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Acadêmico Bolsista 2020
Carência de micronutrientes
1. Hipovitaminose A
2. anemia por deficiência de ferro
3. Distúrbios por deficiência de Iodo DDI
Deficiência de vitamina A pode levar a cegueira, msm nos casos de deficiência leve pode
haver comprometimento do sistema imunológico, reduzindo assim a resistência a diarréia,
sarampo, que contribui para a morte de muitas crianças.Xeroftalmia - ressecamento
patológico, com consequente esclerose da conjuntiva, atribuída à falta de vitamina
A.Podendo chegar a cegueira irreversível. Estudos comprovam que a suplementação de
vitamina A em crianças entre 6 meses e 5 anos pode reduzir a taxa de
mortalidade.impactando as taxas de mortalidade relacionadas ao sarampo e a diarréia.
Pode diminuir também as taxas de mortalidade materna, que é muito alta no Nepal,
influenciando no surgimento de cegueira noturna.a ingestão regular e adequada dessa
vitamina ou de beta-caroteno, por mulheres em fase reprodutiva, pode diminuir
marcadamente a mortalidade relacionada à gravidez, a anemia na gestação, quando
combinada ao tratamento para verminose, e o percentual de cegueira noturna.
Funções da vitamina A
❖ Bom funcionamento do processo visual, na integridade do tecido epitelial e no
sistema imunológico, entre outros
1. PROCESSO VISUAL: combinação entre vit A e a opsina no segmento exterior dos
bastonetes da retina. A opsina é uma proteína que produz a rodopsina pigmento
visual dos bastonetes, que participa do processo visual, em condições de
luminosidade reduzida.cegueira noturna, que é uma forma de disfunção da retina,
sendo grave o suficiente para ocasionar deficiência subjetiva da visão noturna.
2. DIFERENCIAÇÃO CELULAR: A vitamina A atua nas células produtoras de queratina
em vários tecidos epiteliais do organismo, e, na ausência desta, ocorre
ressecamento epitelial denominado de xerose, tipicamente encontrado na conjuntiva
e na córnea. Também se observa que essa vitamina tem ação semelhante a de um
hormônio na diferenciação celular de vários tecidos e órgãos.
3. RESPOSTA IMUNITÁRIA: A vitamina A atua nos processos de manutenção da
imunocompetência, principalmente em relação aos linfócitos, de respostas mediadas
pelas células T e de ativação de macrófagos.
4. Nesse sentido, o estado nutricional de vitamina A na infecção por HIV é muito
importante, e a suplementação poderá ser uma estratégia de intervenção nesses
casos.Também a suplementação de vitamina A em crianças infectadas com HIV
parece ser benéfica na redução da incidência e da gravidade da diarréia.
Acadêmico Bolsista 2020
5. Com relação aos carotenóides, observa-se que, em alguns tipos, a principal função
nos seres humanos é a formação da vitamina A. Os carotenóides também podem
atuar como antioxidantes, reduzindo radicais livres e, portanto, exercendo efeito
protetor em alguns sistemas orgânicos. Essas propriedades, entretanto, parecem
não estar relacionadas com a função de provitamina A.
AGENTES PRECURSORES DA VITAMINA A :
➢ carotenóides- beta-caroteno (em torno de 100%), seguido do alfa-caroteno
(50% – 54%) e do gama-caroteno (42% – 50%).
➢ provitamina A
➢ pigmentos naturais, roxos, alaranjados e amarelos encontrados em plantas e
animais.
Fontes de vit A
➔ leite materno
➔ folhas cor verde escura ( caruru)
➔ frutos amarelos alaranjados ( mamão, manga)
➔ raízes de cor alaranjada ( cenoura)
➔ óleos vegetais( azeite de dendê,buriti, pequi, pupunha)
OBS: O ovo mesmo tendo os pigmentos de luteína zeaxantina, tem
pouco betacaroteno.
❖ Biodisponibilidade:
A estrutura química de um carotenóide pode determinar sua atividade
de vitamina A. Também a forma na qual o carotenóide se encontra
nos alimentos é importante. Ele pode estar ligado a um complexo
pigmento-proteína ou a gotículas de gordura, cuja liberação é
facilitada. O tempo de cocção do alimento pode ajudar na liberação
do carotenóide, mas, caso seja prolongado, pode levar à sua
destruição oxidativa. A composição química dos alimentos também
pode influenciar, pois a gordura favorece a absorção, pela
formação das micelas. Ainda como fatores facilitadores, observa-se
a necessidade de bom estado nutricional em relação à proteína e ao
zinco e a presença de vitamina E, que atua como antioxidante,
protegendo a vitamina A da oxidação. Por outro lado, as fibras, a
clorofila e os carotenóides, que não têm ação de provitamina A,
atuam reduzindo a biodisponibilidade do carotenóide com atividade
de vitamina A. A má absorção de gordura e os parasitas intestinais,
como Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia.
OBS: Os derivados do leite, como queijo e manteiga, além dos
ovos, são considerados fontes moderadas de vitamina A.
Acadêmico Bolsista 2020
❖ A melhor fonte de vitamina A na natureza é o fígado de
alguns peixes, como o linguado, o bacalhau e o arenque.
Diagnóstico da deficiência de vitamina A
1. indicadores clinicos: xeroftalmia( olho seco), A
xerose está delimitada principalmente por
alterações nas estruturas epiteliais oculares,
como a conjuntiva e a córnea.
● cegueira noturna
● xerose
● mancha de bitot
● xerose da córnea
● ulceração da córnea/ ceratomalácia
● cicatriz na córnea
● fundo xeroftalmico
2. Indicadores BIOQUÍMICOS
● Retinol sérico: a vitamina A circula no
sangue como retinol, ligada a uma
proteína carreadora conhecida pela sigla
RBP (retinol-binding protein). O nível de
retinol sérico está sob controle
homeostático e reflete as reservas
corporais somente quando estas são
muito baixas ou muito altas.
● Concentração de vitamina A no leite
materno: 1.75 – 2.45 µmol/L, enquanto
em populações deficientes os valores
médios são abaixo de 1.4 µmol/L. Foi
selecionado o ponto de corte de ≤1.05
µmol/L de vitamina A ou ≤ 8 µg/g de
gordura do leite.
Prevenção e controle da hipovitaminose A
As três principais linhas de ação em relação aos programas de nutrição e saúde pública são
a suplementação de megadoses de vitamina A, a fortificação de alimentos( como o açúcar,
o trigo, a farinha de milho e o arroz) e o estímulo à produção e ao consumo de alimentos
fontes de vitamina A.A modificação e a diversificação dietética por meio de estratégias de
educação alimentar e nutricional, visando à promoção de hábitos alimentares mais
saudáveis.
A conduta de administração da megadose de vitamina A é: – para crianças de 6 meses a
11 meses de idade – 1 megadose de vitamina A na concentração de 100.000 UI; – para
Acadêmico Bolsista 2020
crianças de 12 a 59 meses de idade – 1 megadose de vitamina A na concentração de
200.000 UI a cada 6 meses; – para puérperas – 1 megadose de vitamina A na concentração
de 200.000 UI, no pós-parto imediato, ainda na maternidade, antes da alta hospitalar.
Brasil: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A
o Ministério da Saúde distribui cápsulas de 100.000 UI de vitamina A para crianças de 6 a
11 meses de idade e de 200.000 UI para crianças de 12 a 59 meses de idade nos Estados
da Região Nordeste e no Estado de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri).
O programa foi ampliado para atendimento às puérperas, por meio de suplementação com
cápsulas de 200.000 UI na maternidade, no pós-parto imediato, uma vez que no Nordeste
do Brasil mais de 95% dos partos são realizados em hospitais gerais ou especializados.
Esta é uma estratégia para garantir a adequação das reservas corporais maternas. Desta
forma, o aporte de vitamina A, por meio do leite materno, garantirá suprimento suficiente da
vitamina entre as crianças menores de 6 meses de idade que estão sendo amamentadas.
OBS: vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E, na
dosagem de 100.000 UI e 200.000 UI.
Anemia por deficiência de ferro
A concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em
conseqüência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a
origem dessa carência.ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela
inadequada utilização orgânica
No Brasil têm sido verificadas elevadas prevalências dessa deficiência, principalmente entre
as crianças de 6 a 24 meses, que constituema faixa de maior risco.
O leite materno possui pequena quantidade de ferro, mas, entretanto, alta biodisponibilidade
para este mineral, com uma utilização elevada quando da ausência de outros fatores
dietéticos. Após o esgotamento da reserva, o organismo dependerá do ferro exógeno
(dietético) para evitar o aparecimento da anemia.
❖ Sabe-se que o ferro está presente naturalmente nos alimentos na forma ferrosa (Fe
2+) ou férrica (Fe 3+). A forma ferrosa é mais biodisponível que a férrica. Esta pode
ser reduzida para ferrosa na presença de ácido clorídrico e de agentes redutores,
como o ácido ascórbico, melhorando a sua absorção.
❖ o ferro heme é encontrado nos produtos de origem animal (carnes em
geral),derivado principalmente da hemoglobina e da mioglobina das carnes, das
aves e dos peixes e, é melhor absorvido que o ferro não-heme.
❖ o ferro não-heme, presente nos produtos vegetais como cereais, tubérculos e
leguminosas.Sua absorção depende, em grande parte, das reservas corporais e da
solubilidade na parte proximal do intestino delgado, que, por sua vez, depende da
influência que a composição da refeição, em seu conjunto, exerce sobre a
solubilidade deste mineral. O ferro não-heme precisa de uma proteína
Acadêmico Bolsista 2020
transportadora (transferrina) para sua absorção, estando sujeito a fatores químicos
ou alimentares que podem influenciar nesse processo.
