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Sistema de Ensino Presencial Conectado
nome do cursO
 
 ana aparecida de souza
 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
 (
Ribeirão das Neves
2018
)
1
 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de pedagogo.
Orientador: Prof. Ivanete Dias de Jesus Carolino
Souza , Ana aparecida de Souza. Alfabetização e Letramento: 2018. 47 folhas. Projeto de Ensino Pedagogia – Unopar. Universidade norte do Paraná, Ribeirão das Neves, 2018
RESUMO
Este trabalho vai apresentar uma curta e breve análise sobre as apropriáveis competições entre leitura e escrita, onde aborda o processamento de alfabetização e o letramento, assinalando a distinta terminologia entre elas. Destaca - se, ainda, a importância de se alcançar as práticas sem desfigurar a alfabetização, de modo que, se complementem e viabilizem o levantamento do conhecimento, concedendo ao aluno o aprender e fazer uso da aprendizagem lado a lado. Traz uma essencial explicação sobre a importância da leitura e escrita, destacando sua expressão para a inclusão social do indivíduo, bem como, sua colocação no mercado de trabalho, mencionando o papel importantíssimo dos profissionais da educação, nesta etapa da vida do educando e, os desafios colocados para os estabelecimentos de ensino, nos dias atuais, mediante dificuldades para acompanhar o desenvolvimento do mundo contemporâneo, cujos avanços precisam ser acompanhados pelos envolvidos no processo educacional com o intuito de se adequar às tendências da cultura e sua repercussão na vida do cidadão. 
Palavras-chave: Alfabetização, letramento, construção do conhecimento e Aplicação da aprendizagem.
SUMÁRIO
1 Introdução....................................................................................................
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................
3.1Tema e linha de pesquisa...........................................................................
3.2 Justificativa.................................................................................................
3.3 Problematização.........................................................................................
3.4 Objetivos....................................................................................................
3.5 Conteúdos.................................................................................................
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................
3.9 Avaliação....................................................................................................
4 Considerações Finais...................................................................................
5 Referências..................................................................................................
6 Apêndice (opcional)......................................................................................
7 Anexos (opcional) ........................................................................................
INTRODUÇÃO
 
A alfabetização vêm sendo objeto de muitas questões no meio docente, fazendo com que os ponderados pelo processo alfabetizador se reunam em função das muitas controvérsias em volta do assunto, atentando para as práticas pedagógicas a serem adotadas.
 Com base no acordo dos recursos analítico-sintéticos, filiados a um conjunto de requisitos em benefício de uma alfabetização eficiente, o ensino da leitura e da escrita no país, durante algum tempo, privilegiou os aspectos sensível e motores em conjunto com a dominação da oralidade.
 Tamanha prática se comprovava na crença de que essa aprendizagem deveria se concentrar em fazer o aluno reconhecer as palavras, alcançando as correspondências fonográficas.
	Manifestou - se a apreensão em trabalhar palavras que tinham algum significado para o aluno por meio de cartilhas regionais, com isso, a prática era concentrada no saber acumulativo, baseado principalmente na cópia e na repetição, dando ênfase à memorização dos conteúdos, desconsiderando o desenvolvimento da percepção do desempenho e andamento do sistema de escrita alfabética e de sua utilização em situações do dia-a-dia do educando.
	Somente a partir de 1980 é que apareceram as primeiras discussões sobre a necessidade de novos princípios de alfabetização, inflamadas pelos resultados das pesquisas realizadas pela Psicologia cognitiva e pela Psicolingüística, que ressalta a importância do aluno compreender os sistemas alfabéticos e ter boas condições de aplicar suas capacidades de leitura e escrita em situações reais, a fim de evitar o analfabetismo funcional no Brasil.
	As descobertas de Ferreiro e Teberosky (1986) sobre a psicogênese da língua escrita nutriram importante perspectiva edificadora para o meio educacional, resultando em inovações nas construções das propostas de alfabetização, mostrando a evolução teórica da criança até conseguir alcançar a assimilação da escrita.
	Inserindo às idéias das descritas autoras às concepções de Smith (1971) deduz que, segundo tais pesquisadores, a leitura e a escrita devem acontecer por entremeio de textos concretos para que, tanto o leitor quanto o escritor consigam demonstrar seus conhecimentos da língua por se tratar de uma organização integrada, em que se relacionam com as figuras sintáticas, semânticas e fonológicas de modo a emprestar um grande significado ao que está representado graficamente.
	A ação social de leitura e escrita foram bem reforçadas com as pesquisas feitas na área da psicolingüística e sociolingüística que co isso destacaram as desigualdades entre a língua oral e a escrita, ressaltando que muitas crianças, apesar de não serem alfabetizadas no método convencional, por meio do contato com inúmeros tipos de textos desenvolvem a linguagem escrita e, ainda são capazes de realizar, com o apoio de um adulto alfabetizado, atividades de leitura e produção de texto. 
	Existem casos, em que crianças alfabetizadas apresentam muitas dificuldades no trato com a representação das palavras.
	A experiência com leituras de histórias na fase pré-escolar é bastante relevante para o desenvolvimento dos alunos nas próximas fases, em relação à leitura e escrita. Pesquisas mostram a relevância dos pais lerem e explorarem os textos narrativos com seus filhos, pois essa prática favorece o domínio da leitura e estimula o gosto à escrita, significando que, indivíduos que logo cedo entra em contato com o mundo da leitura tendem a se tornar bons leitores e escritores mais comprometidos.
Alguns estudos feitos a partir de 1980 adota uma teoria que proponhem diferentes modelos alfabetizador, entre eles, o processo de letramento, defendendo a alfabetização contextualizada e significativa, de forma bem reflexiva e natural.
	Com isso aparecem , os questionamentos: Qual será a melhor forma de alfabetizar? A Alfabetização e o letramento podem ser compreendidos como sinonímia?
	Este trabalho busca, esclarecer questões pertinentes ao tema em questão, com base em várias pesquisas bibliográficas da literatura já existente sobre o assunto. Permitem, ainda, ofertar materiais de pesquisas aos ligados no caso, também , profissionais ligados á educação, pais de alunos e todas as pessoas envolvidas a área de educação.
O primeiro capítulo, relata o processo alfabetizador, no segundo já fala da importância do domínio da leitura e da escrita já o terceiro, relata uma breve análise sobrea importância da alfabetização em conjunto com letramento.
Revisão Bibliográfica
Um olhar verídico sobre a alfabetização no Brasil revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, com conseqüências , metodológicas.
	Na atualidade, parece que mais uma vez estamos enfrentando outro momento de mudança, é o que expressa o questionamento a quem vem sendo submetidos aos quadros conceituais e as práticas decorrentes dos mesmos, que ainda prevalecem na área da alfabetização nos últimos três trinta anos; pesquisas que vem nos mostrando alguns problemas nos processos e resultados da alfabetização infantil no ambiente escolar,com isso trazem insatisfações e inseguranças entre os alfabetizadores, indecisão do poder público e da população diante da persistência do fracasso da escola em alfabetizar, exposta por avaliações nacionais e estaduais, que vem provocando críticas e motivando algumas proposta para reler as teorias e práticas atuais de alfabetização.
 Este presente momento é sem dúvida, desafiador, porque instigar a revisão dos caminhos já percorrido e a busca de novos caminhos, mas é também uma ameaça , porque pode nos conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos percorridos e a proposta de solução que representem desvios para indesejáveis descaminhos.
 Conceitos-Letramento: atualmente a definição mais difundida é apresenta por Magda soares, onde ela relata que o letramento é o resultado da ação de ensinar e também de aprender a ler e escrever. Onde os conceitos recentes, foram introduzidos na linguagem da educacional e das ciências lingüísticas há pouco mais de duas décadas; seu surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sócias na dentro da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico,onde o nível de aprendizagem da língua escrita é perseguido, tradicionalmente pelo processo de alfabetização. Os comportamentos e práticas da leitura e de escrita foram adquirindo visibilidade e importância á medida que a vida social e as atividades profissionais foram-se tornando cada vez mais centradas na e dependentes da língua escrita, levando em conta que a insuficiência de apenas alfabetizar – no sentido tradicional – a criança ou o adulto.
	A princípio, essa visibilidade se traduziu em uma adjetivação da palavra alfabetização onde o funcional tornou-se expressivo. Onde as tentativas de ampliação do significado de alfabetização, alfabetizar, por meio de afirmação como, alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar ‘‘, é outras semelhanças.
