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Noes-Bsicas-de-Gesto-Empresarial--Unidade-I (2)

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Noções Básicas de Gestão Empresarial
M.Sc. Monikely de Oliveira Silva
monikelysilvap@gmail.com
9.9621-3067
Noções Básicas de Gestão Empresarial – unidade i
O histórico da profissão no Brasil; 
O conceito de Administração e Organizações;
As Funções Administrativas;
Habilidades e Papéis do gestor;
Estilo Brasileiro de Administrar;
A Administração
No seu início, a administração estava relacionada em como tornar o trabalho individual cada vez melhor, mais fácil e mais bem-sucedido. Depois passou a envolver a atividade grupal e, mais adiante, toda a atividade organizacional em conjunto. Posteriormente, estendeu-se a também à atividade interorganizacional, ou seja, às relações de interdependência entre organizações. Foi uma gradativa ampliação do conceito. (CHIAVENATO, 2004, p. 4)
A Administração
Administração representa a busca de objetivos organizacionais de uma maneira eficiente e eficaz através de planejamento, organização, liderança e controle dos recursos organizacionais. (DAFT, 2010).
Administração é o processo de trabalhar com e através de outras pessoas para alcançar eficientemente objetivos organizacionais pelo us eficiente de recursos limitados em um ambiente mutável. (KREITNER, 1998).
A Administração
Administração é o processo de alcançar objetivos organizacionais pelo trabalho com e através de pessoas e demais recursos organizacionais. (CERTO, 1994, p. 6).
Eficiência & eficácia
Para Sobral e Peci (2008), a Administração não trata apenas de processo sistemático para a realização de tarefas, mas, também, a coordenação de esforços e recursos a fim do alcance dos objetivos organizacionais. Os autores ressaltam ainda, que a “administração significa realizar as tarefas e objetivos organizacionais de forma eficaz e eficiente.” (SOBRAL; PECI, 2008, p. 17)
Eficiência & eficácia
A eficiência é a capacidade de realização das atividades da organização, minimizando a utilização dos seus recursos, ou seja, é a capacidade de desempenhar corretamente as tarefas.
Quanto maior a produtividade de uma organização, mais eficiente ela será.
Sua principal preocupação é com os meios, isto é, com o uso econômico dos recursos.
Eficiência & eficácia
Eficácia é a capacidade de realizar as atividades da organização de modo a alcançar os objetivos estabelecidos.
Sua principal preocupação é com os fins.
A eficácia assume importância decisiva no conceito de administração, já que é a chave para o sucesso de uma organização.
Eficiência vs. eficácia
Fonte: Chiavenato (2004).
Eficiência
Fazer corretamente as coisas
Eficácia
Fazer as coisas necessárias
Preocupação com os meios
Ênfase nos métodos e procedimentos
Cumprir os regulamentos internos
Treinar e apreender
Jogar futebol com arte
Saber batalhar
Ser pontual no trabalho
Utilizar métodos de trabalho
Não faltar à missa/culto aos domingos
Preocupação com os fins
Ênfase nos objetivos e resultados
Atingir metas e objetivos
Saber e conhecer
Ganhar a partida de futebol
Ganhar a guerra
Agregar valor e riqueza à organização
Alcançar os resultados
Ganhar o céu
Eficiência vs. eficácia
Fonte: Adaptado de Schermerhorn Jr. (1996, p. 5) apud. Chiavenato (2004).
BOA
POBRE
BAIXO
ALTO
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS
ALCANCE DE OBJETIVOS
Eficaz, mas não eficiente; atinge os objetivos, mas alguns recursos são desperdiçados.
Eficaz e eficiente; objetivos atingidos e recursos bem utilizados. Alta produtividade e elevado desempenho.
Nem eficaz e nem eficiente; objetivos não atingidos; recursos desperdiçados no processo. Desempenho precário.
Eficiente, mas não eficaz; recursos são bem aplicados, mas os objetivos não são alcançados. Desempenho precário.
Eficiência & eficácia
O sucesso administrativo consiste em obter simultaneamente eficiência e eficácia na utilização de recursos organizacionais. Isso significa alcançar a excelência.
Excelência é fundamental.