❖ Composição da dieta:Fatores estimuladores: ácido ascórbico, presente basicamente
nas frutas, destaca-se por ser um potente facilitador da absorção do
ferro,propriedade redutora e quelante, podendo melhorar a absorção do ferro em
refeições com baixa biodisponibilidade que contenham potentes inibidores, como os
fitatos e os polifenóis.Outros ácidos orgânicos também com carências de
micronutrientes contribuem para o aumento na absorção do ferro, como os ácidos
cítrico, málico, e tartárico, encontrados nos vegetais, nas frutas e em temperos.o
efeito facilitador das carnes na absorção do ferro, sendo este mais marcante
naqueles alimentos que possuem fatores inibidores.
❖ Fatores inibidores:A adição ou a presença de alguns minerais na dieta pode
prejudicar a absorção do ferro, como, por exemplo, zinco, cobre, cobalto, níquel,
cádmio e manganês. Isso sugere que podem existir vias comuns de absorção,
levando a um mecanismo de competição entre esses minerais. Observa-se com
relação especificamente ao cálcio que este mineral interfere na absorção do ferro
não-heme.
o mais importante inibidor de absorção do ferro em cereais e vegetais é o fitato ou
ácido fítico. As maiores fontes desse elemento são cereais integrais, fibras e feijões.
As fibras também podem diminuir a absorção graças ao aumento do trânsito
intestinal. Outro fator inibidor da absorção do ferro é o ácido oxálico, encontrado no
espinafre, na beterraba e em algumas leguminosas.os flavonóides, os ácidos
fenólicos, os polifenóis e os taninos. Esses compostos são encontrados
principalmente nos chás preto e mate, no café, em alguns refrigerantes, no
chocolate, no vinho tinto e, em menor proporção, em alguns vegetais e leguminosas.
OBS: Há evidências de que um indivíduo anêmico pode absorver duas a três vezes
mais ferro do que um indivíduo normal.As etapas da vida em que há maior taxa de
crescimento, o que ocorre na infância e na gravidez. Nesses períodos, há aumento
na biodisponibilidade do ferro, principalmente do não-heme, favorecendo assim sua
maior absorção para suprir com maior facilidade os requerimentos do
organismo.Situações de baixa acidez gástrica: levam a redução da absorção, uma
vez que o ácido clorídrico é um potente agente solubilizante do ferro
não-heme.Resultante do consumo exagerado de antiácidos, após cirurgias ou em
situação de idade avançada.
Diagnóstico do estado nutricional de ferro
Depleção nos depósitos de ferro, o que pode ser medido pela diminuição da ferritina sérica,
normalmente para valores inferiores a 12 µg/L.Atenção para doenças hepáticas e câncer
que pode levar a elevação de ferritina mesmo na presença de deficiência deste mineral.
Acadêmico Bolsista 2020
ocorre diminuição nos níveis de saturação da transferrina, e a maior parte do ferro presente
no soro encontra-se unida a ela. Neste estágio, como o ferro sérico se encontra reduzido, a
capacidade total de ligação da transferrina apresenta-se aumentada, e a saturação da
transferrina, diminuída. A anemia propriamente dita só ocorre quando a produção da
hemoglobina diminui o suficiente para levar a redução da sua concentração abaixo dos
valores normais para pessoas de mesma idade e sexo.anemia hipocrômica e
microcítica.Outro indicador que pode ser usado para diagnóstico nesta fase é o volume
corpuscular(VCM), que é a medida do volume ocupado pelas células vermelhas em relação
ao volume total do sangue centrifugado.
Pontos de corte para a Anemia:
Crianças de 6 meses a 6 anos 11
Crianças de 6 anos a 14 anos 12
Mulheres adultas 12
Homens adultos 13
Mulheres grávidas 11
➢ suplementação de grupos de risco, a fortificação de alimentos e a ações educativas
que visem a diversificação alimentar
➢ Além da fortificação das farinhas de trigo e de milho e das ações educativas, o
Ministério da Saúde desenvolve o Programa Nacional de Suplementação de Ferro.
Esse Programa destina-se à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a
18 meses com ferro; gestantes a partir da 20ª semana gestacional com ferro e ácido
fólico e mulheres até o terceiro mês pós-parto e pós-aborto com ferro
➢ a dose semanal de ferro a ser administrada em crianças deve ser correspondente ao
dobro da recomendação da Recommended Daily Allowances (RDA).
➢ gestantes e às mulheres até o terceiro mês pós-parto, a Organização Mundial da
Saúde preconiza a suplementação de apenas uma dose diária de 60 mg, já que os
problemas decorrentes da intolerância do suplemento de ferro têm sido mais
freqüentemente observados quando a gestante faz uso de mais de um comprimido
de 60 mg de ferro por dia
➢ Entre os diversos tipos de sais de ferro, o sulfato ferroso (Fe SO4 ) é um dos mais
utilizados e de menor custo, sendo absorvido rapidamente em situações ideais de
administração.
Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI)
A deficiência de iodo é a causa mais comum e prevenível de retardo mental e danos
cerebrais no mundo. Essa deficiência também é responsável pela redução do
crescimento e do desenvolvimento infantil, trazendo sérias conseqüências às
crianças, tais como: baixa estatura, apatia, atraso no desenvolvimento cerebral,
prejuízos à capacidade motora, à fala e à audição, entre outros.
Acadêmico Bolsista 2020
➢ necessário para o adequado funcionamento da glândula tireóide, uma vez que é
parte constituinte dos hormônios tireóideos.
Fontes de iodo
1. As fontes de origem animal do iodo são usualmente os produtos do mar, uma
vez que os oceanos contêm quantidades consideráveis desse elemento
químico. O conteúdo de iodo nos peixes refletirá, portanto, seu conteúdo na
água. Pode-se citar como fontes de iodo de origem animal: sardinhas, atum,
ostras e moluscos.
2. Outras fontes são o leite e demais produtos lácteos e ovos provenientes de
regiões onde os animais são alimentados com rações enriquecidas com iodo,
ou, no caso do leite, pastaram em áreas com adequada quantidade de iodo.o
iodo disponível nos alimentos dependerá da procedência destes últimos e,
conseqüentemente, do iodo disponível no solo ou na água
3. o consumo diário do sal iodado, com concentrações segundo a legislação
brasileira de 20 a 60 partes por milhão (ppm), em alimentação normossódica
(< 5g/dia de sal)46,47,48,49,50, conterá de 100 a 300 µg de iodo, suprindo,
portanto, as recomendações relativas aos indivíduos, conforme pode ser
visto no quadro que segue:
Lactentes 1 a 12 meses 50 µg
Crianças 2 a 6 anos 90 µg
Crianças 7 a 12 anos 120 µg
Crianças a partir de 12 anos, - 150 µg
adolescentes e adultos Gestantes e lactantes - 200 µg
OBS: O estímulo ao consumo do sal iodado é necessário como
estratégia de prevenção e controle dos DDI, não devendo ser encarado
como potencialfator de risco para elevação no consumo de sódio, uma
vez que dieta normossódica permite atender às recomendações de iodo
para a população.
Grupos de risco:
1. gestantes: abortos; natimortos; anomalias congênitas; aumento da mortalidade
perinatal; bócio neonatal; hipotireoidismo congênito transitório e alterações
psicomotoras. O cretinismo é o resultado mais grave da deficiência no período fetal,
levando a danos cerebrais irreversíveis na criança. Deve-se atentar para o fato de
que, após o nascimento, o cérebro continuará crescendo e se desenvolvendo, e o
adequado suprimento de iodo e, conseqüentemente, a produção satisfatória dos
hormônios tireóideos é essencial para a continuidade do desenvolvimento cerebral.
2. Crianças: aumento na mortalidade infantil, além das situações de hipotireoidismo,
bócio, retardo do desenvolvimento e do crescimento físico.Comprometimento do
desenvolvimento psicomotor.
Acadêmico Bolsista 2020
3. Adultos: bócio e suas complicações, como a compressão da traquéia, problemas na
respiração e na deglutição, além de dor local. Alguns sintomas de hipotireoidismo,
como lentidão de movimentos, fadiga, letargia, cansaço excessivo e capacidade
mental diminuída podem ser encontrados.Nas mulheres, podem ocorrer ciclos
menstruais irregulares e anovulatórios, com redução da fertilidade
Consequências da DDI
➔ comprometimento da tireóide e conseqüentemente da produção dos
hormônios tireóideos
➔ Para a adequada síntese dos hormônios tireóideos, há necessidade de
aporte diário de iodo na alimentação. Nenhuma outra glândula endócrina é
tão dependente de um micronutriente quanto a tireóide.48 A tireóide é
responsável pela secreção de 75 µg de iodo orgânico por dia, basicamente
na forma de tiroxina (T4) e pequena quantidade de triiodotironina (T3). A
síntese e a secreção dos hormônios tireóideos são reguladas por fatores
extratiróideos ou intratiróideos e, entre os extratiróideos, o hormônio
tirotrofina (TSH) exerce importante papel.adequado desenvolvimento e
funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, além da manutenção da
temperatura corporal
➔ Bócio: Isso acontece nas pessoas com deficiência de iodo, porque elas não
estão conseguindo produzir os hormônios tireóideos em quantidade
suficiente. Os baixos níveis desses hormônios no sangue levam a aumento
na secreção da tirotrofina (TSH), numa tentativa de fazer que a tireóide
produza mais dos seus hormônios. Apesar desse aumento da estimulação do
TSH ser uma adaptação normal, leva em contrapartida ao bócio, que é o
crescimento da tireóide.O bócio pode levar a comprometimentos na
respiração, com compressão da traquéia, asfixia, dor local, problemas na
deglutição, além da invasão do mediastino, o que é chamado de bócio
mergulhante.Diagnóstico por palpação e ultrassonografia.
