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Trabalho de Bioclimatologia Unidade 4 - Circulação geral da atmosfera Nome: José Carlos Piller Rochimant Matrícula: 201201621267 Índice Unidade 4 - Circulação geral da atmosfera. 4.1. Balanço de energia na atmosfera. 4.1.1. Movimentos atmosféricos e o transporte meridional de energia e padrões de circulação de grande escala e clima. 4.1.2. Circulações regionais: a ZCIT e o Sudeste brasileiro. 4.2. Massas de ar atuantes no Brasil. 4.2.1. Massas de ar continentais e oceânicas. 4.2.2. Massas equatoriais e tropicais. 4.2.3. Massas polares. 4.2.4. Interpretação de fenômenos atmosféricos: 4.2.5. Tipos de massas de ar. 4.3. Interpretação de imagens de satélites, acompanhamento das condições do tempo. 4.4. Metodologia de foto interpretação de imagens de fenômenos meteorológicos. 4.5. Ciclos biogeoquímicos relacionados a atmosfera Unidade 4 - Circulação geral da atmosfera A diferenciação no balanço de radiação e heterogeneidade da superfície terrestre origina variações no campo da pressão atmosférica que, por sua vez, dão origens ao deslocamento do ar atmosférico, transferindo energia térmica das regiões de maior ganho de energia para as regiões de menor ganho. O comportamento médio, durante certo número de dias, do deslocamento do ar ao redor da Terra, denomina-se de circulação global ou geral da atmosfera. Modelo de circulação global Para estudar a circulação global é conveniente fazer referência a propostas de modelos, ou seja, a um esquema físico-gráfico que represente suas principais características e considerações físicas. É conveniente também observar como se podem explicar as trocas de calor e massa entre as diversas zonas climáticas do globo. O primeiro modelo de circulação geral foi proposto por Hadley em 1735. Compreendia, para cada hemisfério, uma única célula de circulação da atmosfera, conforme mostra a Figura a baixo. Há várias divergências a respeito desse tipo de circulação que, além disso, não está de acordo com os dados de observação de que atualmente se dispõe. Circulação global numa Terra sem rotação Como se pode perceber na Figura 2, cada hemisfério tem apenas uma célula de circulação, ou seja, apenas um sistema de circulação ou deslocamento de massa de ar. Em 1928, Bergeron, meteorologista sueco, propôs um modelo de circulação composto de três células. Esse modelo foi modifi cado por Rossby em 1947, e está representado a seguir: – Circulação global idealizada no modelo de circulação de três células. A vantagem desse modelo é que ele indica a existência de uma zona em cima da posição média do cinturão de altas pressões temperadas e equatoriais. Explica igualmente os movimentos ascendentes e o tempo nublado ou chuvoso em torno da posição média das baixas pressões temperadas e equatoriais. As três células da Figura a cima, que são encontradas em cada hemisfério, compreendem: a) Uma célula tropical, análoga a da primeira figura (célula a); b) uma célula extratropical (ou célula da frente polar, célula b); e c) as regiões situadas do lado polar das depressões temperadas (célula c). A célula tropical é mais complexa do que a polar, em particular devido às complicações que introduz a natureza migratória da frente polar. Além disso, a circulação média, nessa célula, é mais fraca do que a célula tropical. As partes das frentes frias representadas por traços correspondem a alturas cujos contrastes frontais estão frequentemente atenuados. Em particular, uma mistura de ar polar se produz nas partes mais baixas das frentes, sobretudo quando penetra nas regiões subtropicais. Esse processo leva à dissipação das frentes frias quando chegam a essas regiões. A circulação do lado polar nas latitudes de 60° é ainda mal conhecida. Deduz-se, por meio de observações, que a circulação ali é mais fraca do que nas latitudes médias e baixas. Todavia, é de se esperar que ocorram movimentos ascendentes na proximidade das depressões temperadas em relação à convergência das camadas baixas em torno dos 60° de latitude. 4.1. Balanço de energia na atmosfera O balanço energético, também chamado de balanço radiativo é um termo usado na climatologia para indicar a quantidade de energia (ε) que entra em nosso planeta, em relação à quantidade de energia que deixa a atmosfera, rumo ao espaço, seguindo o que fora proposto por Isaac Newton em sua Lei da conservação da energia Existe um balanço quase perfeito entre a quantidade de radiação solar incidente e a quantidade de radiação terrestre (sistema Terra-atmosfera) retornada para o espaço; caso contrário, o sistema Terra-atmosfera estaria progressivamente se aquecendo ou resfriando. Vamos examinar este balanço na a seguir, usando 100 unidades para representar a radiação solar interceptada no topo da atmosfera. Da radiação total interceptada pela Terra (sistema Terra-atmosfera), aproximadamente 30 unidades são refletidas de volta para o espaço. As restantes 70 unidades são absorvidas, 19 unidades pela atmosfera e 51 unidades pela superfície da Terra (Terra-oceano). Se toda a energia absorvida pela Terra fosse reirradiada diretamente para o espaço, o balanço de calor da Terra seria muito simples. Contudo, conforme vimos anteriormente, certos gases na atmosfera atuam no sentido de retardar a perda de radiação terrestre, absorvendo uma boa parte dela e reirradiando grande parte desta energia de volta para a Terra. Como resultado deste processo, a superfície da Terra recebe uma grande quantidade de radiação de onda longa da atmosfera (95 unidades). (A atmosfera na realidade emite mais energia que a quantidade de energia solar absorvida pela Terra, devido ao efeito estufa) A superfície da Terra, por sua vez, irradia 116 unidades de energia de onda longa para a atmosfera. Portanto, nesta troca (em onda longa) a atmosfera tem um ganho líquido de 15 unidades, enquanto a Terra tem uma perda líquida de 21 unidades. As restantes 6 unidades passam diretamente através da atmosfera e são perdidas no espaço. A radiação entre 8 a 11 escapa mais facilmente porque o vapor d'água e o dióxido de carbono não absorvem estes comprimentos de onda. Até agora contamos uma perda de 21 das 51 unidades de radiação de onda curta absorvidas pela superfície da Terra. E as 30 unidades restantes? Parte desta energia é transferida da superfície da Terra para a atmosfera através de calor latente, por moléculas de água durante o processo de evaporação (23 unidades). O calor latente refere-se à quantidade de calor envolvida em mudanças de fase da água. Por exemplo, a mudança da água líquida para vapor exige fornecimento de calor latente, enquanto a transformação de vapor para líquido libera calor latente. Outra parte das 30 unidades é transferida da superfície da Terra para a atmosfera por calor sensível (condução e convecção). Um balanço geral é obtido porque a atmosfera