A administração e outras palavras
	PALAVRAS	SIGNIFICADO
	ADMINISTRAÇÃO	[Do latim administratione.] 1. Ação de administrar. 2. Gestão de negócios públicos ou privados. (Novo dicionário Aurélio)
	GERÊNCIA	[Do latim gerentia, de gerere, ‘fazer’.] 1. Ação ou efeito de gerir; gerenciamento. "g. doméstica"
2. Função ou exercício de gerente; administração, gestão. (Novo dicionário Aurélio)
	GESTÃO	[Do latim gerentia, de gerere, ‘fazer’.] 1. Ato ou efeito de gerir; administração, gerência.
2. Mandato político. (Novo dicionário Aurélio)
	MANAGEMENT	1. Conjunto de conhecimentos referentes à organização e à gestão de uma empresa; administração. 2. Equipe dirigente de uma empresa. 3. Derivado do latim manus, mão. (Webster’s Encyclopedic)
	MANEJO	[Do italiano maneggiare.] Administração, gerência, direção, manejo: manejo de negócios. (Novo dicionário Aurélio)
Fonte: Adaptado de Maximiano (2008, p. 4)
O gestor
“O gestor dá direção e rumo às organizações, proporciona liderança às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser arranjados e aplicados para o alcance dos objetivos da organização. Essas atividade se aplicam não somente ao presidente ou aos altos executivos, mas também aos supervisores de primeira linha ou aos líderes de equipes. Em outras palavras, elas se aplicam ao gestor situado em qualquer nível da organização.” (CHIAVENATO, 2004, p.5)
organização
A organização
 As organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento de produtos e serviços.
As pessoas são o principal recurso das organizações.
A divisão do trabalho é o processo que permite a estruturação da organização.
A organização
 “As organizações são grupos estruturados de pessoas que se juntam para alcançar objetivos comuns. Surgem como resposta à necessidade dos indivíduos de alcançar metas que, isoladamente, não conseguiriam atingir, em virtude da complexidade e da variedade das tarefas inerentes ao trabalho a se efetuar.” (SOBRAL; PECI, 2008, p. 17)
Todas as organizações, quer sejam formais ou informais, possuem em comum:
a) propósito/finalidade;
b) pessoas e;
c) estrutura/recursos.
A organização - componentes
RECURSOS
OBJETIVOS
 Produtos
 Serviços
 Processos De
Transformação
Divisão Do Trabalho
 Humanos
 Materiais
 Finaceiros
 Informação
 Espaço
 Tempo
Fonte: Maximiano (2008, p. 4)
A organização - componentes
Recursos
Independente do tipo de negócio, as pessoas são o principal recursos das organizações. São responsáveis pela aquisição, divisão e manipulação dos recursos, que podem ser tangíveis ou intangíveis.
Processo de transformação
Transformação dos recursos em produtos/serviços;
Um processo é um conjunto ou sequência de atividades;
É a estrutura de ação de um sistema.
Exemplos:
Processos de produção;
Administração de encomendas;
Administração de Recursos Humanos.
A organização - componentes
Divisão do trabalho
São as tarefas específicas de cada indivíduo ou grupo de pessoas na organização;
A divisão do trabalho permite a superação das limitações individuais por meio da especialização. Quando se juntam as tarefas especializadas, realizam-se PTs que seriam impossíveis de se realizar de maneira isolada.
Objetivos
De forma geral, se traduzem no fornecimento de produtos ou serviços.
Toda organização existe com o propósito de fornecer alguma combinação de ambos.
A organização - tipos
Existem organizações para fornecer todos os tipos de produtos e/ou serviços. Elas podem ser classificadas:
Por propriedade
Primeiro Setor (Públicas)
Ou setor estatal, é uma parte do Estado que lida com a produção, entrega e distribuição de bens e serviços por e para o governo ou para os seus cidadãos.
Segundo Setor (Privadas)
Iniciativa Privada é a prática de qualquer atividade por pessoas não ligadas nem patrocinadas pelo governo. Sociedades de economia mista fazem parte da IP.
Terceiro setor (ONGs, OSCIPs...)
é o conjunto de entidades da sociedade civil com fins públicos e não lucrativos, conservados pela ênfase na participação voluntária em âmbito não governamental.Pública
Privada
Terceiro Setor
A organização - tipos
Por setor da economia
Primário
É o conjunto de atividades econômicas que extraem e/ou modificam matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos primários.
