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Classificação, Indexação e Catalogação de Documentos

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CLASSIFICAÇÃO, INDEXAÇÃO 
E CATALOGAÇÃO DE 
DOCUMENTOS
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Nadia Studzinski Estima de Castro
Indaial - 2020
1ª Edição
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Jóice Gadotti Consatti
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Marcelo Bucci
Jairo Martins
Marcio Kisner
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
C355c
 Castro, Nadia Studzinski Estima de
 Classificação, indexação e catalogação de documentos. / Nadia Studz-
inski Estima de Castro. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 118 p.; il.
 ISBN 978-65-5646-072-7
 ISBN Digital 978-65-5646-073-4 
1. Bibliotecas escolares. - Brasil. Centro Universitário Leonardo da 
Vinci.
CDD 020
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CLASSIFICAÇÃO,
INDEXAÇÃO E CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS ....................7
CAPÍTULO 2
LOCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS: PRINCÍPIOS E
PARÂMETROS ...............................................................................41
CAPÍTULO 3
LINGUAGENS DE INDEXAÇÃO ....................................................75
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! 
Seja muito bem-vindo! 
Neste livro, o objetivo é construir uma trajetória de aprendizagens sobre os 
temas: classificação, indexação e catalogação de documentos, que fazem parte 
do curso de formação sobre Gestão de Bibliotecas Escolares e Salas de Leitura. 
Este livro está dividido em três capítulos e tem o intuito de ampliar os seus saberes 
sobre a gestão da informação. Este é um campo amplo, portanto, a delimitação 
do tema é necessária. Assim, os saberes aqui propostos estarão centrados na 
classificação, indexação e catalogação de documentos com a inserção de tópicos 
que são fundamentais para esta prática.
A partir dessa orientação de leitura, desejamos que você compreenda que 
o conhecimento é construído por uma dinâmica baseada no diálogo, ou seja, 
neste livro são apresentados conceitos, teorias e são referenciados autores, livros 
e definições de conceitos com base neles. No entanto, o conhecimento deve 
ser construído por você, a partir dos diálogos que você estabelecerá com este 
material, com os seus professores, com os seus tutores, com os seus colegas de 
curso e, também, com os autores que você encontrar aqui. 
A proposta é que você concorde e discorde do que está sendo proposto em 
cada uma das linhas e dos parágrafos, de forma a construir as suas reflexões, as 
suas interpretações e as suas sínteses sobre a temática de gestão de Bibliotecas 
Escolares e Salas de Leitura, seja para você atuar como profissional gestor 
desses espaços ou para orientar os seus pares para que esses espaços sejam 
construídos como verdadeiros ambientes de aprendizagem da leitura e da escrita 
para a formação cidadã. Lembre-se, portanto, de que leitura e escrita não estão 
apenas relacionadas com a palavra escrita; imagens, sons, números também 
fazem parte da formação de leitores. Pense nisso, pois os acervos das bibliotecas 
contêm livros e outros materiais, como mapas, fotografias, filmes etc.
Questione sempre, pois questionar é importante para a construção do saber. 
Desta forma, queremos que ao final dos estudos deste livro a sua busca pelo saber 
não finalize. Continue buscando leituras para ampliar os seus conhecimentos. 
Certo? Lembre-se de que a proposição de questões motiva a busca por soluções 
para problemas do cotidiano. Assim, nos desafiamos como profissionais e 
aperfeiçoamos a nossa prática. 
Desta forma, o primeiro capítulo tratará dos princípios fundamentais de 
classificação, indexação e catalogação de documentos. Este capítulo está dividido 
em três seções: introdução, breve histórico e, por fim, classificação, indexação e 
catalogação de documentos. 
O segundo capítulo deste livro abordará a temática referente a princípios 
e parâmetros para a localização de documentos. Desta forma, as seções deste 
capítulo são as seguintes: catálogo e ficha catalográfica; a técnica de catalogação 
e, por último, catalogação e organização de materiais especiais. A partir desta 
reflexão você identificará e desenvolverá fichas catalográficas de forma assertiva 
e reconhecerá e desenvolverá estratégias de organização de materiais. 
O terceiro capítulo apresentará um tema muito importante sobre a gestão 
da informação, pois ele abordará as linguagens de indexação, retomando e 
aprofundando apontamentos desenvolvidos no primeiro capítulo. Três seções 
foram organizadas para o desenvolvimento deste último capítulo: princípios das 
linguagens de indexação; linguagens de indexação hierárquicas: Sistema Decimal 
de Dewey e Sistema Decimal Universal e, por fim, linguagens de indexação 
alfabéticas: tesauros e listas de cabeçalhos de assunto.
Desejamos que todo o conhecimento aqui trabalhado possa ser levado para 
a sua vida profissional de forma a modificar a sua prática. Lembre-se de que nesta 
leitura algumas escolhas teóricas foram feitas, mas não são limitadoras do saber. 
Continue pesquisando, lendo e desenvolvendo os seus conhecimentos.
Bons estudos!
CAPÍTULO 1
Princípios Fundamentais De
Classificação, Indexação E
Catalogação De Documentos
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Compreender o panorama histórico do desenvolvimento do processo de gestão 
da informação, os princípios de classificação, indexação e catalogação de 
documentos e as normas.
• Reconhecer a importância da gestão da informação a partir do entendimento 
do seu processo histórico.
• Identificar e aplicar os fundamentos e princípios de classificação, indexação e 
catalogação de documentos.
8
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
9
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Para iniciar esta reflexão, tenha em mente que as atividades de classificação, 
indexação e catalogação de documentos são fundamentais para a gestão de 
bibliotecas escolares e salas de leitura. Assim, neste capítulo, você está sendo 
convidado a construir conhecimento sobre fundamentos relacionados com este 
tema. Alguns assuntos não serão aprofundados nesta etapa, pois são temas de 
outros capítulos, por exemplo, a questão das linguagens de indexação. Elas serão 
citadas neste primeiro capítulo, mas serão detalhadas apenas no terceiro. Certo? 
Esta é uma forma de organização do conhecimento, de modo que aconteça de 
forma gradativa, partindo do fundamento para alcançar temáticas, então, mais 
aprofundadas.
Primeiramente, é importante refletir sobre o histórico do campo, para entender 
de que forma as teorias e as práticas se consolidaram ao longo do tempo, de 
forma a delimitar essas atividades percebendo características presentes e 
práticas que seguem sendo aperfeiçoadas, principalmente com a inserção das 
novas tecnologias da comunicação e da informação. Considere que esta é uma 
prática que se consolida historicamente e que foi sendo aperfeiçoada ao longo do 
tempo. O objetivo dessa ação é otimizar os espaços das bibliotecas e facilitar o 
manuseio e a movimentação de documentos. Tudo começa em tempos remotos 
da civilização e da presença do homem agindo no mundo e desenvolvendo as 
suas atividades de sobrevivência e subsistência. O papel é ummarco nesse 
processo e a história do seu surgimento e expansão será visitada neste primeiro 
momento, para, em seguida, avançarmos para o tema de gestão da informação, 
considerando que, atualmente, vivenciamos uma sociedade marcada pelas novas 
tecnologias da informação e da comunicação, as quais alteram significativamente 
a relação dos sujeitos com os processos de comunicação e de registro da 
informação.
Esses tópicos iniciais serão abordados de tal forma que conduzirão a reflexão 
para o objetivo deste material: refletir sobre as práticas de classificação, indexação 
e catalogação de documentos no contexto de bibliotecas. Para isso, é necessário 
conhecimento sobre os tipos de documentos, pois esse saber influenciará no 
processo de classificação, pois a partir do momento em que identificamos os tipos 
de documentos, podemos reuni-los em grupos específicos e com características 
comuns. Depois do reconhecimento dos tipos de documentos e da classificação 
deles, passaremos para uma análise de conteúdo que possibilitará as atividades 
de indexação e, posterior, catalogação de documentos.
Suponha o espaço da biblioteca e de leitura como contexto que necessita 
de um processo de gestão da informação que seja eficiente para que os usuários 
10
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
tenham experiências produtivas nesses espaços. Com a gestão adequada dos 
documentos, a indexação e a elaboração de catálogos ampliam a usabilidade dos 
documentos e maximizam o acesso à informação. Considere, para iniciar a leitura 
desse conteúdo, que as funções da biblioteca estão relacionadas à armazenagem, 
à organização e ao acesso à informação.
2 FUNDAMENTOS E HISTÓRIA
Denominado século da informação e da comunicação, vivenciamos um 
tempo em que a informação circula de forma acelerada e cada vez mais assume 
um papel importante na atividade humana. Uma informação que hoje é válida 
pode se tornar obsoleta em segundos. Os registros, portanto, sejam eles físicos 
ou virtuais, possibilitam que esse volume de informação consiga permanecer 
registrado e perdure no tempo para que possa ser revisitado, reutilizado e 
reconsultado em tempos diferentes e em contextos diversos. Entretanto, o que 
é exatamente informação e qual a sua importância ao longo dos anos? De que 
forma essa importância foi se mantendo ou sendo modificada com a passagem 
do tempo?