	A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e aprendizagem que efetivamente ampliem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado é que pode explicar o aparecimento da palavra letramento, que vem em decorrência da necessidade de destacar e configurar, nomeando-se, os comportamentos e alfabetização onde as práticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura e/ou a escrita estejam envolvidas. Por outro lado, é importante reconhecer que a alfabetização é entendida como aquisição do sistema convencional da escrita e distingue-se de letramento entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura da escrita em praticas social; destaca - se tanto em relação aos objetos de conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e lingüísticos de aprendizagem e, com isso, também o ensino desses diferentes objetos, isso esclarece por que é conveniente a separação entre os processos.
	Por outro lado, necessita também reconhecer que, mesmo distintos, a alfabetização e o letramento são interdependentes e indissociáveis; a alfabetização só faz sentido quando é desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e com dessa prática, ou seja, em um contexto de letramento; este por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da leitura por meio da aprendizagem do sistema de escrita. Distintos, mas indissociável, por meio da interdependência e as conseqüências têm para a aprendizagem da língua escrita na escola?
	Contudo, o eixo no processo de explicação da língua escrita pela criança e a ênfase na importância de sua interação com as práticas de leitura e de escrita, como meio para gerar uma motivação nesse processo, tem subestimado, na vivência escolar da aprendizagem inicial da língua escrita, o ensino disciplinar das relações entre a fala e a escrita, de que se ocupa a alfabetização, tal como anteriormente definida. Em conseqüência do construtivismo ter provocado os processos espontâneos de compreensão da escrita pela criança, ter condenado os métodos que enfatizavam o ensino direto e explícito do sistema de escrita e, é fundamental uma teoria psicológica, e não pedagógica, não ter proposto uma metodologia de ensino, os professores foram levados a supor que, a despeito de sua natureza convencional e freqüentemente arbitrária, as relações entre a fala e a escrita deveriam ser construídas pela criança de forma incidental e assistemática, um aspecto natural de sua junção com numerosas e variadas práticas de leitura e de escrita, ou seja, através de atividades de letramento, que prevalecerão , sobre as atividades de alfabetização. É com isso a ausência no ensino direto, e sistemático da transferência da rede sonora da fala para a forma gráfica da escrita que tem levado a críticas que atualmente vêm sendo feitas ao construtivismo, e explica por que vêm surgindo, e surpreendendo com, propostas de retorno a um critério fônico como solução para os problemas que a aprendizagem vem enfrentando pelas crianças na língua escrita. Porém, não é voltando ao passado , superado e negando avanços teóricos incontestáveis que esses problemas serão esclarecidos e resolvidos. Por outro lado, ignorar ou recusar a crítica aos atuais pressupostos teóricos e a insuficiência das práticas que deles têm decorrido resultará certamente em mantê-los inalterados e persistentes. Ou seja: o momento é de procurar caminhos e recusar desvios.
	Caminhos e desvios a aprendizagem da língua escrita tem sido um constante objeto de pesquisas e estudos de várias ciências, nas últimas décadas, cada uma delas favorecendo uma das facetas dessa aprendizagem; para citar as mais conhecidas: a faceta fônica, que fala do desenvolvimento da consciência fonológica, fundamental para que a criança tome consciência da fala como um conjunto de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons, e a aprendizagem das relações fonemas, grafema e demais convenções de transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita; a faceta da leitura fluente, é a que exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças; a faceta da leitura compreensiva, que supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, interferência, entre outras; a faceta da identificação e do uso correto das diferentes funções da escrita, dos vários portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto...
	 Justifica – se cada uma dessas facetas teóricas de aprendizagem, princípios fonéticos e fonológicos, lingüísticos, psicolingüísticos, sociolingüísticos, teorias da leitura, teorias da produção textual, teorias do texto e do discurso... 
	Em conseqüência disso, cada uma dessas facetas exige metodologia de ensino específica, de acordo com sua natureza de cada, algumas das metodologias caracteriza o ensino direto e explícito, como é o caso da faceta para a qual se volta à alfabetização, outras por ensino muitas vezes incidental e indireto, porque dependente das possibilidades e motivações das crianças, bem como das circunstâncias e contexto em que se realize a aprendizagem, como é o caso das facetas que se caracterizam como de letramento.
A tendência, ultimamente, tem sido privilegiar, a aprendizagem inicial da língua escrita, apenas uma das várias facetas e em conseqüênciadisso, apenas uma metodologia: fazendo com que os métodos hoje considerados como “tradicionais” , voltam ‐ se predominante para a faceta fônica, isto é, para o ensino e a aprendizagem do sistema de escrita; por outro lado, também tem feito o chamado “construtivismo”, que se volta predominantemente para as facetas referentes ao letramento, privilegiando o envolvimento da criança com a escrita em suas diferentes funções, seus diferentes portadores, com os muitos tipos e gêneros de texto. Porém , os conhecimentos que atualmente esclarecem tanto os processos de aprendizagem quanto os objetos da aprendizagem da língua escrita, e as relações entre aqueles e estes, evidenciam que privilegiar uma ou algumas facetas, subestima ou ignora outras, é um erro, um desvio no ensino na aprendizagem da língua escrita, mesmo em sua etapa inicial, pode ter fracassado nesse ensino e aprendizagem; o caminho para chegar a esse ensino e aprendizagem é a articulação de conhecimentos e metodologias fundamentados em diferentes ciências, e sua tradução em uma prática docente que integrem as várias facetas, isto é, que articule a aquisição do sistema de escrita, que é favorecida por ensino direto, organizado , aqui compreendido como sendo o processo de alfabetização, com o desenvolvimento das capacidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais de leitura e de escrita, onde se compreende como, sendo o processo de letramento.
	 A utilização, acima, dos verbos integrar, articular retoma a afirmação anteriormente feita de que os dois processos – alfabetização e letramento – são, no estado atual do conhecimento sobre a aprendizagem inicial da língua escrita, indissociáveis, simultâneos e interdependentes: a criança será alfabetizada, isto é, constrói seu conhecimento do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita, em decorrência do letramento, isto é, no contexto de que por meio da interação com material escrito real, e não artificialmente construído, e de sua participação em práticas sociais de leitura e de escrita; por outro lado, a criança desenvolve habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais que a envolvem no contexto , por meio do processo de aquisição do sistema alfabético e ortográfico da escrita. 
	O alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita, é, sem sombra de dúvidas, o caminho para a superação dos problemas que foram enfrentados nesta etapa da escolarização; os desvios serão tentativas de voltar a privilegiar uma ou outra faceta, como foi feito no passado, como se faz até hoje, sempre resultando em fracasso, este reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo e competente ao mundo da escrita. (Revista Pátio, o, n. 29, fevereiro de 2004).
 Moacir Gadotti acredita que a criação de um novo termo para designar o que Paulo Freire já obtinha em sua alfabetização e, assim como Emília Ferreiro defende, um “retrocesso conceitual”, uma supervalorização do que poderia ser chamada “cultura escrita”, desvalorizando a visão de Freire, pois alfabetização passa a ser simplesmente codificação e decodificação, mas, na realidade, em Paulo Freire se ultrapassa esta definição, sua visão é como leitura do mundo que precede a da palavra, visão critica e que traz transformação.
Gadotti é crítico com a visão dos defensores do letramento como mais amplo do que a alfabetização, ou que são equivalentes, pois seria a habilidade de leitura e escrita nas práticas sociais e profissionais, e sua importância estaria nas novas demandas da sociedade de adaptação às transformações que ocorrem num ritmo muito acelerado. É importante que se observe e compreenda essa crítica, pois a visão de Paulo Freire não se resume a leitura e escrita e seu acesso antes da alfabetização mas da leitura do mundo. 
E a aquisição não é para simplesmente adaptar, mas transformar. Em suas palavras tenta demonstrar que o termo letramento pode causar um erro além do conceitual e ser ideológico, podendo desvalorizar toda a cultura do termo alfabetização nos escritos de Freire e centenas de anos de cultura alfabetizadora, reduzindo alfabetização à leitura e escrita. Esta observação ideológica não é algo a se desvalorizar, o termo letramento na visão ingênua e de continuidade da desigualdade pode trazer muitos perigos epistemológicos em relação a utilidade da leitura e escrita e continuação da situação vigente, no entanto, é possível que este termo possa demonstrar a diferença de uma leitura e escrita simplesmente bancária, tradicional e sem qualidade para uma crítica e social que venha melhorar o aprendizado. E nas palavras de Freire o letramento reflete uma briga política por melhorais na educação e que melhore o índice de analfabetismo no Brasil.