Secundário
 É o setor da economia que transforma matéria-prima, extraídas e/ou produzidas pelo setor primário, em produtos de consumo, ou em máquinas industriais. Também é importante neste setor o fornecimento de água, gás e eletricidade.
Terciário
Em economia, o setor terciário corresponde às atividades de comércio de bens e à prestação de serviços. o terciário é constituído por atividades complementares aos outros setores.
Primário
Secundário
Terciário
A organização - tipos
A organização - tipos
A empresa é um organismo econômico destinado à produção (produto e/ou serviços), com o objetivo de lucro para o empresário.
Lucro
Pode ser distribuído
Pode permanecer no giro
Empresário
Pessoa física
Pessoa jurídica
Pessoas Administrativas
Níveis organizacionais
O gestor é figura essencial e indispensável para toda as organizações, qualquer que seja o seu tamanho ou tipo; podendo estar situado em um dos três níveis organizacionais:
Institucional ou Estratégico
Intermediário ou Tático ou Gerencial
Operacional
Níveis organizacionais
Institucional
Intermediário
Operacional
É o nível administrativo mais elevado;
Constituído pelo presidente e diretores (alta administração);
Contato direto com o ambiente externo – recebe todos os impactos das mudanças e pressões.
Responsável pelo futuro do negócio;
Visão estratégica e orientada para objetivos futuros;
Define a identidade da organização: missão, visão e valores do negócio.
Estratégico
Níveis organizacionais
É o nível administrativo que articula internamente os níveis estratégico e operacional;
Nível composto pelos gerentes;
Camada “amortecedora dos impactos ambientais;
Transforma as decisões globais em planos de ação para o operacional;
Interpreta a identidade da organização e a traduz em rotinas cotidianas;
Visão tática e orientada para a unidade de negócios.
Níveis organizacionais
Tático
Nível administrativo mais baixo;
Constitui a base inferior do organograma das organizações;
Administra a execução e a realização das tarefas e atividades cotidianas;
Possui visão operacional, chamado de supervisão de primeira linha;
Funcionários e operários (não-administrativos) são os responsáveis pela realização das tarefas e atividades diárias.
Níveis organizacionais
Operacional
Características dos três níveis administrativos
Fonte: Chiavenato (2004, p.13)
Nível
Institucional
Intermediário
Atuação
Estratégico
Tático
Abrangência
Global, envolvendo toda a organização
Específico, envolvendo determinada operação ou tarefa
Operacional
Operacional
Parcial, envolvendo uma unidade da organização
Amplitude de tempo
Longo Prazo
Médio Prazo
Curto Prazo
As Funções da Administração: o processo administrativo
Entradas
Insumos
 Saídas
Resultados 
Ambiente Externo
Fonte: Chiavenato (2004, p. 15)
Processo 
Administrativo
Planejamento
Organização
Direção
Controle
PLANEJAMENTO
Missão
Visão
Valores
Planos específicos
Análise do ambiente (SWOT)
As Funções da Administração: o processo administrativo
ORGANIZAÇÃO
Departamentalização
Delegação, Autoridade e Responsabilidade
Divisão do trabalho
Estabelecimento de relações
As Funções da Administração: o processo administrativo
DIREÇÃO
É o processo de influenciar e orientar as atividades
Comunicação
Motivação pessoal
Liderança
Desenvolvimento pessoal
As Funções da Administração: o processo administrativo
CONTROLE
É o processo de assegurar que as atividades atuais da organização estejam em conformidade com as atividades planejadas
Definição de padrões de desempenho e de métodos de correção
Medição e avaliação dos resultados
As Funções da Administração: o processo administrativo
Fonte: Chiavenato (2004, p.17)
Níveis de atuação
Institucional
Intermediário
Planejamento
Estratégico; Determinação dos objetivos organizacionais
Tático; Planeja a alocação dos recursos
Organi-zação
Desenho da estrutura organizacional
Desenho de cargos e tarefas. Métodos e processos de operação
Operacional
Operacional; Planos de ação cotidiana
Desenho departamental.Estrutura dos órgãos e equipes. Regras e procedimentos
Direção
Geral; Políticas e diretrizes de pessoal.
Gerência e recursos. Liderança e motivação.
Supervisão de primeira linha.
Controle
Globais e avaliação do desempenho organizacional.
Controle funcional; Avaliação do desempenho departamental.
Pontuais; Avaliação do desempenho individual.