2.1 PANORAMA HISTÓRICO DO 
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO 
DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO
Primeiramente, saiba que, de acordo com Le Coadic (2004), a informação 
é caracterizada como um conhecimento inscrito, ou seja, registrado, em forma 
escrita (mas que também pode ser áudio, vídeo ou audiovisual), seja ela 
registrada em meio impresso ou digital em um determinado suporte. Para o autor, 
a informação possui um elemento de sentido, tendo como objetivo transmitir/
compartilhar diferentes formas de conhecimento.
A informação, então, assume papel fundamental na sociedade atual e está 
presente em todo setor da atividade humana. Os avanços tecnológicos, inclusive, 
maximizam essas trocas e modificam as formas de transmissão e armazenamento, 
afetando, desta forma, diferentes espaços, como o das bibliotecas, que hoje 
contam cada vez mais com registros digitais além de materiais impressos. 
Isso significa que é preciso saber lidar com essas mudanças e entender como 
processar e armazenar esse volume de informações.
11
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
FIGURA 1 – BIBLIOTECA EM TEMPOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/aplicativo-de-biblioteca-on-line-para-leitura-
de-banner_5467439.htm#page=1&query=biblioteca&position=1>. Acesso em: 5 abr. 2020.
Historicamente, o conceito de informação e importância conferida a ela foi 
sofrendo modificações com a passagem do tempo no contexto organizacional. 
Observe o quadro a seguir.
QUADRO 1 – CONCEITO DE INFORMAÇÃO E IMPORTÂNCIA
Período Conceito de Informação Importância
Anos 1950 Requisito burocrático necessário.
Redução do custo de processamento 
de muitos papéis.
Anos 1960 e 1970
Suporte aos propósitos gerais.
Auxiliar no gerenciamento de diversas 
tarefas da organização.
Anos 1970 e 1980 Controle do gerenciamento da orga-
nização.
Auxiliar e acelerar os processos de 
tomada de decisão.
Anos 1990 Vantagem competitiva.
Garantir a sobrevivência e a prosperi-
dade da organização.
FONTE: Montezano (2009, p. 13)
Nas organizações, a informação foi e segue sendo a principal fonte de 
manutenção de processos para resultados positivos. O conceito foi sofrendo 
alterações, da mesma forma que a sua importância, desde redução de custos até 
garantia de sobrevivência, evidenciando que com a passagem do tempo o olhar 
se modifica, mas ela permanece como fonte necessária para manutenção dos 
processos.
Portanto, surge a necessidade de pensar na gestão desse espaço, ou seja, 
na gestão da informação. Para isso, tem-se a união de diferentes áreas, tais 
como: ciência da informação, sistemas de informação, tecnologia da informação e 
12
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
gestão do conhecimento. Isso em tempo considerado moderno, mas os registros 
de informações fazem parte da civilização humana desde o período Paleolítico.
Paleolítico, você se lembra dos estudos de história? O que marca 
o período denominado de Paleolítico na história da humanidade?
O Paleolítico, ou Idade da Pedra, é dividido em inferior 
(500.000-30.000 a.C.) e superior (30.000 -18.000 a.C.). O inferior 
é o mais extenso e é no final dele que temos o aparecimento do 
Homo Sapiens; a temperatura da Terra era muito baixa, forçando o 
homem a viver em cavernas; alimentava-se de caça e pesca e não 
conhecia a agricultura. No Paleolítico superior, aumentou a precisão 
dos trabalhos em osso; ocorreram novas modificações climáticas 
responsáveis por alterar a vegetação na face da Terra; a população 
crescia; desenvolvimento da agricultura (trigo, cevada e aveia); 
animais são domesticados (gado e ovelhas) (ARRUDA, 1979).
Nesse período, o homem já demonstrava e sentia a necessidade de repassar 
os seus aprendizados e práticas cotidianas para os descendentes. No Paleolítico 
inferior, a sociedade se caracteriza, entre outros aspectos, pelos rudimentos de 
linguagem, por um esboço de organização social e pelo nascimento da instituição 
da família, para, no Paleolítico superior, avançar para uma organização social 
mais complexa, agrupamentos baseados em famílias e clãs e desenvolvimento da 
linguagem. Evidências de registro da época são as pinturas rupestres encontradas 
em cavernas, grutas e locais abertos, onde o homem constituía as suas moradias 
ou se reunia com as suas tribos. 
13
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
FIGURA 2 – IDADE DA PEDRA
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-de-
caverna-pre-historica_3889555.htm#page=1&query=idade%20
da%20pedra&position=10>. Acesso em: 5 abr. 2020.
Você sabia que no Brasil há pinturas rupestres que foram 
descobertas por pesquisadores a partir de escavações em algumas 
regiões? Em Monte Alegre, Pará, por exemplo, foram encontrados 
registros dessa arte. Acesse o link e saiba mais:
https://www.youtube.com/watch?v=oQFkXGpWLP4.
14
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Com essa forma de reunião de pessoas, em tribos, bandos e pequenas 
sociedades, o homem, então, passa a desenvolver as primeiras formas de 
comunicação em um processo que vem sendo modificado ao longo dos séculos 
até os dias atuais. Pense, por exemplo, nas formas e nos meios que você utilizava 
para se comunicar com as pessoas há 10 anos. Pensou? Você considera que é 
da mesma forma e com a mesma intensidade?Os registros que você faz dessas 
comunicações são os mesmos? Você utilizava, provavelmente, carta manuscrita a 
ser enviada pelo correio e hoje você envia mensagem instantânea de WhatsApp. 
Antes você salvava os seus arquivos em disquetes, hoje você faz backup de 
conversas e de diversas produções (escrita, áudio, vídeo) na nuvem. As formas 
de comunicação têm se modificado, assim como as formas de registro e de gestão 
dessas informações.
FIGURA 3 – TECNOLOGIA EM TODOS OS ESPAÇOS
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/colecao-isometrica-de-banner-de-educacao-
on-line_7439575.htm#page=1&query=biblioteca&position=5>. Acesso em: 5 abr. 2020.
É com o avanço desse processo que as formas de comunicação se tornaram 
interativas, mais práticas, com o uso de multimídias. Nossos antepassados 
utilizavam a argila, depois passaram para o papel, como conhecemos hoje e, 
também, para os meios virtuais. No entanto, o papel representa uma das grandes 
mudanças, com o advento dele, tem-se a explosão informacional. Vamos refletir 
um pouco mais sobre esse fato.
15
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
Para pensar:
Organizar a informação orgânica de instituição pública 
ou privada de forma empírica, ou seja, sem o uso 
de técnicas e metodologias adequadas, em vez de 
trazer agilidade no processo decisório e no resgate 
da memória institucional só aumenta as chances 
de perda e aumento de custos com espaços para o 
armazenamento documental (ESTABEL; MORO, 2014, 
p. 164).
1 Após essa reflexão inicial sobre as mudanças relacionadas com 
os processos de comunicação e de informação, escreva sobre 
essas mudanças e as formas de comunicação vistas, hoje, como 
mais interativas, mais práticas, mais aceleradas e com produção 
multimídia, estabelecendo uma relação com o armazenamento 
da informação na atualidade.
R.:____________________________________________________
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____________________________________________________
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____________________________________________________
2.2 O USO DO PAPEL E O AUMENTO 
DO VOLUME DE PRODUÇÃO DE 
DOCUMENTOS
O papel como utilizamos não surge diretamente nesse formato que 
conhecemos. Na antiga Suméria, com o período de desenvolvimento da escrita 
cuneiforme, o homem passou a modelar suportes para o seu trabalho. Isso era 
feito em placas de argila, em que se registravam atividades realizadas por ele, 
sendo elas: atividades cotidianas, administrativas, econômicas e políticas. Neste 
16
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
contexto, teve início o reconhecimento da importância da informação e dos 
documentos, sendo estes os dois pilares para a cadeia documental. Assim, o 
homem, desde sempre, sentiu necessidade de não só transmitir, mas também 
de conservar a sua memória. Desta forma, criou formas de registro para a 
preservação de sua história.
FIGURA 4 – ILUSTRAÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE PAPEL DE TRAPO
FONTE: <https://museuhoje.blogspot.com/2016/04/breve-historico-
sobre-fabricacao-de-papel.html>. Acesso em: 6 abr. 2020.
De acordo com Estabel e Moro (2014, p. 164), “em 196 a.C., no nono ano do 
reinado de Ptolomeu V, no antigo Egito, com a proclamação de um decreto, surgiu 
a Estela, feita em uma pedra de roseta, que serviu para registrar as atividades 
realizadas pelo governo e pelas religiões da época”. Nesses fatos, evidencia-se 
a necessidade de o homem registrar, conservar e também armazenar de forma 
adequada esses registros.
