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RODRIGO PIVA VERONESI 
Acadêmico de direito 
 
 
RODRIGO PIVA VERONESI 
TELEFONE 35-99955-1885 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA- DF. 
DISTRIBUIÇÃO AO MINISTRO RELATOR SEBASTIAO REIS JUNIOR, EM 
CARÁTER DE URGÊNCIA 
SEXTA TURMA 
RÉU PRESO URGENTE 
PEDIDO DE HABEAS CORPUS URGENTE PACIENTE PRESO FALTA DE 
ANALISE DOS PEDIDOS NA EXECUÇÃO PACIENTE NO DIREITO DO 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, REGIME ABERTO 14 DE 
OUTUBRO DE 2019 E LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 DE ABRIL DE 
2020 DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE NEGADO FALTA DE 
DETRAÇÃO FALTA DE ANALISE DA PROGRESSÃO DE REGIME E 
APLICAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO INTERVENÇÃO URGENTE DE 
SUPERIOR DE JUSTIÇA 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA NUMERO 4400031-26.2019.8.13.0116 
AUTOS DE AÇÃO PENAL SOB Nº 0010963.46.2018.8.13.0116 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS HABEAS CORPUS 
DENEGADOS SOB NUMERO 1.0000.20.532292-8/000 E 1.0000.20.538624-
6/000 E 1.000.20.561203-9/000 
PACIENTE- RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA 
RODRIGO PIVA VERONESI, brasileiro, divorciado, 
portador do CPF 100.922.286.40, filiação leonilda Piva Veronesi e Mauro José 
RODRIGO PIVA VERONESI 
Acadêmico de direito 
 
 
RODRIGO PIVA VERONESI 
TELEFONE 35-99955-1885 
 
 
Veronezi, data de nascimento 06 de fevereiro de 1992, residente e domiciliado 
na avenida João de Moura gavião, bairro santa Emília, número 155 casa 1 , 
cidade de Poços de Caldas/MG – CEP 37.704.039, Telefones(35) 3713-1860 e 
35 999551885 email:rodrigopiva62@gmail.com,, vem perante esse Egrégio 
Tribunal, com fundamento no art. 5º, incisos LXV e LXVIII, da CF e nos arts. 
647 e 648, I do CPP, requerer a concessão da ordem de HABEAS CORPUS 
(COM PEDIDO LIMINAR) Em favor do paciente RAFAEL HENRIQUE DE 
OLIVEIRA, nascimento em 26 de fevereiro de 1993, filho de rosa Dalva de 
oliveira , Em que figura como autoridades coatoras EXMO. SR. DR. JUIZ DE 
DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE 
CAMPOS GERAIS ESTADO DE MINAS GERAIS EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
NUMERO 4400031-26.2019.8.13.0116 AUTOS DE AÇÃO PENAL SOB Nº 
0010963.46.2018.8.13.0116 e MERITÍSSIMO DESEMBARGADOR RELATOR 
PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA 7ª CÂMARA CRIMINAL DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS HABEAS CORPUS 
SOB NUMERO 1.0000.20.532292-8/000 E 1.0000.20.538624-6/000 E 
1.000.20.561203-9/000, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
DO RESUMO DA PENA APLICADA 
Nobre ministro RELATOR SEBASTIAO REIS 
JUNIOR, minhas elevadas estimas, venho respeitosamente a presença de 
Vossa Excelência, impetrar a ordem de HABEAS CORPUS em favor de 
RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA. 
O paciente foi denunciado e posteriormente 
condenado nos Autos de Ação Penal sob nº 0010963.46.2018.8.13.0116, 
RODRIGO PIVA VERONESI 
Acadêmico de direito 
 
 
RODRIGO PIVA VERONESI 
TELEFONE 35-99955-1885 
 
 
originaria da comarca de Campos Gerais –MG , à pena de 5 ANOS 09 
MESSES 11 DIAS, como incurso nas sanções do art. 35 lei de drogas, em 
REGIME FECHADO, 
ART. 35 DA LEI N. 11.343 /06, SOBRE A QUAL 
PRETENDE VER INCIDIR A FRAÇÃO DE 1/6, PREVISTA NO ART. 112 DA 
LEP . 1. O artigo 2º da Lei 8.072 /90 apresenta rol taxativo dos crimes 
hediondos e equiparados, não estando inserido entre estes o delito previsto no 
art. 35 da Lei 11.343 /06, o que chama atenção e que o paciente e PRIMÁRIO. 