➔ Cretinismo: deficiência na síntese dos hormônios tireóideos durante o
período fetal, traduzindo-se em sério comprometimento do sistema nervoso
central e retardo mental irreversível. O cretinismo endêmico está associado
ao bócio endêmico e à deficiência grave de iodo, sendo caracterizado pela
deficiência mental e por duas formas ou dois tipos distintos de manifestações
clínicas.
1. Cretinismo neurológico predominância das manifestações
decorrentes dos distúrbios neurológicos, como alterações auditivas,
da linguagem, neuromotoras e estrabismo, comprometimento da
marcha e da postura; nos casos mais graves, caminhar ou o
manter-se de pé é impossível.
Acadêmico Bolsista 2020
2. Cretinismo hipotiróideo ocorrem os sinais clássicos do
hipotireoidismo, associados a graus leves de retardo mental; os
indivíduos afetados são capazes de desenvolver tarefas manuais
simples. Os sinais incluem edema generalizado, pele seca, voz rouca,
cabelos escassos, lentidão, reflexos diminuídos, retardo no
desenvolvimento sexual, na maturação das proporções do corpo e
baixa estatura. Esse quadro clínico é confirmado por níveis
extremamente baixos de T3 e T4 e altos níveis de TSH. Graus mais
leves de hipotireoidismo possuem poucos sinais clínicos e de
anormalidades bioquímicas
Diagnóstico:
Indicadores clinicos:
1. Palpação da tireóide
2. Ultrassonografia
Indicadores bioquímicos:
1. Dosagem de iodo urinário: marcador da ingestão dietética prévia de iodo
2. Dosagem de tirotrofina (TSH): Em situações nas quais existe redução de iodo, com
baixa concentração de hormônios tireóideos, ocorre estimulação da produção do
TSH, como uma tentativa de aumentar a produção dos hormônios na tireóide
Prevenção e tratamento dos Distúrbios por Deficiência de Iodo
o fato do iodo não poder ser estocado no organismo por longos períodos faz com
que pequenas quantidades sejam necessárias diariamente.
❖ iodação do sal
Mesmo considerando que o iodato de potássio – produto usado na iodação
do sal – seja estável na sua forma pura, a sua permanência no sal de
cozinha dependerá de condições tais como umidade do ambiente, forma de
acondicionamento e ao tempo de armazenamento.É de dois anos o prazo
máximo de armazenamento do sal nos pontos de venda, se armazenado em
condições ambientais adequadas.Caso o prazo de validade do sal esteja
vencido, pode ocorrer prejuízo na qualidade do iodo;o armazenamento do
saco de sal iodado deve ser feito em local fresco e ventilado, evitando-se
colocá-lo próximo a locais quentes, como o fogão a gás ou a lenha.após a
abertura da embalagem do sal iodado, procurar manter o sal nesse invólucro
original, dentro de um pote ou vidro, de preferência, com tampa; f) procurar
manter o sal distante de locais úmidos e molhados, evitando-se colocar
colheres molhadas em contato com o produto; g) em situações nas quais é
utilizado o tempero completo para o preparo dos alimentos, deve-se procurar
intercalar este tempero com o sal iodado, pois não há garantia de que sal
iodado tenha sido usado na produção do tempero.
Acadêmico Bolsista 2020
OBS: A média de consumo de sal pela população brasileira, no ano 2000, foi
de 16 g/dia, e o recomendado em uma dieta normossódica é <5
g/dia46,47,48,49,50. Este valor (5 g/dia = uma colher rasa de chá) é
suficiente para alcançar a recomendação diária de iodo, bem como protege
contra o risco de desenvolver hipertensão arterial.
Lei nº 8.080, de 19/09/1990: Sistema Único de Saúde
(SUS)
Art.5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da
saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico
e social, a observância do disposto no § 1º do Art.2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Art.6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde
(SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo
humano;
Capítulo II Dos Princípios e Diretrizes
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e
moral;
Acadêmico Bolsista 2020
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer
espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua
utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação
de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa,com direção única em cada esfera de
governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento
básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços
de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para
fins idênticos.
Capítulo III Da Organização, da Direção e da Gestão
A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única.
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde
ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente
Art.12 -Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao
Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e
por entidades representativas da sociedade civil.
Art.13 -A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: I - alimentação e
nutrição; II - saneamento e meio ambiente; III - vigilância sanitária e
farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - ciência e tecnologia; e VI - saúde
do trabalhador.
As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite(CIT E CIB) são reconhecidas como
foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais
do Sistema Único de Saúde (SUS)
OBS: BIPARTITE:gestores estaduais e municipais, vinculada ao Ministério da Saúde
Acadêmico Bolsista 2020
TRIPARTITE:gestores federais, estaduais e municipais,vinculada à Secretaria Estadual
de Saúde
Capítulo II DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Seção I Das Regiões de Saúde
Art.5º - Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços
de:
I - atenção primária;
II - urgência e emergência;
III - atenção psicossocial;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar;
V - vigilância em saúde.
Seção II Da Hierarquização
Art.9º - São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção
à Saúde os serviços:
I - de atenção primária;
II - de atenção de urgência e emergência;
III - de atenção psicossocial; e
IV - especiais de acesso aberto.
Capítulo IV DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Seção I Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES
A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as
ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da
assistência à saúde
Seção II Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME
Art.25 -A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a
seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou
de agravos no âmbito do SUS
Lei nº 8.142, de 28/12/1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
I - a Conferência de Saúde: reunir-se-á a cada quatro anos, representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder
Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
II - o Conselho de Saúde: caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto
por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de
saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros,
cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada
Acadêmico Bolsista 2020
esfera do governo.A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e
Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na
assistência à saúde
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) foi regulamentado como
atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 080-P, de 16 de
outubro de 1990, do Ministério da Saúde e da Lei nº 8080/ 1990, capítulo I, artigo 6º,
inciso IV – Lei Orgânica da Saúde. Antes desse momento, existiam inúmeras
experiências locais em diversas partes do País, sem uma articulação estadual e
nacional.baseado na terceira diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, que
se refere à avaliação e ao monitoramento da situação alimentar e nutricional da
população brasileira.Objetivo: detecção precoce de situações de risco nutricional e à
prescrição de ações que possibilitem prevenir agravos à saúde e reverter ao quadro de
normalidade quando possível.
➢ A padronização dos indicadores de diagnóstico do estado nutricional em
diferentes fases da vida, bem como as rotinas de monitoramento nutricional com
base em critérios epidemiológicos.
➢ sistematizar, por meio de protocolos, a avaliação do estado nutricional do público
que busca atendimento na rede básica de saúde.
OBS: TAL MATERIAL DESTINA-SE APENAS AOS PROFISSIONAIS DA
ATENÇÃO BÁSICA E MÉDIA COMPLEXIDADE, EXCETO OS PROFISSIONAIS
DE MÉDIA OU ALTA COMPLEXIDADE HOSPITALAR.
❖ Os protocolos do SISVAN fundamentam-se na nova lógica da
Programação Pactuada e Integrada (PPI) da Assistência à Saúde
(BRASIL 2006a).
❖ Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1999: Lei orgânica do SUS.
❖ Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006: Lei Orgânica de Segurança
alimentar e Nutricional (LOSAN): cria o Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito
humano à alimentação adequada. Destaca-se que o SISAN tem como
base, entre outras diretrizes, o monitoramento da situação alimentar e
nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área
nas diferentes esferas de governo.
❖ Portarias:
❖ • Portaria nº1.156, de 31 de agosto de 1990: Institui o Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN e seus objetivos:
❖ • Portaria nº080-P, de 16 de outubro de 1990: Constitui o Comitê
Assessor do SISVAN para oferecer apoio técnico-operacional à
implementação do SISVAN.
❖ Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999: Aprova a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN).
Acadêmico Bolsista 2020
❖ • Portaria nº 2.246, de 18 de outubro de 2004: Institui e divulga as
orientações básicas para a implementação das ações de vigilância
alimentar e nutricional no âmbito das ações básicas de saúde no SUS,
em todo o território nacional
❖ Portaria Interministerial nº 2.509, de 18 de novembro de 2004: Trata-se
de portaria estabelecida entre o Ministério da Saúde e do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Dispõe sobre as atribuições
e normas para a oferta e o monitoramento das ações de saúde relativas
às condicionalidades das famílias beneficiárias do Programa Bolsa
Família.
❖ • Portaria nº 2.608/ GM, de 28 de dezembro de 2005: Define recursos
financeiros da vigilância em saúde para incentivar a estruturação de
ações de vigilância e prevenção de doenças e de agravos
não-transmissíveis por parte das Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde das capitais brasileiras.
❖ Portaria nº 399/ GM, de 22 de fevereiro de 2006: Contempla o Pacto
firmado entre os gestores do SUS, em suas três dimensões: pela Vida,
em Defesa do SUS e de Gestão. O Pacto pela Vida é o compromisso
entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam
impacto sobre a situação de saúde da população brasileira.
❖ Portaria nº 648/ GM, de 28 de março de 2006: Aprova a Política Nacional
de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para
a organização da Atenção Básica para o Programa de Saúde da Família(PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
❖ Portaria nº 687 MS/GM, de 30 de março de 2006: Aprova a Política
Nacional de Promoção da Saúde, com o objetivo de promover a
qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde
relacionados aos seus determinantes e condicionantes
❖ Portaria Interministerial nº 1.010, de 08 de maio de 2006: Trata-se de
portaria estabelecida entre o Ministério da Saúde e da Educação, que
institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas
escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes
públicas e privadas, em âmbito nacional.