Ao longo desse processo, houve um aumento no volume de produção 
de documentos e, consequentemente, da necessidade de seus registros em 
arquivos/bibliotecas. Recebe destaque o arquivo descoberto no Palácio de Ebla; 
um dos mais importantes e maiores abrigos de arquivos que se tem registro na 
história. No local, foram encontradas mais de quinze mil tábuas de argila com 
registros de provisões, de tributos, de contratos, entre outros, ou seja, esses 
registros documentavam a vida econômica e cultural dos duzentos e cinquenta 
mil habitantes da cidade, os quais mantinham relações comerciais com outras 
populações próximas.
17
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
FIGURA 5 – BIBLIOTECA DE EBLA
FONTE: <http://servetbiblio.blogspot.com/2016/02/biblioteca-de-
tablillas-de-ebla-siria.html>. Acesso em: 6 abr. 2020.
Os arquivos de Ebla indicavam as primeiras formas de organização e 
armazenamento de informações, com a estruturação de prateleiras e de um 
sistema para salvaguardar informações importantes da sociedade. Os gregos 
(aproximadamente 460 a.C.), por sua vez, interpretam o arquivo como uma 
entidade digna de respeito, de forma que consideravam a ordenação e a guarda 
como muito importantes. Com os gregos o volume de documentos de intensifica. 
A história prossegue o seu avanço de produção e de organização de espaço para 
armazenamento desses registros.
No entanto, e quanto ao surgimento do papel? Vamos “saltar” um pouco 
na história. O papel, como o conhecemos hoje, teve a sua criação na China. Na 
época (século II), “o papel era produzido a partir do uso de fibras de árvores e 
trapos de tecidos cozidos e esmagados” (ESTABEL; MORO, 2014, p. 165). O 
que permanece sob domínio dos chineses até o ano de 751, deixa de ser com a 
invasão do exército árabe, neste episódio, o segredo é revelado e o papel passa 
a ser explorado pelos árabes. Apenas no século XI o papel chega na Espanha 
e conquista o Ocidente. A produção em grande escala está relacionada com a 
invenção da imprensa, por Gutenberg, em 1440. Com o avanço das tecnologias, 
por conseguinte, e agora já no século XIX, evidenciam-se influências na produção 
de documentos, com grande volume, os quais fortalecem a cultura do papel e do 
registro.
18
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
ROCA, G. D. Biblioteca escolar hoje: recurso estratégico para 
a escola. Porto Alegre: Penso, 2012.
2.3 GESTÃO DE DOCUMENTOS
FIGURA 6 – GESTÃO DE DOCUMENTOS
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/biblioteca-de-arquivos-
de-documentos-isometric-elements-and-characters_4431079.
htm#query=biblioteca%20documentos&position=0>. Acesso em: 7 abr. 2020.
Assim, a gestão dos documentos passa a ser vista como prática importante. 
A atenção está voltada para uma sistematização eficiente dos documentos, de 
forma que eles possam ser acessados e preservados de acordo com as exigências 
de cada um dos meios, sendo eles, hoje, documentos impressos, livros, revistas, 
trabalhos acadêmicos, filmes, áudio, fotografia etc., em formato impresso ou 
digital. Muitos documentos, inclusive, estão sendo passados do meio impresso 
para o digital. Em empresas, por exemplo, a busca tem sido cada vez maior por 
minimizar o uso do papel e manter em meio digital os documentos que circulam. 
Muitas instituições de ensino, por sua vez, solicitam trabalhos de conclusão, 
19
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
monografias e teses em meio digital para serem arquivados na biblioteca. Livros 
em formato e-book, ou seja, digitais, também ganham espaço em diferentes 
acervos.
Considere que a biblioteca escolar representa mais do que um recurso 
educacional de grande valor pedagógico, portanto, é necessário refletir sobre a 
necessidade de impulsionar seu desenvolvimento a partir de um modelo útil de 
implementação e organização. Para Roca (2012, p. 24):
[...] a biblioteca escolar é mais que um recurso, já que também 
gera possibilidadescontínuas de apoio ao trabalho do professor 
e de coordenação educacional para o desenvolvimento 
curricular. Dessa forma, o que justifica a existência da biblioteca 
escolar não é a biblioteca em si como estrutura organizacional 
estável que proporciona serviços bibliotecários, mas seu uso 
como recurso educacional facilitador do desenvolvimento 
de processos de ensino-aprendizagem e de práticas de 
leitura e, consequentemente, sua conceituação como agente 
pedagógico que apoia, de forma estável, o desenvolvimento do 
projeto curricular da escola. 
Roca (2012) explica que, a partir desse entendimento do espaço da biblioteca 
escolar, existem ações necessárias para o desenvolvimento da biblioteca escolar 
como estrutura organizada e estável, de forma que possibilite um ambiente de 
aprendizagem e de leitura. Observe:
20
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
FIGURA 7 – AÇÕES DE GESTÃO E ORGANIZAÇÃO – DIMENSÃO FÍSICA
FONTE: Roca (2012, p. 26)
1 Considere a figura apresentada anteriormente sobre ações de 
gestão e organização da dimensão física da biblioteca e proponha 
um plano de gestão do acervo. Para essa atividade, considere 
a biblioteca de uma escola como contexto para a elaboração do 
plano. Para ampliar a sua leitura e facilitar o desenvolvimento do 
seu plano, acesse o site indicado e desenvolva a leitura proposta 
sobre o tema “Faça o planejamento eficiente para gestão da 
biblioteca escolar”, disponível em: https://www.sophia.com.br/
blog/bibliotecas-e-acervos/planejamento-eficiente-para-gestao-
da-biblioteca-escolar.
R.:____________________________________________________
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21
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
Para finalizar essa etapa e iniciar o próximo tópico, lembre-se de que 
o conhecimento em gestão de documentos é fundamental para o universo 
das bibliotecas e para a movimentação das informações em tempos de novas 
tecnologias. Considere que, atualmente, a avaliação de satisfação dos usuários 
das bibliotecas está muito mais relacionada com a qualidade e a facilidade no 
acesso à informação do que diretamente com o volume do acervo. A experiência 
na biblioteca, ou seja, no contato com produtos e serviços, é o que confere 
avaliação positiva do espaço. Lembre-se de que quem atua na biblioteca é um 
gestor da informação. Pense nisso!
Sobre gestão de bibliotecas escolares, acesse o link a seguir e 
amplie os seus conhecimentos.
Fala, bibliotecária: 5 dicas para biblioteca escolar por Gabriela 
Pedrão. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=eCn5woAUslE.
3 CLASSIFICAÇÃO, INDEXAÇÃO E 
CATALOGAÇÃO DE DOCUMENTOS
Neste panorama de gestão de biblioteca escolar, faz-se necessário falar sobre 
classificação de documentos, prática fundamental do processo de organização 
física e lógica dos materiais disponíveis no acervo. Podemos afirmar que, nessa 
perspectiva, o instrumento utilizado para classificação não deve ser provisório, 
ou seja, não pode obedecer a esquemas que se modificam com frequência; 
mudanças constantes devem ser evitadas. Para isso, existe metodologia de 
apoio, já desenvolvida, e que segue sendo aperfeiçoada para atender à atividade 
do gestor da informação de bibliotecas.
A classificação, a catalogação e a indexação são instrumentos de apoio para 
a realização da gestão dos documentos da biblioteca. Para começar essa reflexão, 
pensaremos nos tipos de documentos que circulam em uma biblioteca. O acervo 
documental da biblioteca comporta dados e informações que se apresentam em 
diferentes documentos.
22
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
3.1 TIPOS DE DOCUMENTOS 
DISPONÍVEIS EM BIBLIOTECAS
Os documentos podem ser diferenciados de acordo com duas características. 
Para Estabel e Moro (2014, p. 1-2), são elas:
1. Física: material, natureza dos símbolos utilizados, tamanho, 
peso, apresentação, forma de produção, consulta direta ou 
com suporte, periodicidade, entre outros.
2. Intelectual: objetivo, grau de elaboração, conteúdo, assunto, 
tipo de autor, fonte, forma de disseminação, acessibilidade, 
originalidade, entre outros.
O Projeto “Sala de Leitura Interativa”, da E.E. Prof.ª Maria 
Ribeiro Guimarães Bueno, transformou a biblioteca em um ambiente 
vivo e interativo, despertando o interesse dos alunos pela leitura. 
“Biblioteca desperta o interesse dos alunos pela leitura em escola da 
rede”. Acesse o link e assista:
https://www.youtube.com/watch?v=BqpQ_2IqDe0.
A seguir, observe atentamente o quadro em que são apresentados alguns 
dos principais tipos de documentos de uma unidade possível de informações. 