A sentença Condenatória teve sua EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA, gerada sob o numero 4400031-26.2019.8.13.0116 , iniciada no 
dia 24 DE MAIO DE 2018 . 
Cumpre salientar nobre julgador que foi NEGADO O 
DIREITO DO PACIENTE RECORRER EM LIBERDADE DA SENTENÇA 
CONDENARIA ,pelo juízo da comarca de Campos Gerais –MG e 
MERITÍSSIMO DESEMBARGADOR RELATOR PAULO CALMON NOGUEIRA 
DA GAMA 7ª CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
DE MINAS GERAIS . 
Conforme pode ser verificado a referida comarca 
não aplicou na sentença condenatória a DETRAÇÃO DO PERÍODO 
CUMPRINDO PELO PACIENTE foi solicitado ao MERITÍSSIMO 
DESEMBARGADOR RELATOR PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA 7ª 
CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS 
GERAIS, o pedido de DETRAÇÃO foi negado pelo desembargador . 
RODRIGO PIVA VERONESI 
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Atualmente, já passados (2) ANOS, (4 ) MESES E 
(26 ) DIAS, desde a prisão do paciente , tendo em vista que o mesmo foi preso 
em 24 DE MAIO DE 2018, tendo cumprido mais da metade da pena. 
Condenado 5 ANOS 09 MESSES 11 DIAS, em 
REGIME FECHADO, pelo ART. 35 DA LEI N. 11.343 /06, SOBRE A QUAL tem 
cumprimento da pena em 1/6. 
Na sentença condenatória conforme já citado não foi 
aplicada a detração do período cumprindo . 
Cumpre salientar que paciente atingiu o lapso 
temporal para progressão de regime ao SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 
2019, atingiu o lapso temporal do REGIME ABERTO 14 DE OUTUBRO DE 
2019. 
Tendo em vista que tais benefícios da progressão de 
regime ao SEMIABERTO E ABERTO ,não foram analisados pela autoridade 
coatora. 
Conforme se verifica dos autos respectivos 
requereu-se o livramento condicional do apenado tendo em vista que o mesmo 
atingiu o lapso temporal para tal beneficio em 04 DE ABRIL DE 2020, tendo em 
vista que não foi analisado pelo juízo da comarca de CAMPOS GERAIS ”. 
Ocorre Excelência, que em face de delonga na 
apreciação dos benefícios, que se estendeu por quase 1 ANO 360 DIAS , o 
paciente foi severamente prejudicado nos seus direitos constitucionalmente 
assegurados, o do devido processo legal e o da legalidade na execução penal. 
 
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Os benefícios pleiteados pelo paciente 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, o REGIME ABERTO 14 DE 
OUTUBRO DE 2019 e LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 DE ABRIL DE 
2020 até o presente momento, não foram analisados pelo MM. Juiz Campos 
Gerais: 
Foi interposto 3 TRÊS HABEAS CORPUS AO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS, solicitado a analise do 
SEMIABERTO que o paciente atingiu em 24 DE JULHO DE 2019, o REGIME 
ABERTO que o paciente atingiu em 14 DE OUTUBRO DE 2019 e 
LIVRAMENTO CONDICIONAL que o paciente atingiu em 04 DE ABRIL DE 
2020, as ordem foram DENEGADAS em favor do paciente . 
Trecho da decisão do desembargador que 
reconheceu o beneficio do paciente mais NEGOU A ORDEM : 
Sendo assim, após análise minuciosa da petição 
inicial e documentos juntados na presente ordem, certifico que não há nenhum 
fato novo no presente writ, a ensejar a modificação da decisão que negou a 
ordem naqueles feitos, devendo ser mantida a decisão do Relator. 
Por fim, registro que o mais recente benefício 
pleiteado deveria, conforme informado, ter sido deferido em 04/04/2020, de 
modo que não vislumbro a alegada urgência. 