❖ Portaria nº 1.097, de 22 de maio de 2006: A Programação Pactuada e
Integrada da Assistência em Saúde é um processo instituído no âmbito
do SUS onde são definidas as ações de saúde para a população
residente em cada território e efetuados os pactos intergestores para a
garantia de acesso da população aos serviços de saúde.
❖ Portaria nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008: Estabelece prioridades,
objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de
monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações,
prazos e diretrizes para a sua pactuação.
❖ decreto:
Acadêmico Bolsista 2020
❖ Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007: Institui o Programa Saúde
na Escola, cujas ações de saúde devem ser desenvolvidas com a rede
de educação pública básica, em conformidade com os princípios e
diretrizes do SUS, compreendendo, entre outras ações, a avaliação
nutricional dos escolares.
ABRANGÊNCIA DOS PROTOCOLOS DO SISVAN
protocolos de atendimento que se destinam a todas as fases da vida,
abrangendo crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, de
forma a atender aos princípios do SUS de universalidade, integralidade e
eqüidade na atenção à saúde.
● vulnerabilidade etária: abrange crianças menores de dois anos,
gestantes adolescentes e idosos com mais de 80 anos;
● vulnerabilidade por morbidade: abrange casos de indivíduos com
diagnóstico de doenças crônicas não-transmissíveis, com
especial atenção para portadores de hipertensão arterial,
diabetes mellitus e obesidade;
● vulnerabilidade social: corresponde aos beneficiários de
programas sociais, de doação de alimentos ou de transferência
de renda, como o Programa Bolsa Família, povos e comunidades
tradicionais, moradores sem teto, pessoas em situação de rua,
acampados e assalariados rurais e moradores de áreas
favelizadas.
PROTOCOLOS DO SISVAN POR FASE DA VIDA
● crianças menores de 10 anos
● Para a classificação do estado nutricional de crianças
menores de 5 anos, são adotadas como referência as
curvas de crescimento infantil propostas pela
Organização Mundial da Saúde em 2006 (WHO 2006),
e para as crianças de 5 a 10 anos incompletos a
referência da Organização Mundial da Saúde lançada
em 2007 (WHO 2007), que corresponde a uma
reanálise dos dados do National Center for Health
Statistics - NCHS
● Para a classificação do estado nutricional, são
adotados os seguintes critérios, segundo os índices
antropométricos:
Acadêmico Bolsista 2020
Fonte: Adaptado de Organización Mundial de la Salud. Curso de
Capacitación sobre la evaluación del crecimiento del niño. Versión
1 – Noviembre 2006. Ginebra, OMS, 2006
1. Uma criança com a classificação de peso elevado para a idade pode ter problemas de
crescimento, mas este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do
excesso de peso entre crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices de
peso-para-estatura ou IMC-para-idade.
2. Uma criança classificada com estatura para idade acima do percentil 99,9 (Escore-z +3) é muito
alta, mas raramente corresponde a um problema. Contudo, alguns casos correspondem a desordens
endócrinas e tumores. Em caso de suspeitas dessas situações, a criança deve ser referenciada para
um atendimento especializado.
• Tipos de aleitamento materno e práticas alimentares:
● desnutrição
● deficiências de micronutrientes
1. Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite materno, diretamente
da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou
xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos.
2. Aleitamento materno predominante: o lactente recebe, além do leite materno, água
ou bebidas à base de água, como sucos de frutas e chás.
3. Alimentação complementar: a criança recebe o leite materno, mas também recebe
alimentos sólidos e semi-sólidos, incluindo o leite não-humano.
4. Não recebe leite materno: a criança já mantém uma alimentação com alimentos
sólidos e semi-sólidos, sem o aleitamento materno.
Anemia ferropriva e falciforme:
A anemia pode ser definida como um estado em que a concentração de
hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, em conseqüência da carência de
um ou mais nutrientes, como folatos,proteínas, vitamina B12, cobre, e principalmente
ferro. A anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, é atualmente um dos
mais graves problemas nutricionais no mundo. Frequentemente, esta anemia é
Acadêmico Bolsista 2020
determinada pela ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada
utilização orgânica.
obs: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a criança de 6 a 59
meses de idade é considerada anêmica quando apresenta hemoglobina sérica
inferior a 11,0 g/dl; para crianças com idade entre 5-11 anos, o ponto de corte é
de 11,5 g/dl (WHO 2001).
Já a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por uma
mutação do gene que produz a hemoglobina. Em vez da hemoglobina A, é produzida
a hemoglobina S, que tem formato arredondado e assume uma forma de meia-lua ou
foice, daí o nome “falciforme”. Nesse formato, as hemácias não exercem a função de
oxigenação do corpo de forma satisfatória. A anemia falciforme causa diversas
complicações em órgãos e sistemas: além da anemia crônica, há episódios de dores
ósteo-articulares, dores abdominais, infecções, enfartes, entre outros agravos.
OBS:A anemia falciforme pode ser detectada no recém-nascido por meio do
“Teste de Pezinho”, realizado na primeira semana de vida nas unidades
básicas de saúde. O exame de detecção da doença falciforme foi incluído na
fase II do Programa Nacional de Triagem Neonatal, instituído pela Portaria nº
822/ GM, de 6 de junho de 2001. A partir dos 4 meses de idade, a identificação
da anemia falciforme é realizada por meio da eletroforese da hemoglobina.
Deficiência de vitamina A
A vitamina A é um micronutriente essencial à manutenção das funções fisiológicas
normais do organismo. Ressaltam-se as funções ligadas ao sistema visual,
diferenciação celular, crescimento, reprodução e sistema imune.
OBS: segundo a OMS, a prevalência de níveis séricos de retinol ≤ 0,70 µmo/L
em 2% a < 10% da população infantil de 6 a 71 meses de idade indica problema
de saúde pública leve, de 10% a < 20%,problema moderado e ≥ 20%, grave
(WHO, 1996). O ponto de corte < 1,05 µmo/L tem sido adotado mais
recentemente para a identificação da carência subclínica no grupo
materno-infantil (FAO/WHO, 1998).
Pressão arterial: Os valores limites de pressão arterial normal para crianças são
avaliados por tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de
altura em que o indivíduo se encontra (BRASIL 2006b).
Glicemia: Entre os principais testes laboratoriais utilizados para a triagem do
diabetes, destacam-se a glicemia de jejum e o teste oral de tolerância à glicose
(TTG-75g) (BRASIL 2006c). A glicemia de jejum identifica o nível de glicose no
sangue após a realização de um jejum de 8 a 12 horas. O TTC-75g apresenta o nível
de glicose no sangue após uma carga de 75g de glicose que é administrada ao
indivíduo em jejum. Os critérios dessa avaliação para crianças são os mesmos
adotados para adultos:
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Instrumentos para a operacionalização do SISVAN:
• Equipamentos antropométricos: balança pediátrica e de plataforma; infantômetro
(estadiômetro infantil ou horizontal) e estadiômetro vertical;
• Calculadora, planilha ou disco para a identificaçãodo Índice de Massa Corporal
(IMC);
• Declaração de nascido vivo e/ou Caderneta de Saúde da Criança do Ministério da
Saúde;
• Gráficos ou tabelas de crescimento infantil;
• Mapa de acompanhamento do SISVAN para a criança;
• Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN.
ALERTAA
❖ peso elevado para idade, com curva de crescimento ascendente;
❖ curvas de crescimento horizontal ou descendente entre crianças eutróficas;
❖ muito baixo peso; déficit de altura.
❖ Para menores de 2 anos, o déficit de altura pode ser recuperado na maioria
dos casos com uma intervenção adequada e imediata.
OBS: o calendário mínimo de consultas para a assistência à criança,
determinado pelo Ministério da Saúde. Isto é, deve ser realizado o registro
aos 15 dias de vida, 1 mês, 2, 4, 6, 9, 12, 18 e 24 meses. A partir dos 3
anos, recomenda-se a realização de, no mínimo, um registro
(acompanhamento nutricional e dos marcadores do consumo alimentar) por
ano até que a criança complete 10 anos.
★ Monitorar crescimento, aleitamento materno, alimentação e
investigar anemia
ADOLESCENTES
Público: Compreende todos os indivíduos com idade entre 10 e 20
anos incompletos.
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1. Maturação sexual:avaliação do desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários, permite identificar em que
fase de seu desenvolvimento puberal o mesmo se encontra.
O estagiamento desta maturação foi sistematizado por
Tanner (1989).
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2. Anemia ferropriva e falciforme:além de ser uma fase de
crescimento intenso, entre as meninas há o início da perda
de ferro nos ciclos menstruais e com as possíveis
gestações. Logo, a distribuição normal de hemoglobina no
sangue nesta fase da vida varia em função da idade, do
sexo e da prática de tabagismo do adolescente.Quanto à
anemia falciforme, sua detecção é realizada entre
adolescentes por meio da eletroforese da hemoglobina
(consulte o protocolo de crianças para maiores informações
sobre a anemia falciforme).
3. Lipidograma:As dislipidemias, que correspondem a
alterações nos teores de lipídios ou gorduras no sangue, têm
se manifestado de forma cada vez mais precoce entre os
Acadêmico Bolsista 2020
adolescentes. Estas alterações, frequentemente associadas
a uma alimentação desequilibrada.