O letramento pode, no entanto, servir para que haja a qualidade na educação, nos avanços e transformação, e não desvalorizem os escritos, pelo contrario, distingui a forma de letramento que estava implícita em seus métodos e as valoriza ainda mais. Pesquisadores e pedagogos críticos tem realizado sempre como foco a “leitura de mundo” e as observações de seus livros quando demonstram características do letramento e quando as ultrapassem.
Paulo Freire possui uma concepção crítica, não somente em relação à alfabetização e letramento, mas também considerando a educação na sua totalidade, onde observa a educação como bancária. Para melhor compreensão, é possível e necessário realizar uma comparação de sua crítica à educação bancária, com o modo, método e utilidade da alfabetização que é realizado tradicionalmente. A alfabetização na concepção bancária se baseia na transmissão de conhecimentos do educador ao educando, dessa forma o educando é apenas o objeto da aprendizagem que se encontra vazio e o professor deve apenas depositar os conteúdos. 
Esta relação acontece nas relações tradicionais de alfabetização onde o educador é o único conhecedor e o educando não traz nada de sua realidade, por esta razão, no ensino é desconsiderada a realidade e os conhecimentos do aluno, considerando-o como recebedor passivo e decorador de sílabas, que irá aprender com as repetições que tradicionalmente se decoram nas alfabetizações e que se tem passado de gerações em gerações. Desta forma, a alfabetização é narradora e dissertativa. Nesta concepção de educação, os alunos somente recebem conhecimentos como se fossem arquivos.
	A alfabetização na concepção bancária não possibilita o verdadeiro acesso ao saber que segundo Freire é crítica de invenção e reinvenção, de busca permanente feita no mundo, com o mundo e com os outros, (2005, p. 67), assim, mantêm - se e estimula a contradição refletindo a sociedade opressora e sua visão, reforçando a cultura do silêncio e de passividade dos oprimidos. Os indivíduos, nesta concepção de alfabetização, não tem voz, pensar próprio, leitura do mundo e a possibilidade de uso dos seus conhecimentos para uma ação. “Tornam-se homens espectadores e não criadores do mundo”.
 A alfabetização é dada como se fosse desvinculada da realidade, ingênua, por isso se usa frases prontas, sem criticas e muitas vezes sem sentido, além de cartilhas e livros que só reforçam o caráter bancário. Os conteúdos para o aprendizado da escrita são acríticos e não refletem a realidade, mas, a prática alfabetizadora tradicional, faz com que o aprendizado da leitura seja ingênua e desvinculada da realidade. Outro exemplo importante de se destacar o controle da leitura, que expressa a alfabetização que os opressores querem, uma que limite a leitura e o verdadeiro saber, que apassive para a conformidade e não uma autonomia, que limite a leitura e o pensar para uma escrita mais crítica.
 A alfabetização em uma visão bancária e característica da escola tradicional é a que notadamente Paulo Freire contesta, uma que sirva para uma visão “elitista” da “norma culta”, em que é repassadoa língua padrão da classe dominante, sua cultura e ideologia, e que determine quando e como se deve usar a escrita. 
 De certa forma Paulo Freire ao escrever, percebeu que a sociedade praticava uma cultura de leitura e escrita, mas não de letramento, sua crítica à alfabetização tradicional traz consigo a junção alfabetização e letramento em seu método, um método não para repassar conhecimentos, mas para avançar em um letramento que sirva para as massas populares e que seja feito por elas.
 A alfabetização na perspectiva de Freire é perceptível claramente em seu método e suas práticas, e ao decorrer da alfabetização e realização do método podemos analisar o letramento e sua perspectiva como um conjunto em que dificilmente alfabetização, letramento e características histórico-culturais estão dissociados. 
 A alfabetização é muitas vezes tomada como uma aprendizagem de leitura e escrita simplesmente, e se observarmos somente dessa forma ingênua e tradicional de perceber a alfabetização não estaremos observando princípios básicos da educação, como uma real aprendizagem e letramento, uma necessária práxis que sirva para o aprendizado e não para a impossibilidade de prosseguimento no conhecimento pelo uso de leitura e escrita. Nesta visão, pode se observar o educando não como um ser, mas como um deposito de conhecimentos, algo que regularmente ocorra com muitas pessoas que lêem, mas não interpretam o que tem lido, pois recebem o código linguístico sem realmente serem letradas.
 Paulo Freire sempre teve uma visão abrangente que contém as características do letramento e da importância da leitura, leitura que para ele tem por finalidade inserir o indivíduo em um contexto de conhecimento e sabedoria para uma formação de conhecimento, algo que uma educação bancaria não objetiva. “(...) o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.”
(FREIRE, ,2009, p.60)
 No ponto de vista de Paulo Freire, é um realmente estudar, aprender, e no caso da alfabetização possui um ultrapassar do conceito bancário, pois existe um real e implícito letramento.
 Observa-se o letramento na visão de Freire, pois se deve realmente ter o conhecimento, não como seres passivos, mas compreendendo a real necessidade da aprendizagem da linguagem e da escrita, necessidade esta que se demonstra como algo da realidade, da vida social, e também como seres fazedores, demonstrando que se deve usar a escrita, e que esta é uma necessidade social desde sua aquisição. 
 Estes fatos reforçam o que a maioria de estudiosos tem concluído sobre o letramento, que seria para as necessidades de utilização de escrita e leitura exigidas pela sociedade e de importância nas várias práticas sociais. Paulo Freire, além de expressar características do letramento amplamente aceito, as ultrapassa. O aprendizado deve realizar-se visando o ser não como passivo, mas como sujeito ativo, e também se deve valorizar o social, histórico, e ação de seres transformadores. 
 O letramento tradicional pode ter como foco o acesso a varias fontes escritas, desvalorizando os que não têm acesso, desconsidera - os como iletrados, incultos, pessoas “ignorantes absolutos”, (PINTO, 1989, p.61) em que os menos favorecidos são ignorantes por não saberem algo e os das classes populares são cultos por saberem alguma coisa. 
 Paulo Freire ultrapassa essa noção ingênua de letramento e demonstra que mesmo pessoas com pouco acesso à leitura, possuem conhecimento da linguagem e letramento de vida em uma perspectiva construtivista.
 Não visa o adequar-se à realidade, que é o que ideologicamente poderia ser usado no letramento tradicional para uso na sociedade complexa e suas diversas utilidades da escrita, mas ultrapassando-a de maneira critica, de um cidadão que usa a linguagem e seus conhecimentos para transformar a situação. 
 Em questão de política, o letramento, se torna a leitura de mundo, por ela qualquer homem tem um letramento e sabe alguma coisa, assim como Tfouni, focaliza os aspectos sócios históricos do homem, “Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócios históricos da aquisição de uma sociedade” (TFOUNI,1995, p. 20 COLLELO), e como Paulo Freire tem sua “idéia - fonte” que foi citado por Fiori como “lúcido saber sócio pedagógico” (, 2005, p.8) assim, observa-se um método não como simples técnica de aprendizagem de leitura e escrita, observando a totalidade que ultrapassa nestes e muitos outros aspectos o que vem a ser letramento. 
 “As técnicas do método de alfabetização de Paulo Freire, embora em si valiosas, tomadas isoladamente não dizem nada do método”, (FREIRE apud FIORI, 2005, p.9), portanto, não pode ser tratada como simplesmente uma técnica mas com uma visão ideológica em que alfabetizar é humanizar. Reforçando esse aspecto “sensível” e humano, a Magda Soares expõe que "Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem, um mapa de quem você é, e de tudo que pode ser.", Paulo Freire observa esse mapa da condição de oprimido do ser, que passa pela leitura de mundo e reflexão das causas sociais, que leva a uma conscientização, um pensar certo, uma real leitura de mundo e das condições de vida.
 De grande valor é a contribuição de Freire em relação à leitura de mundo em que o ato de ler tem como ponto de partida a experiência de vida, leitura do contexto, depois da palavra. Paulo Freire busca aprofundar este letramento para que forme a leitura da palavra mundo, este letramento é o mais reconhecido de Paulo Freire e tem muitas lições a nos dar. 
 "Na verdade, o domínio sobre os signos da língua escrita, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da 'leitura' do mundo” (CARTAS A GUINÉ-BISSAU 1984 apud WIKIPEDIA) Esta percepção desmistifica a visão ingênua e ideológica de que os de famílias com pouco acesso a leitura tendem a ser “ignorantes em absoluto”, e que por sua falta de conhecimento dificilmente serão letrados, e que não poderão transformar a situação. Segundo Freire citado por Arruda (2009) “Aprender a ler e a escrever é aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto numa relação dinâmica vinculando linguagem e realidade e ser alfabetizado é tornar-se capaz de usar a leitura e a escrita como meio de tomar consciência da realidade e de transformá-la.” 