emite 64 unidades de energia para o espaço como radiação de onda longa, fechando o balanço entre radiação incidente e radiação emitida. Fluxos radiativos e não-radiativos de energia na interface superfície terrestre- atmosfera caracterizam as trocas energéticas que determinam os regimes térmicos do solo, água, vegetação e ar atmosférico. Determinando-se (estimando ou medindo) a magnitude destes fluxos num dado intervalo de tempo e área, obtem-se o balanço de energia. Fluxos Radiativos Balanço de radiação de ondas curtas Balanço de radiação de ondas longas Onde Rnl= radiação líquida de onda longa que deixa a superfície do solo(MJ m-2 dia1); σ = constante de Stefan-Boltzmann (4,03E-9 MJ K-4 m-2 dia-1); Tx = temperatura máxima absoluta do ar num intervalo de 24 h (K, sendo K = o C+273.16); Tn = temperatura mínima absoluta do ar num intervalo de 24 h (K); ea = pressão atual de vapord’água do ar atmosférico (kPa); Rg/Rgo = razão de radiação de onda curta (≤ 1); Rg = medido ou estimado pela equação 2 (MJ m-2 dia-1) e Rgo = estimado pelas equações 3 ou 4 (MJ m-2 dia-1). • Significado do termo: • Significado do termo: Radiação líquida Rn = Rns – Rnl Fluxos Não-Radiativos • A radiação líquida Rn é a fonte básica de energia para aquecimento do ar (fluxo de calor sensível QH), aquecimento do solo (fluxo de calor sensível QG) e evaporação da água (fluxo de calor latente QE). Rn=QE +QH +QG onde QH, QE e QG representam fluxos não-radiativos de energia. Valores representativos no período diurno dos componentes da equação acima e para uma área de solo seco e nu e para uma área de cultura sem deficiência de água e em fase de máximo desenvolvimento vegetativo (JURY et al., 1991). Segundo a equação apresentada a “Energia recebida = Energia perdida”, ou seja, Isso é válido quando a superfície é um plano, portanto sem massa. Quando se considera um volume, a exemplo do perfil do solo, deve-se levar em conta o armazenamento de energia no referido volume. “Energia recebida– Energia perdida= Variação no Armazenamento de Energia” Tem-se três situações: a) E entra > E sai → ∆Q > 0 → fluxo convergente, resulta em aquecimento do volume. b) E entra < E sai → ∆Q < 0 → fluxo divergente, resulta em resfriamento do volume. c) E entra = E sai → ∆Q = 0 e, portanto a temperatura do meio não muda. Balanço de Energia numa Folha • A importância relativa da reflexão, transmissão e absorção é governada pela estrutura interior da folha e propriedades radiativas dos principais pigmentos da planta (especialmente clorofila e carotenóides). Valores médios de coeficientes de reflexão, transmissão e absorção de folhas verdes para diferentes comprimentos de onda (OKE, 1995). Esquema dos fluxos envolvidos no balanço de radiação (esquerda) e de energia (direita) de uma folha isolada. (OKE, 1995). 4.1.1. Movimentos atmosféricos e o transporte meridional de energia e padrões de circulação de grande escalam e clima. Entende-se por Circulação Atmosférica a movimentação das massas de ar. Essa movimentação ocorre na Troposfera, à camada da atmosfera mais próxima da Terra. A circulação atmosférica ocorre em razão do desequilíbrio da radiação recebida pela Terra ao longo de sua extensão. As regiões que se localizam mais próximas da Linha do Equador recebem mais radiação solar e, conseqüentemente, tornam-se mais aquecidas. Enquanto nas regiões polares, o índice de radiação é menor e o aquecimento também. Desse modo, para que haja um maior equilíbrio, acontecem muitas trocas de massas de ar entre as regiões mais quentes e as mais frias. A movimentação das massas de ar só é possível graças às diferenças de pressão. O ar frio é mais pesado e, por isso, tende a descer e provocar uma pressão maior, enquanto o ar quente tende a subir e diminuir a pressão da atmosfera. Como a decida do ar frio e a subida do ar quente acontece simultaneamente, observa-se uma movimentação constante e circular dessas massas, que é responsável pela ocorrência dos ventos e pelas variações climáticas. O padrão da circulação da atmosfera se dá através de três células de movimentação (ver esquema abaixo), que são conseqüências diretas dos movimentos de rotação e de translação. Esquema das massas de ar do planeta Terra; observe a direção dos movimentos de cada célula A primeira célula de movimentação é a célula tropical. Ela ocorre nas regiões de baixa latitude (mais próximas da Linha do Equador). É caracterizada pelo movimento em direção aos pólos acontecer na porção superior da atmosfera. A segunda célula de movimentação é a célula de Ferrel ou célula das latitudes médias. Como o nome indica, ela ocorre nas latitudes intermediárias (entre a Linha do Equador e os pólos). Caracteriza-se pela direção do movimento em direção aos pólos ocorrer na porção inferior da atmosfera A terceira célula de movimentação é a célula polar. O ar proveniente das outras duas células, ao alcançar os pólos, desce e forma uma forte pressão polar. Em seguida, a superfície desloca esse ar para zonas de menor pressão e para as zonas tropicais. O transporte meridional de energia na atmosfera, e representado pela equação Realizados por circulações com diferentes escalas espaciais e temporais. Assim, estatisticamente, o transporte meridional de energia pode decompor-se no transporte pela média zonal da circulação meridional e no transporte pelos desvios em relação à média zonal. Este último pode ainda dividir-se no transporte pelas componentes transientes e estacionárias. A grande variabilidade espacial e temporal da circulação atmosférica limita a sua compreensão para diferentes escalas e para períodos mais alargados. Na larga escala, a circulação atmosférica apresenta algumas regularidades, no entanto, na escala regional, surgem anomalias que é necessário quantificar e analisar. A decomposição estatística do transporte de energia nas diferentes estruturas da circulação permite ultrapassar parte destas dificuldades, quando se consideram médias mensais, sazonais ou anuais (Peixoto & Oort 1992). Representando por X uma forma de energia incluída na equação; a média temporal do fluxo meridional de X pode ser decomposta no transporte pelas componentes médias e pela covariância, como se segue onde ) ( e ) ( ' , representam respectivamente a média temporal e o desvio em relação à média temporal Considerando a média zonal da média temporal do transporte, obtemos onde [()] e ()* representam respectivamente a média zonal e o desvio em relação à média zonal Assim, os eddies estacionários representam os desvios da média mensal, em cada ponto, relativamente à média zonal das médias mensais, e os eddies transientes representam os desvios em cada instante e em cada ponto relativamente à média mensal nesse ponto. Os termos no lado direito da expressão a cima representam o fluxo pela circulação meridional média, pelos eddies estacionários e pelos