Nobre ministro SEBASTIAO REIS JUNIOR, o 
desembargador reconheceu que o paciente esta no direito do LIVRAMENTO 
CONDICIONAL DESDE 04/04/2020 e não viu urgência na analise do pedido 
o paciente deveria estar SOLTO desde 24 DE JULHO DE 2019. 
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Conforme já citado não foi aplicada a DETRAÇÃO, 
não foi permitido do paciente RECORRER EM LIBERDADE, o mesmo foi 
condenado em REGIME FECHADO primário a pena de 5 ANOS 09 MESSES 
11 DIAS, como incurso nas sanções do art. 35 lei de drogas e pior não foi 
analisado os pedidos na execução provisória de progressão de regime 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, o REGIME ABERTO 14 DE 
OUTUBRO DE 2019 e LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 DE ABRIL DE 
2020 
A delonga na analise dos peidos foi altamente 
prejudicial ao paciente, resultando numa sonegação dos mais elementares 
direitos ao condenado, quais sejam: progressão de regime prisional, saídas 
temporárias, remição e demais benefícios. 
Um prejuízo que por mais que pudesse serjustificado pelo Poder Judiciário, jamais a responsabilidade poderia ser 
atribuída ao paciente, como já é de praxe judicial, sobretudo em se tratando de 
incidentes de interesse da defesa da parte. 
Afigura-se, com efeito, de todo inaceitável a delonga 
na finalização do processo de conhecimento (especialmente o de caráter 
condenatório), com a ultrapassagem do tempo necessário à consecução de 
sua finalidade, qual seja a de definição da relação jurídica estabelecida entre o 
ser humano, membro da comunidade, enredado na persecutio criminis, e o 
Estado: o imputado tem, realmente, direito à pronta resolução do conflito de 
interesses de alta relevância social que os respectivos autos retratam, pelo 
órgão jurisdicional competente. 
 
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Realmente, tendo-se na devida conta as graves 
consequências psicológicas (no plano subjetivo), sociais (no objetivo), 
processuais, e até mesmo pecuniárias, resultantes da persecução penal para o 
indivíduo nela envolvido, imperiosa torna-se a agilização do respectivo 
procedimento, a fim de que elas, tanto quanto possível, se minimizem, pela sua 
conclusão num prazo razoável. (…)” (in “Direitos e garantias individuais no 
processo penal brasileiro”, São Paulo, Saraiva, 1993, págs. 286-290). 
O art. 112, caput, da Lei de Execução Penal, 
determina que a pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva, com a transferência para regime menos rigoroso, a ser 
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da 
pena no regime anterior e seu mérito indicar a progressão. É patente que a 
progressão de regime prisional é um direito objetivo do detento, 
independentemente de provocação, devendo ser dado ex officio pelo juiz 
competente, na forma do art. 195, do mesmo diploma legal. 
Na determinação do regime inicial de cumprimento 
da pena privativa de liberdade, tanto o Juízo a quo, quanto a Colenda Segunda 
Câmara Criminal deste Egrégio Tribunal, deixaram de considerar o instituto da 
detração penal previsto no art. 42, do Código Penal Brasileiro e art. 111, da Lei 
de Execução Penal. 
Até a presente data, o paciente cumpriu (2) ANOS, 
(4 ) MESES E (26 ) DIAS de cárcere sob regime fechado, quase a metade da 
pena integralmente trancafiado. 
Não pode o Judiciário fechar os olhos para a 
realidade, fugir dos objetivos de sua existência, qual seja, a prestação 
jurisdicional, a realização da justiça, deve julgar segundo o direito e a 
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consciência de seus ilibados magistrados. O juízo de execução penal rege-se 
também por critérios de razoabilidade, diferentemente da persecução penal 
que deve obedecer à estrita legalidade. 
Da forma como foi conduzido o processo de 
execução provisória da pena, fugiu totalmente aos precípuos objetivos da Lei 
de Execução Penal, consubstanciados em seu art. 1°, que assim dispõe: 
Art. 1° A execução penal tem por objetivo efetivar as 
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a 
harmônica integração social do condenado e do internado. 