 Paulo Freire se volta aos oprimidos e demonstra que eles possuem letramento, o da leitura do mundo, o da leitura da sua realidade e que este é um reforço para um letramento escrito que ultrapasse e transforme as práticas de dominação em uma “práxis revolucionária” em “co-laboração” em dialogo o educador é um mediador, e o letramento não é dado pronto e obrigatório mas um “ato curioso do sujeito diante do mundo”. 
 Diante do citado, percebe-se que o letramento defendido por freire é diferente do tradicional, é um modelo ideológico. Segundo Street citado por Kleiman (1995, p.38), o letramento ideológico não se trata simplesmente de aspectos da cultura letrada, mas estruturas de poder da sociedade, e Paulo Freire foca nas lutas sociais, educação como prática de liberdade, alfabetização e letramento que ultrapasse as praticas sociais e relações de poder.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
2.1.1- O Processo de Alfabetização
Nas últimas décadas o sistema educacional brasileiro tem apresentado uma aparente falha no processo de alfabetização, percebida nas aferições do rendimento escolar promovidas pelo MEC (Ministério da Educação) revelando baixíssimo desempenho dos alunos em provas de leitura e escrita, resultando em estatísticasassustadoras quanto ao índice de semi-analfabetas na reta final do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Acerca disso, afirma Magda Soares:
 
Certamente essa perda de especificidade da alfabetização é fator explicativo – evidentemente, não o único, mas talvez um dos mais relevantes – do atual fracasso na aprendizagem e, portanto, também no ensino da língua escrita nas escolas brasileiras, fracasso hoje tão reiterado e amplamente denunciado.
 (SOARES, 2004, p. 9).
	A autora esclarece, ainda, que este fato não é novidade, a diferença é que antes era identificado apenas dentro das escolas, se revelando na forma de reprovação e repetência nas séries iniciais do ensino fundamental, hoje, porém, tornou-se público e notório.
	Menciona que há algum tempo atrás o processo de alfabetização nas etapas iniciais do fundamental representava “apenas uma das facetas da aprendizagem da língua escrita, ou seja, não havia a devida relação do sistema fonológico e o sistema gráfico com as demais aprendizagens e comportamento na área da leitura e da escrita”.
	Foi necessário,então,segundo a autora,“fugir a essa excessiva exclusividade”, no entanto, ao invés disso, “apagou-se a necessária especificidade do processo de alfabetização”.
	Dentre as várias causas possíveis para a perda dessa especificidade, Soares enumera as seguintes:
· A reorganização do tempo escolar com a implantação do sistema de ciclos, que, ao lado dos aspectos positivos que sem dúvida tem, pode trazer - e tem trazido – uma diluição ou uma preterição de metas e objetivos a serem atingidos gradativamente ao longo do processo de escolarização;
· O princípio da progressão continuada, que, mal concebido e mal aplicado, pode resultar e uma falta de compromisso com o desenvolvimento gradual e sistemático de habilidades, competências, conhecimentos;
· A mudança conceitual a respeito da aprendizagem da língua escrita que se difundiu no Brasil a partir de meados dos anos de 1980.
 (SOARES, 2004, p. 9).
	Na opinião da autora, a mudança conceitual sobre a aprendizagem da língua escrita parece ter sido o principal fator para a perda da especificidade da alfabetização: 
As últimas três décadas assistiram a mudanças de paradigmas teóricos no campo da alfabetização que podem ser assim resumidas: um paradigma behaviorista dominante nos anos de 1960 e 1970 é substituído em 1980, por um paradigma cognitivista, que avança nos anos de 1990, para um paradigma sociocultural.
 (SOARES, 2004, p.10).
	Observa-se, assim, a importância do construtivismo qualificado pelo modelo cognitivista que surgiu no Brasil a fim de alterar a concepção do processo de alfabetização, todavia, conforme afirma Soares, (2004, p.10): “no Brasil se difundiu amplamente o conceito equivocado de que só na fase da aprendizagem da língua escrita poderia um professor ser construtivista”. 
	É notória a contribuição emprestada pelo construtivismo ao processo alfabetizador do país, contudo, convém reconhecer os equívocos provenientes dessa mudança de paradigmas, como por exemplo, a perda de especificidade e a “desinvenção da alfabetização” conforme assinala Magda Soares: 
· Em primeiro lugar, dirigindo-se o foco para o processo de construção do sistema de escrita pela criança, passou-se a subestimar a natureza do objeto de conhecimento em construção, que é, fundamentalmente um objeto lingüístico constituído, quer se considere o sistema alfabético quer o sistema ortográfico, de relações convencionais e freqüentemente arbitrárias entre fonemas e grafemas. Em outras palavras, privilegiando a faceta psicológica da alfabetização, obscureceu-se sua faceta lingüística – fonética e fonológica.
· Em segundo lugar, derivou-se da concepção construtivista da alfabetização uma falsa inferência, a de que seria incompatível com o paradigma conceitual psicogenético a proposta de métodos de alfabetização. [...] Talvez se possa dizer que, para a prática da alfabetização, tinha-se anteriormente, um método e nenhuma teoria; com a mudança de concepção sobre o processo de aprendizagem da língua escrita, passou-se a ter uma teoria e nenhum método.
	A situação atual do processo de alfabetização no Brasil é bastante crítica, a começar pela precariedade do rendimento escolar que se estende das séries iniciais do ensino fundamental ao ensino médio.
	Importa reconhecer a representatividade da aquisição e apropriação da escrita alfabética e ortográfica na vida do educando e, cuidar para que esta ocorra em meio à diversidade de leitura e escrita, atentando, ainda, para a importância da aplicabilidade da leitura e da escrita nas práticas sociais.
	O domínio da leitura passa por uma diversidade de quesitos passíveis de progressivo desenvolvimento. A maioria das crianças precisa da escola para tal, enquanto um pequeno número é capaz de desenvolvê-la fora do ambiente escolar.
	O sonho de aprender a ler e escrever traz consigo uma série de fatores que recaem sobre o professor alfabetizador, sendo este um dos grandes responsáveis pelo êxito do aluno, embora nem todos os aspectos do processo dependam unicamente dele.
	É importante que esse profissional saiba que alfabetização e letramento devem resultar na preparação do indivíduo para exercer as atividades sociais que empreguem a leitura e a escrita, pois:
A alfabetização não é mais vista como a transmissão de um conhecimento pronto que, para recebê-lo, a criança teria que ter desenvolvidas habilidades, possuir pré-requisitos, enfim, apresentar uma “prontidão”. A alfabetização é resultante da interação entre a criança, sujeito construtor do conhecimento e a língua escrita. 
 (WEISS, 1994, p. 91). 
	Alfabetizar com letramento, portanto, não se fundamenta em treinamento repetitivo de um som uniforme, ao contrário, deve ser uma experiência divertida e significativa, mais parecido com uma aventura, como uma viagem a lugares desconhecidos; a leitura das notícias locais, o bilhete de um colega bem próximo, a interpretação da letra das músicas das paradas de sucesso ou daquelas do tempo da vovó ou da mamãe.
	É importante fazer a criança se lembrar de pessoas e fatos reais, do seu cotidiano ou outros assuntos de seu interesse como as histórias em quadrinhos das personagens preferidas, os anúncios da TV e as propagandas de brinquedos e artigos infantis.
	A aquisição da leitura e escrita não precisa ser necessariamente uma tortura para o aluno, deve-se cuidar para que o mesmo se aproprie dos códigos, signos e imagens de maneira natural, não de forma dolorosa. 
	Para Smith (1999, p. 57) isso é perfeitamente possível, afinal, “... não existe nenhuma diferença fundamental entre a maneira pela qual aprendemos a reconhecer objetos e a maneira pela qual aprendemos a reconhecer palavras escritas”. 
	A construção do sistema alfabético representa uma parte apenas do segmento de apropriação da leitura, não consiste no seu ponto de partida conforme se acreditava antigamente. 
	Precede a esta fase, o contato com o mundo letrado, quando o indivíduo constrói pseudo-leituras e desenvolve conceitos, que devem ser considerados em seu estágio de decodificação de símbolos, ao ser introduzido ao processo de alfabetização escolar, facilitando a aprendizagem, desde que haja contextualização, pois, à luz de Smith (1999, p. 125) “se a linguagem escrita tem significado para as crianças, elas aprenderão da mesma maneira que aprenderam a linguagem falada”.
	Apesar do grande acervo de recursos significativos disponíveis, nem todas as escolas podem contar com um trabalho de alfabetização em consonância com o letramento, sendo comum ainda o ensino-aprendizagem de maneira um tanto quanto tradicional, de forma inexpressiva e massacrante.