O processo administrativo nos três níveis organizacionais
Fonte: Sobral & Peci (2008, p.9)
Nível Estratégico	Planejar	Organizar	Dirigir/Executar	Controlar	0.28000000000000008	0.36000000000000032	0.22000000000000033	0.14000000000000001	
Nível Tático	Planejar	Organizar	Dirigir/Executar	Controlar	0.18000000000000024	0.33000000000000085	0.36000000000000032	0.13	
Nível Operacional	Planejar	Organizar	Dirigir/Executar	Controlar	0.15000000000000024	0.24000000000000021	0.51	0.1	
Áreas funcionais da administração
 Como foi visto, as funções representam o processo de manipulação de determinados recursos da organização. Cada função é realizada dentro de uma organização através de uma área funcional, que pode ser concretizada através de um ou mais unidades organizacionais (setores).
 As áreas funcionais são agrupamentos de processos/atividades que juntos sustenta o ciclo de vida de um recurso e possibilitam que os objetivos e missão da empresa sejam atingidos, portanto, são espaços de/para a administração dos recursos.
Áreas funcionais da administração
Fonte: Adaptado de Maximiano (2008); Sobral & Peci (2008); Oliveira (2001)
P&D PRODUTOS OU SERVIÇOS
PRODUÇÃO OPERAÇÕES
MARKETING VENDAS
RECURSOS HUMANOS
CONTÁBIL FINACEIRO
Áreas funcionais da administração
Áreas funcionais básicas de uma organização:
Áreas funcionais fim:
Marketing;
Produção e Operações.
Áreas funcionais meio:
Administração contábil/financeira;
Administração de materiais (MRP);
Administração de recursos humanos;
Gestão empresarial.
Áreas funcionais da administração
ÁREAS FUNCIONAIS FIM:
Englobam as funções e atividades envolvidas diretamente no ciclo de transformação de recursos em produtos e de sua colocação no mercado. Podem pertencer a essa categoria as seguintes áreas funcionais:
Marketing: é a função relativa à identificação das necessidades de mercado, bem como à colocação dos produtos e serviços junto aos consumidores.
Produção: é a função relativa à transformação das matérias-primas em produtos e serviços a serem colocados no mercado.
Áreas funcionais da administração
ÁREAS FUNCIONAIS MEIO:
Congregam as funções e atividades que proporcionam os meios para que haja a transformação de recursos em produtos e/ou serviços e sua colocação no mercado. Podem ser desse tipo, para uma empresa industrial e comercial quaisquer, das seguintes áreas funcionais:
Administração Contábil/Financeira: é a função relativa a planejamento, captação, construção de orçamentos e gestão dos recursos financeiros, envolvendo também os registros contábeis das operações realizadas nas empresas.
Administração de materiais (Logística): é a função relativa a suprimento de materiais, serviços e equipamentos, normatização, armazenamento e movimentação de materiais e equipamentos da empresa.
Áreas funcionais da administração
Administração de Recursos Humanos: é a função relativa a atendimento de recursos humanos da empresa, planejamento e gestão desse recurso, de seu desenvolvimento, benefícios, obrigações sociais etc.
Gestão Empresarial (Administração Estratégica): é a função relativa ao planejamento empresarial e ao desenvolvimento de sistema de informações.
Áreas funcionais da administração
As áreas funcionais representam uma forma de estruturaçãodas atividades, permitindo à organização ganhos com a especialização de seus membros em tarefas e funções específicas.
No entanto, independentemente da área funcional à qual pertençam, os gestores realizam as quatro funções da administração.
As habilidades do Gestor
Segundo Kantz (1955) apud. Chiavenato (2004), o sucesso do gestor depende mais do seu desempenho do que de seus traços particulares de personalidade.
Uma habilidade é a capacidade de transformar conhecimento em ação e que resulta em um desempenho desejado.
Para o autor, existem três tipos de habilidades: técnicas, humanas e conceituais.
As habilidades do gestor
Habilidades técnicas
Envolve o uso de conhecimento e facilidade na execução de técnicas relacionadas ao próprio trabalho.
Abrange os conhecimentos específicos sobre a atividade do gerente, da equipe e da organização.
Competências profissionais: advogados, economistas, engenheiros, etc. Competências da vivência/prática. 
As habilidades do gestor
Habilidades humanas
Estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal.
Envolvem comunicação, motivação, coordenação, liderança...