Que espécie de ressocialização de um ser humano 
poderemos esperar quando lhe são sonegados os mínimos direitos 
constitucionalmente assegurados? 
Diante da flagrante ilegalidade da manutenção do 
paciente sob regime fechado e do profundo e indisfarçável desrespeito ao 
disciplinamento normativo a que se subordina tal medida, é que o paciente 
impetra a presente ordem, esperando que nesta oportunidade, seja a 
ilegalidade, sanada por completo, sob pena da injustiça ser admitida e 
consequentemente patrocinada pelos órgãos judicantes. 
DA SENTENÇA CONDENATÓRIO PEDIDO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE 
MINAS PARA REAVALIAÇÃO DO REGIME E APLICAÇÃO DA DETRAÇÃO 
Conforme já citado o paciente foi condenado 5 ANOS 09 MESSES 11 DIAS, 
como incurso nas sanções do ART. 35 LEI DE DROGAS, em regime fechado, 
Vejamos o teor do dispositivo da R. Sentença: 
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“(...) 
Do crime não se revelam exacerbadas. Consideradas essas circunstâncias 
judiciais, fixo a pena-base do réu no mínimo legal, em 04 ANOS 4 MESSES 
DE RECLUSÃO E PAGAMENTO DE 980 DIAS-MULTA. 
Na segunda fase da dosimetria da pena, não há atenuantes ou agravantes pelo 
que mantenho a pena. 
Na terceira etapa, não há causa de diminuição, entretanto esta presente a 
causa de aumento, razão torno definitiva em 05 ANOS 9 MÊS E 11 DIAS. 
Devendo cumprir a pena em regime FECHADO (...)” 
Nobre ministro este acadêmico de direito impetrante desta HABEAS CORPUS 
esta no 5 período da faculdade de direito pergunto a Vossa Excelência ,o 
paciente em questão e primário a pena aplicada e inferior a 8 anos o regime 
da aplicação seria o SEMIABERTO ESTOU CERTOU OU ERRADO ? 
A pessoa que tiver uma pena entre 4 E 8 ANOS DE PRISÃO, se não for 
reincidente, deve começar a cumprir sua pena em regime semiaberto – se o 
réu for condenado a esse tempo de prisão, mas já tiver cometido algum crime 
(ou seja, é reincidente), ele deverá começar o cumprimento de pena em regime 
fechado. 
CONFORME DECISÃO DO MINISTRO BARROSO DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL HABEAS CORPUS 168.179 SÃO PAULO 
Ementa: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO 
TRANSITADA EM JULGADO. DOSIMETRIA DA PENA. REGIME INICIAL. SUBSTITUIÇÃO DA 
REPRIMENDA. SUPERAÇÃO DA SÚMULA 691/STF. 
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1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de concessão de liminar, impetrado contra 
decisão que indeferiu a cautelar requerida nos autos do HC 464.087, em tramitação no 
Superior Tribunal de Justiça. 
2. Extrai-se dos autos que o paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) 
meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime previsto no artigo 33, caput, da Lei 
11.343/06. 
3. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento à apelação da defesa. 
4. Na sequência, foi impetrado habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. O Relator 
do HC 464.087, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, indeferiu a medida cautelar. 
5. Neste habeas corpus, a parte impetrante sustenta: 
(i) a aplicabilidade, no caso, da minorante prevista no artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/06, no 
patamar máximo de 2/3; 
 HC 168179 / SP 
(ii) a ausência de fundamentação idônea para a imposição do regime inicial mais gravoso; 
e 
(iii) a possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por outra pena restritiva 
de direitos. 
6. Com essa argumentação, requer a concessão da ordem a fim de reduzir a pena 
imposta ao acionante, fixar o regime inicial aberto e determinar a conversão da pena privativa 
de liberdade. 
Decido. 
7. O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da 
inadmissibilidade da impetração de habeas corpus contra decisão denegatória de provimento 
cautelar (Súmula 691/STF). 
