódico ou dissódico e citrato de sódio. ➔ Outra possibilidade seria incentivar a indústria a realizar a fortificação do leite com cálcio. Essas ações permitiriam que, pelo consumo de menores porções de leite, a ingestão adequada de cálcio fosse alcançada sem elevar a ingestão de sódio, mas, esta opção, com certeza, implicaria em um custo mais elevado para o produto. ➔ Outra opção seria incentivar o consumo de leite em pó ➔ O Programa Saúde na Escola (PSE)37, criado pelo Decreto nº 6.286, de 05 de dezembro de 2007, com o objetivo de promover a orientação nutricional de alunos da rede pública de ensino, poderia ser usado como instrumento de conscientização da importância do consumo de tais alimentos e para a formação de hábitos alimentares saudáveis que contribuiriam como fatores de proteção contra DCNTs. ➔ ações educativas que contemplassem as orientações no novo Guia Alimentar da População Brasileira com redução do consumo de alimentos processados (conservas, carne seca, toucinho, pães, queijos, etc) e ultraprocesssados (biscoitos; sorvetes; embutidos; macarrão instântaneo; salgadinhos de pacote; refrigerantes; bebidas lácteas e etc ➔ Os rótulos dos alimentos industrializados devem obedecer à Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003, admite uma tolerância de até 20% com relação aos valores de nutrientes declarados na rotulagem ➔ Ao comparar os teores de sódio encontrados com os rótulos, foram observadas grandes diferenças, principalmente entre as marcas de leite em pó, onde todas as marcas analisadas estavam em desacordo com a legislação vigente ➔ A comparação dos teores encontrados para cálcio e sódio com a rotulagem revelou que algumas marcas de leite ultrapasteurizado e todas aquelas de leite em pó analisadas, apresentavam teores de sódio 20% acima do declarado pela rotulagem. Impacto da microbiota intestinal na imunidade intestinal mediada pelo metabolismo do triptofano
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