eddies transientes, respectivamente. Aplicando a decomposição anterior ao transporte das diferentes formas de energia, obtém-se Onde se substituiu a quantidade X por cada uma das componentes da energia atmosférica. Os mecanismos de transporte de energia variam em cada região de acordo com as estruturas que constituem a circulação atmosférica e com a distribuição dos campos das diferentes propriedades atmosféricas. Apresenta-se, em baixo, a descrição do transporte meridional de energia pela circulação meridional média, pelos eddies transientes e pelos eddies estacionários, de acordo com a literatura. Transporte de energia pela circulação meridional média A circulação meridional média é dominada pela célula de Hadley, na qual, junto ao equador, o ar quente ascende, desloca-se pelos níveis superiores da troposfera em direção ao hemisfério de inverno, arrefece durante a sua deriva em direção aos polos e mergulha sobre os sistemas de altas pressões subtropicais (Hartmann 1994). No ramo descendente, o aquecimento do ar por subsidência (compressão adiabática) sobre as 21 altas pressões subtropicais contraria a ocorrência de condensação, resultando numa atmosfera relativamente livre de nuvens e em regiões de muito pouca precipitação. A relativa ausência de nuvens implica maior arrefecimento radiativo. Assim, nas regiões subtropicais, o arrefecimento radiativo é balanceado pela subsidência de ar (Randall 2015). O aquecimento adiabático nas latitudes equatoriais e o arrefecimento nos sutrópicos é o principal mecanismo de transporte nas regiões tropicais (Trenberth & Stepaniak 2003). Uma vez que nas latitudes tropicais a maior parte da umidade se encontra nos níveis inferiores da troposfera, o transportede calor latente é feito pelo braço inferior da circulação, em direção ao equador. A conversão de calor latente em calor sensível durante os processos de condensação na região de convergência intertropical, funciona também como feedback positivo para a circulação termicamente direta (Trenberth & Stepaniak 2003). Por outro lado, na troposfera, a temperatura diminui com a altitude, por isso, a maior contribuição para o transporte de calor sensível pela célula de Hadley ocorre na baixa troposfera em direção ao equador. O ar quente transportado em direção ao equador ascende nas latitudes mais baixas, adquirindo energia potencial que é depois transportada pelos níveis superiores da troposfera, em direção aos subtrópicos. O transporte de energia estática seca (i.e., soma do transporte de calor sensível e de energia potencial) e seguindo em direção aos pólos. Desta forma, existe um cancelamento quase total entre o transporte de energia estática seca e o transporte de calor latente nas regiões tropicais. Ainda assim, na média vertical, o transporte de energia estática úmida (i.e., soma do transporte de energia estática seca e do calor latente) é em direção aos pólos (Masuda 1988; Marshal & Plumb 2008; Yang et al. 2015). O quase cancelamento do transporte meridional de energia estática úmida nas regiões tropicais reduz o transporte de energia total para valores inferiores aos das latitudes médias, onde o transporte é dominado pelos eddies transientes e estacionários (Oort 1971). Entre 30° e 60°N, encontra-se a célula de Ferrel, que, contrariamente à célula de Hadley, tem sentido de circulação termicamente indireto. Esta célula de circulação representa uma pequena porção do fluxo total de energia atmosférica e é induzida pela convergência de fluxos de momento dos eddies baroclínicos (Hartmann 1994). Transporte de energia pelos eddies transientes e estacionários Nas latitudes subtropicais, a média zonal do vento zonal atinge valores máximos, devido à conservação do momento angular na deriva meridional associada à circulação de Hadley, formando-se a corrente de jato subtropical. O vento na região subtropical e nas latitudes extratropicais é aproximadamente geostrófico e apresenta forte gradiente vertical, devido ao balanço do vento de temperatura. O intenso gradiente vertical do vento, associado ao intenso gradiente horizontal de temperatura, traduz a elevada disponibilidade de energia para a geração de perturbações à corrente média zonal, i.e., caracteriza a presença de forte instabilidade baroclínica. Assim, o escoamento meridional associado à célula de Hadley é interrompido, sendo o transporte meridional de energia e de momento zonal em direção ao pólo, a partir das latitudes subtropicais, dominado pelos eddies baroclínicos transientes e estacionários. Os eddies transientes, normalmente representados pelos sistemas sinóticos de altas e baixas pressões, são os principais agentes de transporte de momento, calor e humidade nestas latitudes, embora durante o inverno do HN, os eddies estacionários realizem cerca de metade do total do transporte de energia (Trenberth & Stepaniak 2003b). A energia para o movimento dos eddies resulta da conversão de energia potencial disponível em energia cinética nos processos que se geram pela instabilidade baroclínica. Quanto maior o gradiente meridional de temperatura entre as latitudes equatoriais e o pólo, maior será a baroclinicidade. Na escala planetária, encontram-se estruturas quase-estacionárias resultantes de variações longitudinais de características da superfície e do campo de aquecimento, como são exemplo as ondas de Rossby. A geração de ondas planetárias estacionárias está associada à presença de cadeias montanhosas, como os Himalaias e as montanhas Rochosas, mas também à presença de elevados contrastes térmica entre superfícies continentais e oceânicas. Os contrastes térmicos e da topografia na direção zonal são mais evidentes no HN do que no HS, sendo a amplitude das ondas planetária estacionária maior no primeiro caso do que no segundo (Graversen et al. 2008). Em alguns casos, as ondas planetárias amplificam e acabam por quebrar, dando origem a eddies transientes. Interação Troposfera-Estratosfera A dinâmica da circulação estratosférica é forçada pela propagação vertical de ondas geradas na troposfera (Andrews et al. 1987). Por outro lado, anomalias da circulação estratosférica podem, por vezes, progredir até à superfície (Baldwin & Dunkerton 2001). O acoplamento entre a variabilidade das circulações troposférica e estratosférica poderá influenciar o transporte meridional de energia. A forma como as anomalias da circulação estratosférica se propagam, as suas causas e influências, tem sido tema de ampla discussão na comunidade científica. A variabilidade da circulação atmosférica extratropical é dominada pelos modos anulares (no HN designados pela sigla inglesa NAM, e à superfície também por oscilação ártica com a sigla AO). Na troposfera, junto à superfície, o NAM/AO descreve variações da pressão de dado sinal sobre as latitudes médias e de sinal contrário sobre as regiões polares. Na