	Segundo Smith (1999, p. 135): “Ninguémnunca aprendeu a usar uma lista telefônica durante uma palestra; a experiência com uma tarefa específica, com uma ajuda amigável em situações significativas, torna possível a aprendizagem de qualquer habilidade”, contudo, vale lembrar que o descuido neste período imprescindível na vida da criança pode acarretar empecilhos difíceis de transpor, atravancando a alfabetização, tal como menciona Weiss:
[...] o desrespeito ao ritmo de construção da criança no ler e no escrever pode criar uma dificuldade que se avoluma como “bola de neve”, podendo chegar a estancar o seu processo de verdadeira alfabetização. Ela começa a apelar exclusivamente para a memória e, a partir de certo ponto, passa a não caminhar mais ou mesmo a se recusar a cumprir qualquer tarefa relacionada à leitura e à escrita.
 (WEISS, 1994, p. 92).
 
	A fim de evitar tais incidentes, é válido permitir à criança a sugestão de hipóteses e o compartilhamento de idéias, pois favorecendo a leitura espontânea e a escrita expressiva é possível alcançar resultados prósperos, segundo Smith:
A escrita que oferece aos leitores iniciantes as melhores percepções sobre a significação da linguagem escrita geralmente está fora dos livros, no mundo mais pessoal e próximo de suas próprias vidas. As crianças podem aprender mais sobre as bases da leitura lendo o nome da marca de um posto de gasolina, as palavras em um papel de bala ou a experiência do seu próprio nome sob o capuz do seu casaco do que de uma diversidade de livros e exercícios.
 (SMITH, 1999, p. 134).
 
 
	No Brasil, costuma-se confundir a ação de aprender com aquisição de informações, no entanto, o uso de métodos adequados que possibilitem ao aluno transitar do conhecimento ao saber utilizando-se da criticidade e da autonomia para descobrir as informações surtem maiores efeitos, pois a probabilidade de se conservar os conhecimentos que se descobrem é infinitamente maior do que os que são transmitidos aleatoriamente por intermédio de outros.
	Isso explica porque grande parte do que se aprende na escola, se esquece com o passar do tempo, enquanto que, o saber desenvolvido por meios próprios, resultantes de pesquisas e raciocínio individual permanecem, logo, a escola que ainda não se manifestou em prol do ensino democrático precisa se adequar a essa realidade, afinal, formar cidadãos para uma sociedade democrática e sustentável é um desafio para o qual as instituições de ensino terão que se preparar. O cenário atual apresenta exigências e situações excludentes, forçando os indivíduos ao domínio de diversas competências e, ainda, o controle das próprias emoções, pois serão testados a todo o instante quanto a sua inteligência emocional.
	Desse modo, a escola deve se mobilizar no intuito de se adequar a tal necessidade, observando a relevância dos aspectos afetivos e emocionais no processo de aprendizagem, em meio a um dinamismo de autonomia e auto-avaliação.
	Na opinião de Werneck, não se deve supervalorizar o ensino da linguagem escrita em detrimento da oralidade:
Uma escola que ainda privilegia a arte de escrever no lugar da arte de falar porque, quem fala, não deixa documento, é uma escola atrasada que criou no educador pouca confiança em sustentar com a palavra o que o aluno sabe.
 (WERNECK, 2002, p. 26).
	A colocação do referido autor é muito oportuna, pois se predomina a carência intelectual, sobram dificuldades. Talvez seja por isso que o Brasil tenha fome de leitura e escassez de bons escritores. 
	O cidadão brasileiro tem sede e fome de inúmeras coisas, dentre elas, qualidade de vida, que pode ser entendida como a satisfação de desejos utópicos, não alcançados, muitas vezes, pela falta de instrução, pela condição de ignorância que o distancia das boas oportunidades, favorecendo, assim, a marginalidade.
	Crianças abandonadas à própria sorte pelas famílias e pelos órgãos competentes serão abraçadas pelos “reis” do tráfico e da prostituição.
	Embora algumas pessoas queiram justificar o baixo índice de leitores no país com o fator financeiro, não seria justo concordar com tal idéia, afinal, em 1990 o governo federal implantou políticas de incentivo a leitura, enviando livros de literatura às escolas e implementando o Programa Fome de Livro, em 2004, com o propósito de prover todas as cidades do país com bibliotecas.
	Dessa forma, se o povo brasileiro continua carente de leitura não é por falta de acesso, mas talvez pela inexistência do hábito de ler, cabe, pois, a escola sanar ou, ao menos, amenizar essa necessidade, fazendo com que a cultura da leitura e também da escrita seja uma prática saudável e prazerosa na vida do educando.
	Em contato com o meio externo, a criança pode construir esses processos de modo natural e interessante, conforme idealiza Pedro Bandeira na poesia “Vai já pra dentro menino”:
“Vai já pra dentro, menino!
Vai já pra dentro, estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
Há tempo pra conhecer,
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
 
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim,
Terminando no começo!
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
 
Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
Se eu nunca me queimar?
Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo
Quero ter barro nos pés,
Eu quero aprender o mundo!”(Bandeira, 2002, p. 14-15).
Este poema denota que não é preciso enclausurar a criança para que aprenda, pois em contato com as coisas simples do seu cotidiano, ela vive, descobre, aprende, constrói e se diverte.
	Tal trabalho, contudo, requer algo muito importante no processo educacional: a afetividade. Como diz Chalita (2005) “acredito que só se consegue estabelecer uma relação de ensino-aprendizagem por meio da dimensão afetiva. Pode-se passar informação de muitas maneiras, mas para educar é preciso afeto”. 
	É possível, sim, haver um relacionamento amistoso entre professor/aluno no trabalho realizado em sala de aula, conforme sugere Alarcão:
Trabalho para o aluno. Trabalho para o professor. Para o aluno, o trabalho é a aprendizagem em suas várias dimensões. Para o professor, é a educação na multiplicidade de suas funções. Não se aprende sem esforço, e as crianças e os jovens precisam aprender a se esforçar, a trabalhar, a investir no estudo, na aprendizagem, na compreensão. Esforçar-se não deve equivaler a desprazer, mas tampouco, pode traduzir-se em metodologias castradoras do desenvolvimento das potencialidades escondidas em cada um. 
 (ALARCÃO, 2001, p. 17).
	Percebe-se, assim, a importância de se fomentar a construção do conhecimento, utilizando a leitura no ambiente escolar como passaporte para o mundo da escrita, não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas em todas as disciplinas do currículo, como suporte para o desenvolvimento de formas saudáveis de pensar e agir, favorecendo as condições essenciais para a inserção do indivíduo na sociedade letrada.
3.1Tema e linha de pesquisa
Acompanhar a evolução do mundo tem se tornado cada vez mais difícil para a escola, afinal, o desenvolvimento tecnológico tem transformado a sociedade num palco de implacáveis competições.
	A atual conjuntura estorva a inclusão social dos indivíduos menos favorecidos, pois, os obstáculos surgem na mesma proporção da evolução mundial, alargando as disparidades.
	Cresce, assim, a inquietudeacerca da formação do cidadão que se espera pronto para interatuar no cenário cujas imposições acentuam a necessidade de recursos educacionais conciliáveis com a realidade atual.
	Segundo os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa, a participação social do aluno passa pelo domínio da leitura e da escrita, pois através dessas competências poderá atuar na sociedade e ter acesso a uma gama de informações provenientes desta.
	A escola deve se preocupar em propiciar oportunidades para que o aluno tenha contato com variadas formas de leitura, favorecendo a inter-relação dos textos apresentados com o seu cotidiano:
Toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades pessoais.
 (PCN de Língua Portuguesa, 1997, p. 30).
		
	A utilização de vários tipos de textos, tanto na modalidade oral quanto escrita, é de suma importância no processo de alfabetização, pois a coesão e a coerência presentes nos textos trabalhados favorecem a consubstanciação, fator imprescindível para se distinguir um texto de um emaranhado de palavras.
	Na visão de Cagliari não se deve supervalorizar as questões ortográficas e textuais em detrimento das particularidades do aluno, afinal:
Uma criança pode lidar bem com seus textos orais na alfabetização, quer falando, quer escrevendo. A partir deles, pode aprender como a linguagem funciona, comparar sua fala com outros tipos de texto, de estilos diferentes e ir aprendendo a produção de textos orais e escritos dentro das expectativas da escola.
					 (CAGLIARI, 2004, p. 203).
	Em relação às peculiaridades do aluno, Pausas (2004) aponta que o professor deve ser o mediador entre a criança e o saber, favorecendo a independência na construção do conhecimento.
