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Profa. Dra. Carolina Menezes MATERIAL COMPLEMENTAR Planejamento de Cardápios nos Ciclos de Vida 1. Anamnese: é um instrumento de avaliação nutricional que auxilia na estruturação de um plano alimentar adequado às necessidades do paciente. Compreender as necessidades do indivíduo. Obter informações relacionadas à alimentação. Ponderar os aspectos socioeconômicos, a disponibilidade de alimentos, as condições de aquisição e preparo. Objetivo do indivíduo. Planejamento alimentar 1. Anamnese Obter informações relacionadas à alimentação Refeições, horários, composição de cada refeição, preferências, aversões, intolerâncias alimentares, pessoa responsável pela preparação das refeições, tempo disponível para realizar as refeições, local onde serão realizadas e outras informações relacionadas aos hábitos alimentares. Planejamento alimentar 1. Anamnese Ponderar os aspectos socioeconômicos, a disponibilidade de alimentos, as condições de aquisição e preparo. Planejamento alimentar 1. Anamnese Objetivo do indivíduo Promoção da saúde, redução de peso, aumento de peso, planejamento para patologia específica, entre outros. Planejamento alimentar 2. Dados antropométricos: determinação do IMC (Índice de Massa Corporal). Planejamento alimentar IMC = Peso (kg) Altura (m)2 Fonte: OMS (2000) 2. Dados antropométricos: determinação do IMC (Índice de Massa Corporal). Planejamento alimentar IMC = Peso (kg) Altura (m)2 Mulher; 40 anos; 70kg; 1,68m IMC = 70kg / (1,68 x 1,68) IMC = 70 / 2,8224 IMC = 24,80 kg/m2 Eutrófica 2. Dados antropométricos: determinação do VET (Valor Energético Total). Determinar as necessidades energéticas por meio de equações considerando: gênero, idade, peso, altura e nível de atividade física. Planejamento alimentar 2. Determinação do VET (Valor Energético Total). Exemplo: indivíduo do gênero feminino, 40 anos, 1,68 m de estatura, 70kg, NAF moderado (1,27). Planejamento alimentar EER = 354 – (6,91 x idade) + [NAF x (9,36 x peso + 726 x altura)] 40 anos 1,27 70kg 1,68 2. Determinação do VET (Valor Energético Total). Planejamento alimentar EER = 354 – (6,91 x 40) + [1,27 x (9,36 x 70 + 726 x 1,68)] EER = 354 – (276,4) + [1,27 x (655,2 + 1219,68) EER = 77,6 + [1,27 x 1874,88] EER = 77,6 + 2381,09 EER = 2458,69 kcal 2. Determinação do VET (Valor Energético Total). Planejamento alimentar GEB (OMS, 99) = (8,7 x P) – (25 x A) + 865 GEB = (8,7 x 70kg) – (25 x 1,68m) + 865 GEB = 609 - 42 + 865 GEB = 1432 kcal GET = 1432 kcal x 1,5 (NAF) GET = 2148 kcal/dia 3. Seleção das refeições Fracionar a dieta em porções menores e mais frequentes. Realizar 4 a 6 refeições/dia, observando a rotina alimentar do indivíduo. Observar as refeições que compõem o dia (pequenas e grandes refeições). Planejamento alimentar 3. Seleção das refeições 6 refeições ao dia: 3 grandes refeições intercaladas por 3 pequenas refeições 6 refeições = 100% VET Planejamento alimentar Refeição % VET Sá (1990), Galisa; Esperança (2008) Assis; Vasconcelos (2007) Café da manhã 20 20 -25 Lanche da manhã - 5 Almoço 30 - 40 35 - 40 Lanche da tarde 10 10 -15 Jantar 30 - 40 15 - 25 Lanche da noite - 5 3. Seleção das refeições Baseando-se em uma dieta de 2148 kcal; utilizando % de distribuição das refeições proposta por Vasconcelos (2007). Planejamento alimentar Café da manhã 25% Lanche da manhã 5% Almoço 35% Lanche da tarde 10% Jantar 20% Ceia 5% Total 100% Para o café da manhã (25%) 2148 kcal ----- 100% X ----- 25% 100 X = 25 x 2148 X = 537 kcal 537 kcal no café da manhã GET = 2148 kcal/dia 3. Seleção das refeições Planejamento alimentar Refeição % VET Vasconcelos (2007) Kcal Café da manhã 25 537 kcal Lanche da manhã 5 107,4 kcal Almoço 35 751,8 kcal Lanche da tarde 10 214,8 kcal Jantar 20 429,6 kcal Lanche da noite 5 107,4 kcal Total 100% 2148 kcal O planejamento de cardápios deve levar em consideração diversos fatores técnicos, socioeconômicos e culturais, considerando-se alguns critérios. Coloque V para verdadeiro e F para falso para as afirmativas a