estratosfera, os modos anulares descrevem variações da intensidade do vórtice polar estratosférico. Durante a estação fria (novembro a abril), na estratosfera polar, formase um vórtice intenso, com ventos de oeste. Na primavera, devido ao aquecimento através do topo do vórtice pela radiação solar, o vórtice desacelera e, durante o verão, o fluxo zonal médio inverte-se passando a ser de leste. Na baixa estratosfera, junto à tropopausa, quando o vórtice estratosférico se encontra mais intenso, o gradiente vertical do vento zonal médio é positivo (Karami et al. 2015). Pela análise da relação do vento térmico, um gradiente vertical do vento zonal médio positivo e mais intenso implica um aumento do gradiente meridional de temperatura, com temperaturas mais altas nas latitudes mais baixas e temperaturas mais baixas nas latitudes mais altas. Conseqüentemente, o jato polar e a trajetória dos sistemas de tempo de escala sinótica deslocam-se para latitudes mais elevadas. Por outro lado, a intensidade do vórtice polar controla a propagação vertical das ondas planetárias de Rossby da troposfera para a estratosfera (Andrews et al. 1987). Este fato pode ser explicado pela teoria linear de propagação de ondas, aplicada às ondas planetárias pela primeira vez por Charney e Drazin (1961). Charney e Drazin (1961) demonstraram que a propagação de ondas planetárias para a estratosfera só acontece quando os ventos zonais médios são de oeste (positivos) e não excedem a 24 velocidade crítica de Rossby ( Uc ). A velocidade crítica de Rossby está depende do número de onda, e assim, apenas as ondas de maior escala poderão propagar-se da troposfera para estratosfera. Quando o vórtice estratosférico se encontra mais intenso, as ondas de Rossby planetárias que se propagam da troposfera para a estratosfera, podem ser refratadas para as baixas latitudes, ou serem refletidas (Karami et al. 2015; Perlwitz & Harnik 2003). Como conseqüência, estas ondas podem interferir com o fluxo troposférico, alterando-o. A refração das ondas planetárias depende do índice de refração da circulação média zonal, dado por 4.1.2. Circulações regionais: a ZCIT e o Sudeste brasileiro A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos atuando nos trópicos, ela é parte integrante da circulação geral da atmosfera. Dentro desta circulação geral da atmosfera, existem três cinturões de ventos que são observados em cada hemisfério do planeta Terra. A ZCIT está localizada no ramo ascendente da célula de Hadley; Essa circulação atua no sentido de transferir calor e umidade (dos oceanos) dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para médiase altas latitudes (manutenção do balanço térmico global). Podemos observar os ventos alísios de baixas latitudes, os ventos oestes das médias latitudes e os ventos de lestes polares. Em particular na faixa equatorial, o aquecimento devido à radiação solar é bastante uniforme e intenso o que provoca baixas pressões à superfície, portanto os ventos alísios de sudeste vindos do Hemisfério Sul (HS) e os ventos alísios de nordeste vindos do Hemisfério Norte (HN) convergem em baixos níveis. A ascensão desses ventos vai provocar um resfriamento em níveis mais altos, perdendo umidade por condensação e precipitação, e ocorrerá em altitude um movimento em sentido contrário, contra-alísios, até a zona dos cinturões anticiclônicos, onde ocorre movimento subsidente aquecendo-se para formar novamente os alísios. Esta célula que se forma é chamada de Hadley-Walker. A circulação é dita de Hadley quando ocorre no sentido norte-sul e de Walker quando se faz no sentido leste-oeste. Estes duas células ocorrem simultaneamente. Sobre o oceano Atlântico, essa é a região de baixas pressões equatoriais para onde convergem em superfície os ventos alísios de sudeste do hemisfério sul e os alísios de nordeste do hemisfério norte, que partem, respectivamente das bordas do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e do Anticiclone Subtropical do Atlântico Norte (ASAN). Como resultado da convergência dos alísios e do forte aquecimento durante todo o ano, a ZCIT apresenta-se como uma banda de nebulosidade convectiva, acompanhada freqüentemente por precipitação e ventos fracos. A suas variações determinam quão abundantes ou deficientes serão as chuvas no setor norte e nordeste do Brasil. No Oceano Atlântico sudoeste a leste-nordeste, localiza Equador geográfico, atingindo sua posição mais setentrional em setembro e fevereiro e abril, influenciando as temperaturas tropicais e a marcha da nebulosidade e das chuvas durante as estações do ano (UVO e NOBRE, 1989 (a) e (b)) Campos médios da pressão atmosfera (m.s-1), valores tomados no período 1980 as estações do ano do hemisfério sul: (a) verão, (b) outono, (c) inverno e (d) primavera. - Representação esquemática da influência do dipolo de ATSM do Atlântico os ventos alísios do Atlântico Norte (AAN) e Sul (AAS) e a posição da ZCIT (Fonte: adaptado de Nobre e Molion, 1988). A climatologia da precipitação sobre os trópicos e subtrópicos da América do Sul apresenta um ciclo anual regular, com a atividade convectiva começando no oeste da bacia Amazônica no início de agosto e evoluindo nos meses seguintes para o sudeste do Brasil. As chuvas mais intensas e freqüentes sobre as regiões centro-oeste e sudeste do país ocorrem entre dezembro e fevereiro, e a atividade convectiva vai diminuindo em meados de março e abril (VERA et al., 2006). Acompanhando o ciclo anual da chuva, observa-se uma das características mais marcantes do clima tropical da América do Sul durante o verão: A presença de uma banda de nebulosidade e chuvas com orientação noroeste-sudeste, que se estende desde a Amazônia até o sudeste do Brasil, chegando, freqüentemente, até o oceano Atlântico Subtropical. Convencionou-se chamar de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) a essa característica climatológica à qual está associado um escoamento convergente de umidade na baixa troposfera. Embora tais características sejam observadas em todos os verões, importantes variações ocorrem na organização espacial, na intensidade das chuvas e na circulação. Variações desse tipo que são responsáveis pela ocorrência de eventos severos, alagamentos e deslizamentos de terra em distintas cidades e bacias em diferentes anos. Por outro lado, a supressão das chuvas e a descaracterização desse sistema podem representar longos períodos de seca ou má distribuição das chuvas sobre vastas regiões do território brasileiro. Outro aspecto importante da variabilidade intrasazonal da ZCAS é o chamado efeito “gangorra” onde são observados padrões alternados de aumento e diminuição na precipitação sobre a região leste da América do Sul estendendo-se desde a Argentina até o sudeste do Brasil (MUZA et al., 2009). Observa-se que eventos úmidos na região sudeste coincidem