Se refere, principalmente, à interação do individuo com o grupo.
As habilidades do gestor
Habilidades conceituais
Envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como um todo;
Facilidade de trabalhar com conceitos, teorias, ideias, abstrações.
Relaciona-se com o pensamento, o raciocínio, com a construção de cenários.
As habilidades do gestor
Fonte: Chiavenato (2004, p.19)
As competências do gestor
Essas três habilidades requerem certas COMPETÊNCIAS para serem colocadas em ação com êxito.
Competências são conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à uma pessoa para a realização de suas tarefas.
Elas se desenvolvem por meio de experiência profissional, educação formal e informal e das convivências familiar e social.
São quatro:
Técnicas;
Interpessoais;
Intrapessoais, e;
Intelectuais.
As competências do gestor
Técnicas;
São as especificidades de cada profissão.
Precisa-se considerar as alterações da tecnologia e do ambiente.
Interpessoais;
Relacionamentos com as equipes e com os superiores e/ou inferiores;
Capacidade de entender e atitude de aceitar a diversidade e as singularidades das pessoas; entender o processo motivacional; liderança e comunicação.
Intrapessoais;
Compreende o conhecimento de si próprio; autoanálise, autocontrole, automotivação, autoconhecimento, organização pessoal e administração do próprio tempo.
Intelectuais.
Referem-se a todas as formas de raciocínio.
Habilidade de pensar racionalmente, com base na obtenção e análise das informações concretas;
Capacidade de pensamento abstrato. Intuição, imaginação, criatividade.
Árvore das competências do gestor
Os papéis do gestor
Mintzberg (1973, p. 92-93) realizou uma pesquisa em que verificou as atividades dos gestores em relação à árvore das competências.
A pesquisa possibilitou a descrição de 10 papéis que o gestor pode assumir. Cada papel representa atividades que os gestores conduzem para cumprir com as funções do PODC.
O autor categoriza os 10 papéis em três grupos:
Interpessoal;
Informacional, e;
Decisorial.
Papéis interpessoais
Representam as relações com as outras pessoas;
Mostram como o gestor interage e influencia as pessoas/subordinados.
Papéis informacionais
Descrevem as atividades usadas para manter e desenvolver uma rede de informações;
Mostram como o gestor intercambia e processa a informação.
Papéis decisoriais
Envolvem todos os eventos e situações que demandam a tomada de uma decisão.
Mostram como o gestor utiliza a informação em suas decisões.
Os papéis do gestor
Os papéis do gestor
INTERPESSOAIS
INFORMACIONAIS
DECISORIAIS
Fonte: Chiavenato (2004, p.25)
Como o gestor interage:
Como o gestor intercambia e processa a informação:
Como o gestor utiliza a informação nas suas decisões:
REPRESENTAÇÃO
LIDERANÇA
LIGAÇÃO
MONITORAÇÃO
DISSEMINAÇÃO
PORTA-VOZ
EMPREENDIMENTO
SOLUÇÃO DE CONFLITOS
ALOCAÇÃO DE RECURSOS
NEGOCIAÇÕES
Os papéis do gestor
Representação
Assume deveres cerimoniais e simbólicos, representa a organização, acompanha visitantes, assina documentos legais.
Liderança
Dirige e motiva pessoas, treina, aconselha, orienta e se comunica com os subordinados.
Ligação
Mantém redes de comunicação dentro e fora da organização, usa malotes, telefonemas e reuniões.
Os papéis do gestor
Monitoração
Manda e recebe informação, lê revistas e relatórios, mantém contatos pessoais.
Disseminação
Envia informações para membros de outras organizações, envia memorandos, relatórios, telefonemas e contatos.
Porta-voz
Transmite informações para pessoas de fora, através de conversas, relatórios e memorandos.
Os papéis do gestor
Empreendimento
Inicia projetos, identifica novas ideias, assume riscos, delega responsabilidades de ideias para outros.
Resolução de conflitos
Toma ações corretivas em disputas ou crises, resolve conflitos entre subordinados, adapta o grupo a crises e a mudanças.
Alocação de recursos
Decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e estabelece prioridades.
Negociação
Representa os interesses da organização em negociações com sindicatos, em vendas, compras ou financiamentos.
