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MÓDULO 3 - Programa de Leniência Antitruste do CADE

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PROVA MÓDULO 3: Programa de 
Leniência Antitruste do CADE 
 
Os benefícios administrativos de um Acordo Leniência Antitruste abrangem também 
quaisquer outros ilícitos administrativos que o beneficiário possa ter cometido, como, 
por exemplo, aqueles previstos na Lei Anticorrupção. Isso traz maior eficiência à 
atuação investigativa da Administração como um todo. 
a. Verdadeira 
b. Falsa 
A assertiva é falsa. Não há previsão, na Lei nº 12.529/2011, de extensão dos benefícios 
administrativos em relação a outras condutas, por exemplo, aquelas tipificadas na Lei 
nº 12.846/2013. É justamente desse fato que decorre a existência de Acordos de 
Leniência celebrados por múltiplas autoridades e a necessidade de cooperação 
institucional entre as várias competentes. 
Sobre a participação do Ministério Público na celebração de Acordos de Leniência 
Antitruste, julgue as assertivas a seguir e assinale a única opção FALSA. 
a. A participação do Ministério Público na celebração de Acordos de Leniência 
Antitruste é mandatória por lei. 
b. A prática comum do Cade é que o Ministério Público participe como 
interveniente no Acordo de Leniência. 
c. Em casos envolvendo cartéis interestaduais ou internacionais, é entendimento 
do STJ que o Ministério Público Federal deva participar do Acordo. 
d. Embora a SG/Cade possa aconselhar sobre a definição do Ministério Público 
competente, a decisão final sobre a escolha deve ser feita pelo proponente do 
acordo, salvo os casos em que essa escolha enseje ilegalidade flagrante. 
e. O MPF-SP tem um grupo especial que, em geral, é envolvido na celebração de 
Acordos de Leniência Antitruste. 
Gabarito: A alternativa ‘a’ é a única falsa. 
 
A prática comum do Cade é que o Ministério Público participe como interveniente no 
Acordo de Leniência, mas sua participação não é mandatória para a validade dos 
acordos. 
 
As demais alternativas são verdadeiras. 
Feedback 
 
 
A celebração de um Acordo de Leniência Antitruste exige, como condição essencial de 
sua validade, que os beneficiários prevejam e detalhem a forma de reparação cível dos 
danos causados por sua conduta. 
a. Verdadeira 
b. Falsa 
A assertiva é falsa. A reparação cível dos danos causados pelos ilícitos tipificados na 
Lei nº 12.529/2011 não é requisito para a celebração do Acordo de Leniência 
Antitruste. Na prática, após gozarem dos benefícios administrativos e penais, muitas 
vezes, os signatários ainda estarão expostos à potencial responsabilização cível. É 
nesse contexto que o acesso a documentos anexos e ao histórico da conduta de 
Acordos de Leniência passa a ser sensível. 
Feedback 
 
 
Os benefícios administrativos de um Acordo Leniência Antitruste abrangem também 
quaisquer outros ilícitos administrativos que o beneficiário possa ter cometido, como, 
por exemplo, aqueles previstos na Lei Anticorrupção. Isso traz maior eficiência à 
atuação investigativa da Administração como um todo. 
a. A persecução privada de condutas anticompetitivas não pode coexistir com a 
persecução pública. 
b. Um dos pontos centrais do estímulo ao enforcement privado é a não extensão 
de responsabilidade solidária pelos danos causados por um cartel ao 
beneficiário da Leniência. 
c. Nos termos da legislação atual, o prazo prescricional para ajuizamento de 
ações privadas de reparação de danos é a data de condenação do cartel pelo 
Cade. 
d. Os documentos utilizados pelo Cade na persecução pública estão amplamente 
disponíveis para qualquer interessado que queira empregá-los na persecução 
privada. 
e. O impacto financeiro de eventuais ações privadas de reparação de danos por 
cartel não resulta na redução da atratividade do Programa de Leniência. 
A alternativa correta é a ‘b’. É correto afirmar que seria estímulo 
ao enforcement privado a não extensão de responsabilidade solidária pelos danos 
causados por um cartel ao beneficiário da Leniência, na medida em que os demais 
participantes da conduta, que não ofereceram documentos e informações às 
autoridades, pudessem ser responsabilizados na esfera cível. 
De outro lado, é incorreto afirmar que as persecuções pública e privada de práticas 
anticompetitivas não podem coexistir, pois o espírito da Lei nº 12.529/2011 é 
justamente o contrário, ao prever ambas as possibilidades. 
A legislação atual não prevê termo do prazo prescricional para ajuizamento de ações. 
Trata-se de questão controvertida que vem sendo discutida pela jurisprudência. 
Os documentos utilizados pelo Cade na persecução pública não estão disponíveis a 
qualquer um. A autoridade editou a Resolução nº 21/2018 justamente para regular em 
que casos e como o acesso a estes documentos se daria. 
O potencial impacto financeiro de ações privadas de reparação de danos por cartel 
pode reduzir os incentivos à adesão ao Programa de Leniência, na medida em que os 
potenciais colaboradores correm o risco de verem os documentos e informações 
apresentados à autoridade, no contexto da negociação do Acordo, serem, 
potencialmente, usados como prova em ações cíveis.

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