com a ocorrência de períodos secos na região sul e vice-versa, relacionados com a região onde está realmente posicionada a ZCAS. As interações entre a região tropical e subtropical do Brasil acontecem durante todo o ano. No verão, temos incursões de ar tropical úmido da Amazônia para o sul, enquanto que, no inverno, o ar seco e frio do sul pode penetrar na Amazônia Central. Durante o verão, as interações acontecem, principalmente, pela ação do Jato de Baixos Níveis (JBN) na América do Sul a leste dos Andes (Reboita et al, 2012). Séries temporais de eventos de JBN durante a segunda metade do século passado sugerem um importante papel das anomalias de TSM nos oceanos tropicais na atividade do JBN e um aumento nesta atividade tem tido um impacto na freqüência e na intensidade de eventos extremos de chuva no sudeste do Brasil como demonstrado por Carvalho et al. (2004) e Liebmann et al. (2004). Muitas vezes, a falta de informação meteorológica de boa qualidade em séries temporais no nível diário em grandes extensões do Brasil não tem permitido identificação de extremos climáticos e sua variabilidade, especialmente na região tropical da América do Sul, mas estudos como os de Carvalho et al. (2002 e 2004) evidenciam um aumento na frequência de extremos de chuva em São Paulo durante episódios de El Niño, sendo esses extremos de chuvas sensíveis à intensidade das ZCAS. O ciclo anual de eventos extremos de chuva no sul do Brasil mostra também ciclos anuais, sendo esses eventos mais frequentes na primavera e outono (TEIXEIRA, 2004). Eventos intensos de chuva no outono podem ser responsáveis, por grandes valores de vazões no rio Paraná no Pampa Argentina. As presenças da ZCAS e do JBN revelam um controle desses sistemas nas escalas intrasazonais e interanuais já que, em média, percebe-se maior frequência de eventos intensos de chuvas nas regiões sul e sudeste do Brasil quando o JBN é intenso e a ZCAS é mais fraca e deslocada para o sul da região nordeste. O escoamento para sul provocado pelo JBN promove uma conexão aérea entre o ciclo hidrológico da bacia Amazônica e o da bacia dos rios Paraná e Prata. Na região, são encontradas uma estação seca e outras chuvosas bem definidas. A estação chuvosa nas regiões central e sudeste do Brasil, principalmente na metade mais quente do ano, responde a um regime do tipo monção, com períodos chuvosos em que domina a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), e períodos mais secos em que o regime de chuvas é mais localizado onde predominam sistemas convectivos de mesoescala (VELASCO e FRITSCH, 1987). Em todas as regiões do país, ocorrem ainda intensificações e desintensificação dos sistemas de tempo provocados pela topografia. 4.2. Massas de ar atuantes no Brasil. Pelo fato de sempre estarem em movimento, as massas de ar avançam ou recuam sobre o Brasil, com influência direta no tempo e clima. Além disso, existem momentos em que se formam zonas de instabilidade meteorológica, ou seja, o fenômeno acontece quando suas massas se encontram com características diferentes, fazendo com que elas não se misturem. No entanto, quando se encontram duas iguais, como fria, por exemplo, forma-se uma frente, a chamada frente fria, amplamente falada na previsão do tempo dos noticiários. No Brasil, há a influência de cinco massas de ar diferenciadas de acordo com os locais de origem, que são respectivamente: • Massa Equatorial Atlântica:ela é quente e úmida, com predominância no litoral da Amazônia e do nordeste, com formação no oceano Atlântico; • Massa Equatorial Continental:forma-se no ocidente da Amazônia, predominante em grande parte do ano, sendo quente e úmida; • Massa Tropical Atlântica: formada no oceano Atlântico,perto do trópico de Capricórnio, é quente e úmida e com grande presença no litoral brasileiro; • Massa Tropical Continental: é quente e seca e tem origem na depressão do Chaco, na Bolívia. Atinge uma área pequena e fica por lá quase o ano inteiro; • Massa Polar Atlântica: tem origem no oceano Atlântico, na região da Patagônia, na Argentina, sendo fria e úmida, com atuação no inverno vindo para o Brasil por meio de uma frente fria. Vale informar que as mais atuantes no Brasil são as massas de ar Equatorial Continental, Tropical Atlântica e Polar Atlântica. Portanto, fique atento a esse tema e arrase nos vestibulares e Enem, principalmente quando as perguntas estiverem ligadas com os fatores climáticos O clima do território brasileiro é caracterizado pela elevada variabilidade registrada ao longo de sua extensão. No norte, temos um clima equatorial, mais úmido. No nordeste e em parte do sudeste, predomina o semiárido, mais seco. No sul, o clima é o subtropical úmido, mais frio. Mas a maior parte do nosso território caracteriza-se pelo clima tropical, com verões quentes e úmidos e invernos secos e frios. Assim, considerando essa variedade, bem como o fato de o Brasil possuir dimensões continentais, percebe-se que o clima no país é influenciado por várias massas de ar, que possuem diferentes dinâmicas e interações que sofrem transformações ao longo do ano. É importante perceber que as massas de ar resguardam as características das regiões de onde elas surgem. Por exemplo: uma massa originada em uma zona muito fria e úmida será igualmente fria e úmida. Duas dessas massas de ar são formadas nas proximidades do Equador: 4.2.1. Massas de ar continentais e oceânicas. Massa Equatorial Atlântica - quente e úmida. Sua atuação é limitada, restringindo-se ao litoral das regiões Norte e Nordeste do Brasil, pois é formada pelos ventos alísios de nordeste – ventos oriundos das zonas de altas pressões subtropicais do hemisfério norte. Massa Equatorial Continental - quente e úmida, origina-se na Amazônia ocidental. A evapotranspiração da densa floresta de sua com região de origem acentua o teor de umidade na atmosfera, fenômeno que se traduz na grande intensidade das chuvas. Na Amazônia ocidental essa massa atua durante praticamente o ano todo. Mas durante o verão austral sua ação pode ser sentida até no extremo sul do Brasil. 4.2.2. Massas equatoriais e tropicais. Outras duas massas de ar se formam sobre o Trópico de Capricórnio: Massa Tropical Atlântica - quente e úmida. Origina-se da intensa evaporação das águas quentes das correntes marinhas que passam ao largo da costa brasileira, mas sua atuação é mais sentida ao longo do litoral das regiões Sudeste e Sul, onde provoca chuvas durante todo o ano. Massa Tropical Continental - quente e seca. Originária do "coração" da América do Sul, atua sobretudo no Centro-Sul do Brasil, onde eleva bastante a temperatura e diminui o teor de umidade relativa do ar. 4.2.3. Massas polares Uma massa de ar se forma na região polar: Massa Polar Atlântica - é a única massa de ar fria, de origem polar, atuante sobre o Brasil. Sua frequência é maior, obviamente, durante o inverno, especialmente sobre os estados do Centro-Sul. Quando penetra no território brasileiro, provoca a formação de frentes frias, que dão origem a chuvas frontais quando encontram o ar quente continental. Eventualmente, a massa polar pode atingir o sul da Amazônia, fazendo as temperaturas caírem bruscamente. Esse fenômeno é conhecido como "friagem". 