Os papéis do gestor
No fundo, os papéis que gestor pode vir a assumir dependem fortemente do conhecimento, habilidades e atitudes do mesmo. Os papéis administrativos constituem o que o gestor “faz”, enquanto que as três competências duráveis constituem o que o gestor “é”. Fazer e ser: eis as duas questões fundamentais do gestor eficiente e eficaz. No entanto, ser é mais importante do que fazer. (CHIAVENATO, 2004, p. 24)
Quem “é” o gestor brasileiro?
“A cultura brasileira apresenta alguns traços que lhe permitem distinguir-se de outras culturas nacionais. Esses traços definem um estilo brasileiro de administrar, que, em alguns casos, reforçam vantagens comparativas, mas que, em outros, criam dificuldades aos gestores.” (SOBRAL; PECI, 2008, p. 17)
Quem “é” o gestor brasileiro?
Uma das principais pesquisas sobre o estilo brasileiro de administrar foi realizada em 1996 por Betânia Barros e Marcos Aurélio Prates. Esses pesquisadores desenvolveram um modelo de interpretação da cultura brasileira segundo quatro subsistemas: o institucional; o pessoal; o dos líderes e; o dos liderados.
Das interseções entre eles surgem os traços da cultura brasileira e seu sistema de ação.
A interseção dos subsistemas resulta em nove traços culturais dos gestores brasileiros.
Sistema de ação cultural brasileiro
Fonte: Barros & Prates (1996) 
Sistema de ação cultural brasileiro
Fonte: Barros & Prates (1996) 
Características dos gestores brasileiros
De forma complementar, Costa, Fonseca e Dourad, também pesquisadores brasileiros, consideram que o estilo de gestão brasileiro seria caracterizado por uma série de atitudes e comportamentos, tais como:
Visão imediatista, que dá prioridade à perspectiva de curto prazo;
Desvalorização do planejamento em geral, e do planejamento estratégico em particular;
Adoção de estruturas organizacionais centralizadas, que dão ênfase à hierarquia e a sistemas de tomada de decisão autocráticos;
Uso de sistemas de controle episódico, de caráter punitivo;
Prática de relações interpessoais, baseadas na docilidade e no respeito pelo poder constituído;
Prevalência de um estilo gerencial marcado por grande distância entre discurso e prática, que procura disfarçar formas autoritárias de poder com uma retórica de participação e envolvimento;
E, domínio de uma conduta gerencial sensível a modas e modismos gerenciais.
Características dos gestores brasileiros
Mesmo em contextos de adversidade cultural, existem gestores aptos a guiar suas organizações com eficácia e eficiência, e os brasileiros demonstram isso.
Cabe à administração, na condição de disciplina acadêmica, e por meio dessa ação transformadora, formar pessoas que sejam capazes de superar as adversidadesculturais, auxiliando os gestores no desenvolvimento de estilos de gestão únicos que incorporem o melhor da cultura brasileira.
Perfil das empresas brasileiras
Para entender a atividade empresarial do Brasil, é importante conhecer o contexto no qual as organizações atuam e não apenas as características do sistema cultural.
O ambiente organizacional brasileiro é muito peculiar e apresenta diversos obstáculos à criação e sustentação de negócios, dentre os quais se destacam:
A elevada carga tributária brasileira;
Elevados custos de funcionamento;
Falhas gerenciais;
Logística operacional;
Políticas públicas e legislação;
Etc.
A administração no contexto contemporâneo
As organizações vivem, atualmente, em um ambiente em constantes mudanças, as quais têm um impacto determinante no trabalho dos gestores, pois colocam-lhes desafios cada vez maiores. Para enfrentar esses desafios, os gestores precisam reconhecer as tendências dos ambiente organizacional, antecipando assim, os problemas e aproveitando as oportunidades.
A administração no contexto contemporâneo
Independentemente do tipo de organização e do país, é importante reconhecer que atualmente se vive em mundo globalizado e em uma dinâmica de constante mudança.
As principais mudanças e tendências afetam ao cotidiano das organizações e trazem novos desafios aos gestores.
Para enfrentá-los é preciso:
Desenvolver uma nova visão para seus negócios;
Apostar na diversidade cultural;
Considerar a ética e a responsabilidade social nas suas decisões;
Focalizar na estratégia;
Investir em treinamento e desenvolvimento contínuo das pessoas da organização.