seguir. ( ) Perfil da clientela que se queira abordar (faixa etária e sexo) e nível de escolaridade. ( ) Poder aquisitivo (classe social/renda). ( ) Tipo de trabalho exercido pelos usuários (braçal ou intelectual). ( ) Hábitos alimentares e padrão alimentar do cliente. Assinale a alternativa correta e sequencial. a) V - F - F - V b) F - V - F - V c) V - V - V - V d) V - V - F - V e) F - V - V - V Interatividade O planejamento de cardápios deve levar em consideração diversos fatores técnicos, socioeconômicos e culturais, considerando-se alguns critérios. Coloque V para verdadeiro e F para falso para as afirmativas a seguir. ( ) Perfil da clientela que se queira abordar (faixa etária e sexo) e nível de escolaridade. ( ) Poder aquisitivo (classe social/renda). ( ) Tipo de trabalho exercido pelos usuários (braçal ou intelectual). ( ) Hábitos alimentares e padrão alimentar do cliente. Assinale a alternativa correta e sequencial. a) V - F - F - V b) F - V - F - V c) V - V - V - V d) V - V - F - V e) F - V - V - V Resposta 4. Planejamento e distribuição do VET Os conceitos de alimentos fonte e densidade energética devem ser aplicados ao planejamento dietético. A distribuição de energia preconizada para indivíduos sadios. Planejamento alimentar Nutriente OMS (WHO; FAO, 2003) DRI (IOM, 2001) SBAN (VANNUCHI et al.,1990) Proteína 10% a 15 % 10% a 35% 10% a 12% Lipídeos 15% a 30 % 20% a 35% 20% a 25% Carboidratos 55% a 75% 45% a 65% 60% a 70% 4. Planejamento e distribuição do VET Os conceitos de alimentos fonte e densidade energética devem ser aplicados ao planejamento dietético. O alimento pode ser classificado em: alimento fonte; alimento boa fonte e alimento excelente fonte. Planejamento alimentar Alimento fonte Apresenta mais de 5% do valor da DRI em uma porção usual. Alimento boa fonte Contém entre 10% e 20% do valor da DRI em uma porção usual. Alimento excelente fonte Apresenta mais de 20% do valor da DRI em uma porção usual. Fonte: Philippi e Aquino (2015, p. 14) Exemplo: Arroz branco: 4 colheres de sopa (100 g) fornecem 1,6 g de fibras. Arroz integral: 4 colheres de sopa (100 g) fornecem 2,7 g de fibras. Recomendação de fibra (OMS) = 25 – 30 g/dia. Planejamento alimentar Arroz branco = 25 g fibra – 100 % Arroz integral = 25 g fibra – 100 % 1,6 g - X = 6,4 % 2,7 g – X = 10,8 % Alimento fonte Alimento boa fonte 4. Planejamento e distribuição do VET Os conceitos de alimentos fonte e densidade energética devem ser aplicados ao planejamento dietético. A densidade energética é definida como a energia disponível por unidade de peso (Quilojoules/g ou Quilocalorias/g) e relaciona-se à quantidade de água nos alimentos. Aqueles com elevada quantidade de água em sua composição, como frutas, legumes e verduras, apresentam baixa densidade energética, enquanto os com baixa quantidade de água, tais como farinhas, grãos, açúcar, óleos e manteiga, têm alta densidade energética. Planejamento alimentar 4. Planejamento e distribuição do VET Densidade energética Café da manhã (1) balanceado. Fonte de fibras e vitaminas e substâncias antioxidantes. Planejamento alimentar Café da manhã 1 1 fatia de pão 100% integral Ovo mexido com tomate e ervas 1 copo de vitamina de cacau com banana e leite desnatado Café da manhã 2 1 pão francês com manteiga 1 vitamina com leite integral e achocolatado 380 kcal 391 kcal 4. Planejamento e distribuição do VET Planejamento alimentar Nutriente OMS (WHO; FAO, 2003) Proteína 10% a 15 % Lipídeos 15% a 30 % Carboidratos 55% a 75% GET = 2148 kcal/dia Baseando-se na dieta de 2148 kcal em que: 2.148kcal – 100% X -- 60% (CHO) 100 X = 2.148 x 60 X = 1288,8 kcal Nutriente % VET Kcal g Proteína 15 322,2 80,55Lipídeos 25 537 59,6 Carboidratos 60 1288,8 322,2 Total 100% 2.148kcal ---- 1g CHO - 4 kcal X - 1.288,8kcal 4X = 1.288,8 X = 322,2g 5. Seleção de alimentos e preparações/refeições Café da manhã: Leite e queijo; Cereais ou raízes e tubérculos; Frutas. Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Café com leite, pão de queijo e mamão Suco de laranja natural, pão francês com manteiga e mamão Café com leite, cuscuz e manga Café com leite, bolo de mandioca, queijo e mamão Planejamento alimentar: exemplo Refeição Alimento/preparação Medida usual Peso (g) Café da manhã _____ h Leite desnatado Achocolatado Pão de forma integral Requeijão Mamão formosa 1 copo 1 colher de sopa 1 fatia ½ colher de sopa 1 fatia 200 13 50 15 220 5. Seleção de alimentos e preparações/refeições Almoço e jantar: Compostos por preparações básicas (grupo dos cereais; grupo das raízes e tubérculos; grupo das leguminosas; grupo das carnes) Acompanhamento (grupo das verduras e legumes) Saladas (grupo das verduras e legumes; grupo das frutas; grupo das oleaginosas) Sobremesa (grupo das frutas) Bebida (não obrigatório) Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Arroz, feijão, omelete e jiló refogadoArroz, feijão, coxa de frango assada, beterraba e polenta com queijo Feijoada, arroz, vinagrete de cebola e tomate, farofa, couve refogada e laranja Salada de tomate, arroz, feijão, bife grelhado e salada de frutas Planejamento alimentar: exemplo Refeição Alimento/preparação Medida usual Peso (g) Almoço/jantar _____ h Arroz integral com feijão Peixe assado com mandioca Salada de alface com tomate: - Alface - Tomate Temperada com: - Azeite de oliva - Limão 6 colheres de sopa 1 concha 1 filé 4 colheres de sopa 1 folha 1 fatia 1 colher de chá 1 unidade 200 86 100 128 6-8 40 2 15 5. Seleção de alimentos e preparações/refeições Lanches e outras refeições intermediárias: São opcionais; Composto por pequenas porções de alimentos, de preferência in natura (grupo das frutas; grupo das oleaginosas); Adequar o estilo de vida e os hábitos alimentares (locais e regionais) às recomendações nutricionais, dentro do planejamento culinário (alimentos e preparações). Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. CastanhasIogurte com frutas Leite batido com frutas Salada de frutas Planejamento alimentar: exemplo Refeição Alimento/preparação Medida usual Peso (g) Lanche _____ h Iogurte com banana e aveia: - Iogurte - Banana - Aveia 1 copo 1 unidade 2 colheres de sopa 200 100 30 5. Seleção de alimentos e preparações/refeições Incentivar o consumo de alimentos in natura e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: Classificação dos alimentos de acordo com o Guia Alimentar para a população brasileira. (BRASIL, 2014) A seguir estão listados três alimentos embalados e detalhadas suas composições. Considerando as informações a seguir, assinale a alternativa correta: a) Os alimentos 1 e 2 se classificam como alimentos processados. b) Os alimentos 1 e 2 se classificam como alimentos ultraprocessados. c) O alimento 3 se classifica como minimamente processado. d) O alimento 1 se classifica como ultraprocessado e os alimentos 2 e 3 como processados. e) O alimento 1 se classifica como ultraprocessado e o alimento 3 minimamente processado. Interatividade Alimento 1: Pão integral - Ingredientes: farinha de trigo integral, açúcar, óleo de soja, grão de trigo, farinha de centeio e sal. Conservadores: propionato de cálcio e ácido sórbico. Emulsificantes: mono e diglicerídeos de ácidos graxos. Melhoradores de farinha: ácido ascórbico. Contém glúten. Alimento 2: Macarrão integral - Ingredientes: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, farinha de trigo integral e clara de ovos. Contém glúten. Alimento 3: Picles - Ingredientes: pepino, vinagre, açúcar e sal. A seguir estão listados três alimentos embalados e detalhadas suas composições. Considerando as informações a seguir, assinale a alternativa correta: a) Os alimentos 1 e 2 se classificam como alimentos processados. b) Os alimentos 1 e 2 se classificam como alimentos ultraprocessados. c) O alimento 3 se classifica como minimamente processado. d) O alimento 1 se classifica como ultraprocessado e os alimentos 2 e 3 como processados. e) O alimento 1 se classifica como ultraprocessado e o alimento 3 minimamente processado. Resposta Alimento 1: Pão integral - Ingredientes: farinha de trigo