4. Pressão arterial:Os valores limites de pressão arterial normal
para adolescentes são avaliados por tabelas especiais que
levam em consideração a idade e o percentil de altura em
que o indivíduo se encontra (BRASIL 2006b).
5. Glicemia:O mesmo do adulto.
Instrumentos para a operacionalização do SISVAN:
• Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e
estadiômetro vertical;
• Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC;
• Caderneta de Saúde do Adolescente do Ministério da
Saúde;
• Tabelas de valores de IMC para classificação do estado
nutricional do adolescente, segundo sexo;
• Planilhas de Tanner para identificação do desenvolvimento
puberal;
• Mapa de acompanhamento do SISVAN para o
adolescente;
• Formulário de marcadores do consumo alimentar do
SISVAN.
Análise dos dados encontrados
➔ Orientações para cada situação de diagnóstico
antropométrico
➔ Orientações a partir dos achados clínicos
➔ Orientações sobre alimentação
ADULTOS
● Compreende todos os indivíduos com idade entre 20
e 60 anos incompletos
● Classificação do estado nutricional:
Acadêmico Bolsista 2020
➢ Circunferência da cintura
➢ Lipidograma
➢ Pressão arterial
➢ Glicemia
➢ Instrumentos para a
operacionalização do
SISVAN:
Acadêmico Bolsista 2020
• Equipamentos
antropométricos: balança
de plataforma,
estadiômetro vertical e fita
métrica;
• Calculadora ou disco de
antropometria para a
identificação do IMC;
• Mapa de
acompanhamento do
SISVAN para o adulto;
• Formulário de
marcadores do consumo
alimentar do SISVAN.
OBS: Periodicidade de registro no SISVAN Web para adultos:
Recomenda-se a realização de, no mínimo, um registro por ano do acompanhamento nutricional e
dos marcadores do consumo alimentar do adulto no SISVAN Web até que este complete 60 anos.
IDOSOS
● Compreende todos os indivíduos com idade igual ou maior do que 60 anos.
● Classificação do estado nutricional
● Lipidograma:
● Pressão arterial
● Glicemia
● Perda de peso:Um importante componente de risco para a fragilidade da pessoa idosa
é a perda expressiva de peso em um curto período de tempo. Uma perda de peso
não-intencional de, no mínimo, 4,5kg ou de 5% do peso corporal no último ano são
indicativos que exigem medidas para estabilizar e/ou recuperar seu peso corporal, por
Acadêmico Bolsista 2020
meio da promoção de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos sob
orientação.
Instrumentos para a operacionalização do SISVAN:
● Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e estadiômetro vertical;
● Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC;
● Mapa de acompanhamento do SISVAN para o idoso;
● Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN;
● Caderneta de saúde do idoso.
● Dificuldade de mastigação por lesão oral, uso de prótese dentária ou problemas
digestivos.
GESTANTES
➢ Classificação do estado nutricional: Para a classificação do estado nutricional,
recomenda-se a utilização do gráfico de acompanhamento nutricional da
gestante, sendo identificadas quatro classificações possíveis: baixo peso,
peso adequado, sobrepeso e obesidade. Para tanto, é necessário avaliar o
Índice de Massa Corporal (IMC) da gestante e a idade gestacional.
➢ avaliação do ganho de peso gestacional
➢ Anemia ferropriva e falciforme
➢ Lipidograma
➢ Pressão arterial
➢ Glicemia
➢ Instrumentos para a operacionalização do SISVAN:
• Equipamentos antropométricos: balança de plataforma e estadiômetro
vertical.
• Calculadora, planilha ou disco para a identificação do IMC;
• Cartão da Gestante do Ministério da Saúde;
• Gráficos ou tabelas para avaliação do estado nutricional da gestante segundo
IMC por semana gestacional;
• Mapa de acompanhamento do SISVAN para a gestante;
• Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN
Programa Nacional de Suplementação de Ferro Manual de Condutas Gerais
1. causas de deficiência de ferro:
● gestação: alimentação inadequada, não uso de ferro profilático,
complicações nutricionais, parasitoses.
● parto e nascimento:clampeamento precoce do cordão umbilical,
ausência de aleitamento materno na primeira hora de vida.
● primeiro 6 meses de vida:Ausência de aleitamento materno até o
sexto mês, introdução precoce de alimentos e outros leites,
parasitoses.
● A partir dos 6 meses:elevada necessidade de ferro, alimentação
complementar inadequada, baixa ingestão de ferro heme, não uso
de suplemento de ferro profilático, parasitoses.
Consequências da deficiência de ferro
Acadêmico Bolsista 2020
As principais consequências da deficiência de ferro são:
• Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a infecções;
• Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos;
• Aumento da mortalidade materna e infantil;
• Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com
repercussões em outros ciclos vitais;
• Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos.
Alimentos fontes de ferro
O ferro é um micronutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese de células vermelhas do
sangue (hemácias) e no transporte do oxigênio no organismo. Há dois tipos de ferro nos alimentos: ferro heme
(origem animal, sendo mais bem absorvido) e ferro não heme (encontrado nos vegetais). São alimentos fontes
de ferro heme: carnes vermelhas, principalmente vísceras (fígado e miúdos), carnes de aves, suínos, peixes e
mariscos. São alimentos fontes de ferro não heme: hortaliças folhosas verde-escuras e leguminosas, como o
feijão e a lentilha. Como o ferro não heme possui baixa biodisponibilidade, recomenda-se a ingestão na
mesma refeição de alimentos que melhoram a absorção desse tipo de ferro, por exemplo, os ricos em vitamina
C, disponívelem frutas cítricas (como: laranja, acerola, limão e caju), os ricos em vitamina A, disponível em
frutas (como: mamão e manga) e as hortaliças (como: abóbora e cenoura).
ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA ANEMIA
Gestação
1. Suplementação profilática com ferro e ácido fólico.
2. Ingestão de alimentos que contenham farinhas enriquecidas com ferro e ácido
fólico.
3. Alimentação adequada e saudável com ingestão de ferro de alta
biodisponibilidade.
Parto e nascimento
1. Clampeamento tardio do cordão umbilical.
2. Amamentação na primeira hora de vida.
Primeiros seis meses de vida
1. Aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
2. Suplementação profilática de ferro para crianças prematuras e que nasceram com
baixo peso.
A partir dos seis meses até dois anos de idade
1. Alimentação complementar saudável e adequada em frequência, quantidade e
biodisponibilidade de ferro.
2. Suplementação de ferro profilática.
3. Fortificação dos alimentos preparados para as crianças com micronutrientes em
pó.
OBS: O PNSF consiste na suplementação profilática de ferro para todas as
crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal,
independentemente da idade gestacional até o terceiro mês pós-parto, e na
suplementação de gestantes com ácido fólico. com o intuito de reduzir o risco
de baixo peso ao nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante
(WHO, 2012).Ressalta-se que a suplementação com ácido fólico deve ser
Acadêmico Bolsista 2020
iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar para a
prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural e deve ser mantida durante
toda a gestação para a prevenção da anemia (FEBRASGO, 2012; WHO, 2012).
OBS: Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber
suplementos a partir do sexto mês de idade. Se a criança não estiver em
aleitamento materno exclusivo, a suplementação poderá ser realizada a partir
dos quatro meses de idade, juntamente com a introdução dos alimentos
complementares.
➢ As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por
acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e hemocromatose,
devem ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a
viabilidade do uso do suplemento de sulfato ferroso. Ressalta-se que a
complementação de ferro oral a essas crianças deve ser considerada, por
apresentarem igual chance de desenvolverem anemia por deficiência de
ferro na fase de crescimento. O diagnóstico das doenças que cursam por
acúmulo de ferro está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal
Acadêmico Bolsista 2020
(PNTN) fase II, que inclui o diagnóstico da doença falciforme e
hemoglobinopatias.
➢ EFEITOS COLATERAIS DA SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO: Os principais
efeitos são: vômitos, diarreia e constipação intestinal.
➢ A recomendação de ingestão é de 400 µg de ácido fólico, todos os dias.
Essa quantidade deve ser consumida pelo menos 30 dias antes da data em
que se planeja engravidar até o final da gestação.
Orientações para tratamento da anemia
A recomendação (WHO, 2001) de suplementação de ferro para o tratamento da
anemia ferropriva é:
1 - Adultos: 120 mg de ferro elementar/dia por três meses;
2 - Crianças menores de dois anos: 3 mg de ferro/kg/dia, não superior a 60 mg
por dia.
ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADO DA PESSOA COM DOENÇA CRÔNICA
Princípios e diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde das
Pessoas com Doenças Crônicas
1. Propiciar o acesso e o acolhimento aos usuários com doenças crônicas em todos
os pontos de atenção.
2. Humanização da atenção, buscando-se a efetivação de um modelo centrado no
usuário e baseado nas suas necessidades de saúde.
3. Respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e hábitos e
cultura locais.
4. Garantia de implantação de um modelo de atenção centrado no usuário e
realizado por equipes multiprofissionais.
5. Articulação entre os diversos serviços e ações de Saúde, constituindo redes de
Saúde com integração e conectividade entre os diferentes pontos de atenção.
6. Atuação territorial, com definição e organização da rede nas regiões de Saúde, a
partir das necessidades de saúde das respectivas populações, seus riscos e
vulnerabilidades específicas.
7. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de
estrutura, processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade
da atenção.
8. Articulação interfederativa entre os diversos gestores, desenvolvendo atuação
solidária, responsável e compartilhada.
9. Participação e controle social dos usuários sobre os serviços.
10. Autonomia dos usuários, com constituição de estratégias de apoio ao
autocuidado.
11. Equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da Saúde.
12. Regulação articulada entre todos os componentes da rede com garantia da
equidade e integralidade do cuidado.
13. Formação profissional e educação permanente, por meio de atividades que
visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de
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Saúde para qualificação do cuidado, de acordo com as diretrizes da Política Nacional
de Educação Permanente em Saúde.
Componentes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças
Crônicas
1. Serviços de Atenção Básica/Atenção Primária: centro de comunicação da rede,
tendo um papel-chave na estruturação desta, como ordenadora da rede e
coordenadora do cuidado, além de realizar o cuidado integral e contínuo da
população que está sob sua responsabilidade e de ser a porta de entrada prioritária
para a organização do cuidado.
2. Serviços de Atenção Especializada: conjunto dos diversos pontos de atenção
com diferentes densidades tecnológicas, que incluem ações e serviços de urgência,
ambulatoriais, especializados e hospitalar, sendo apoio e complemento aos serviços
da Atenção Básica.
a) Ambulatórios especializados: conjunto de serviços e ações eletivas de média e de
alta complexidade.
b) Hospitalar: ponto de atenção estratégico voltado para as internações eletivas e/ou
de urgência de usuários agudos ou crônicos agudizados.
c) Serviços de Urgência e Emergência: conjunto de serviços e ações voltadas aos
usuários que necessitam de cuidados imediatos nos diferentes pontos de atenção,
inclusive de acolhimento aos usuários que apresentam agudização das condições
crônicas
3. Sistemas de apoio: são constituídos pelos sistemas de apoio diagnóstico e
terapêutico (patologia clínica, imagens, entre outros) e pela assistência farmacêutica.
4. Sistemas logísticos: são soluções em Saúde, em geral relacionadas às
tecnologias de informação. Integram este componente os sistemas de identificação e
de acompanhamento dos usuários; o registro eletrônico em Saúde; os sistemas de
transportes sanitários; e os sistemas de informação em Saúde.
5. Regulação: compreende-se a regulação como componente de gestão para
qualificar a demanda e a assistência prestada, otimizar a organização da oferta,
promover a equidade no acesso às ações e serviços de Saúde e auxiliar no
monitoramento e na avaliação dos pactos intergestores. Visa garantir o acesso às
ações e aos serviços de maior densidade tecnológica.
6. Governança: é entendida como a capacidade de intervenção que envolve
diferentes atores, mecanismos e procedimentos para a gestão regional
compartilhada da referida rede. Constituem esse componente as Comissões
Intergestores.
Saúde é “um fenômeno clínico e sociológico, vivido culturalmente” (MINAYO,
1992), ou seja, obra de complexa produção social, cujos resultados na
qualidade de vida de uma sociedade estão relacionados às decisões sobre os
determinantes sociais da Saúde.
Os determinantes sociais do processo saúde/doença
Acadêmico Bolsista 2020
1. determinantes distais são as condições socioeconômicas, culturais e
ambientais em que as pessoas, suas famílias e as redes sociais estão
inseridas, são o desenvolvimento e a riqueza de um país, uma região
ou um município, e a forma como essa riqueza é distribuída, resultando
em distintas condições de vida de uma dadapopulação.
2. Os determinantes intermediários são representados pelas condições de
vida e de trabalho, o acesso à alimentação, à educação, à produção
cultural, ao emprego, à habitação, ao saneamento e aos serviços de
Saúde (e a forma como se organizam).
3. os determinantes proximais são aqueles relacionados às
características dos indivíduos, que exercem influência sobre seu
potencial, sua condição de saúde (idade, sexo, herança genética) e
suas relações, formais e informais, de confiança, de cooperação, de
apoio nas famílias, na vizinhança e nas redes de apoio, onde
acontecem as decisões dos comportamentos e estilos de vida,
determinados socialmente pela interação de todos os níveis aqui
apresentados.
Fontes de dados sobre fatores de risco para DCNT:
O Vigitel (BRASIL, 2011) soma-se a outros inquéritos como o da Pesquisa de
Orçamento Familiar (POF) (BRASIL, 2010), Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) (IBGE, 2010), Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE)
(IBGE, 2009) e Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).
Fatores de risco
➔ tabagismo
➔ alcoolismo
➔ alimentação não saudável
➔ inatividade física
➔ excesso de peso
O Ministério da Saúde lançou, em 2011, o Plano de Ações Estratégicas para
o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no
Acadêmico Bolsista 2020
Brasil – 2011-2022. Estruturado em três eixos (1. Vigilância, informação,
avaliação e monitoramento; 2. Promoção da saúde; e 3. Cuidado integral)
O acesso está diretamente relacionado à disponibilidade de consultas de
cuidado continuado e de demanda espontânea, atividades coletivas,
atendimentos em grupo, procedimentos de enfermagem, exames,
medicamentos, entre outros.
“Demanda espontânea” refere-se aos atendimentos não programados na
Unidade Básica de Saúde. Representa uma necessidade momentânea do
usuário, podendo ser uma informação, uma condição aguda, a agudização
de uma condição crônica, uma urgência ou uma emergência.
Os princípios que orientam a reorganização dos processos de trabalho
➢ Ampliar o acesso da população aos recursos e aos serviços das
Unidades Básicas de Saúde
➢ Buscar maior qualidade da Atenção à Saúde
➢ Persistir na busca à integralidade da atenção
❖ Tabagismo- O tabaco é um fator de risco para seis das oito principais causas de
morte no mundo (doença isquêmica do coração, AVC, infecção respiratória baixa,
DPOC, tuberculose, câncer de pulmão, brônquios e traqueia) e mata uma pessoa a
cada seis segundos (WHO, 2008).Mulheres fumantes têm risco relativo maior de
desenvolver doenças cardiovasculares do que os homens. Os motivos para
essa diferença ainda não são conhecidos, mas poderiam ser devidos a um
efeito adverso da fumaça do tabaco sobre o estrogênio, Mulheres que fumam e
usam anticoncepcionais orais têm até 10 vezes mais chance de ter infarto do
miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite do que aquelas que não fumam
(INCA, 2010).
❖ O tabagismo e a doença cardiovascular-Os riscos reduz a incidência de doença
coronariana e AVC, significativamente, nos primeiros dois anos após a
cessação.mulheres que fumam têm risco aumentado de aterosclerose vascular
periférica, bem como de morte por ruptura de aneurisma de aorta abdominal.
❖ O tabagismo e o diabetes mellitus- O tabagismo parece estar associado a
processos metabólicos relacionados com o diabetes, incluindo a homeostase da
glicose, hiperinsulinemia e resistência à insulina.O tabagismo pode afetar
diretamente a secreção pancreática de insulina, ou a sua associação com os
hormônios contrarreguladores (cortisol e catecolaminas) pode desempenhar este
papel (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2001).o
tabagismo causa aumento no risco de doença macro e microvascular.também
aumenta as concentrações de colesterol total e LDL, diminui o HDL e aumenta a
resistência à insulina.Os fumantes que têm diabetes apresentam risco aumentado
para neuropatia e doença renal em estágio terminal (INCA, 2010).
❖ O tabagismo e a hipertensão arterial sistêmica- tabagismo como fator de risco
para HAS não está, ainda, bem definido (GUPTA; SINGH; GUPTA, 2004). No
entanto, sabe-se que fumar um cigarro eleva momentaneamente a pressão arterial,
podendo o seu efeito manter-se por até duas horas.A incidência de hipertensão é
maior entre mulheres que fumam mais de 15 cigarros por dia, e a concomitância de
hipertensão e tabagismo diminui a função ventricular esquerda em pessoas
Acadêmico Bolsista 2020
assintomáticas (KAPLAN, 2010)aumento de até 20 mmHg na pressão sistólica após
o primeiro cigarro do dia. Além disso, o cigarro aumenta a resistência às drogas
anti-hipertensivas, fazendo com que elas funcionem menos que o esperado
(FERREIRA et al., 2009; CHOBANIAN, 2003).
❖ Tabagismo passivo- não se limitam aos efeitos de curto prazo, como irritação nasal,
ocular e na garganta, cefaleia, náusea, vômito e tosse. Estudos de meta-análise
mostram que pessoas expostas cronicamente à PTA têm risco 30% maior de
desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de desenvolver DCV do que as não
expostas (CAVALCANTE, 2005).A fumaça expelida contém, em média, três vezes
mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais
substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois
de passar pelo filtro do cigarro.
❖ síndrome da morte súbita infantil e baixo peso ao nascer, além do aumento dos
problemas respiratórios na infância (asma, rinite, pneumonias, otites)
➔ Tratamento da dependência da nicotina
➔ eixo fundamental a abordagem cognitivo- -comportamental, que tem a
finalidade de orientá-lo sobre os riscos do tabagismo e os benefícios de
parar com o fumo, bem como motivá-lo no processo de cessação do
tabagismo, fornecendo orientações para lidar com a síndrome de
abstinência, a dependência psicológica e os condicionamentos (INCA, 2001).
● dependência física
● dependência psicológica
● condicionamento
● Tratamento medicamentoso- tratamento farmacológico para todo fumante
acima de 18 anos, com consumo maior do que dez cigarros/dia que deseje
parar de fumar e não apresente contraindicações.
● • nicotínicos: são medicamentos de primeira linha e incluem adesivo de
nicotina, goma de mascar e pastilha. Devem ser utilizados somente após o
paciente parar de fumar (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN
SERVICES, 2008) [Grau de Recomendação A];
● • não nicotínicos: representados pela bupropiona (INCA, 2001; U.S.
DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2008).