Esta lista é proposta por Guinchat e Menou (1994). Por que é importante conhecer 
os tipos de documentos e as suas características? Saiba que o reconhecimento 
dessas informações auxilia os profissionais da biblioteca na identificação, no 
tratamento e na organização adequada dos documentos disponíveis. Isso 
impacta nas atividades de acesso, uso e, também, nas atividades de produção da 
informação.
Um desafio para você: quando você escuta a palavra documento em 
associação com “tipos”, o que vem a sua mente? Quais documentos você lembrou 
que circulam em uma biblioteca? Pensou? Então, verifique no quadro a seguir 
alguns exemplos de documentos e reflita sobre quais você lembrou no desafio e 
quais você não referenciou.
23
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
QUADRO 2 – EXEMPLOS DE DOCUMENTOS
Documento Características
Atas Relatórios das comunicações científicas apresentadas a um congresso.
Almanaque Anuários ou publicações baseados em um calendário.
Anais Obra que apresenta acontecimentos em ordem cronológica anual ou títulos 
de revistas, recensões periódicas e fatos.
Anuário Antologia que apresenta informações que variam de um ano a outro, publi-
cada na periodicidade ano a ano.
Arquivos Conjunto de documentos, contendo datas de publicação, forma e suporte, 
material diversificado, elaborados e recebidos por um órgão público ou pri-
vado, em função de sua atividade, organizados e conservados permanen-
temente em função de uma determinada atividade.
Atlas Coletânea de mapas geográficos, quadros ou planos.
Boletim de resumos Publicação periódica formada por uma série de títulos com resumos e ge-
ralmente apresentada por assunto.
Boletins de informa-
ções (newsletter)
Determinadas publicações periódicas que difundem as atividades de uma 
associação ou de uma administração.
Coleção Conjunto de unidades bibliográficas reunidas sob um título comum, com 
duração limitada.
Comunicação Exposição oral ou escrita elaborada a uma instituição científica.
Dissertação Conjunto de trabalhos apresentados a uma faculdade ou universidade com 
o objetivo de aprovação em grau de pós-graduação stricto sensu, no mes-
trado.
Documento Conjunto de suporte de informação e dos dados registrados que podem 
servir para consulta, estudo ou prova documental. Segundo a NBR 6023: 
“Qualquer suporte que contenha informação registrada, formando uma uni-
dade, que possa servir para consulta, estudo ou prova. Inclui impressos, 
manuscritos, registros audiovisuais, sonoros, magnéticos e eletrônicos, en-
tre outros” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, 
p. 2).
Estampa Imagem impressa (depois de ter sido gravada em madeira, metal, pedra 
etc.) ou ilustração de uma obra independente do texto e não paginada.
Fascículo Edição ou caderno de uma obra ou de um períódico publicado em partes.
Fita de vídeoFita sonora e visual que pode ser projetada na tela de televisão ou de cine-
ma, servindo também para o registro de imagens e de som.
Folha solta Recortes de jornais, revista ou outra matéria de interesse, montada em 
folha, contendo ao alto, no centro, o cabeçalho de assunto que identifica o 
conteúdo da informação e, à direita, a indicação da fonte de onde foi retira-
da a matéria, isto é, a referência, com a respectiva data.
Folheto Documento com pequeno número de páginas que constitui uma unidade 
bibliográfica.
Gráfico Representação gráfica de qualquer espécie de fenômeno.
Guia Obra contendo informações úteis sobre um determinado assunto.
Ilustração Gravura ou desenho em um livro, periódico ou texto.
24
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Imagem Representação gráfica ou plástica de informações. Inclui filmes, videocas-
setes, DVDs, entre outros.
In Folio Folha ou página de formato maior que o livro onde está inserida e que deve 
ser desdobrada para consulta, ou documento formado de uma única folha 
dobrável várias vezes para seu uso.
Jornal Publicação com periodicidade curta (diária, semanal, quinzenal etc.).
Livro Conjunto de folhas e cadernos impressos e reunidos em um volume enca-
dernado ou sob formato de brochura.
Manuscrito Documento escrito ou copiado manualmente.
Maquete Reprodução, em escala reduzida, de um aparelho, máquina, decoração ou 
obra de arte.
Marca de fábrica Signo ou símbolo que serve para distinguir os produtos ou os serviços de 
uma empresa.
Miscelânea Publicação formada por diversas obras reunidas e editadas em conjunto.
Monografia Obra de um ou vários volumes simultâneos em um período de tempo pre-
determinado condizente com um plano que forma uma unidade. Segundo 
a NBR 6023: “Item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma 
só parte, ou que se pretende completar em um número preestabelecido de 
partes separadas” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2002, p. 2).
Nomenclatura Conjunto de termos utilizados em uma ciência, técnica ou arte classificados 
metodologicamente, ou uma lista metódica dos elementos de uma coleção.
Patente
Título de propriedade industrial, identificado por um número oficial que pro-
tege, durante um determinado tempo, uma invenção ou criação descrita 
nos seus detalhes, na proporção das reivindicações que apresenta.
Periódico Publicação de múltipla autoria, vinculada em intervalos e/ou períodos regu-
lares, delimitados anteriormente, em formato de fascículos que apresentam 
geralmente um sumário e se encadeiam de forma cronológica e numéri-
ca durante um período de tempo não delimitado. Segundo a NBR 6023: 
“Publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas su-
cessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas e destinada a ser 
continuada indefinidamente” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2002, p. 2). Outra definição: série de documentos publicados 
em intervalos regulares e definidos, sendo que cada número (fascículo) 
contém normalmente artigos separados, histórias e outros escritos.
Preprint Cópia de uma comunicação, editada antes da publicação definitiva do con-
junto, com distribuição de números limitados.
Publicação em 
folhas soltas
Publicações cuja organização permite a inclusão ou a substituição de pági-
nas de atualização ou de suplementos.
Publicação 
oficial
Qualquer texto publicado em formato de volume, brochura ou periódico, 
produzido por um governo (federal, estadual ou municipal), por uma socie-
dade governamental ou por uma organização internacional.
25
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
Publicação 
seriada
Publicação com duração não limitada a priori com periodicidade irregular e 
geralmente publicada por uma coletividade.
Recensão Relação, exposição ou relatório sobre um acontecimento ou uma análise 
crítica de uma obra.
Relatório Documento que contém o resultado descritivo de uma pesquisa ou de um 
estudo ou um documento que apresenta a descrição das atividades de um 
organismo durante um período determinado.
Resumo Resultado da redução e/ou síntese de uma obra escrita ou oral a seus 
pontos essenciais.
Separata Exemplar de um artigo da mesma forma que foi publicado em um periódi-
co. Segundo a NBR 6023: “Publicação de parte de um trabalho (artigo de 
periódico, capítulo de livro, colaborações em coletâneas etc.), mantendo 
exatamente as mesmas características tipográficas e de formatação de 
obra original, que recebe uma capa, com as respectivas informações que 
a vinculam ao todo, e a expressão ‘Separata de’ em evidência” (ASSOCIA-
ÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2).
Sinopse Resumo breve de uma obra, geralmente elaborado pelo seu autor.
Espécime Exemplar, fascículo ou folheto publicitário.
Suplemento Segundo a NBR 6023: “Documento que se adiciona a outro para ampliá-lo 
ou aperfeiçoá-lo, sendo sua relação com aquele apenas editorial e não fí-
sica, podendo ser editado com periodicidade e/ou numeração progressiva” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2).
Tese Conjunto de trabalhos apresentados a uma faculdade ou universidade com 
o objetivo de aprovação em grau de pós-graduação stricto sensu no âmbito 
de doutorado.
Volume Unidade material que reúne, em uma mesma capa, um determinado núme-
ro de elementos, como folhas, cadernos, entre outros, que formam um todo 
ou que fazem parte de um todo.
FONTE: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002); Guinchat 
e Menou (1994 apud ESTABEL; MORO, 2014, p. 3-6)
Exaustiva a lista, não é mesmo? No entanto, esse é o passo fundamental 
para a gestão eficiente de informação. A classificação dos documentos é 
imprescindível para a indexação e a catalogação de documentos. Evidentemente 
que não serão todas as bibliotecas que contam com um acervo que disponha de 
todos os documentos listados para acesso. Há variedade de acervo e depende 
do contexto da biblioteca. Ela pode ser de uma escola pública, uma escola da 
rede privada, uma Universidade, uma faculdade, um museu, uma empresa etc. 
e, de acordo com esse contexto, os documentos que ali se farão presentes serão 
variáveis. Em algumas você encontrará monografias e teses e em outras não. 
Tudo bem?
26
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Lembre-se de que esses documentos que foram listados e os livros, também, 
podem ser encontrados em meio eletrônico e digital. Desta forma, também são 
integrantes dos acervos das bibliotecas de acordo com o contexto em que ela 
estiver inserida, ou seja, de acordo com as exigências dos usuários e conforme a 
comunidade em que a biblioteca se encontra.