	O referido autor menciona, ainda, que a leitura e a escrita promovem novas vias de comunicação entre o aluno e sua realidade sociocultural. Sendo assim, a escola precisa se empenhar para garantir uma aprendizagem significativa, descartando antigas concepções de alfabetização como um agrupamento de símbolos sem significados.
	Devido às práticas de memorização e decodificação comuns, em muitas classes de alfabetização, segundo Ferreiro e Teberosky (1999) ocorre o distanciamento do ensino tradicional com a realidade do aluno, resultando na falta de interesse, pois as crianças não apreciam muito o ato de decorar.
	Na opinião de Gontijo (2003), para que haja aprendizagem significativa é necessário atentar para as relações sociais, pois a comunicação que permeia o convívio social é indispensável para o desenvolvimento psicoeducacional do indivíduo, sendo “por meio da linguagem que medeia às relações entre as crianças e o mundo humano e a relação das crianças e as outras pessoas que as apropriações se efetivam”.
	O homem como autor da própria história deve participar ativamente das atividades socioculturais, políticas e econômicas do país, atuando em prol das transformações necessárias a fim de atender os direitos constituídos.
	Para tanto, precisa se apropriar das habilidades de leitura e escrita, pois estas são de grande representatividade para sua inclusão no mundo letrado, tendo as instituições de ensino o compromisso de viabilizar tal apropriação, apresentando-lhe as convenções lingüísticas e fazendo-o compreender o impacto do uso social da língua padrão, em todas as esferas de atividades humanas.
	O novo cenário mundial trazido pelo século XXI não comporta mais uma escola cujos profissionais simplesmente transfiram informações, negligenciando os conhecimentos prévios do aluno, mas requerem um processo educacional centrado na capacidade do aluno em autogestão suas competências, aperfeiçoando suas práticas cotidianas no ambiente escolar, de modo que possa transformar suas informações em sabedoria, descobrindo a aplicabilidade da mesma.
	O caminho mais adequado para se alcançar tais propósitos é a socialização, que se dá por meio da integração nas atividades de leitura e através da autonomia nas aulas de produção de texto, conforme ressalta Alarcão (2001) convém ao professor repensar sua prática pedagógica e buscar novas alternativas didáticas e metodológicas com base na relação homem-mundo, centradas no diálogo sobre questões atuais e produtivas.
	O homem é naturalmente movido pela necessidade de saber e, é justamente isso que o faz sujeito da própria história, não devendo ser toldo dessa condição pelo processo de ensino-aprendizagem, ao contrário, deve ser estimulado a buscar cada vez mais conhecimentos.
	Segundo Freire (1985, p. 29): “Mais uma vez os homens, desafiados pela dramaticidade da hora atual, se propõem, a si mesmos, como problema. Descobrem que poucos sabem de si, de seu posto no cosmo, e se inquietam por saber mais”.
	Tal tendência pode ser aproveitada pelos educadores para explorar a curiosidade dos alunos, incitando seus interesses pela pesquisa, pelo desenvolvimento do saber, de forma agradável, sem imposições entediantes, desprovidas das obrigações passíveis de punição.
	Importa, contudo, que se observe a diferença entre saber a língua e os saberes da língua, ou seja, os conhecimentos gramaticais devem ter aplicabilidade nos diferentes contextos do dia-a-dia visando atender às exigências do mundo contemporâneo, conforme elucida Alarcão:
A sociedade, neste início de século, tem vivido transformações em ritmo acelerado, atingindo também a educação e demais ciências em evolução. Transformou-se a idéia que se tinha de conhecimento, de criança, de escola, de métodos. Tudo precisou evoluir, procurando acompanhar este movimento, este novo ritmo de vida.
 (ALARCÃO, 2001, p. 47).
	Auxiliar o indivíduo a se integrar na sociedade acarreta o desenvolvimento de sua competência discursiva, pois, em ambiente letrado, o discurso requer o domínio da língua oral e escrita.
	Dessa forma, não há mais espaço neste contexto para a instituição onde, de acordo com Saviani (1991, p. 18) “o professor transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos”, cabendo a estes a assimilação do que lhes foi transmitido, limitando-se a ouvir e repetir, deixando o pensamento e o questionamento a encargo do professor. A prática pedagógica, portanto, pode influenciar sobremodo o sucesso escolar do estudante, tal como evidenciam Abreu & Masseto:
É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidades que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos. O modo de agir do professor em sala de aula fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.
 (ABREU & MASSETO, 1990, p. 115).
	É fato que as ações do professor repercutem na aprendizagem, contudo, vale lembrar que a realidade atual tem sido um tanto quanto desestimuladora, pois imperam o desrespeito e a indisciplina em sala de aula, além da violência que, em muitas instituições já fazem parte do cotidiano escolar.
	Não é muito fácil estabelecer uma relação empática com alunos desinteressados e agressivos, no entanto, o professor precisa se esmerar para conquistar a simpatia dos mesmos, afinal, o sucesso do seu trabalho e o êxito desses indivíduos depende muito mais das palavras de motivação e do desenvolvimento da solidariedade e da superação de conflitos do que da simples preocupação com a absorção de informações.
	Desse modo, o profissional da educação que atua em contato direto com o aluno precisa estabelecer relação de cooperação, visando à construção da cidadania do aluno, mostrando-se aberto ao diálogo e demonstrando certa familiaridade com os problemas e dificuldades do educando para que se firme um relacionamento pautado na confiança e na cumplicidade.
	Deve-se considerar sempre, em quaisquer circunstâncias, que é recíproco o respeito queo professor espera do aluno, afinal, as relações humanas são bastante complexas e, se não ficarem bem esclarecidos os direitos e deveres das partes envolvidas, a situação pode ficar muito conturbada a ponto de se perder o controle conforme tem ocorrido em várias escolas, daí, a importância da agregação de valores humanos na relação professor/aluno para que seja possível estabelecer uma ponte entre os interesses e intenções de ambos.
	Há uma diferença notória entre o envolvimento e o comprometimento desses profissionais, professores que estão apenas envolvidos no processo educacional revelam total descaso pela prática de ensino e pouco se importam com o futuro dos educando, ao passo em que os professores realmente comprometidos se preocupam com os valores dos seus alunos e, portanto, não medem esforços na busca de estratégias e métodos que favoreçam uma boa interação e, estão sempre procurando sanar as dificuldades e encontrar soluções para os problemas rotineiros, respeitando os direitos da criança e esclarecendo seus deveres, sempre lado a lado com a mesma, jamais se utilizando de sua autoridade para humilhar e desestimular o aluno. 
O recente conceito de letramento, introduzido no meio educacional há duas décadas, aproximadamente, veio ampliar a concepção de alfabetização, tornando-se a princípio, sinônimo de ensinar a ler e escrever, desse modo, ambos os processos têm sido comumente confundidos, talvez pela necessidade de se inovar a compreensão sobre o sistema alfabético.
	A distinção dos termos não tem muita relevância no plano conceitual, no entanto, no contexto pedagógico importa que sejam considerados distintos, embora indissociáveis e interdependentes.
	Na visão de Soares (2004), o surgimento do letramento se explica pela “necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico...”, tornando-se mais importante em função da dependência da língua escrita gerada pelo mercado de trabalho e não atendida pelo processo tradicional de alfabetização.
A autora enfatiza que:
Alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais: distingue-se tanto em relação aos objetos de conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e lingüísticos de aprendizagem e, portanto, também de ensino desses diferentes objetos – isso explica porque é conveniente a distinção entre os dois processos.
 (SOARES, 2004, p. 90).
	A distinção terminológica dos dois processos, contudo, não exclui a idéia de aproximá-los, pois segundo Soares (2004, p. 90) “a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico altera-se e reconfigura-se no quadro de conceito de letramento, como também este é dependente daquele”.
	As práticas reducionistas e autoritárias da escola tradicional, centradas na assimilação das normas do sistema de escrita de forma descontextualizada, precisam ser substituídas ou acrescidas da aceitação da diversidade das atividades letradas, mesclando a aprendizagem e o uso da mesma, ao invés de fragmentar o processo, separando o ato de aprender do momento de se aplicar, na prática, o aprendizado.
	A proposta de alfabetização com letramento sugere uma articulação dinâmica entre a descoberta, a aprendizagem e o uso da escrita.
	É hora de se abolir as ultrapassadas justificativas pelas quais o profissional se exime da responsabilidade e deixa recair sobre o aluno toda a culpa do fracasso escolar.
	O momento requer uma relação dialógica e comprometida com a construção do conhecimento, substituindo as ações instrucionais por intervenções significativas.