❖ Uso abusivo do álcool
❖ A partir do consumo diário médio de 30 g de etanol, quantia contida
em duas doses de destilados, em duas latas de cerveja ou em dois
copos de vinho, há definido e exponencial aumento da pressão
arterial em homens.Para as mulheres, a quantidade de etanol que
provoca aumento exponencial da pressão arterial corresponde à
cerca da metade daquela observada para os homens (MOREIRA et
al., 1998)
❖ recomendação para diabético- menos de 210 g/semana para
homens e menos de 140 g/semana para mulheres (HOWARD;
ARNSTEN; GOUREVITCH, 2004).
❖
Acadêmico Bolsista 2020
❖ Alimentação saudável
❖ aumento da obesidade visceral, alto consumo energético e excesso
ou deficiência de nutrientes associados ao padrão alimentar
baseado em alimentos industrializados (BRASIL, 2001; CANAAN et
al., 2006).
❖ As modificações na alimentação são reconhecidas como um recurso
para o controle glicêmico e redução do risco das doenças
cardiovasculares (COPPELL et al., 2010).
❖ É recomendado que não tenha caráter proibitivo (ex.: não coma
açúcar; não coma sal), mas que sirva de suporte para o usuário e
sua família, promovendo melhores escolhas alimentares (ADA,
2007)
❖ A promoção da alimentação adequada e saudável, além de ser uma
diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan),
conforma uma ação transversal incorporada em todas e quaisquer
ações, programas e projetos (BRASIL, 2012).
Acadêmico Bolsista 2020
O papel das equipes de Saúde na abordagem da alimentação
saudável
➢ Abordagem nutricional para adultos:
1. atender às necessidades nutricionais;
2. perder peso nos casosde sobrepeso e
obesidade;
3. melhorar o controle glicêmico;
4. melhorar o perfil lipídico;
5. manter a pressão arterial em níveis adequados;
6. manter o prazer da alimentação, restringindo os
alimentos indicados com base nas evidências;
7. prevenir e/ou retardar os agravos;
8. melhorar a saúde e o bem-estar geral
Consulta:
➢ exame físico,
➢ avaliação antropométrica para o
diagnóstico do estado nutricional e
➢ breve anamnese dos hábitos alimentares
➢ Diagnóstico de obesidade, sobrepeso ou CA
aumentada?
A perda de peso é indicada para todas as pessoas com
excesso de peso. A meta deve ser o peso saudável com
IMC abaixo de 24,9 kg/m2 , mas a redução de 7% do peso
corporal mostra-se capaz de diminuir a resistência à insulina
[Grau de Recomendação A] (SBD, 2003; SBEM, SBN, 2005;
ADA, 2010). Além da perda de peso, a diminuição da
gordura central com modificação no perfil de gordura
corporal precisa ser objetivada (SBEM; SBN, 2005). O
acúmulo de gordura na região do abdômen está relacionado
ao maior risco para doença cardiovascular (SBC, 2007;
SANTOS et al., 2009).
➢ Orientação nutricional
• manter o equilíbrio energético e o peso saudável;
• limitar a ingestão energética procedente de gorduras;
substituir as gorduras saturadas por insaturadas e
eliminar as gorduras trans (hidrogenadas);
• aumentar o consumo de frutas, legumes, verduras,
cereais integrais e leguminosas (feijões);
• limitar a ingestão de açúcar livre;
• limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência.
Consumo energético-
➔ hiperinsulinemia, à elevação dos níveis pressóricos e a um maior depósito de
gorduras.
Acadêmico Bolsista 2020
➔ redução do valor energético total (VET) diário é indicada (SANTOS et al., 2009; ADA,
2010; WHO, 2000; BRASIL, 2006)
Carboidrato (CHO)-
➔ A recomendação diária é de 50% a 60% do VET, idêntica à da população em geral
(ANDERSON et al., 2004)
➔ Não são recomendadas dietas low carb, isto é, com menos de 130 g de carboidratos/dia,
Fibras-
➔ carboidratos complexos presentes nas plantas e resistentes à digestão (SBC, 2007;
COZZOLINO, 2007)
➔ solúveis (pectina nas frutas e gomas na aveia, cevada e leguminosas) e insolúveis
(hemicelulose nos grãos e lignina nas hortaliças).
➔ consumo de fibras solúveis está associado à melhoria do controle glicêmico.e à diminuição
da concentração de lipídios no plasma em pessoa com diabetes do tipo 2.
➔ As fibras insolúveis promovem retardamento do esvaziamento gástrico
➔ recomendação diária de fibra é de 25 g para mulheres e de 38 g para homens ou 14 g a cada
1.000 kcal da dieta
➔ O farelo de aveia é o alimento mais rico em fibras solúveis, portanto seu consumo deve ser
estimulado.
➔ não pode exceder à recomendação, pois a fibra interfere na biodisponibilidade de
minerais (ANDERSON et al., 2004).
Proteína-
➔ 0,8 g/kg de peso para mulheres e 1 g/kg de peso para homens (BRASIL, 2006)
Gordura-
➔ gorduras totais deverão representar menos de 30% do VET
➔ ácidos graxos saturados (AGS): 10% do VET, LDL-c esteja acima de 100 mg/dl, abaixo
de 7% do VET
➔ devem ser evitados os alimentos ricos em AGS, como carnes gordas, embutidos, laticínios
integrais, frituras, gordura de coco, molhos, cremes e doces ricos em gordura e alimentos
refogados ou temperados com excesso de óleo ou gordura.
➔ orientação acerca do preparo dos alimentos é de não fritar e de não utilizar margarinas,
cremes vegetais e gordura animal (banha) (SBD, 2005).
➔ A ingestão de colesterol deve ser menor do que 300 mg por dia e, para as pessoas com
colesterol LDL maior ou igual a 100 mg/dl, deve ser menor do que 200 mg (ADA, 2010;
SBEM; SBN, 2005)
➔ ácidos graxos trans: recomendação para a população em geral é <1% das gorduras da
dieta (SBD, 2005; LICHTENSTEIN et al., 2006)
➔ ácidos graxos insaturados: poli-insaturados e monoinsaturados.
➔ ácidos graxos poli-insaturados são os óleos vegetais de soja, de milho e de girassol.
➔ ácidos graxos monoinsaturados (ômega 3) são encontrados em peixes de águas frias e
profundas (cavala, atum, sardinha, salmão). Os ácidos graxos poli-insaturados
promovem redução dos triglicérides plasmáticos pela diminuição da síntese hepática
de VLDL, podendo ainda exercer outros efeitos cardiovasculares, como redução da
viscosidade do sangue, maior relaxamento do endotélio e também efeitos
antiarrítmicos (SBD, 2005)
Acadêmico Bolsista 2020
➔ Suas principais fontes dietéticas são o azeite de oliva, o óleo de canola, a azeitona, o
abacate e as oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) (DUTRA-DE-OLIVEIRA;
MARCHINI, 1998).
➔ Deve ser estimulado o consumo de gorduras insaturadas para melhorar o perfil lipídico,
porém devem ser consumidos crus, pois o aquecimento provoca a saturação dos ácidos
graxos.
➔ Não existem evidências que demonstrem os efeitos da suplementação de ômega 3 no
controle glicêmico (HARTWEG, 2008).
Sal e sódio-
➔ diferença individual na sensibilidade ao sal, sendo que há incidência de hipertensão cinco
vezes maior em 15 anos em indivíduos normotensos com elevada sensibilidade ao sal
(BRASIL, 2006; SAVICA; BELLINGHIERI; KOPPLE, 2010)
➔ recomendação é o consumo máximo de 5 g diários de sal (o equivalente a 2.000 mg ou 2
g de sódio), o que corresponde a uma colher de chá de sal (U.S. DEPARTMENT OF
HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2001; BRASIL, 2006; NKONDJOCK; BIZOME, 2010;
TROYER et al., 2010).
Práticas Integrativas e Complementares (PICs)
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
SUS (Portaria MS nº 971, de 3 de maio de 2006)
diretrizes para inserção de ações, serviços e produtos da Medicina Tradicional
Chinesa/acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, assim como para os
observatórios de saúde do termalismo social/crenoterapia e da medicina antroposófica. As
ações das PICs são transversais nos diversos pontos de atenção, mas desenvolvem-se,
prioritariamente, na Atenção Básica, pois, em geral, usam tecnologias de elevada
complexidade e de baixa densidade (BRASIL, 2006a).
➔ Medicina tradicional chinesa – MTC: Utiliza como elementos diagnósticos, no intuito
de avaliar essas desarmonias, a anamnese, segundo os preceitos da MTC, a
palpação do pulso, a observação da face e da língua, entre outros elementos; e,
como principais recursos terapêuticos, utiliza acupuntura, auriculoterapia,
eletroacupuntura, moxaterapia, ventosaterapia, plantas medicinais, dietoterapia,
práticas corporais e mentais da MTC.
➔ Homeopatia: três princípios fundamentais: a lei dos semelhantes, a experimentação
no homem sadio e no uso de doses infinitesimais.
➔ Fitoterapia e plantas medicinais: “terapêutica caracterizada pelo uso de plantas
medicinais em suas diferentes apresentações e formas farmacêuticas, sem a
utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”.
➔ Medicina antroposófica- apresenta-se como uma racionalidade ou sistema de
cuidados de natureza integrativa e complementar às ações de Saúde de caráter
convencional.
❖ Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é uma ferramenta
clínica e, como seu próprio nome diz, centrado na pessoa, e não na doença.
Esse método foi desenvolvido no Canadá por uma assistente social e um
grupo de trabalho multiprofissional (médico de família e comunidade e
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enfermeiras). Sustenta-se em uma abordagem compreensiva e em uma
ênfase na qualidade da relação profissional-pessoa.