integral, açúcar, óleo de soja, grão de trigo, farinha de centeio e sal. Conservadores: propionato de cálcio e ácido sórbico. Emulsificantes: mono e diglicerídeos de ácidos graxos. Melhoradores de farinha: ácido ascórbico. Contém glúten. Alimento 2: Macarrão integral - Ingredientes: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, farinha de trigo integral e clara de ovos. Contém glúten. Alimento 3: Picles - Ingredientes: pepino, vinagre, açúcar e sal. 6. Avaliação qualitativa e harmônica Considerar, além dos aspectos quantitativos, características referentes ao item harmonia (cor, textura, sabor, consistência e temperatura). Quanto mais cor, maior a variedade de alimentos e nutrientes presentes na dieta. Texturas diferentes (crocante, pastoso, outros), temperaturas diferentes (quente e frio) estimulam aspectos sensoriais da dieta e aumentam a aceitação do cardápio planejado. Atentar-se à quantidade de sal, gordura e açúcar na dieta, incentivando o uso de ervas e temperos naturais para realçar o sabor dos alimentos. Planejamento alimentar 6. Avaliação qualitativa e harmônica Planejamento alimentar Leis de Pedro Escudero Quantidade A alimentação deve atender às necessidades de cada nutriente e às exigências energéticas do organismo. Qualidade A alimentação deve ser completa em sua composição, com a presença de todos os grupos de alimentos. Adequação A alimentação deve ser adequada à sua finalidade e a cada ciclo de vida ou situação fisiológica individual. Harmonia O cardápio, deve ter um equilíbrio na ingestão de nutrientes, de forma a conferir a harmonia entre cores, sabores e texturas dos alimentos e/ou preparações. 6. Avaliação qualitativa e harmônica Planejamento alimentar Fonte: autoria própria. 6. Avaliação qualitativa e harmônica Planejamento alimentar Fonte: autoria própria. Lei da harmonia: COR 6. Avaliação qualitativa e harmônica Planejamento alimentar Fonte: autoria própria. Lei da harmonia: COR Planejamento dietético infantil e a aplicação das Leis de Escudero. Planejamento alimentar Planejamento dietético (refeição) Criança de 1 a 2 anos Preparação/alimento Quantidade Grupos de alimento Arroz 2 colheres sopa Cereais Feijão 1 colher sopa cheia Leguminosas Músculo cozido com tomate 2 colheres de sopa cheia Carnes e ovos Mandioquinha 1 colher de sopa cheia Cereais Abobrinha paulista 1 colher de sopa cheia Hortaliças Espinafre refogado 1 colher de sopa Hortaliças Laranja 1 unidade pequena Frutas Cálculos nutricionais (base de uma dieta com VET: 1.300 kcal/dia) Valor energético (da refeição): 331,00 kcal % da refeição: 25,5% Macronutrientes: CHO: 44g – 51,8% PTN: 17g – 19,8% LIP: 11g – 28,4% Micronutrientes: Ácido Fólico: 117,28 mcg Vit. C: 65,29 mg Vit. A: 312,48 mcgRE Micronutrientes: Cálcio: 125,12 mg Ferro: 4,31mg Zinco: 1,06 mg 6. Avaliação qualitativa e harmônica Estimular aspectos sensoriais. Planejamento alimentar Sentidos Visão Tato OlfatoPaladar Audição 6. Avaliação qualitativa e harmônica Estimulardiferentes sabores. Planejamento alimentar Sabores Doce Azedo AmargoUmami Salgado 7. Informações técnicas relevantes Ajustar o consumo de energia ao nível de atividade física para preservar o balanço energético em equilíbrio e manter o peso saudável. Consumir alimentos dos diferentes grupos, garantindo, assim, uma maior ingestão de diferentes nutrientes. Considerar as necessidades de nutrientes específicas para cada ciclo da vida, selecionando alimentos fontes desses nutrientes para compor a dieta. Planejamento alimentar 7. Informações técnicas relevantes Consumir frutas, legumes e verduras (mínimo de cinco porções ou 400 g/dia). Reduzir o consumo de alimentos fontes de gordura (gordura trans e gordura saturada) e incluir na dieta alimentos fontes de gordura saudável (gordura insaturada). Planejamento alimentar 7. Informações técnicas relevantes Consumir proteínas em quantidade suficiente para atender às necessidades específicas em cada ciclo da vida. Aumentar a ingestão de fibras, consumindo mais alimentos integrais. Aumentar o consumo de