O ambiente organizacional
As organizações não existem no vácuo. Elas vivem e operam em um meio ambiente que lhes serve de nicho. E nesse ambiente estão muitas outras organizações e empresas, algumas em cooperação outras, em competição. É do ambiente que as organizações obtêm seus insumos e recursos (entradas) e, é para ele que envia suas saídas, isso quer dizer, seus produtos e serviços.
Nesse sentido as organizações funcionam como sistemas, i.e., um conjunto integrado de atividades que agregam valor e geram riquezas. (Adaptado CHIAVENATO, 2004, p.68)
Um sistema pode ser definido como um conjunto integrado de partes, íntima e dinamicamente relacionadas, que desenvolve uma atividade ou função e destinado a atingir um objetivo específico.
O ambiente organizacional
AMBIENTE
RETROAÇÃO ou FEEDBACK
A
B
C
D
E
Fonte: Adaptado Chiavenatto (2004)
Entradas OU Insumos OU Input
Processos de Transformação
Saída OU Resultados OU Output
Classificação dos sistemas:
Quanto a constituição:
Físicos e concretos
São compostos de equipamentos, instalações e de objetos e coisas reais. Hardware. Podem ser descritos em termos quantitativos.
Abstratos e conceituais
São compostos de conceitos, abstrações, hipóteses e ideias. Software.
Quanto à natureza:
Fechados ou mecânicos
Intercâmbio pequeno e conhecido com o ambiente. Programados e determinísticos. Baixíssima flexibilidade.
Abertos ou orgânicos
Intercâmbio intenso com o ambiente. Probabilísticos e flexíveis. Sinergia.
O ambiente organizacional
O sistema tem características próprias. As duas principais são:
Totalidade ou globalismo
Todo sistema é um conjunto que prevalece sobre a visão analítica. “Veja a floresta, não a árvore.”
Abordagem teleológica
Todo sistema tem um propósito ou objetivo a alcançar. A função é maior que a estrutura.
Visões da Administração
Onipotente
Simbólica
O ambiente organizacional
Assim, as organizações, são sistemas abertos, interagindo dinamicamente com seus ambientes.
Ambiente é tudo que envolve externamente uma organização.
Por ser muito vasto, difuso e complexo, não é possível apreendê-lo e compreendê-lo em sua totalidade    
Ambiente geral ou macroambiente
Ambiente específico ou microambiente
O ambiente organizacional
Ambiente geral ou macroambiente
É o meio mais amplo que envolve toda a sociedade humana. É um contexto abrangente que afeta a todos. Assim, todas as organizações estão sujeitas ao seu impacto, que é generalizado e amplo e repercute intensamente em todas s decisões administrativas
O ambiente organizacional
ambiente geral
Fonte: Adaptado Sobral & Peci (2008).
Variáveis Econômicas
Variáveis Tecnológicas
Variáveis Sociais
Variáveis Legais
Variáveis Políticas
Variáveis Culturais
Variáveis Demográficas
Variáveis Ecológicas
Ambiente específico ou microambiente ou de tarefa
Se refere ao ambiente mais próximo e imediato de cada organização. Isso significa que no ambiente específico estão os mercados utilizados e os mercados servidos pela organização.
O ambiente organizacional
Ambiente específico
Fonte: Adaptado Sobral & Peci (2008).
FORNECEDORES
Recursos
Serviços
CLIENTES
CONCORRENTES
AGÊNCIAS REGULADORAS
Governo
Sindicatos
Energia
Informação
Associações
Grupos de interesses
O ambiente funciona como um campo dinâmico de forças que interagem entre si provocando mudanças e influências diretas e indiretas sobre a organização.
HOMOGENEIDADE E HETEROGENEIDADE
Homogeneidade ocorre quando os elementos ambientais apresentam as mesmas características e ações decorrentes de suas necessidades
Heterogeneidade é o exato oposto. Ela é a responsável, ainda, pela complexidade ambiental.
ESTABILIDADE E INSTABILIDADE
Para tratar de um ambiente estável, a organização adota características mecanicistas ou burocráticas em face à permanência e imutabilidade dos elementos ambientais.
Já para tratar de um ambiente instável, a organização adota características orgânicas e adaptativas, face à inovação e mutabilidade dos elementos ambientais.
O ambiente organizacional
INCERTEZA E DEPENDÊNCIA
A incerteza ambiental refere-se à existência de informações insuficientes sobre os fatores ambientais e é definida pelo número de fatores no ambiente organizacional e pelo ritmo de mudança deles.