	A apropriação da escrita representa uma qualificação primordial para a ascensão à cultura grafocêntrica, caracterizando uma vida cidadã integrada com os entorno socioculturais.
	Conforme enfatiza Kleiman (2002) “o impacto social da leitura se faz sentir em todas as esferas de atividades humanas, sejam elas do trabalho, do estudo ou do lazer”, ressalta, ainda, “a transformação acelerada da sociedade contemporânea demanda dos trabalhadores outras maneiras de aprender, entre elas, a leitura. [...] um único leitor, em grupo que não sabe ler, pode tornar-se agente do desenvolvimento do seu grupo por ter ferramenta necessária para atuar como agente de letramento”.
	O professor que reconhece no aluno que domina a leitura, um auxiliar em suas práticas alfabetizadoras, pode despertar naqueles ainda não alfabetizados convencionalmente maior interesse pelo processo. 
	Para tanto, se faz necessária uma inovação dos métodos e estratégias de ensino-aprendizagem, com vistas a facilitar o desenvolvimento das competências de leitura e escrita visando à inserção social e o perfil do cidadão necessário á sociedade moderna.
	Abreu & Masseta assim descrevem as características do professor facilitador, comprometido com o ensino democrático e dinâmico:
· Faz com que a composição dos grupos de estudo varie no decorrer do curso.
· Tenta evitar que poucos alunos monopolizem a discussão.
· Compartilha com a classe na busca de soluções para problemas surgidos com o próprio professor, com o curso ou entre alunos.
· Expressa aprovação pelo aluno que ajuda colegas a atingirem os objetivos do curso.
· Respeita e faz respeitar diferenças de opinião, desde que sejam opiniões bem fundamentadas.
· Expressa aprovação pelo aluno que toma iniciativa, desde que essa contribua para o crescimento da classe.
· Usa vocabulário que é claramente compreendido pelo aluno.
 (ABREU & MASSETA, 1990, p. 120). 
	Deve-se salientar a contribuição dos profissionais da educação para que esse novo aluno possa aprimorar suas práticas diárias, no ambiente escolar, a fim de se tornar um sujeito ativo, capaz de autogestão seu conhecimento.
	Não há mais tempo nem espaço para o educador que transmite a informação ao aluno, exige-se do mesmo a mediação das informações prévias do indivíduo, para que a partir destas se concretizem outras estratégias para ampliar o conhecimento, transformando informação em sabedoria e a mesma, em aplicabilidade.
	Segundo Alarcão (2001) o educador deve repensar sua prática pedagógica, buscando novas alternativas didáticas e metodologias realmente críticas e transformadoras a partir da relação homem-mundo, centradas em diálogos produtivos e temas hodiernos.
	 O homem por ser mobilizado pela necessidade de saber mais, se engaja na busca de informações, gerando o conhecimento e a criação de modos de aprender.
	Essa condição típica do ser humano não deve ser podada no período de alfabetização, podendo ser explorada para incitar o interesse pela pesquisa sobre assuntos relevantes para o aluno.
	É imprescindível reconhecer que ao chegar à escola a criança traz expectativas em relação à leitura e escrita, é válido sondar o que e para que ela quer aprender a ler e escrever e, a partir daí, encontrar o melhor caminho para trabalhar tais habilidades em sala de aula.
	Para tanto, a valorização da linguagem oral contribui bastante, pois ao adentrar a escola, as crianças levam consigo as impressões de sua identidade sociocultural.
	Sabendo que o Brasil é composto por uma considerável diversidade lingüística, que varia de acordo com o espaço geográfico ocupado e da classe social a que se pertence, os conhecimentos prévios, as crenças e as diferenças devem ser considerados pelos envolvidos no fazer pedagógico como legítimos e dignos de respeito, acolhendo, assim, os indivíduos com toda a sua bagagem cultural e, permitindo que se sintam à vontade para se expressarem segundo a linguagem que dominam.
	Certamente a escola terá a necessidade de demonstrar a importância da língua padrão e desenvolver competências lingüísticas que aproximem o aluno da mesma em função das exigênciassociais nesse sentido, contudo, importa uma prática pedagógica voltada para a relevância do ouvir, entender e interpretar, além da importância de se estruturar o pensamento e adequar a linguagem ao contexto e ao interlocutor.
	Cabe à escola na função de mediadora cultural, enriquecer o vocabulário do aluno propiciando o acesso a textos que favoreçam o contato com o emprego literário e expressivo da linguagem.
	A própria vivência da criança, seja no campo ou na cidade, as colocam em situações desafiadoras de leitura e escrita, pois circulam em âmbito de letramento, interagindo com diferentes tipos de texto, favorecendo a compreensão da escrita e, conseqüentemente, a aprendizagem da mesma.
	Neste cenário é possível descobrir muitos leitores e propensos escritores, guiados por caminhos diferentes e formas de aprendizagens diversas, mas sem o terror das atividades entediantes e da produção de texto sem sentido, pois ao lidar com temas de seu interesse e do “seu mundo”, não haverá o sentimento de obrigatoriedade da tarefa, então, aquilo que parecia tortura terá conotação de prazer.
3.2 Justificativa
Diante de um diagnóstico feito na escola, observamos algumas dificuldades entre os alunos do 1º ao 5º no, dentre elas: leitura, escrita e interpretação de te
Textos, e fez –se necessário a elaboração desse projeto que visa desenvolver uma maior aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa e lúdica.
Serão trabalhadas atividades com a participação de todos os alunos no processo de ensino e aprendizagem, com métodos mais lúdicos e recursos audiovisuais para que o ensino se torne mais eficaz. O letramento que compreende o domínio da leitura e da escrita como contato com o mundo, é o foco central desse projeto.
Tendo em vista os resultados do diagnóstico das turmas, que foi a primeira etapa do projeto, foi definido um plano de trabalho com as metas gerais a serem desenvolvidas durante as próximas etapas. Foram definidas também ações e atividades tendo por base as competências necessárias e que deveriam ser garantidas no processo inicial de alfabetização e letramento.
Ao trabalhar a construção dessas competências, acreditar-se-á que cada aluno será capaz, ao longo do desenvolvimento do trabalho, de identificar os diferentes portadores de textos bem como seus usos sociais. Esse projeto será mais um passo dado em prol do aluno, evitando principalmente que ele perca o estímulo na sala de aula. Dessa forma, acredita-se que haverá uma melhora substancial nas produções de textos e, conseqüentemente, melhor resultados nos estudos, de modo geral.
3.3 Problematização
Viver num ambiente letrado, onde são cultivadas e exercidas práticas sociais relativas à leitura e à escrita, permite à criança desenvolver conceitos e competências funcionais relacionados à escrita, assim como garantir que as crianças efetivamente aprendam a ler e escrever assim que entram na escola é o objetivo de todo alfabetizador, no entanto isso se tornou um grande desafio.
Dessa forma, quais questionamentos a trabalhar:
* Por que muitos de nossos alunos passam pelo Pré-escolar e vão do 1º ao 5º ano sem aprender a ler e escrever?
* De que forma a leitura, a escrita e a produção de textos terá significado para o aluno?
* Como intervir no processo ensino-aprendizagem?
* Que estratégias fará o aluno ler, escrever e produzir um texto satisfatoriamente?
3.4 Objetivos
Contribuir no processo de alfabetização e letramento dos alunos através de atividades lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para o desenvolvimento da leitura e escrita; 
* Adquirir competência na leitura e escrita;
* Conhecer alguns portadores de texto;
* Escrever ortograficamente correto;
* Saber interpretar vários tipos de texto;
* Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo ensino aprendizagem;
* Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema alfabético, leitura e produções de textos.
3.5 Conteúdos
Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A criação de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu conhecimento tornava-se um imperativo de saber/poder, que ensejava respeito e admiração pelos companheiros de tribo.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.
Nesse contexto surge a escrita e a leitura como imanentes à própria história da civilização.
A criação dessa disponibilidade, que chamamos escrita e leitura, cria outras disponibilidades, pois ela é a básica, dela provém as demais. Através da leitura e da escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se organizar num estágio atual da civilização, com a abstração a que nominamos “Estado”. O homem se organizou politicamente.
Mas voltando-nos ao campo do conhecimento humano, que é o que por ora nos interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia dos deuses, descortinaram as portas do saber, originando a busca da informação, do saber humano, do seu prazer.
Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A busca do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o estabelecimento do homem como ser social, como centro de convergência de todos os outros interesses.
Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará bons resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da leitura.