O importante é ampliar o seu conhecimento sobre os tipos de documentos 
para trabalhar com a organização deles de forma adequada. Assim, após a 
identificação dos tipos de documentos, convidamos você a refletir sobre as 
próximas ações: classificação, indexação e catalogação de documentos.
Você sabia que o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) 
classifica eletrônico e digital de forma diferenciada? Isso mesmo, 
para o Conarq:
• Documento eletrônico: informação registrada, codificada em 
forma analógica ou em dígitos binários, acessível e interpretável por 
meio de um equipamento eletrônico.
• Documento digital: informação registrada, codificada em dígitos 
binários, acessível e interpretável por meio de sistema computacional 
(BRASIL, 2010).
1 De acordo com Estabel e Moro (2014, p. 98), “o profissional de 
Biblioteconomia tem, entre outras atribuições, a de promover a 
leitura. Assim, é necessário que tenha conhecimentos básicos 
acerca dos diferentes gêneros e subgêneros literários, bem como 
dos mais importantes autores da literatura, desde os clássicos até 
textos contemporâneos. No Brasil, a atenção deve se concentrar 
nas publicações de literatura brasileira,regional (de seu Estado) 
e de literatura geral. Também é necessária especial atenção a 
best-sellers internacionais e a textos e artigos de periódicos. Os 
profissionais que leem obras literárias e possuem boa cultura 
geral estarão mais preparados para conversar com os usuários 
sobre diferentes temas, bem como indicar leituras relevantes 
para sua formação ou mesmo seu entretenimento”.
27
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
Considere a reflexão proposta pelas autoras e liste as últimas leituras 
(neste último ano) que você desenvolveu, na íntegra:
• Gêneros e subgêneros literários.
• Dos clássicos até textos contemporâneos.
• Literatura nacional.
• Literatura regional.
• Literatura geral.
• Best-sellers internacionais.
• Textos e artigos de periódicos.
R.:____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3.2 CLASSIFICAÇÃO 
Para iniciar esta etapa tenha em mente que o processamento considerado 
como técnico do acervo da biblioteca é realizado por dois diferentes tipos de 
serviço: a catalogação e a classificação. O objetivo dessas ações é o de descrever, 
classificar e possibilitar a localização na biblioteca de documentos que compõem 
o acervo.
Acervo de biblioteca: 
Acervo é o conjunto dos documentos que compõem o 
patrimônio da biblioteca. Todo documento organizado 
e armazenado na biblioteca faz parte do acervo, por 
isso denomina-se assim o conjunto de obras ou de 
documentos que são formalmente apropriados por 
esta biblioteca. São considerados organismos vivos e 
podem ser de diferentes tipos e formatos ou suportes 
físicos (ESTABEL; MORO, 2014, p. 15).
28
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
De acordo com Rocha (2010, p. 18), “atualmente, a catalogação 
é conhecida como representação descritiva e a classificação como 
representação descritiva que se baseia no estudo do livro, na 
preparação e organização das representações de mensagens, em que 
descreve o tema, o assunto, ou seja, aquilo de que trata a obra”.
Assim, de acordo com Estabel e Moro (2014, p. 15):
O processo básico para a formação, o desenvolvimento e 
a identificação da coleção da biblioteca, bem como para a 
promoção de seu acesso e uso pela comunidade, pode ser 
caracterizado pelos seguintes procedimentos: 
• Seleção.
• Descarte.
• Aquisição – compra, doação ou permuta.
• Registro.
• Catalogação.
• Classificação.
• Elaboração de entradas catalográficas.
• Preparação das obras para circulação – colagem de bolso e 
de etiqueta.
• Inserção da ficha de circulação no bolso da obra.
• Colagem de etiquetas coloridas na lombada.
• Guarda das obras nas estantes de acordo com o número de 
chamada registrado na etiqueta de lombada, bem como da fita 
colorida.
Nesta etapa da leitura, o foco é tratar de classificação. Em seguida, serão 
tratadas a indexação e a catalogação. Com relação à classificação, você poderá 
encontrar em acervos menores a classificação por tema e por sobrenome de 
autor, por exemplo, mas em bibliotecas maiores, com um acervo mais amplo, 
o método de classificação será mais objetivo, com linguagens específicas de 
classificação, sendo a Classificação Decimal de Dewey (CDD) e a Classificação 
Decimal Universal (CDU) as mais utilizadas. No Capítulo 3, essas classificações 
serão trabalhadas com mais atenção. Nesta etapa, trata-se de uma apresentação 
mais genérica sobre classificação.
Resumidamente, a classificação se inicia com a apropriação do documento, 
que é técnica, ou seja, a partir dela é possível destacar elementos essenciais. São 
eles: título, sumário e parte de destaque do corpo da obra. Essas informações 
possibilitam a identificação inicial da área de conhecimento em que a obra fará 
parte. Nesta etapa de reconhecimento, deve ser observada a autoria da obra: 
pessoal ou de entidade.
Classificação como 
representação 
descritiva que se 
baseia no estudo do 
livro, na preparação 
e organização das 
representações de 
mensagens, em que 
descreve o tema, 
o assunto, ou seja, 
aquilo de que trata 
a obra.
29
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
QUADRO 3 – EXEMPLOS DE OBRAS
Exemplo de obra 
pessoal
Ferreira, Armindo Ribeiro. Biblioteca no ambiente escolar: comunicação, 
dinâmicas, organização e estratégias de atendimento / Armindo Ribeiro 
Ferreira. São Paulo: Érica, 2015. 
Exemplo de obra 
de entidade
NOME DA ENTIDADE POR EXTENSO. Título. Local de publicação, ano 
de publicação.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MARKETING DIRETO. Anuário brasileiro 
de marketing direto. São Paulo, 2010.
FONTE: A autora
Depois dessa análise inicial, o responsável partirá para a elaboração do 
número de chamada e a definição da codificação do assunto principal, entre 
outros passos, de acordo com o protocolo da biblioteca. Considere, no entanto, 
que indicar o(s) assunto(s) principal(is) da obra é etapa fundamental do processo 
de classificação, pois o assunto principal é o que marca os fundamentos dela. 
Para Estabel e Moro (2014, p. 26), “o documento sob as suas diferentes 
formas de apresentação (livro, revista, filme, música gravada, pintura, escultura) 
traz implícita uma ideia ou uma mensagem que discorre sobre um tema, em 
campo vasto ou restrito de determinado assunto que abrange a análise temática 
da obra”. Assim, a análise possibilitará que na reunião dos acervos, as bibliotecas 
definam as estratégias, as ferramentas e os procedimentos que serão aplicados 
na organização dos documentos, contemplando as diferentes formas de 
apresentação dos materiais.
Esta é que pertence a uma etapa de planejamento, possibilita a implantação 
de um sistema de catálogo bem definido, indicando o modo de ordenação das 
unidades da coleção nos respectivos locais de armazenamento. Da mesma forma, 
o recurso escolhido para localizar e recuperar cada uma das unidades terá como 
resultado “um conjunto de práticas que serão adotadas, tendo como base os 
denominados padrões bibliográficos, para representar conhecimento ou o assunto 
contido nos documentos do acervo, bem como descrever as características do 
documento a partir de sua materialidade” (ESTABEL; MORO, 2014, p. 26).
Por fim, o resultado da organização e execução desse processo estará 
relacionado com a obtenção dos seguintes elementos:
• As entradas catalográficas, que constituirão o catálogo manual 
(fichas) ou informatizado (base de dados bibliográficos).
• O sistema de ordenação do acervo (fixo ou relativo).
• A sinalização cromática das coleções e dos locais de 
armazenamento.
30
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
• A identificação única para cada uma das unidades de 
informação do acervo, por meio do número de chamada ou 
localizador (ESTABEL; MORO, 2014, p. 26).
Para finalizar este tópico, considere para a sua prática que, além do tipo de 
classificação, uma sugestão é acrescentar a ela a codificação cromática, assim 
você amplia a forma de planejar o acervo, de forma a facilitar o armazenamento 
e a busca pelas informações. Lembre-se de que o desafio desse processo é 
possibilitar aos usuários a localização na biblioteca, ou seja, a busca e o contato 
com o assunto pesquisado com um elevado grau de autonomia de pesquisa.
Com a finalidade de identificar os materiais nos espaços das bibliotecas e 
facilitar o acesso aos assuntos, é necessária uma classificação que acontece 
mediante a organização “douniverso de conhecimentos em uma ordem 
sistemática” (ESTABEL; MORO, 2014, p. 27). Por exemplo, cada tema pode ser 
apresentado por um símbolo que está presente na lombada do livro (do material 
do acervo), facilitando a busca e o acesso. 
Portanto, considere que a classificação do acervo de bibliotecas, no contexto 
de uma gestão eficaz da informação, apresenta as seguintes vantagens:
• Localização simplificada dos livros. 