4.2.4. Interpretação de fenômenos atmosféricos Os fenômenos atmosféricos podem ser considerados como os eventos climáticos que ocorrem naturalmente, ou seja, não são consequência da ação humana, muito embora a interferência antrópica possa intensificar ou alterar a dinâmica de tais fenômenos. Dentre os principais exemplos, podemos citar os ciclones (furacões, tufões, tornados, etc.), inversão térmica, efeito estufa, El Niña e La Niña, dentre outros. A seguir, você poderá conferir um breve resumo com as principais características de cada um desses fenômenos: Ciclones, por definição, são fortes ventos carregados de umidade que giram em sentido circular em razão do efeito coriólis. Geralmente, os ventos provocados apresentam velocidade superior a 200 km/h e possuem uma larga extensão, sendo completamente vistos somente por imagens de satélite. Os ciclones tropicais mais comuns formam-se em áreas de baixas latitudes, entre 5º e 20º, enquanto os ciclones extratropicais formam- se em regiões de elevadas latitudes. Quando um ciclone acontece no Oceano Pacífico ou no Índico, ele recebe o nome de Tufão. Já quando ele acontece no Oceano Atlântico, recebe o nome de Furacão. Tornados, por sua vez, são fenômenos também motivados pelo rápido deslocamento do vento em forma circular, porém em menores extensões, mas com uma capacidade destrutiva até maior, haja vista que os seus ventos podem chegar a 800 km/h! Eles são muito comuns no interior continental da América do Norte. Inversão térmica Inversão térmica é um fenômeno atmosférico localizado que se caracteriza pela inversão da posição das camadas de ar quente e frio, fazendo com que o ar encontre dificuldade para circular. É considerada um problema ambiental quando a sua manifestação acontece em ambientes urbanos, pois impede ou dificulta a dispersão dos poluentes enviados à atmosfera, gerando o acúmulo da poluição no espaço das cidades. Sabemos que o ar frio sobe e o ar quente, mais denso, desce. Ao subir, o ar quente esfria, e o ar fio, ao descer, aquece-se e, posteriormente, sobe, provocando a ocorrência de um ciclo de movimentação do ar no sentido circular vertical. O problema é que, em dias mais frios, a superfície não consegue aquecer completamente o ar ao seu redor, por isso ele fica estacionado e não se movimenta, o que impede a circulação atmosférica local. Efeito estufa é o fenômeno atmosférico que garante a manutenção do calor na Terra através da reflexão e absorção dos raios solares. Resumidamente, alguns gases na atmosfera refletem parte da radiação solar recebida pelo planeta, e o restante bate na superfície e retorna para o ar, onde é novamente refletido, em partes, para a superfície em um processo contínuo. Caso não existisse o efeito estufa, estima-se que o planeta apresentaria temperaturas inferiores a -15ºC, o que dificultaria a existência de vida em razão da ausência de água na forma líquida. Por ser um evento climático natural, o efeito estufa também pode ser considerado como um fenômeno atmosférico. No entanto, a sua intensificação vem sendo alvo da preocupação de muitos cientistas, que afirmam que, caso a poluição do ar continue ocorrendo, o efeito estufa poderá intensificar-se e elevar drasticamente as temperaturas da atmosfera no futuro. El Niño é um fenômeno atmosférico oceânico causado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico nas proximidades da costa oeste do Peru e do Equador. Com isso, há um enfraquecimento dos ventos alíseos na região e um maior acúmulo de águas superficiais mais quentes, que liberam uma massa de ar mais aquecida e interferem no clima de várias partes do mundo. No Brasil, por exemplo, a estiagem do Nordeste eleva- se e as chuvas do Centro-Oeste e Sudeste são mais intensas. La Niña também é um fenômeno atmosférico oceânico que, assim como o El Niño, é cíclico, embora sua ocorrência seja menos frequente. Ocorre a partir do resfriamento anômalo das águas, fazendo com que outras resultantes climáticas ocorram, a maioria delas inversa aos efeitos do El Niño. 4.2.5. Tipos de massas de ar Há três tipos de massas que explicaremos minuciosamente para você se sair bem tanto nos vestibulares quanto na prova do Enem. Todas podem sofrer influências do oceano Atlântico ou do continente. Massas equatoriais Como o próprio nome diz, elas se formam próximo do Equador e em regiões de baixalatitude. Entre as suas características, estão altas temperaturas e baixas pressões, podendo ser úmidas ou não, de acordo com o local de sua formação. Geralmente, a oceânica é mais úmida, enquanto a continental é mais quente e menos úmida. Massas tropicais As tropicais são bem presentes no Brasil e se formam próximas aos trópicos, como Câncer e Capricórnio. Tanto no hemisfério norte quanto no sul frequentemente elas se formam em latitudes subtropicais. As tropicais têm temperaturas elevadas, médias e baixas pressões. Ao contrário da massa equatorial, a tropical é mais úmida na parte continental em comparação com a oceânica. Massas polares Quando se fala em polar, o que vem à sua cabeça? É exatamente o que explica a formação dessa massa de ar: ela tem origem nos continentes ártico e antártico, ou seja, são as mais frias e com pressões bem altas. Além de baixas temperaturas, outra característica da massa polar é a seca, principalmente a continental. Já a oceânica é um pouco mais quente e mais úmida. 4.3. Interpretação de imagens de satélites, acompanhamento das condições do tempo Os satélites artificiais são plataformas estruturadas para suportar o funcionamento de instrumentos de diversos tipos e, por isso, elas são equipadas com sistemas de suprimento de energia (painéis solares que convertem a energia radiante do Sol em energia elétrica e a armazena em baterias), de controle de temperatura, de estabilização, de transmissão de dados, etc. Os satélites de observação da Terra são plataformas com a estrutura básica citada anteriormente e que tem como instrumento principal um sistema sensor capaz de produzir imagens da superfície da Terra em várias bandas simultâneas; neste caso, o imageador orbital funciona basicamente como a câmara digital que analisamos e com as adaptações necessárias para gerar imagens em muitas bandas. De modo geral os sistemas imageadores orbitais, para aplicações em Geociências, tem órbitas de pequena inclinação com relação aos meridianos, isto é, órbitas do tipo quase-polar. Esse tipo de órbita associado ao seu período de rotação faz com que o satélite passe sempre "voando" de norte para sul na parte da Terra que está iluminada pelo Sol, cruzando o equador no mesmo horário (por volta de 10h local), quando as condições de iluminação são as mais adequadas para a aquisição de imagens. Um efeito desse tipo de órbita, combinado com a rotação da Terra, é que o satélite passa sobre uma região diferente da Terra em cada rotação, voltando depois de um período de vários dias, denominado período de revisita, a passar sobre a mesma região. Esta característica orbital é muito importante porque permite a aquisição de imagens periódicas de uma mesma região, o que é muito conveniente para analisar fenômenos temporais ou obter imagens sem nuvens. Quando o satélite de Sensoriamento Remoto avança de norte para sul em sua órbita, seu sensor multibandas pode produzir imagens de uma faixa da superfície terrestre. Aproveitando o movimento do satélite, o imageador utiliza chips CCD lineares (uma só linha de detectores) para produzir (em várias bandas) as linhas de imagem transversais ao seu deslocamento na órbita. Essas linhas de imagem ou linhas de varredura são transmitidas para as estações receptoras na Terra, à medida que vão sendo produzidas. A recepção e gravação dessas linhas são feita por meio de receptores, gravadores e grandes antenas parabólicas, como as do INPE em Cuiabá que acompanham o satélite em sua trajetória (de norte para sul) de horizonte a horizonte. O satélite meteorológico é um instrumento que consiste de sensores e câmeras especiais. Eles registram diferenças mínimas de temperatura, como uma grande máquina fotográfica, e traduzem a informação para imagens que cobrem quase todo o globo. O satélite é lançado no espaço a partir de uma base aérea e fica a cerca de 800 km de altitude, a partir da superfície terrestre. Nas imagens enviadas pelo aparelho, é possível identificar nuvens baixas, médias e altas e, assim, auxiliar o meteorologista no diagnóstico dos fenômenos atmosféricos. Há, ainda, detecção de áreas suscetíveis a queimadas e nevoeiros, a atividades vulcânicas e outros. As imagens de satélite agilizam a identificação e o monitoramento de fenômenos naturais, desastres ambientais, queimadas, desmatamento, condições meteorológicas, entre outros. Os dados que formam as imagens de satélites podem ser obtidos em sistemas passivos, por meio da captura da radiação solar refletida pela superfície da Terra. Para que tenhamos acesso às mesmas, estas devem ser enviadas para terra, por meio da conexão de antenas distribuídas ao longo da superfície (Figura a baixo). O histórico de obtenção das imagens de satélites remete-nos ao contexto da Guerra Fria (1945-1991), em que a corrida espacial foi travada entre os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Os Satélites Orbitais (que ficam em órbita ao redor da Terra) geraram sua primeira imagem em 1959, com o satélite estadunidense Explorer-1 0. Depois disso várias missões foram lançadas, sendo a LandSat a mais famosa e duradoura, iniciada em 1972 e ativa até hoje. No Brasil o uso intensivo das imagens LandSat é feito desde a década de 1970, através de parcerias entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a NASA, em que o Brasil propôs, como contrapartida ao uso das imagens, instalar antenas de recepção dos dados. O Brasil tem acesso a diversas outras imagens, de forma gratuita, e com a possibilidade de geração de imagens a cada 5 (Sentinel), 16 (LandSat) e 26 (CBERS) dias, por exemplo. Cabe destacar que o CBERS é uma pareceria entre o Brasil e a China (Satélite Sino-brasileiro) com compartilhamento de tecnologia e conhecimento. Uma das questões mais discutidas é sobre as famosas imagens de Alta Resolução – usualmente aquelas que tem sua menor unidade, o pixel, igual ou menor à 5 metros. A área vista nestas imagens, ao isolar sua unidade mínima (pixel) é de 25 metros quadrados. Um pixel isoladamente não nos permite interpretar uma imagem (classificar as coberturas do solo). A imagem deve ser vista como um todo, cada uma delas é composta por centenas e às vezes milhares de pixels. Para simplificar, a Figura 2 mostra um pixel isolado e um conjunto de pixels da mesma imagem (SPOT). Percebe-se aqui, que mesmo a imagem sendo de alta resolução o pixel isolado não nos indica o que está sendo mostrado, já com o contexto da imagem percebemos que estamos visualizando uma estrada. Assim, para adquirir uma imagem é necessário planejamento e o conhecimento do fenômeno que se deseja mapear. Se quisermos contar quantas árvores existem em uma plantação de laranjas, precisamos de uma imagem que tenha resolução espacial que, no contexto, permita a identificação de cada um dos indivíduos. Isso demandaria imagens com alta resolução espacial e alto custo. Por outro lado, se quero medir a taxa de reflorestamento em uma região, preciso que o conjunto de pixels me permita identificar “florestas” e não cada um dos indivíduos. Neste último caso, imagens com resolução entre 5 e 20 metros, obtidas de forma gratuita, são suficientes para a identificação. A Figura é um exemplo de imagem com resolução de 10 metros (Sentinel-2), nesta podemos ver o que é vegetação, o que é água e o que é solo exposto ou área desmatada, por exemplo, mesmo esta não sendo uma imagem de alta resolução. Deste modo, vemos que a consulta de profissionais que tenham formação na área da Geografia, com conhecimento em Sensoriamento Remoto, é fundamental. A escolha técnica pode evitar que se desprendimento de recursos excessivos para o tratamento de questões muitas vezes resolvidas de forma simples e com baixo custo, como é o caso de monitoramento de reflorestamento, desmatamento, queimadas, entre outros fenômenos. O Atlas Digital Geoambiental do Instituto Prístino possibilita visualizar imagensde satélite, através de um servidor online e com variação de resolução espacial, o que permite identificar diferentes tipos de fenômenos. 