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8. Por outro lado, verifico que a orientação do STF é no sentido de que o “habeas corpus 
não se revela instrumento idôneo para impugnar decreto condenatório transitado em julgado” 
(HC 118.292-AgR, Rel. Min. Luiz Fux). Confiram-se, nessa mesma linha, os seguintes 
precedentes: HC 128.840-AgR, de minha relatoria; RHC 116.108, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski; HC 117.762, Rel. Min. Dias Toffoli; HC 91.711, Relª. Minª. Cármen Lúcia. No 
caso, em consulta à página oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo na internet, 
observo que a condenação transitou em julgado em 27.08.2018. 
9. Não bastasse, a dosimetria da pena é questão relativa ao mérito da ação penal, 
estando necessariamentevinculada ao conjunto fático probatório, não sendo possível, em 
habeas corpus, a análise de dados fáticos da causa para redimensionar a pena finalmente 
aplicada. Assim, a discussão a respeito da dosimetria da pena cinge-se ao controle da 
legalidade dos critérios utilizados, restringindo-se, portanto, ao exame da “motivação 
[formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a 
conclusão” (HC 69.419, Rel. Min. Sepúlveda 
10. No caso, as instâncias de origem aplicaram a minorante do artigo 33, § 4º, da Lei de 
Drogas, no patamar de 1/6, com respaldo em dados objetivos da causa. Sendo assim, o 
acolhimento da pretensão defensiva, nesse ponto, demandaria o revolvimento de matéria 
fática. 
11. Sem prejuízo desse encaminhamento, tenho que a ordem deve ser concedida de 
ofício. 
12. O paciente está condenado a 4 anos e 2 meses de reclusão, no regime inicialmente 
fechado. Ocorre que, na primeira fase da dosimetria, a pena-base foi fixada no mínimo legal (5 
anos). O que significa dizer que todas as circunstâncias judiciais foram favoráveis ao 
sentenciado, nos termos do art. 59 do Código Penal. Nessas condições, em se tratando de réu 
primário e de bons antecedentes, condenado pelo tráfico de quantidade pouco expressiva de 
drogas (167,8g de maconha e 75,7g de cocaína), não há como deixar de reconhecer a 
ilegalidade no estabelecimento do regime prisional fechado, atento aos termos do art. 33, 
§ 3º, do Código Penal. 
RODRIGO PIVA VERONESI 
Acadêmico de direito 
 
 
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13. Deixo consignado que o caso atrai a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal 
Federal no sentido da impossibilidade de substituição da pena fixada em patamar superior a 4 
(quatro) anos de reclusão, nos termos do artigo 44, I, do Código Penal (vg. HC 119.811, Rel. 
Min. Teori Zavascki; HC 121.543, Rel. Min. Luiz Fux; HC 118.602, Rel. Min. Teori Zavascki; HC 
118.717, Rel. Min. Ricardo Lewandowski). 
14. Diante do exposto, nego seguimento ao habeas corpus, com base no art. 21, § 1º, do 
RI/STF. Contudo, concedo a ordem de ofício para fixar, desde logo, o regime inicial semiaberto. 
Comunique-se, com urgência. 
Publique-se. 
Brasília, 27 de fevereiro de 2019. 
Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO 
Documento assinado digitalmente 
Cumpre salientar que não foi aplicada a DETRAÇÃO DO PERÍODO, 
PACIENTE PRIMÁRIO SEM CONDENAÇÕES E REGIME APLICADO 
CORRETO SERIA O SEMIABERTO. 
A transcrição fala por si só, a demonstrar, data vênia, a falta de idoneidade da 
fundamentação. 
Da leitura da r. Sentença e do acordão , observa-se que, não foi apresentado 
justificativa idônea, para justificar a determinação do regime inicial fechado 
para o início do cumprimento da pena. Motivo pelo qual identifica-se manifesta 
ilegalidade. 
Ora, o que se vê é que a Juiz de primeiro grau estipulou regime prisional mais 
severo para o início do cumprimento da sanção corporal, tão-só em razão da 
gravidade abstrata do delito e utilizando fundamentação genérica. 
