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PRÁTICA JURÍDICA I RELATÓRIO DA ANÁLISE DE AUTOS FINDOS CÍVEL 1. DADOS DO ACADÊMICO: NOME: CÓDIGO: DISCIPLINA: Estágio Supervisionado II CURSO E SALA: Direito 2. DADOS DO PROCESSO: Autos nº: 20101207 134823 01 Natureza da ação: indenizatória - Indenização por danos morais Requerente: Maria Thereza Abad Requerido: TRASNCORP – Transportes Coletivos Ribeirão Preto Juízo: Primeira Vara Cível Comarca: Ribeirão Preto – SP Valor da causa: R$ 65.000,00 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS I. PETIÇÃO INICIAL Os autos em estudo são de natureza condenatória, de competência de jurisdição comum, sendo de primeira instância. A autora Maria Thereza Abad ajuizou a presente ação de indenização de danos morais contra a pessoa jurídica TRASNCORP, em razão do incidente de trânsito que lhe ocorreu durante o uso do transporte público pertencente a tal empresa, conforme prevê o boletim de ocorrência nas fls. 17-19. A autora é pessoa idosa e por essa razão foi pugnado tramitação preferencial do presente feito. Os fundamentos utilizados em defesa da parta postulante foram o da teoria da responsabilidade objetiva da requerida, o dever de indenizar, ademais a culpa presumida e a teoria do risco profissional, previstos nas fls. 4-12 do processo. Os pedidos postulados (fls. 13) foram a citação do requerido, a procedência do pedido da autora condenando o requerido a pagar a quantia arbitraria do juiz sendo sugerido R$ 65.000,00 e a concessão de benefício de assistência judiciaria gratuita, declaração constante na fl. 15. A requerida fez juntada de provas ao processo no que se refere ao dano físico que sofreu devido o incidente, tais como exames e receituários, previstos nas fls. 20-24. II. CONCILIAÇÃO Em conclusão localizada na fl. 32, foi concedido a autora o benefício da justiça gratuita, e foi designada tentativa de conciliação e recebimento da contestação. A tentativa de conciliação resultou infrutífera, conforme fl. 36, o procurador do requerido apresentou contestação com alegação de fato impeditivo, acompanhada de documentos, procuração e carta de preposição, dos quais foi dada ciência a parte contrária. O procurar do autor requereu prazo para se manifestar acerca da contestação e documentos juntados, e assim o juiz determinou. III. CONTESTAÇÃO O procurador do requerido fundamentou a improcedência do pedido alegando culpa exclusiva da autora fls. 41 – 46. Ademais afirmou que as provas médicas demonstradas pela requerente não comprovam nenhuma sequela grave, como foi afirmado nos autos. Pretextou a improcedência do pedido de indenização por dano moral, posto que o réu não agiu com dolo, culpa ou má-fé no incidente, e que a culpa do acidente foi exclusiva da vítima fls. 46 – 48. Além do mais, foi argumentado enriquecimento ilícito, em razão do valor excessivo a título de indenização pleiteado na petição inicial, que consta fora dos parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, conforme dispõe as fls. 49 – 53. Posto isso, foi pedido a improcedência dos pedidos constantes na presente ação de indenização por dano moral, condenando a autora a arcar com as custas processuais, honorários advocatícios e demais consectários legais. IV. RÉPLICA Foi apresentado réplica à contestação e documentos ofertados pela requerida. No que se refere a arguição de culpa exclusiva da autora (fl. 70-71), o procurador da requerente exprime que houve a tentativa ímpia de contradizer a realidade fática, assim como o que foi apresentado no boletim de ocorrência. Tendo em vista que foi juntada a inicial atestados e documentos médicos suficiente que provam o estado de saúde da autora após o incidente. Inclusive indicou que a requerida, embora negando sua responsabilidade, em momento algum impugnou quaisquer documentos acostados a inicial, demonstrando uma defesa de cunho genérico, fl. 72. No que tange a improcedência do dano moral, a defesa alega que a culpa não seria da autora e sim do condutor do veículo, sendo responsabilidade objetiva da requerida empresa. E no que diz respeito ao valor pleiteado a título de danos morais, a requerida se baseia em todas as provas que lhe foram apresentadas e todo o abalado físico e psicológico que sofreu. Por fim, impugna-se todas as teses defensivas ofertadas pela requerida, pugnando a autora pela integral procedência do presente feito, condenando a requerida, fls. 73-76. V. PROVA ORAL – TESTEMUNHAS O juiz determinou em despacho a produção de prova oral em audiência de instrução e julgamento, fls. 84-85. O rol de testemunhas foi apresentado dentro do prazo estipulado pelo juiz, fls. 87-118. A tentativa de solução resultou infrutífera, as partes manifestaram desistência dos depoimentos pessoais, o procurador do réu manifestou desistência da oitiva de testemunhas por ele arrolada, e apenas uma testemunha da parte requerente foi ouvida (fls. 120-123). O juiz decretou prazo para avaliarem possibilidade de acordo, devendo cada qual apresentar suas alegações finais, fl. 119. VI. CONCILIAÇÃO As partes optaram por transigirem colocando fim ao litígio, nos seguintes termos: a autora pagará a quantia total de R$ 8.000,00, em três parcelas mensais de R$ 2.666,66, com vencimento no dia 18 de cada mês. Se houver inadimplemento fica estabelecido o vencimento antecipado da dívida e multa de 20% e juros de 1% ao mês, passando essa avença a ter força de título executivo. Após o pagamento integral do acordo a autora se compromete a informar o juízo sobre o cumprimento do acordo, se tornando plena, total e irrevogável a quitação quanto ao objeto da presente ação. Cada parta arcara com seus honorários. Requerem a homologação do presente acordo, fls. 125-126. VII. SENTENÇA O juiz homologou o acordo celebrado para que produza efeitos jurídicos e regulares, e julga extinto o processo. Determina-se que a parte requerente se manifeste, após o término do acordo, no prazo de 5 dias, para declarar se foi devidamente cumprido, caso contrário se interpretará como satisfeito o crédito, fl. 128. A autora informa que foi cumprido integralmente o acordo celebrado, sendo assim, o juiz julga extinto o processo de execução, fl. 133.