O grau de dependência influencia a relação da empresa com fornecedores, clientes, concorrentes e agências governamentais.
O ambiente organizacional
“O difícil é trabalhar com incerteza e imprevisibilidade” – CHIAVENATO (2004, p.83)
Domínio
Área de poder e de dependência de uma empresa em relação ao seu ambiente de tarefa.
Poder
Existe poder quando as decisões da empresa influenciam as decisões a serem tomadas pelos demais componentes do ambiente de tarefa.
Dependência
Existe dependência quando as decisões da empresa são influenciadas pelas decisões tomadas pelos demais componentes do ambiente de tarefa.
O ambiente organizacional
O ambiente pode influenciar de forma diferente as organizações, mas a forma de lidar com ele também depende do gestor.
O monitoramento constante;
Redes informacionais (inteligência competitiva);
Clipping e/ou Consultorias
As organizações que enfrentam alto grau de incerteza costumam se utilizar de algumas estratégias para adaptar-se às mudanças:
Previsão e planejamento;
Estrutura flexível;
Papéis de fronteira
Parcerias interorganizacionais, e;
Fusões e joint-ventures.
O ambiente organizacional
No entanto, é importante ressaltar a responsabilidade que as organizações podem ter sobre a mudança das condições ambientais. assim os gestores não devem se limitar a acompanhar as tendências do ambiente ou adaptar suas organizações a ele e, sim, tentar igualmente influenciar sua evolução.
Propaganda e relações públicas;
Atividade política e/ou de responsabilidade socioambiental e;
Associações de organizações (cooptação e coalizões).
     STAKEHOLDERS
O ambiente organizacional
Para o Tribunal de Contas da União, em sua Portaria nº 5, os stakeholders são todos aqueles que influenciam de forma decisiva ou são importantes para o sucesso da organização. Pela sua análise, a organização pode identificar os principais atores envolvidos, seus interesses e o modo como esses interesses afetarão os riscos e as chances de sucesso da organização. (BRASIL, 2002)
As empresas devem administrarsuas relações com os stakeholders de forma proativa. Para isso precisam percorrer as seguintes etapas:
Identificação;
Determinação da importância e do impacto;
Determinação do grau de dependência;
Desenvolvimento de relação exclusiva.
O ambiente organizacional
Fonte: Sobral & Peci (2008).
Stakeholders
Clientes
Concorrentes
Fornecedores
Bancos e seguradoras
Órgãos do governo
Sindicatos
Acionistas
Empregados
Mídia
Grupos de ação sociopolítica
Associações do comércio e indústria
Matriz de relações com stakeholders
Incerteza ambiental
Importância do stakeholder
FONTE: Sobral & Peci (2008)
Alta
Baixa
Crítica
Não Crítica
Parcerias e alianças
Monitoramento de fronteiras
Gestão do stakeholder
Monitoramento do ambiente
Concluindo...
O sucesso ou o fracasso organizacional podem ser (e são!) influenciados pelo ambiente interno (entendido aqui pela cultura organizacional) e pelas mudanças do ambiente externo da organização, ou pela ação simultânea de ambos.
Os gestores atuam em um ambiente de incerteza inerente a qualquer organização. A administração é basicamente uma tentativa de diminuir essa incerteza, adotando estratégias de ação e modificando-as de acordo com os condicionantes ambientais.
Mesmo que a administração enquanto ciência, falhe ao descobrir variáveis que determinam efetivamente o desempenho organizacional, o papel do gestor como interprete, balizador e equalizador das interações complexas estabelecidas entre os ambientes interno e externo da organização está cada vez mais evidente.
referências
BARROS, B. T.; PRATES, M. A. S. O estilo brasileiro de administrar. São Paulo: Atlas, 1996.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Portaria nº 5. Brasília, 2002.
CERTO, S. C. Modern management: diversity, quality, ethics, and the global environment. Boston: Allyn & Bacon, 1994.
CHIAVENATO, I. Administração para os novos tempos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DAFT, R. L. Administração. 2.ed. São Paulo: Cegage Learning, 2010.
KREITNER, R. Management. Boston: Houghton Mifflin, 1998.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2008.
OLIVEIRA, D de. Sistemas, Organização e Método. São Paulo: Atlas, 2001.
SOBRAL, F. A.; PECI, Alketa . Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Education, 2008.

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