água (mínimo de dois litros por dia). Planejamento alimentar Cardápio é definido como uma lista de preparações culinárias que compõem uma refeição ou lista de preparações que compõem todas as refeições de um dia ou período determinado. Para tal, utiliza-se de padrões nutricionais e reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos a fim de atender às leis da alimentação (BERNARDES, 1997). Os cardápios devem ser balanceados, de modo a satisfazer as necessidades energéticas e nutrientes, garantindo, ao mesmo tempo, saúde, capacitação para o trabalho e “performance” física desejável ao indivíduo. Na elaboração do cardápio não podem ser esquecidas as clássicas Leis de Pedro Escudero, assim enunciadas: Lei da Quantidade; Lei da Qualidade, Lei da Harmonia e Lei da Adequação. Analise as afirmações referentes às quatro leis da alimentação e assinale a alternativa correta. a) Lei da quantidade: o regime alimentar deve ser completo em sua composição para oferecer ao organismo, que é uma unidade indivisível, todas as substâncias que o integram. b) Lei da quantidade: a quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter em equilíbrio o seu balanço. c) Lei da adequação: a quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação deve guardar uma relação de proporção entre si. d) Lei da harmonia: a finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo. e) Lei da qualidade: cada indivíduo tem a sua quantidade de calorias que deve consumir diariamente; essa quantidade não deve ser ultrapassada. Interatividade Analise as afirmações referentes às quatro leis da alimentação e assinale a alternativa correta. a) Lei da quantidade: o regime alimentar deve ser completo em sua composição para oferecer ao organismo, que é uma unidade indivisível, todas as substâncias que o integram. b) Lei da quantidade: a quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter em equilíbrio o seu balanço. c) Lei da adequação: a quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação deve guardar uma relação de proporção entre si. d) Lei da harmonia: a finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo. e) Lei da qualidade: cada indivíduo tem a sua quantidade de calorias que deve consumir diariamente; essa quantidade não deve ser ultrapassada. Resposta 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Utilizar tabelas de composição de alimentos e listas de equivalentes calóricos com os grupos de alimentos e com as medidas usuais de consumo para incluir ou substituir os alimentos da dieta planejada. Planejamento alimentar 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Grupos de alimentos: Grupo dos cereais Grupo das raízes e tubérculos Grupo dos legumes e verduras (hortaliças) Grupo das castanhas e nozes (oleaginosas) Planejamento alimentar Grupo das frutas Grupo do leite e dos queijos Grupo das carnes e ovos 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Grupos de alimentos: Planejamento alimentar Refeição Grupo de alimentos Café da manhã Grupo dos cereais; do leite e dos queijos; das frutas. Exemplos: pão com requeijão, café com leite e banana. Almoço e jantar Grupo dos cereais; das verduras e legumes; das frutas; dos feijões; das carnes e ovos. Exemplos: arroz, feijão, bife acebolado, salada de alface e tomate, laranja. Lanches e outras pequenas refeições Grupo dos cereais; das frutas; do leite e queijo; das castanhas e nozes. Exemplos: pães, goiaba, iogurte, castanhas, outros. Fonte: Adaptado de: Philippi e Aquino (2015). São escolhas inteligentes nas quais há seleção de alimentos baseada nos hábitos alimentares do indivíduo que possam contribuir com a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Baseiam-se em aspectos culturais e regionais, incentivando o consumo de alimentos com melhor valor nutritivo, reduzindo, assim, o consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Planejamento alimentar Escolhas alimentares saudáveis Planejamento alimentar Grupo dos cereais e grupo das raízes e tubérculos Preferir alimentos e preparações