• Organização produtiva dos espaços.
• Retirada para consulta e empréstimo com mais rapidez, eficiência e 
segurança.
• Devolução dos materiais à coleção com facilidade.
• Inserção de novos materiais na coleção, sem afetar a ordem lógica.
• Reunir ou agrupar livros semelhantes em várias línguas e edições.
3.3 INDEXAÇÃO E CATALOGAÇÃO
Agora, trataremos de outro conceito, o de indexação. Esta é uma atividade, 
basicamente, de atribuição de certos termos, os quais são utilizados para 
descrever determinado documento. Para isso, são utilizados vocabulário 
controlado e/ou lista de descritores, tesauro e, também, o próprio plano de 
classificação utilizado pela biblioteca.
31
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
FIGURA 8 – INDEXAÇÃO E CATALOGAÇÃO
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-premium/armarios-de-indice-em-uma-
biblioteca-feita-de-madeira_2926140.htm#query=cat%C3%A1logo%20
livros&position=11>. Acesso em: 7 abr. 2020.
Tesauro:
Tesauros são vocabulários controlados formados por 
termos-descritores semanticamente relacionados, e 
atuam como instrumentos de controle terminológico. Os 
tesauros podem estar estruturados hierarquicamente 
(gênero-espécie e todo-parte) e associativamente 
(aproximação semântica), e são utilizados 
principalmente para indexar e recuperar informações 
por meio de seu conteúdo (SALES; CAFÉ, 2009, p. 
102).
De que forma é feita a seleção dos termos? Normalmente, essa seleção é 
realizada com base em:
• Etapa inicial: é realizada a separação dos tipos de documentos, em 
cada grupo são reunidos documentos que apresentam características 
comuns, por exemplo, natureza do conteúdo ou técnica de registro. Você 
se lembra do tópico anterior sobre tipos de documentos? Lembra que foi 
apresentada uma lista longa de tipos de documentos e suas respectivas 
características? Agora, aquele conhecimento inicial volta a ser necessário 
para o processo de indexação.
32
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
• Título ou cabeçalho do documento: algumas palavras podem ser 
retiradas para indexação do documento.
• Assunto do documento: por exemplo, ele pode apresentar palavras-chave 
ou termos compostos que já representam o conteúdo do documento, 
facilitando a indexação. Esta é a principal etapa de análise, considerando 
o contexto das bibliotecas.
• Datas que estejam associadas com as movimentações e que estejam 
registradas no documento.
• Documentação anexa: caso o documento a tenha, pois nos anexos 
também há informações que contribuem para a construção do vocabulário 
específico.
Considere que a indexação tem um grande objetivo, o qual estabelece relação 
direta com a gestão eficiente da informação no espaço das bibliotecas: ampliar as 
possibilidades de busca e facilitar a recuperação da informação. Isso pode ser 
feito de forma manual, mas, atualmente, a busca automática (informatizada) tem 
facilitado essa atividade.
Para ampliar o entendimento do conceito, observe o que apresentam as 
autoras Fujita, Boccato e Rubi (2010, p. 26) sobre a definição do conceito de 
indexação a partir da visita a alguns autores consagrados no campo:
O termo indexação (indexing) pertence à corrente teórica 
inglesa e, de acordo com os “Princípios de indexação” do World 
Scientific Information Programme (UNISIST 1981, p. 84) é “[...] 
a ação de descrever e identificar um documento de acordo com 
seu assunto”. 
Para Chaumier (1988, p. 63) “[...] a indexação é a parte mais 
importante da análise documentária. Consequentemente, é ela 
que condiciona o valor de um sistema documentário”. 
De acordo com Pinto Molina (1993, p. 208), a indexação “[...] 
é a técnica de caracterizar o conteúdo de um documento [...] 
retendo as ideias mais representativas para vinculá-las a 
termos de indexação adequados”. 
Lancaster (2004, p. 1) explica que “[...] os processos de 
indexação identificam o assunto que trata o documento [...]” 
e eles implicam “[...] a preparação de uma representação do 
conteúdo temático dos documentos”.
Portanto, é possível inferir das afirmações dos diferentes autores, com 
as suas definições específicas sobre o que é indexação, que ela representa a 
prática de descrever e identificar um documento de acordo com o assunto que 
ele apresenta. Esta é a parte mais importante da análise documentária, pois 
condicionará o valor do sistema; isso implica a preparação de uma representação 
do conteúdo dos documentos, ou seja, quando os usuários acessarem a 
biblioteca, utilizarão termos para a realização da busca. Logo, de acordo com 
33
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
o vocabulário construído, determinado documento fará parte da busca e estará 
de acordo com a pesquisa realizada. Caso essa prática não seja feita de forma 
adequada, ou seja, os termos não forem selecionados corretamente, o documento 
pode não ser revisitado ou pode ter uma associação não adequada com outros 
materiais. Agora, quando o conjunto de termos é construído de forma satisfatória, 
a recuperabilidade do documento é ampliada.
Na prática, o indexador é o responsável por identificar nos documentos 
conceitos que podem ser extraídos, os quais são traduzidos para termos de 
instrumentos de indexação: tesauros, listas de cabeçalhos de assunto, esquemas 
de classificação, entre outros. Para isso, o indexador seleciona um instrumento de 
indexação e registra os dados, ou seja, os termos selecionados para a identificação 
do documento. Esses termos facilitarão a recuperação de informação. 
Para isso, o indexador deve conhecer as linguagens de indexação, uma vez 
que fará a “tradução” dos termos apresentados pelos autores para a linguagem 
de indexação. Saiba que a linguagem dos materiais é variável e está relacionada 
com aspectos subjetivos, ou seja, depende das escolhas dos autores. Agora, 
para a indexação é utilizado um conjunto de termos padronizados. A função 
dessa ação é compatibilizar a linguagem utilizada pelos usuários e entre várias 
instituições. Serve, desta forma, de instrumento para indexação e, também, para 
indexadores que deverão realizar o tratamento temático da informação, ampliando 
as estratégias de busca em diferentes espaços de consulta, por exemplo, entre 
instituições diferentes.
Indexação é a ação de extração de termos representativos para 
referência ou buscas futuras.
Observe a tabela a seguir: 
34
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
TABELA 1 – AS ETAPAS DA INDEXAÇÃO
FONTE: Fujita et al. (2009, p. 25)
Apropriado do conceito de indexação, o próximo passo é entender como 
realizar na prática essa atividade. Para Rubi (2008, p. 117), há seis perguntas 
norteadoras para o trabalho do indexador, são elas:
1. O assunto contém uma ação (podendo significar uma 
operação, um processo etc.)? 
2. O documento possui em seu contexto um objeto sob efeito 
desta ação? 
2.1 o objeto identificado pode ser considerado como parte de 
uma totalidade? 
2.2 o objeto identificado possui características ou atributos 
particulares? 
3. O documento possui um agente que praticou esta ação? 
4. Para estudo do objeto ou implementação da ação, o 
documento cita e/ou descreve modos específicos, por 
exemplo: instrumentos especiais, técnicas, métodos, materiais 
e equipamentos? 
5. A ação, objeto e agente são consideradosno contexto de um 
lugar específico ou ambiente? 
6. Considerando que a ação e o objeto identificam uma causa, 
qual é o efeito desta causa?
Após a reflexão sobre indexação, você será convidado para refletir sobre 
catalogação de documentos, mas este tópico segue em conjunto com o de 
indexação, pois as duas práticas, para muitos autores, se aproximam e podem 
ser confundidas. A proposta é seguir refletindo sobre as duas, em paralelo, 
para aproximá-las e distanciá-las, também, com o objetivo de entender quais as 
especificidades de cada uma delas.
35
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
De acordo com Rubi e Fujita (2010, p. 121), “o tratamento descritivo refere-
se propriamente à catalogação, ou seja, à representação descritiva da forma 
física do documento (autor, título, edição, casa publicadora, data, número 
de páginas etc.)”. Na continuação, as autoras defendem que o tratamento 
temático, em bibliotecas, diz respeito ao assunto tratado no documento, ou seja, 
compreende a análise documentária como área teórica e metodológica, que 
abrange as atividades de classificação, elaboração de resumos, indexação e 
catalogação de assunto, considerando as diferentes finalidades de recuperação 
da informação. Esta segunda etapa trata-se de indexação. 
Passível, então, de diferenciar catalogação de indexação da seguinte forma: a 
primeira está concentrada na atividade de descrição “física” do documento (autor, 
título, edição etc.), a segunda atividade, a de indexação, pressupõe apropriação 
do conteúdo do documento para posterior construção de um conjunto de palavras 
específicas que permitirão acesso futuro ao documento, portanto, o tratamento 
nesta atividade é temático.
