Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEUROANATOMOFISIOLOGIA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Prof.: Felipe Tamer Filizzola L. Garcia ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Generalidades - Medula → miolo, o que está dentro. - A medula é um cilindro de tecido nervoso contido no interior do canal vertebral, sem preenchê-lo completamente. - Limita-se superiormente com o bulbo → forame magno do crânio. - Limita-se inferiormente ao nível de L2, no adulto. - O segmento final afina-se, formando o cone medular – revestido pelo filamento terminal meníngeo. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Forma e estrutura geral da medula - Forma cilíndrica, ligeiramente achatada no sentido anteroposterior. - Apresenta duas dilatações: intumescência cervical (plexo braquial – Inervação dos MS) e intumescência lombar (plexo lombossacral – inervação dos MI). - Apresenta os seguintes sulcos longitudinais: • Sulco mediano posterior. • Fissura mediana anterior. • Sulco lateral anterior (raízes Dorsais). • Sulco lateral posterior (raízes ventrais) Sulco mediano posteriorSulco lateral posterior Sulco lateral anterior Fissura mediana anterior ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Forma e estrutura geral da medula Na região cervical, existe o sulco intermédio posterior entre o mediano posterior e o lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior - Nos sulco lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. sulco intermédio posterior sulco mediano posterior sulco lateral posterior septo intermédio posterior funículo posterior sulco lateral anterior ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Forma e estrutura geral da medula - A substância cinzenta da medula localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um “H”. - Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar - no centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula – resquício do tubo neural. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Forma e estrutura geral da medula - A substância branca é formada por fibras, de maioria mielínica, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: • funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. • funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. • funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. *na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Conexão com os nervos espinhais – segmentos medulares - Filamentos nervosos: • sulco lateral anterior → raiz ventral do nervo espinhal • sulco lateral posterior → raiz dorsal do nervo espinhal • - as duas raízes se unem para formar os nervos espinhais distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal - a conexão com os nervos espinhas marca a segmentação da medula. - segmento medular de um nervo: parte da medula onde os filamentos radiculares desse nervo fazem conexão. - existem 31 pares de nervos espinhais correspondentes aos 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. - encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o osso occipital e C1. * O nervo C8 emerge abaixo da vértebra C7, o mesmo ocorre com todos os nervos abaixo de C8, que emergem de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Conexão com os nervos espinhais – segmentos medulares ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Topografia vertebromedular - No adulto, a medula termina no nível de L2. - Abaixo de L2 encontramos apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que em torno do cone medular e filamento terminal, constituem a chamada cauda equina. - Até o 4º mês de vida o crescimento da medula e do canal vertebral tem o mesmo ritmo. A medula preenche completamente o canal vertebral e os nervos dispõem-se horizontalmente nos forames intervertebrais - A partir do 4º mês a coluna cresce mais que a medula. Como as raízes mantêm relação com seus forames intervertebrais, há um alongamento das raízes nervosas e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. - Como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. - no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. - REGRA: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular subjacente. Ex: C6→C8 T10 → T12 Os processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Envoltórios da medula - A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: dura- máter, aracnóide e pia-máter. A dura-máter é espessa, chamada de paquimeninge; a aracnóide e a pia-máter são delgadas, chamadas de leptomeninges ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Dura-máter - É a mais espessa e envolve toda a medula, o saco dural. - Cranialmente, se continua na dura-máter craniana; caudalmente, termina em um fundo-de- saco ao nível da vértebra S2. - Prolongamentos laterais embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos. - Os orifícios para passagem das fibras nervosas ficam obliterados, impedindo a passagem de líquor. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Aracnóide - Entre a dura e a pia-máter. Possui um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnoideas, que unem este folheto à pia-máter. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Pia-máter - É a mais delicada e mais interna. Adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia- máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe os prolongamentos da dura- máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. - A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. - A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. - Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão. ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA E SEUS ENVOLTÓRIOS Espaço entre as meninges -Entre as meninges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas. -O espaçoepidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. - O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. - O espaço subaracnóideo contem uma quantidade grande de líquido cérebro- espinhal ou líquor. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Aspectos Gerais - na superfície da medula existem sulcos; - a substância cinzenta é circundada pela branca, constituindo os funículos anterior, lateral e posterior (divide-se em fascículos grácil e cuneiforme); - entre a fissura mediana anterior e a substância cinzenta localiza-se a comissura branca, local de cruzamento de fibras; - na substância cinzenta estão as colunas anterior, lateral e posterior. - os níveis da medula são diferentes quanto à forma, localização e ao tamanho; - a quantidade de substância branca em relação à cinzenta é tanto maior quanto mais alto o nível considerado; - a coluna lateral só existe de T1 até L2. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Divisão da substância cinzenta - Forma de borboleta ou “H”; - A substância cinzenta pode ser dividida em coluna anterior, coluna posterior e substância cinzenta intermédia. A substância cinzenta intermédia pode ser dividida em substância cinzenta intermédia central e substância cinzenta intermédia lateral. - - no ápice da coluna posterior existe uma área constituída por tecido translúcido, rico em células neurogliais e pequenos neurônios, a substância gelatinosa. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Classificação dos neurônios da medula - Os neurônios radiculares têm um axônio longo que sai da medula para constituir a raiz ventral. - Neurônios radiculares viscerais são pré-ganglionares dos sna, cujos corpos estão na substância cinzenta intermédia lateral, de t1 a l2 (coluna lateral), ou de s2 a s4. - Neurônios radiculares somáticos ou neurônios motores inferiores inervam músculos estriados e têm seu corpo localizado na coluna anterior. - Os neurônios motores inferiores podem ser divididos em: alfa e gama. - Os neurônios alfa são grandes, com axônio grosso, destinados à inervação de músculos. São fibras extrafusais – fora dos fusos neuromusculares. - Neurônio alfa + fibras musculares → unidade motora. - Os neurônios gama são pequenos, com axônios finos, responsáveis pela inervação das fibras intrafusais. - Os neurônios gama atuam na regulação da sensibilidade dos fusos neuromusculares, concomitantemente com a ativação dos neurônios motores alfa → coativação alfa-gama. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Classificação dos neurônios da medula - Neurônios cordonais possuem axônios que entram na medula pela substância branca, onde tomam a direção ascendente ou descendente, constituindo os funículos da medula. - O axônio do neurônio cordonal pode ficar do mesmo lado (homolateral/ipsilateral) ou cruzar para o lado oposto (heterolateral/contralateral). - Neurônios cordonais de projeção → axônios ascendentes que terminam fora da medula (tálamo, cerebelo...) - Neurônios cordonais de associação → ao passar pela substância branca bifurcam-se em um ramo ascendente e outro descendente, ambos terminando na substância cinzenta da medula. - Os neurônios cordonais de associação funcionam como um mecanismo de integração de segmentos medulares diferentes, permitindo a realização de reflexos intersegmentares na medula. - Os neurônios cordonais de associação dispõem-se em torno da substância cinzenta, onde formam os chamados fascículos próprios, existentes nos três funículos da medula. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Classificação dos neurônios da medula - Como são pequenos, os axônios desses neurônios sempre ficam na substância cinzenta; - Seus prolongamentos estabelecem conexão com as fibras aferentes → arcos reflexos medulares; - Célula de rashaw: está na parte medial da coluna anterior, tem axônio curto e inibem os neurônios motores. - Antes dos neurônios motores deixarem a medula, emitem um ramo colateral que faz sinapse com a célula de rashaw, cujo neurotransmissor é inibitório. - Assim, os impulsos nervosos que saem pelos neurônios motores são capazes de inibir o próprio neurônio através do ramo recorrente e da célula de reshaw. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Substância branca da medula - As fibras da substância branca formam tratos e fascículos que sobem e descem levando os impulsos nervosos. As fibras da periferia de um trato se dispõem lado a lado com as do trato vizinho; não há septos delimitando os diversos tratos e fascículos. - Quando a medula é lesada, observam-se áreas de degeneração acima ou abaixo das lesões; - Área de degeneração acima do ponto de secção → o trato degenerado é ascendente, ou seja, o corpo do neurônio localiza-se em algum ponto abaixo da lesão. - Área de degeneração abaixo do ponto de secção → o trato é descendente. - Assim, há tratos de vias ascendentes e vias descendentes. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Substância branca da medula • Vias descendentes - Originam-se no córtex cerebral ou no tronco encefálico e terminam em sinapse com neurônios medulares. Vias descendentes viscerais → terminam em sinapse com gânglios do SNA. Algumas, terminam em sinapse com os neurônios da coluna posterior, participando da regulação dos impulsos sensitivos no SNC. - As fibras mais importantes, vias descendentes motoras somáticas, terminam em sinapse com os neurônios motores somáticos. - As vias descendentes motoras somáticas eram divididas em : via piramidal e via extrapiramidal. - Hoje, não se aceita a divisão do sistema motor em piramidal e extrapiramidal. - Divisão morfofuncional de kuyper → via lateral e via medial (anteromedial). * Experimento com gato: Lesão do funículo lateral → perda dos movimentos finos das extremidades, sem alterar a postura Lesão do funículo anterior → alterações na postura e impossibilidade de ajustes posturais. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Substância branca da medula • Vias ascendentes - As fibras das vias ascendentes relacionam-se com fibras da raiz dorsal do nervo espinhal. - Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao chegar ao sulco lateral posterior, divide-se em dois grupos: lateral e medial. - Grupo lateral → fibras finas, dirigem-se ao ápice da coluna posterior. - Grupo medial → dirigem-se à face medial da coluna posterior. - Antes de penetrar na coluna posterior, cada uma das fibras se bifurca, dando um ramo ascendente e outro descendente sempre mais curto, além de vários colaterais curtos. - Todos esses ramos terminam na coluna posterior da medula, exceto um grande contingente de fibras do grupo medial, cujos ramos ascendentes, muito longos, terminam no bulbo. * Esses ramos constituem os fascículos grácil e cuneiforme, que ocupam os funículos posteriores da medula e terminam fazendo sinapse com os núcleos grácil (tubérculo do núcleo grácil) e cuneiforme (núcleo cuneiforme do bulbo). ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Substância branca da medula - As fibras e os colaterais da raiz dorsal ao penetrar na substância cinzenta da medula têm diversas possibilidades de sinapse que podem fazer. • Sinapse com neurônios motores, na coluna anterior – realização de arcos reflexos monissinápticos (arco reflexo simples), sendo conhecidos como reflexos de estiramento ou miotáticos, dos quais o reflexo patelar é um exemplo. • Sinapse com os neurônios internunciais – para realização de arcos reflexos polissinápticos, que envolvem pelo menos um neurônio internuncial, cujo axônio se liga ao neurônio motor. Um exemplo é o reflexo de flexão ou de retirada. • Sinapse com neurônios cordonais de associação – arcos reflexos intersegmentares, dos quais um exemplo é o reflexo de coçar. • Sinapse com os neurônios pré-ganglionares para a realização de arcos reflexos viscerais. • Sinapse com neurônios cordonais de projeção – cujos axônios vão constituir as vias ascendentes da medula, através das quais os impulsos que entram pelaraiz dorsal são levados ao tálamo e ao cerebelo. - As fibras que formam as vias ascendentes da medula são ramos ascendentes de fibras da raiz dorsal (fascículos grácil e cuneiforme) ou axônios de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES As grandes vias eferentes comunicam os centos supra-segmentares do SN com os órgãos efetuadores. Podem ser somáticas ou viscerais. As somáticas permitem a realização de movimentos voluntários, regulando ainda o tônus e a postura. Vias Eferentes somáticas é didaticamente divididas em: • Vias piramidais • Vias Extrapiramidais ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias piramidais: Trato córtico-espinhal ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias piramidais: Trato córtico-nuclear ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias piramidais Importância clínica: As fibras do trato córtico-espinhal são fundamentalmente cruzadas. O trato córtico-nuclear tem um grande número de fibras homolaterais. Assim, a maioria dos músculos da cabeça está representada no córtex motor dos dois lados. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias Extrapiramidais São tratos que não passam pelas pirâmides bulbares. Trato Rubro-espinhal Junto com o trato córtico-espinhal, controla a motricidade voluntária dos músculos distais dos membros. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias Extrapiramidais Trato Teto-espinhal: Origina-se no colículo superior, que se relaciona com a retina e o córtex visual, terminando na medula cervical alta. Logo, faz parte dos reflexos para a movimentação da cabeça aos estímulos visuais. Trato Vestíbulo-espinhal: Núcleos vestibulares recebem informações do ouvido e cerebelo, envia para os neurônios motores medulares, realizando a manutenção do equilíbrio. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias Extrapiramidais Trato Retículo-espinhal: É o mais importante dos tratos extrapiramidais. Interliga várias áreas da formação reticular com neurônios motores. Envolvem o controle de movimentos tanto voluntários como automáticos. Coloca o corpo na postura básica, ou postura de “partida”, necessária à execução de movimentos pela musculatura distal dos membros. ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL GRANDES VIAS EFERENTES: • Vias Extrapiramidais LESÕES MEDULARES COMPRESSÃO MEDULAR A Medula pode ser comprimida por qualquer alteração no canal ósseo; a síndrome de compressão medular é a mais frequente. Caracteriza-se pelo aparecimento de disfunção motora e sensorial abaixo do nível da compressão. A diminuição da força muscular (paresia) é decorrente do comprometimento da via piramidal (tratos corticoespinal anterior e lateral), sendo acompanhada de rigidez espástica, aumento de reflexos profundos (hiperreflexia) e reflexo cutâneo plantar em extensão (sinal de babinski). A diminuição da sensibilidade (hipoestesia) aparece nos dermátomos abaixo da compressão por comprometimento das vias ascendentes, apresentando, em geral, um limite claro, chamado nível sensorial. - Os tumores raquimedulares são processos expansivos que crescem progressivamente, comprimindo a ME. LESÕES MEDULARES COMPRESSÃO MEDULAR Estenose do canal da coluna lombar é o estreitamento do canal da medula lombar comprimindo as raízes dos nervos espinhais ou as raízes do nervo da cauda equina antes de sua saída pelos forames. LESÕES MEDULARES TRANSECÇÃO MEDULAR Uma obstrução na medula faz com que suas funções e reflexos medulares percam as descargas contínuas das fibras nervosas, provocando o choque espinhal. Cortes transversais na região cervical provocam paralisia dos membros superiores e inferiores, alem de músculos, condição chamada tetraplegia. Lesões na região torácica ou lombar causam paraplegia, que é a paralisia dos membros inferiores. - traumas da coluna verterbral → fraturas e luxações com lesão medular. - Fraturas da segunda vértebra cervical (áxis) no nível do odontoide, como pode ocorrer em um mergulho de cabeça em água rasa, pode causar compressão medular cervical alta e quadro de tetraplegia ou óbito por parada respiratória. https://www.infoescola.com/histologia/fibras-nervosas/ https://www.infoescola.com/neurologia/tetraplegia/ https://www.infoescola.com/neurologia/paraplegia/ LESÕES MEDULARES TRANSECÇÃO MEDULAR LESÕES MEDULARES LESÃO DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR - Comprometem a ME no nível da coluna anterior e provocam paralisias com atrofia muscular. Quando a lesão compromete somente o neurônio motor periférico, ou inferior, que forma a raiz medular anterior, há diminuição do tônus (hipotonia) e dos reflexos profundos (hiporreflexia). - O vírus da poliomielite pode provocar um quadro semelhante, assim como as atrofias espinais progressivas. LESÕES MEDULARES LESÃO DO FUNÍCULO POSTERIOR - Provocam a perda da propriocepção consciente. O paciente, ao fechar os olhos, desequilibra-se por perda da noção da sua posição no espaço, podendo cair (sinal de romberg). - A tabes dorsalis corresponde ao comprometimento do funículo posterior da ME na evolução da sífilis para o sistema nervoso. - Outro exemplo de patologia que afeta o funículo posterior é a ataxia de friedreich, doença hereditária autossômica recessiva.
Compartilhar