Acadêmico Bolsista 2020
Aumentos na absorção de cálcio com a ingestão de fibra alimentar solúvel,
hidrolisado de goma de guar, dependem do ceco em
ratos parcialmente nefrectomizados e normais
● ratos nefrectomizados (NPX)
● normais com caecectomia
● normais sem caecectomia
➔ absorção de Ca é reduzida por insuficiência renal
➔ as quantidades de Ca no fêmur aumentaram linearmente com o aumento do Ca na dieta até
3,0 g de Ca / kg de dieta em ratos intactos
➔ A nefrectomia parcial diminuiu a absorção aparente de Ca em ratos alimentados com dietas
contendo 30 e 4,5 g de Ca / kg de dieta
➔ Nos grupos NPX, a absorção de Ca em ratos alimentados com dieta contendo hidrolisado de
gomade guar (GGH; 50 g / kg de dieta; 3,0 g de Ca / kg de dieta) foi significativamente maior
do que em ratos alimentados com dieta isenta de fibras , e o aumento na absorção de Ca
com a alimentação de GGH foi completamente abolido pela caecectomia.
➔ a ingestão de GGH( hidrolisado de goma guar) aumentou a absorção de Ca em ratos
normais, mas não em ratos normais, caecectomizados.
➔ A absorção de Mg também aumentou com a alimentação de GGH e diminuiu com
caecaectomyin NPX e ratos normais
❖ Conclusão: Concluímos que a ingestão da fibra alimentar solúvel, GGH, aumentou a
absorção aparente de Ca em ratos NPX e não NPX, e o ceco foi responsável por
esses aumentos na absorção de Ca.
Tipos de leite e sua contribuição na ingestão diária de sódio e cálcio
➔ A biodisponibilidade e o teor de cálcio contido no leite fazem dele a melhor opção no
atendimento a Ingestão Dietética Recomendada (IDR) desse nutriente.
➔ Como o leite contribui p/ ingestão de sódio deve haver em concomitância ações p/ diminuir o
teor de sódio nele presente.
➔ Objetivo: Quantificar o cálcio e o sódio de leites em pó e ultrapasteurizados comercializados
em supermercados da cidade do Rio de Janeiro e estimar a quantidade a ser consumida
para atingir as necessidades diárias de cálcio e o impacto sobre a ingestão de sódio
➔ teores médios de cálcio e sódio do leite em pó (mg/26g) foram, respectivamente, 262,5 ±
5,1mg e 116,8 ± 3,1mg, e do leite ultrapasteurizado (mg/200mL) foram, respectivamente,
246,0 ± 10,3mg e 162,5 ± 16,3mg.
➔ Para atingir a IDR do cálcio, pelo consumo de leite, os adolescentes consumiriam 584mg de
sódio pelo leite em pó (39% da IDR) e 812,5mg pelo ultrapasteurizado (54% da IDR).
➔ o consumo médio diário de cálcio, entre adolescentes, residentes em área urbana, foi
deficiente, oscilando entre 529 a 581mg, dependendo da idade e do sexo
➔ obesidade, hipertensão arterial e osteoporose
Acadêmico Bolsista 2020
➔ Indivíduos com baixa ingestão de cálcio podem estar mais suscetíveis ao acúmulo de
gordura corporal em seus adipócitos, provavelmente por um mecanismo que envolve a
expressão de um gene presente nessas células denominado agouti, e a elevação dos níveis
do Paratormônio (PTH) e da 1,25- diidroxivitamina D3, que promovem o influxo de cálcio
nessas células e estimulam a lipogênese, diminuindo a lipólise
➔ excesso de peso/obesidade apresenta forte influência sobre a pressão arterial (PA) de
adolescentes e o cálcio apresenta efeito redutor desses níveis pressóricos
➔ este nutriente participa da estabilidade das membranas da musculatura lisa, natriurese e na
homeostase do sódio, depleção de fosfato e aumento na síntese de prostaciclinas
➔ Na adolescência, a ingestão de alimentos contendo cálcio é fundamental na prevenção
primária da osteoporose
➔ autores consideram a adolescência como o período fundamental para a aquisição dessa
massa, pois a mineralização está aumentada, com taxas de formação óssea superiores as
de reabsorção, em ambos os sexos
➔ ingestão diária superior ao valor máximo tolerável (2.300 mg/dia), sendo de 3.158 mg e 2.930
mg para meninos e meninas de 10 a 13 anos, respectivamente
➔ O baixo consumo de cálcio por adolescentes associado ao elevado consumo de sódio
promove o aumento da excreção renal de cálcio
➔ a cada 2g de sódio ingeridos, ocorra um aumento médio na excreção de cálcio urinário de
cerca de 30 a 40mg
➔ Elevado consumo de sódio associado as DCNT
➔ necessidades diárias: 1300 mg de Ca = ingestão de 5 copos de leite por dia (1.000 mL por
dia), ou seja, 5 porções de 200ml/dia.
➔ Necessidade diária de sódio: 1.500 mg o valor de ingestão dietética diária que parece reduzir
o risco de doenças crônicas não transmissíveis
➔ No que diz respeito às concentrações de sódio, o valor médio aferido para os leites
ultrapasteurizados (162,5 ± 16,3mg) foi mais elevado do que para os leites em pó (116,8 ±
3,1mg)
➔ Verificou-se que estas eram superiores a 20% (limite máximo pela legislação) para os teores
de cálcio dos leites F e H e para sódio dos leites A, C, D e F
➔ um agravamento na inadequação do consumo de nutrientes como cálcio e vitaminas A e E,
associado ao elevado consumo de sódio, gordura saturada e açúcares entre os
adolescentes, possivelmente relacionado ao aumento do consumo de alimentos
ultraprocessados( fonte POF e ERICA)
➔ O leite fornece uma quantidade significativa de cálcio além de vitamina D, fósforo,
proteína, zinco e magnésio que têm grande efeito na formação de uma estrutura óssea
estável. Além disso, o leite contém o cálcio em uma forma altamente biodisponível e é
de fácil ingestão.
➔ Os vegetais folhosos verde-escuros, a sardinha, o atum e algumas sementes podem ser
opções para melhorar a ingestão de cálcio, porém, são de baixa aceitação por adolescentes
➔ Os queijos e requeijões contêm quantidades elevadas de sódio e gordura e são, em geral,
muito caros.
➔ As bebidas lácteas aumentam a ingestão de açúcar colaborando para aumentar a obesidade,
uma situação que, entre os adolescentes, já se configura como bastante grave
Acadêmico Bolsista 2020
➔ recomendação da ingestão de 500 ml de leite por dia, feita pela Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP)- recomendação da ingestão de 500 ml de leite por dia, feita pela
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP),mesmo assim a ingestão de sódio pelos
adolescentes ainda seria elevada.
❖ Tanto os adolescentes quanto a população de forma geral, deveriam optar pelo
consumo do leite em pó, uma vez que estariam, neste caso, ingerindo, em
comparação com o leite ultrapasteurizado, uma quantidade um pouco superior
de cálcio (7%) e bem inferior de sódio (28%)
➔ A substituição do pão com manteiga pela tapioca ou alguns tubérculos poderia ser uma
alternativa para a redução do sódio. Entretanto, o estudo ERICA28 demonstrou que o
consumo de pães, entre os adolescentes, é elevado até mesmo nas regiões Norte e
Nordeste (64,8% e 54,5%, respectivamente), onde culturamente o consumo de tubérculos,
principalmente no café da manhã, é mais aceito.
➔ a redução dos aditivos a base de sódio nos leites ultrapasteurizados, como por exemplo
fosfato monossódico ou dissódico e citrato de sódio.
➔ Outra possibilidade seria incentivar a indústria a realizar a fortificação do leite com cálcio.
Essas ações permitiriam que, pelo consumo de menores porções de leite, a ingestão
adequada de cálcio fosse alcançada sem elevar a ingestão de sódio, mas, esta opção, com
certeza, implicaria em um custo mais elevado para o produto.
➔ Outra opção seria incentivar o consumo de leite em pó
➔ O Programa Saúde na Escola (PSE)37, criado pelo Decreto nº 6.286, de 05 de dezembro de
2007, com o objetivo de promover a orientação nutricional de alunos da rede pública de
ensino, poderia ser usado como instrumento de conscientização da importância do consumo
de tais alimentos e para a formação de hábitos alimentares saudáveis que contribuiriam
como fatores de proteção contra DCNTs.
➔ ações educativas que contemplassem as orientações no novo Guia Alimentar da População
Brasileira com redução do consumo de alimentos processados (conservas, carne seca,
toucinho, pães, queijos, etc) e ultraprocesssados (biscoitos; sorvetes; embutidos; macarrão
instântaneo; salgadinhos de pacote; refrigerantes; bebidas lácteas e etc
➔ Os rótulos dos alimentos industrializados devem obedecer à Resolução - RDC nº 360,
de 23 de dezembro de 2003, admite uma tolerância de até 20% com relação aos valores
de nutrientes declarados na rotulagem
➔ Ao comparar os teores de sódio encontrados com os rótulos, foram observadas
grandes diferenças, principalmente entre as marcas de leite em pó, onde todas as
marcas analisadas estavam em desacordo com a legislação vigente
➔ A comparação dos teores encontrados para cálcio e sódio com a rotulagem revelou
que algumas marcas de leite ultrapasteurizado e todas aquelas de leite em pó
analisadas, apresentavam teores de sódio 20% acima do declarado pela rotulagem.
Impacto da microbiota intestinal na imunidade intestinal
mediada pelo metabolismo do triptofano

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