Considere, portanto, que a indexação está relacionada à identificação 
do conteúdo do documento, por meio do processo de análise de assunto, e a 
sua representação por meio de conceitos, os quais serão representados ou 
traduzidos em termos advindos de uma linguagem documentária, com vistas 
à intermediação entre o documento e o usuário no momento da recuperação 
da informação, seja em índices, catálogos ou bases de dados. É a forma de 
possibilitar a recuperabilidade do documento em bases de dados.
Em paralelo, “o termo “catalogação de assunto” (subject cataloguing) traz 
a influência norte-americana e remonta a Cutter (1904), que 
atribui a sua obra Rules for a dictionary catalog, o objetivo de estabelecer regras 
para a formação de cabeçalhos alfabéticos de assuntos, que formariam catálogos 
alfabéticos de assunto” (RUBI; FUJITA, 2010, p. 123).
Os objetivos da catalogação estariam associados à permissão ao usuário do 
catálogo em encontrar um documento específico sobre um assunto indicado por 
ele e descrito no catálogo. Da mesma forma seriam associados a essa entrada 
de conceitos outros documentos sobre o mesmo assunto ou temas relacionados. 
A catalogação de assuntos está relacionada com a realização de cabeçalhos de 
assunto, os quais representam o conteúdo de forma simplificada, constituindo os 
catálogos de bibliotecas. 
A indexação, por sua vez, está relacionada à construção de um vocabulário 
específico para acesso a determinados materiais. Esse vocabulário é traduzido de 
tal forma que o acesso é compartilhado, ou seja, não apenas os usuários daquela 
biblioteca, daquele acervo, podem realizar a busca. Existe um intercâmbio entre 
36
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
instituições, assim a linguagem utilizada é padronizada e amplia o acesso à 
informação, ou seja, um usuário brasileiro pode acessar uma biblioteca digital de 
uma instituição da Europa (que possibilite o acesso ao acervo, evidentemente), 
por exemplo, e utilizar certos termos para encontrar documentos que ampliarão a 
sua leitura. 
De acordo com Rubi e Fujita (2010, p. 125), um ponto importante para a 
diferenciação entre as duas atividades está na “utilização de diferentes linguagens 
documentárias e seus resultados”, ou seja, “lista de cabeçalho de assunto para 
catalogação de assunto e tesauros para indexação, os dois processos terão como 
produto final, respectivamente, o índice e o catálogo de assunto”.
Na gestão das bibliotecas, o termo catalogação é mais usual e descreve o 
trabalho de representar os documentos descrevendo os seus aspectos físicos 
(descrição do documento) e aspectos de conteúdo (catalogação por assunto). 
Os livros nas bibliotecas escolares, por exemplo, são submetidos muito mais à 
atividade de catalogação do que de indexação. A atividade de indexação está 
mais relacionada a bibliotecas universitárias, em que o grau de complexidade e o 
volume de documentos são mais amplos. 
O processo de catalogação identifica no documento: autores, 
títulos, fontes e outros elementos bibliográficos.
O processo de indexação identifica aspectos diretos sobre o 
assunto tratado no documento.
Foskett (1996 apud RUBI; FUJITA, 2010, p. 126) apresenta semelhanças e 
diferenças entre os processos de indexação e de catalogação. Observe:
• Semelhanças: indexação e catalogação têm os mesmos 
objetivos gerais – identificar o item e fornecer acesso a ele por 
meio de várias abordagens, incluindo o assunto.
• Diferenças: na catalogação do livro, reúne a descrição física e 
o seu conteúdo, é tratado no todo e os assuntos são fornecidos 
em uma escala limitada (um número de classificação para 
arranjo nas estantes e um ou dois cabeçalhos de assunto 
para acesso por meio do catálogo). Já na indexação de outros 
materiais a tendência é o detalhamento, em que há maior 
generosidade no fornecimento de termos para o acesso por 
assunto.
37
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
A partir desta reflexão é permitido inferir que a catalogação de assunto 
está mais relacionada com a prática em bibliotecas, enquanto que a indexação 
está mais relacionada com sistemas de informação mais complexos, os 
quais direcionam a ação para a construção de bases de dados com índices 
compartilhados. Entretanto, saiba que as duas práticas, em certo ponto, se 
interligam, pois a indexação contribui para a elaboração de catálogos, sobretudo 
em bibliotecas universitárias. Pense nisso!
Por fim, lembre-se de que todas essas ações pressupõem objetos comuns: 
desenvolvimento educacional, compartilhamento de saberes, gestão da informação 
e acesso amplo à informação. Para gestores de bibliotecas é importante frisar que 
as funções da biblioteca estão relacionadas com armazenagem, organização e 
acesso à informação. Para Rubi e Fujita (2010, p. 127):
Essas três funções estão presentes em toda a evolução do 
processo de socialização do conhecimento realizado pela 
universidade [considere todas as bibliotecas] ao longo do 
tempo, ainda que se considere a permanente mudança dos 
formatos documentários para registro do conhecimento e seu 
modo de acesso, como os catálogos.
1 Descreva as semelhanças e as diferenças entre catalogação e 
indexação. 
R.:____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
De acordo com o que foi aprendido até agora, podemos destacar que, 
com o uso do papel e com o surgimento da imprensa, o volume de produção 
de informação mudou consideravelmente. Atualmente, com as novas tecnologias 
da informação e da comunicação, esse volume se torna mais significativo ainda. 
Com isso, passou-se a exigir uma gestão eficiente de documentos, tanto para 
que eles sejam organizados e armazenados de forma correta quanto para que 
possam ser recuperadose acessados de acordo com a necessidade do usuário. 
Inclusive, as novas tecnologias ampliam os acervos virtuais e maximizam as 
38
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
trocas de informações entre diferentes usuários e diferentes instituições.
Para finalizar, consideramos importante destacar que o espaço da 
biblioteca exige de gestores, bibliotecários e técnicos a execução do conjunto 
de procedimentos e operações técnicas referentes ao trato dos documentos, 
seguindo as orientações para classificação, indexação e catalogação para ampliar 
as trocas entre instituições, de acordo com a AACR2 (Código de catalogação 
Anglo-Americano). 
Caro acadêmico, de acordo com o que vimos até aqui, percebemos que 
a questão que emerge dessa reflexão está relacionada com a possibilidade de 
assegurar a qualidade no processo de recuperação da informação, ou seja, toda 
vez que o usuário da biblioteca desejar realizar uma consulta direta e, também, 
periférica, ou seja, de materiais correlatos, ele encontrará o que busca, tendo, 
desta forma, uma experiência positiva no espaço da biblioteca, que pode ser, 
inclusive, virtual.
O trabalho do profissional que realiza (ou orienta) a classificação, a indexação 
e a catalogação está diretamente relacionado com a possibilidade de recuperação 
dos documentos por assuntos com especificidade e precisão. Isso é um desafio 
e com a prática e o conhecimento essa atividade pode ser conduzida de forma 
correta. O desafio para o futuro é o de que as bibliotecas contenham sistemas e 
organizem equipes que compartilhem decisões direcionadas para a qualidade e a 
consistência da indexação para a recuperação de documentos em cada pesquisa 
do usuário. Para isso, a ação deve ser pautada em metodologias de construção 
de catálogos que sejam eficientes e construídos de forma compartilhada para a 
produção de bases de dados que sejam referenciais. Reflita sobre essas questões 
e analise as suas práticas e as possíveis contribuições que você pode levar para 
o seu contexto de atuação.
REFERÊNCIAS
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informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 
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39
Princípios Fundamentais De Classificação, Indexação EPrincípios Fundamentais De Classificação, Indexação E
Catalogação De DocumentosCatalogação De Documentos Capítulo 1 
BRASIL. Conarq: perguntas mais frequentes. Brasília: Ministério da Justiça 
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MEY, E. S. A; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de 
Lemos, 2009.
40
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
MONTEZANO, N. S. A importância da gestão da informação para as 
empresas e para a atuação do secretário executivo: uma revisão bibliográfica. 
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Departamento de Letras e Artes. 
Curso de Secretariado Executivo Trilíngue. Viçosa: Universidade Federal de 
Viçosa, 2009. Disponível em: http://www.secretariadoexecutivo.ufv.br/docs/
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RIBEIRO, A. M. de C. Memória. Catalogação de recursos bibliográficos: AACR2 
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VALE, E. A. do. Linguagens de indexação. In: SMIT, J. W. (Coord.). Análise 
documentária: a análise da síntese. Brasília: NCT – CNPQ, 1987. Cap. 1, p. 12-
26.
CAPÍTULO 2
Localização De Documentos:
Princípios E Parâmetros
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Aprender sobre ficha catalográfica, o que é e quais são os elementos que a 
compõem; descrição bibliográfica; orientação e técnicas de catalogação; 
organização e gestão de materiais.
• Identificar e desenvolver fichas catalográficas de forma assertiva.
• Reconhecer e desenvolver estratégias de organização de materiais.