culinárias regionais; alimentos com grãos integrais (pães, biscoitos, arroz, massas); preparar arroz e outros cereais com pouco óleo e sal; evitar o uso de temperos prontos; elaborar lanches com pães integrais, incluindo alimentos do grupo das hortaliças; optar por preparações assadas ou cozidas; incluir grãos integrais como aveia e quinoa. Grupo das frutas Consumir frutas regionais e de safra; variar os tipos de frutas; preferir sucos naturais aos processados e ultraprocessados; consumir (quando possível) as frutas in natura com casca e bagaço. Grupo dos legumes e verduras Variar as preparações (cruas, cozidas, com casca); cozinhar os alimentos utilizando pouca água ou vapor; preparar molhos naturais utilizando tomate, cebola, pimentão, ervas e temperos frescos; consumir folhas verde-escuras. Escolhas alimentares saudáveis Planejamento alimentar Grupo do leite e queijos Preferir o consumo de leite e iogurte desnatado e queijos magros, evitar o consumo de iogurtes ultraprocessados. Grupo das carnes e ovos Preferir cortes de carnes magras; retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves; aumentar a frequência de consumo de peixes; preferir ovos cozidos aos fritos; utilizar carnes assadas e grelhadas e evitar o consumo de embutidos; reduzir o consumo de carne vermelha. Grupo dos feijões e grupo das castanhas e nozes Consumir uma parte de feijão para duas de arroz; evitar colocar carnes gordas e muito óleo, sal ou temperos prontos no preparo do feijão; consumir nozes e castanhas, mas com moderação. Escolhas alimentares saudáveis 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Lista de equivalentes/substitutos: Opções de alimentos com as mesmas características (calorias, macro e micronutrientes). Auxilia o paciente a variar o cardápio. Planejamento alimentar 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Lista de equivalentes/substitutos – Exemplo: Planejamento alimentar Alimento ℓ Medida Caseira Arroz Branco 20 1 colher de sopa Arroz Integral 20 1 colher de sopa Arroz Selvagem 20 1 colher de sopa Arroz Arbóreo 20 1 colher de sopa Farinha de Mandioca 5 1 colher de chá cheia Farinha de Milho 5 1 colher de chá cheia Milho Verde em Lata 20 1 colher de sopa Milho Verde Refogado 20 1 colher de sopa Macarrão Alho e Óleo 15 1 colher de sopa Macarrão Molho de Tomate 22 1 colher de sopa Macarrão à Bolonhesa 25 1 colher de sopa Gnochi 25 1 colher de sopa Arroz, Massas e Hortaliças Tipo C (aprox.30-40 kcal) Alimento ℓ Medida Caseira Óleo de Coco 1,5 1 colher de chá Azeite de Oliva 1,5 1 colher de chá Óleo Vegetal 1,5 1 colher de chá Azeite de Dendê* 1,5 1 colher de chá Maionese light* 4,5 1 colher de chá Maionese* 4 1/2 colher de chá Manteiga* 1,75 1 colher de café rasa Nata* 2,5 1 colher de chá Requeijão light* 5,25 1 colher de chá Requeijão* 3,5 1 colher de chá rasa Óleos e Gorduras (aprox. 14 kcal por porção) * Atenção! Alimentos ricos em gorduras saturadas ou hidrogenadas. Evitar usá-los com frequência. Alimento ℓ Medida Caseira Ervilha Verde Cozida 20 1 colher de sopa Ervilha Verde em Lata 20 1 colher de sopa Feijão Branco 20 1 colher de sopa Feijão de Corda 20 1 colher de sopa Feijão Marrom 20 1 colher de sopa Feijão Preto 20 1 colher de sopa Feijão Tropeiro* 10 1/2 colher de sopa Feijão Verde 20 1 colher de sopa Feijoada* 12,5 1 colher de sopa Grão de Bico Cozido 20 1 colher de sopa Lentilha Cozida 20 1 colher de sopa Soja 20 1 colher de sopa Leguminosas (aprox. 