4.4. Metodologia de foto interpretação de imagens de fenômenos meteorológicos. O sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas e procedimentos tecnológicos que visa à representação e coleta de dados da superfície terrestre sem a necessidade de um contato direto. Assim sendo, toda a informação é obtida por meio de sensores e instrumentos em geral. Tal processo vincula-se ao tratamento, armazenamento e análise de tais dados para que se conheça melhor os fenômenos que se apresentam na superfície. A utilização desse tipo de técnica é de fundamental importância no contexto atual das sociedades, pois ela é capaz de revelar muitos dados geográficos e até históricos concernentes aos espaços naturais e também sociais, como a distribuição das áreas florestais, o avanço do desmatamento, o crescimento das áreas urbanas, etc. Pode-se dizer que o sensoriamento remoto surgiu logo após a invenção da máquina fotográfica, quando se tornou possível o registro de imagens a partir do céu. Inicialmente, utilizavam-se pombos ou balões a fim de captar imagens da superfície vistas de cima, geralmente para o reconhecimento de lugares ou produção de mapas. Em tempos de guerra, essa foi também uma importante estratégia para o reconhecimento do território inimigo, o que auxiliava na elaboração de planos de ataque e contra-ataque. E por falar em guerra, foi durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que esse sistema começou a aperfeiçoar-se por meio da utilização de aviões então recentemente inventados. O conjunto de técnicas de registro da superfície por meio da fotografia foi chamado de aerofotogrametria, que, além do registro da imagem, consistia também no tratamento dessa e de suas adaptações para a produção de visualizações de áreas inteiras. Esse procedimento é até hoje amplamente realizado. Além da aerofotogrametria, outro recurso de sensoriamento remoto bastante utilizado são os satélites. Com eles, tornou-se possível o registro de imagens em pequena escala, ou seja, de amplas áreas; ou, até mesmo, de mapas com escalas variadas e flexíveis, possibilitando o manejo para diferentes mapas de localização e temáticos. Entre os satélites mais importantes e utilizados por nós para a observação e registro de informações da superfície estão o Landsat e o CBERS (Satélite Sino- Brasileiro de Recursos Terrestres). O primeiro foi pela primeira vez lançado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) em 1972, tendo outras versões mais modernas construídas posteriormente, de modo que a mais recente é a Landsat 7. Já o CBERS é resultado de uma parceria entre o Brasil e a China, cujo primeiro lançamento ocorreu em 1999, enquanto o mais recente, o CBERS 3, foi lançado em 2011. Os satélites estão entre os mais importantes elementos do sensoriamento remoto Graças aos satélites, são possíveis as confecções de mapas temáticos com as mais variadas escalas de abrangência, conforme já mencionamos. Assim, é possível obter informações e registrar cartogramas sobre formas de relevo, topografia, ocupação humana, entre outros. Há também a funcionalidade meteorológica, em que a movimentação das massas de ar é captada de modo a auxiliar na previsão do tempo, que também conta com outros muitos instrumentos. Podemos dizer, portanto, que o sensoriamento remoto é um dos maiores avanços já produzidos pela ciência e tecnologia no que se refere ao estudo da superfície terrestre e, por que não dizer, de todos os elementos que compõem a biosfera. Assim, conseguiu- se avanço no monitoramento de fenômenos naturais e também antrópicos, tais como o monitoramento do avanço do desmatamento e outros. Um bom exemplo também de sensoriamento remoto é o Google Earth, que integra uma combinação de imagens de satélite, aerofotogrametrias e até imagens registradas nas ruas a fim de nos auxiliar na localização e no deslocamento pelos diferentes lugares. Furacões e tornados Os furacões formam-se, como já dissemos, sobre regiões oceânicas. Eles surgem quando as águas dos oceanos tornam-se mais quentes – com temperaturas iguais ou superiores a 27ºC – e há um elevado índice de evaporação, com a produção de uma grande quantidade de umidade, que será, depois, convertida nas massas de ar que formam os furacões. Para surgirem, portanto, os furacões precisam de águas oceânicas quentes, o que é mais comum em regiões tropicais. A exceção, talvez, tenha sido o furacão Catarina que atingiu o sul do Brasil no Atlântico Sul, em uma zona temperada, no ano de 2004. Naquela ocasião, houve uma série de anomalias que contribuiu para o aquecimento incomum das águas da região. Os furacões manifestam-se sempre em formato circular, girando no sentido horário no hemisfério sul e no sentido anti-horário no hemisfério norte. Tal fenômeno se deve ao efeito coriólis, que se manifesta graças ao movimento de rotação da Terra. É importante também entender que furacões são diferentes de tornados. Os tornados são bem menores (com um diâmetro em torno de 2km ou um pouco mais), porém com velocidades bem maiores, que, em alguns casos, chegam a atingir os 400 km/h. Os tufões, por sua vez, são o mesmo que os furacões, recebendo esse nome apenas em algumas regiões específicas. 4.5. Ciclos biogeoquímicos relacionados a atmosfera Ciclos que envolvem o movimento dos elementos ou compostos essenciais à vida entre o meio biótico e abiótico. Bio: Porque as transformações ocorrem com a participação dos seres vivos. Químico: Porque esses ciclos acontecem através de sucessivas reações químicas Geo: Porque a origem de todos os elementos está associada à composição básica da superfície da terra. Ciclo se realiza devido à ENERGIA SOLAR - Fotossíntese - Evaporação da água Poder considerável de reciclagem desses elementos nos vários ambientes e constante disponibilidade deles para o meio biótico. Tipos de Ciclos Os ciclos podem ser classificados em dois tipos básicos dependendo da natureza do reservatório abiótico Reservatório: Compartimento do ciclo onde o nutriente se encontra em grande quantidade e onde ele gasta muito tempo. Compartimento de troca: Tempo curto de residência (duração que um elemento é mantido em um compartimento). Ciclos gasosos: possuem o depósito abiótico na atmosfera. Graças à grande dinâmica deste meio, possuem eficazes mecanismos de auto regulação; exemplos : ciclo do nitrogênio e ciclo do oxigênio; Ciclos sedimentares: o depósito abiótico está na crosta terrestre em rochas; estes ciclos são mais vulneráveis a perturbações externas, pelo fato deste depósito ter um tempo muito elevado de recirculação; exemplos: ciclo do cálcio e ciclo do fósforo; CICLO DA ÁGUA OU CICLO HIDROLÓGICO A água é a substância mais comum na Terra. Cobre 70% da superfície terrestre. Existe cerca de um bilhão de quilômetros cúbicos de água na Terra. Formam os oceanos, rios e lagos, embebe o solo e está no ar que respiramos. Não existe vida sem água. Na natureza a água se encontra nos três estados: sólido, líquido e gasoso. O maior componente de todo ser vivo é a água; O corpo humano contém 2/3 de água; A proporção de água no abacaxi é cerca de 4/5. A força motriz do ciclo é a energia solar: •provoca a evaporação dos oceanos ou das zonas terrestres; •produz a energia que dirige os sistemas meteorológicos que desloca o vapor de água dos oceanos para as terras. Tempo de residência da água na atmosfera = 11 dias Tempo de residência da água de escoamento superficial = alguns dias Tempo de residência da água de escoamento subterrâneo ou geleira = 100 a 1000 anos Tempo de residência da água nos oceanos = 4000 anos CO2 é a forma mais disponível = molécula chave do ciclo do carbono -na atmosfera = 401 ppm -nos oceanos de forma dissolvida.Bibliografia ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH, M. 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