42
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
43
Localização De Documentos: Princípios E ParâmetrosLocalização De Documentos: Princípios E Parâmetros Capítulo 2 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Para uma organização eficiente de materiais, considerando o espaço da 
biblioteca e das salas de leitura, faz-se importante que você se aproprie dos 
saberes relacionados à elaboração de fichas catalográficas e catálogos. Desta 
forma, nesta etapa, convidamos você a ampliar o seu conhecimento sobre esses 
conceitos.
Bons estudos!
2 CATÁLOGO E FICHA 
CATALOGRÁFICA
Conforme explicam Fujita et al. (2009, p. 19), para a organização eficiente 
dos materiais: 
Podem ser utilizados os processos de indexação, catalogação 
de assunto, classificação e elaboração de resumos, que são 
considerados processos de sumarização da informação, dos 
quais se originam os índices, os catálogos de assunto, os 
números de classificação e os resumos que possibilitarão a 
recuperação da informação pertinente aos interesses dos 
usuários.
Iniciaremos com a noção de catálogo. O catálogo representa um instrumento 
de pesquisa que é organizado segundocritérios temáticos, cronológicos, 
onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos 
pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou analítica.
A toponímia, considerada como parte da onomástica, representa 
a ciência do léxico.
Léxico: conjunto de palavras que configura uma determinada 
língua. Representa o acervo disponível que as pessoas utilizam para 
se comunicar.
44
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Catálogo é um instrumento utilizado para a localização específica de 
documentos. Os critérios para a sua elaboração podem seguir uma organização 
temática, cronológica, onomástica ou toponímica.
Catálogos que utilizam critérios temáticos são elaborados de acordo com os 
temas das unidades documentais. Este tipo de catálogo apresenta uma seleção 
de materiais categorizados, por exemplo, pelos temas que são indicados nas 
pesquisas realizadas pelos usuários da biblioteca. Neste caso é realizado um 
tratamento temático do assunto, em que a finalidade é a recuperação do material 
conforme objetivos de busca do usuário. Veja na Figura 1 um exemplo deste tipo 
de catálogo.
FIGURA 1 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: 
ACERVO DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ 
CAPA
FONTE: <http://cap.biblioteca.ufrj.br/images/PDF/CATLOGO-DE-LISTAGEM-
DE-OBRAS-POR-TEMA-2019.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2020.
45
Localização De Documentos: Princípios E ParâmetrosLocalização De Documentos: Princípios E Parâmetros Capítulo 2 
FIGURA 2 – SUMÁRIO DO CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E 
JUVENIL: ACERVO DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ
FONTE: <http://cap.biblioteca.ufrj.br/images/PDF/CATLOGO-DE-LISTAGEM-
DE-OBRAS-POR-TEMA-2019.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2020.
Você pode observar que o sumário do catálogo temático apresenta títulos 
que destacam os temas encontrados em conjuntos de documentos, tais como: 
amizade, circo, família, profissões, sentimentos etc. Agora, observe uma página 
do catálogo, agora com a indicação do material de acordo com o tema escolhido, 
para isso, escolhemos o tema “educação financeira”.
46
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
FIGURA 3 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: 
ACERVO DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ 
FONTE: <http://cap.biblioteca.ufrj.br/images/PDF/CATLOGO-DE-LISTAGEM-
DE-OBRAS-POR-TEMA-2019.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2020.
Com a utilização do catálogo por tema, a busca é mais direta no sentido 
de investigação sobre um determinado assunto. O usuário pode não reconhecer 
nenhum autor e nenhum documento de forma específica, mas ele deseja conhecer 
materiais e autores sobre um determinado tema. Logo, o caminho de pesquisa é 
traçado no sentido do tema para o documento. 
Caso a escolha de organização do catálogo seja feita por critérios 
cronológicos, a atividade se desenvolve de forma diferente. Nesta prática, devem 
ser analisados aspectos temporais do documento, como data de publicação, 
de forma que sejam organizados em uma lógica cronológica, a qual pode optar 
pela data mais recente e seguir o período de publicação até o mais remoto, ou, 
pode optar pela lógica contrária: com ponto de partida no material com data mais 
antiga até alcançar o período de publicação mais recente. Essa escolha cabe ao 
responsável pela gestão dos documentos, pois ele é o responsável por definir qual 
opção é mais adequada, de acordo com o tipo de documento. Vamos observar 
um exemplo de catálogo organizado de forma cronológica.
47
Localização De Documentos: Princípios E ParâmetrosLocalização De Documentos: Princípios E Parâmetros Capítulo 2 
FIGURA 4 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: 
ACERVO DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ – CAPA
FONTE: Faria (1979, p. 5)
FIGURA 5 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: ACERVO 
DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ – PÁGINAS DE EXEMPLO
FONTE: Faria (1979, p. 213)
48
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
FIGURA 6 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: ACERVO 
DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ – PÁGINAS DE EXEMPLO
FONTE: Faria (1979, p. 350)
FIGURA 7 – CATÁLOGO TEMÁTICO DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: ACERVO 
DA BIBLIOTECA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ – PÁGINAS DE EXEMPLO
FONTE: Faria (1979, p. 350)
49
Localização De Documentos: Princípios E ParâmetrosLocalização De Documentos: Princípios E Parâmetros Capítulo 2 
Observe atentamente que o primeiro registro do catálogo corresponde a uma 
obra sem data. A escolha da bibliotecária responsável por organizar o material foi 
o de iniciar com as obras sem data para depois iniciar o registro dos documentos 
do período que inicia em 1641 e segue até 1689. Registre também a informação 
da forma de construção do catálogo, no sentido de informação que se faz 
presente. Faria (1979) optou pelo critério cronológico, pois ela considerou como 
o mais adequado para publicações deste tipo e inseriu um descritivo contendo 
a transcrição da página de rosto, tal como se apresenta, sem omitir qualquer 
particularidade tipográfica (traços, gravuras, entre outros). 
Para uniformização dos registros, foram omitidas as letras maiúsculas, sendo 
estas mantidas apenas na designação de cargos oficiais (FARIA, 1979). Na 
apresentação de cada documento/espécie, a ordem estabelecida foi a seguinte: 
raridade, edição, autoria, formato, partes em que a obra se divide, aspecto 
tipográfico; depois, segue a lista de bibliografia consultada, sumariamente referida 
e ordenada cronologicamente; por fim, são apresentadas as notas relativas ao 
exemplar, com todas as características que ele apresenta: pertences, manchas 
de umidade, rasgões, restauros, notas manuscritas, encadernação, entre outros. 
1 Agora, um desafio para você! Encontre, no exemplo a seguir 
(FARIA, 1979, p. 37-39), as informações que foram indicadas nos 
parágrafos anteriores e que configuram o catálogo esquematizado 
pelo critério cronológico, indicando: obra, data, raridade, edição, 
autoria, formato, descritivo etc.
50
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Dica: você pode pesquisar na internet o catálogo proposto por Faria 
(1979) para facilitar a solução desse desafio.
Caso a escolha não seja temática e também não seja cronológica, outra 
opção é organizar as espécies de acordo com critérios onomásticos. Este 
tipo de catálogo enfatiza o nome do autor. A partir de uma ordem alfabética 
são elaboradas fichas de autor individual ou institucional, de colaboradores, 
tradutores, organizadores e remissivas de autor (ROCHA, 2010). Pagani (2002), 
por exemplo, optou por organizar imagens fotográficas, identificadas em livros, no 
acervo da Biblioteca Apoio e Divulgação Cultural do Arquivo Público do Estado, 
de forma onomástica. A autora organizou um catálogo onomástico das imagens 
com o objetivo de compartilhar um instrumento de pesquisa capaz de atender 
às necessidades urgentes dos pesquisadores em reproduzir tais imagens, que 
geralmente vêm acompanhadas de biografias, que posteriormente poderão ser 
utilizadas para trabalhos acadêmicos, produções de vídeos, publicações de livros, 
periódicos, entre outros.
51
Localização De Documentos: Princípios E ParâmetrosLocalização De Documentos: Princípios E Parâmetros Capítulo 2 
FIGURA 8 – CATÁLOGO ONOMÁSTICO DAS IMAGENS 
FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS EM LIVROS NO ACERVO 
DA BIBLIOTECA APOIO E DIVULGAÇÃO CULTURAL
FONTE: Pagani (2002, p. 15)
FIGURA 9 – CATÁLOGO ONOMÁSTICO DAS IMAGENS 
FOTOGRÁFICAS IDENTIFICADAS EM LIVROS NO ACERVO 
DA BIBLIOTECA APOIO E DIVULGAÇÃO CULTURAL
FONTE: Pagani (2002, p. 16)
52
 Classificação, indexação e catalogação de documentos
Observe que na primeira coluna – “onomástico” – está presente o nome 
do autor responsável pela imagem fotográfica encontrada em determinado

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