30-40 kcal por porção) * Atenção! Alimentos ricos em gordura. Evitar usá-los com frequência (mais de 1 vez/semana). Planejamento alimentar: exemplo Refeição Alimento/preparação Medida usual Peso (g) Café da Manhã _____ h Leite desnatado Achocolatado Pão de forma integral Requeijão Mamão formosa 1 copo 1 colher de sopa 1 fatia ½ colher de sopa 1 fatia 200 13 50 15 220 Planejamento alimentar: exemplo com substitutos Refeição Alimento/preparação Medida usual Peso (g) Café da Manhã _____ h Iogurte Desnatado Mel Granola Mamão formosa 1 unidade 1 colher de chá 3 colheres de sopa 1 fatia 200 g 5 g 100 g 220 g 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Medidas usuais de consumo: Vantagens Desvantagens Planejamento alimentar Fonte: https://aquinacozinha.com/tabela-de-pesos-e-medidas/ 8. Seleção de quantidade de alimentos per capita e medidas usuais de consumo Conversão de medidas caseiras de alimentos em gramas: Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: Departamento de Nutrição e Saúde / Universidade Federal de Viçosa. CEREAIS E DERIVADOS ALIMENTO MEDIDA CASEIRA PESO MÉDIO (g) Arroz polido cozido 01 colher de servir cheia 01 colher de sopa cheia 70 25 Arroz integral cozido 01 colher de servir cheia 01 colher de sopa cheia 70 25 Aveia em flocos crus 01 colher de sopa cheia 12 Creme de arroz 01 colher de sopa cheia 20 Farinha de trigo 01 colher de sopa cheia 18 Farinha de rosca 01 colher de sopa cheia 01 colher de chá cheia 15 3 Farinha láctea 01 colher de sopa cheia 12 Fubá 01 colher de sopa cheia 18 9. Determinação da recomendação nutricional A recomendação nutricional: a meta quantitativa a ser atingida ao se planejar o cardápio do indivíduo. Dieta deve perfazer 100% das recomendações de todos os nutrientes conforme gênero, idade, sexo e estágio fisiológico. Planejamento alimentar 9. Determinação da recomendação nutricional DRIS: Um grupo de quatro valores de referência de ingestão de nutrientes. Necessidade média estimada (Estimated Average Requirement – EAR). Ingestão Dietética Recomendada (Recommended Dietary Allowance – RDA). Ingestão adequada (Adequate Intake – AI). Limite superior tolerável de ingestão (Tolerable Upper Intake Level – UL). Planejamento alimentar 9. Determinação da recomendação nutricional: DRIs Planejamento alimentar Fonte: Adaptado de: Beaton (1994). Necessidades de nutrientes Ingestão de nutrientes α α= alimentos + suplementos Planejamento de dietas Avaliação de dietas Grupo Indivíduos Grupo Indivíduos EAR UL EAR (AI) UL RDA (AI) ULDistribuição do nutriente de interesse Grau de risco tolerável (2 a 3%) Avaliação da intervenção Previdência de indivíduos < EAR Aproximação probabilística EAR como ponto de corte Grau de risco Dados clínicos, bioquímicos antropométricos 10. Orientações gerais Planejar um cardápio exige escuta. Há que se atentar às informações fornecidas pelo paciente/cliente, considerando todos os aspectos (sociais, econômicos, culturais, fisiológicos, nutricionais, entre outros) importantes com o intuito de que assim esta proposta possa ser incorporada ao seu cotidiano. Todo planejamento dietético deve ser individualizado e discutido com o paciente/cliente a fim de que se permita a troca de experimentações. Planejamento alimentar As Dietary Reference Intakes (DRIs) permitem uma maior amplitude de utilização das recomendações nutricionais, dependendo do objetivo a ser alcançado com indivíduos ou grupos, o uso de RDA, EAR, AI e UL, leva o nutricionista a: I. Melhor detalhamento da dieta. II. Planejamento mais completo do dia alimentar. III. Necessidades mais próximas das recomendações dos grupos ou indivíduos atendidos. IV. Somente para metas de ingestão as DRIS são usadas e nunca para planejamento. a) I e II estão corretas. b) I, III e IV estão corretas. c) I e III estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) Todas estão corretas. Interatividade As Dietary Reference Intakes (DRIs) permitem uma maior amplitude de utilização das recomendações nutricionais, dependendo do objetivo a ser alcançado com indivíduos ou grupos, o uso de RDA, EAR, AI e UL, leva o nutricionista a: I. Melhor detalhamento da dieta. II. Planejamento mais completo do dia alimentar. III. Necessidades mais próximas das recomendações dos grupos ou indivíduos atendidos. IV. Somente para metas de ingestão as DRIS são usadas e nunca para planejamento. a) I e II estão corretas. b) I, III e IV estão corretas. c) I e III estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) Todas estão corretas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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