No dizer de Bárbara Vasconcelos de Carvalho:
“O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da inteligência e da sensibilidade da criança, para sua formação integral. O que fez Andersen o grande escritor universal e imortal foram as estórias ouvidas quando criança.”
Por outras palavras, a imaginação humana é imperiosa para a construção do conhecimento, e conhecimento também é arte, daí a importância da Educação Infantil para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-lhe condições de liberação saudável, ensinando-lhe a libertar-se no plano metafísico, pelo espírito, levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito da leitura.
Nessa caminhada na construção do conhecimento humano, não é de se olvidar a relatividade da importância dos livros didáticos, muitas vezes o único acesso disponível para a maioria do público infantil, sobre o que passaremos a discorrer nas próximas linhas. No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler na escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja, o da articulação entre a função social da leitura e o papel da escola na formação do leitor. Se dimensionarmos essa função social como sendo a necessidade do conhecimento e a apropriação de bens culturais, a leitura funciona, em certa medida, um meio e não um fim em si mesma. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura, que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e, lendo, aprendam algo”.
Oportuna a citação:
“ A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir dopovo brasileiro.” (BRAGA,1985,P.7)
O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção de sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus conhecimentos de mundo e de língua, que lhe possibilitarão a leitura.
Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento de alguns autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma vez inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da leitura que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos, dúvidas e indagações, sobretudo no que concerne aos caminhos por onde penetram na construção do seu conhecimento, e não apenas vinculados e dependentes de uma metodologia tradicional.
Para muitos adultos alfabetizados, a aquisição da escrita parece ser uma tarefa simples. Uma vez dominada a sequência de letras, seu traçado e nomeação, bastaria apenas o conhecimento do som que corresponde a cada uma destas letras para que, depois, combinando-as, pudessem ser formadas palavras e frases. A própria origem da palavra analfabeto, aquele que não domina o alfa ou o beta, ou seja, aquele que não domina sequer as duas primeiras letras do alfabeto, traz consigo esta idéia. Esta concepção, que reduz a escrita a um mero código de transcrição gráfica, não resiste, no entanto, a um exame mais detalhado, do ponto de vista psicológico. Sendo a linguagem escrita um sistema simbólico, sua aprendizagem vai requerer um aprendiz que reconstrua as relações entre as representações fonológicas e as representações ortográficas da língua. Esta é uma tarefa complexa. Dada a sua natureza social, as convenções da escrita não são evidentes por si mesmas.
O processo inicial de aquisição da escrita está intimamente relacionado à escolaridade, embora com ela não possa ser confundido. As práticas sociais relativas à leitura e escrita transcendem não só os limites da escola como, também, precedem a matrícula da criança no sistema formal de ensino. Há mais de duas décadas, somam-se evidências acerca da natureza gradual e dinâmica segundo a qual o processo de aquisição da língua escrita ocorre. (Ehri, 1999; Ferreiro e Teberosky, 1985;   Read, 1986).
Segundo as reflexões expostas por CAGLIARI (1993) a escrita é algo que o ser humano se envolve desde cedo em sua vida, e de acordo com o contexto sócio – cultural que homem vive o aprendizado da escrita se efetiva segundo determinados padrões, assim, a sociedade letrada que vivemos exige o domínio da escrita e alguma atividades no cotidiano ela é necessária, sendo que a escola é o local onde é mais expresso sua presença.
3.6 Processo de desenvolvimento
Elaboração da Proposta do Projeto de Intervenção
Reunião para exposição do projeto com professores, monitores, estagiários e pais de alunos
Primeira etapa: Diagnóstico dos alunos
Segunda etapa: preparação de material didático (jogos, atividades, cartazes, textos, etc.)
Terceira etapa: reagrupamento dos alunos
Quarta etapa: execução do projeto de intervenção
SUGESTÕES DAS LETRAS DAS CANTIGAS DE RODAS PARA SEREM TRABALHADAS
PROPOSTA DE TRABALHO:  ATIREI O PAU NO GATO
VERSÃO ORIGINAL
ATIREI O PÁU NO GATO TÔ TÔ
MAS O GATO TÔ TÔ
NÃO MORREU REU REU
DONA CHICA CÁ
ADMIROU-SE SE
DO BERRO, DO BERRO QUE O GATO DEU
MIAU !!!!!!
2ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…
PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
JESUS CRISTO, TO…TO
NOS ENSINA, NA…NA
A AMAR, A AMAR OS ANIMAIS
AMÉM!
3ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…
PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
O GATINHO – NHO…NHO
É NOSSO AMIGO – GO-GO
NÃO DEVEMOS
NÃO DEVEMOS
MALTARATAR OS ANIMAIS
MIAU!
PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA MÚSICA: ATIREI O PAU NO GATO
1. Colocar a letra na 1ª versão no quadro;
2. Colocar o CD para as crianças ouvirem e cantar com elas;
3. Questionar: sobre o que fala a cantiga? Se é correto o que está sendo tocado na música? Se eles conhecem outras maneiras de cantar essa mesma cantiga?
4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com as crianças;
5. Colocar a letra na 2ª versão no quadro.
6. Colocar a letra na 3ª versão no quadro.;
7. Fazer também com as crianças a leitura coletiva da cantiga na 2ª e 3ª versões;
8. Discutir: De qual das três versões gostaram mais? O que mudou em relação a 1ª forma como a música foi cantada? O que essa nova versão nos ensina?
9. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica nas três formas;
10. Fazer desenhos ilustrando: a 1ª , 2ª e 3ª versão da cantiga atirei o pau no gato;
11. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;
12. Destacar as palavra: GATO e realizar atividades: (1º oralmente e várias vezes, depois com atividade impressa) fazer com cada palavra em uma aula a depender do nível da turma.
Ex.: GATO
Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?
Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________
Quantas sílabas?___________
Qual a 1ª sílaba?__________
Qual a última sílaba?_________
Qual a 2ª sílaba?________
Quantas letras? _________
Quantas sílabas?___________
De que outros modos podemos escrever essa mesma palavra?
____________________ , _____________________ e ____________
13. Pedir para que as individualmente escrevam a palavra na lousa ( mesmo olhando se for o caso).
14. Pedir para que montem a palavra na sua mesa com o alfabeto móvel.
15. Estudar as famílias silábicas da palavra GATO no 4 tipos de letras: GA/GO/GU/GÃO e TA/TE/ TI/ TO TU TÃO.
16. formar palavras usando o alfabeto móvel (com as silabas que aparecem na palavra: GATO
17. Criar coletivamente frases com a palavra; realizar a leitura das frases coletivamente com os alunos, explicando sobre a questão da segmentação e pontuação e pedir para que os alunos escrevam as frases no quadro.
18. Cantar novamente a letra da cantiga com as crianças acompanhando apontando no cartaz;
19. Fatiar a letra da cantiga em tiras e pedir que os alunos montem a letra no papel metro ou cartolina dado por você e depois leiam para você (pode ser de grupo, dupla ou individual) a depender do nível da turma;
20. Pedir para que os alunos ditem a letra da cantiga e a professora escreve no quadro e faz com eles a leitura coletiva
21. Pedir para que os alunos copiem a letra da cantiga no caderno (orientar sobre o uso do caderno da direita para a esquerda, na linha, margens)
22. Fazer o ditado das palavras da cantiga;
23. Fazer palavra cruzada com e sem bando de dados para as crianças;
24. Fazer a letra da cantiga com lacunas para que as crianças reflitam sobre as palavras que faltam e completem;
25. Colocar o CD novamente e cantar acompanhando no cartaz
26. Fatiar a letra da cantiga em palavras e pedir que os alunos em dupla montem a letra em um cartaz ilustrando e leiam para a turma.
27. Colocar o CD e pedir que as crianças cantem brincando umas com as outras.
28. Recorte e colagem do animal (gato) cada aluno faz o seu.
PROPOSTA DE TRABALHO:  PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
A MENINA QUE EU GOSTAVA
NÃO GOSTAVA COMO EU
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Letra da cantiga: Pirulito que bate-bate
1. Colocar a letra no papel AP em letras garrafais;
2. Colocar o CD para a crianças ouvirem e cantar com elas;
3. Questionar: se gostaram? Sobre o que fala?
4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com as
crianças;
5. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica;
6. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;
7. Destacar as palavras: PIRULITO, BATE, EU, ELA, DELA, MENINA, COMO, SOU e realizar atividades: (1º oralmente e várias vezes, depois com atividade impressa) fazer com cada palavra em uma aula a depender do nível da turma.
Ex.: PIRULITO
Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?
Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________
Quantas sílabas?___________
Qual a 1ª sílaba?__________
Qual a última sílaba?_________
Qual a 2ª sílaba?________

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