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Como sabido, o emprego de fórmulas genéricas, válidas para todo e qualquer 
caso, não constitui motivação idônea e suficiente para se estipular o regime 
mais severo, cuja imposição exige analítica demonstração das circunstâncias 
justificadoras do tratamento mais rigoroso. O recurso a fórmulas genéricas 
equivale à mera invocação da gravidade abstrata do crime, o que contraria a 
jurisprudência pacífica de nossos Tribunais e Cortes Superioras, que apontam 
para a impossibilidade da fixação de regime prisional mais severo quando não 
há fundamentação apta para tanto. 
Como já ensinado por diversas vezes, a melhor prova da ausência de 
motivação válida de uma decisão judicial é que ela sirva a qualquer julgado, o 
que vale dizer que não serve a nenhum. 
Conforme declarado na r. Sentença, consideração as circunstâncias judiciais 
(todas favoráveis) e a quantidade de pena aplicada, deveria ter sido fixado o 
regime SEMIABERTO para o início do cumprimento de pena, nos termos do 
art. 33, § 2º, b, do Código Penal. 
De modo que, no caso, a determinação do regime inicial fechado para início do 
cumprimento da pena, sem a devida fundamentação, afronta os princípios da 
proporcionalidade, razoabilidade e da motivação; e, também, afronta as 
Súmulas 718 e 719 do STF e a Súmula 440 do STJ. 
Os argumentos que foram empregados estão nitidamente relacionados à 
opinião do julgador a respeito da gravidade em abstrato do crime, o que, nos 
exatos termos da Súmula nº 718 do STF, não constitui motivação idônea para 
a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada. Esse entendimento, aliás, encontra-se cristalizado também no 
enunciado da Súmula nº 719 do STF, segundo a qual “a imposição do regime 
de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação 
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Acadêmico de direito 
 
 
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idônea”. E ainda afronta a Súmula 440 do STJ: “fixada a pena-base no mínimo 
legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o 
cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata 
do delito. ”. Que é exatamente o caso. 
Assim, além de afrontar as Súmulas mencionadas, a decisão guerreada, 
afronta também a Jurisprudência firmada por todos os Tribunais do País e por 
nossas Cortes Superioras, o que é demonstrado através de incontáveis 
julgados; inclusive, Sentenças como essa, são corrigidas, por muitas vezes, por 
meio do remédio heroico do Habeas Corpus. Senão vejamos: 
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL. AGRAVO INTERNO QUE NÃO COMBATEU O 
FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. APLICABILIDADE DA SÚMULA 
182/STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO. ILEGALIDADES 
PATENTES. OCORRÊNCIA. ROUBO DUPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO. 
INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA EM 3/8 EM RAZÃO DO 
NÚMERO DE QUALIFICADORAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 443/STJ. 
REGIME INICIAL FECHADO. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. DIREITO A 
REGIME MENOS GRAVOSO. SÚMULAS 718 E 719 DO STF E SÚMULA 440 
DO STJ. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO. 1. Compete ao 
recorrente, nas razões do agravo regimental, infirmar especificamente todos os 
fundamentos expostos na decisão agravada. Incidência do enunciado 182 da 
Súmula do Superior Tribunal de Justiça. 2. "O aumento na terceira fase de 
aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação 
concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do 
número de majorantes." Enunciado 443 da Súmula deste STJ. 3. Não é 
possível a imposição de regime mais severo que o fixado em lei com base 
apenas na gravidade abstrata do delito. Para exasperação do regime fixado em 
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lei é necessária motivação idônea. Súmulas n.º 718 e n.º 719 do Supremo 
Tribunal Federal e Súmula n.º 440 deste Superior Tribunal de Justiça. 4. 
Agravo regimental não conhecido. Habeas Corpus concedido de ofício. (AgRg 
no AREsp 950.303/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 
SEXTA TURMA, julgado em 18/10/2016, DJe 08/11/2016) 
É manifesto, portanto, o constrangimento ilegal imposto ao Paciente, razão por 
que, ausente fundamentação idônea, deve prevalecer o regime prisional 
condizente com a pena imposta, qual seja, o Semiaberto. 
Além de que, os artigos 59, III, e 33, § 3º, do Código Penal, são absolutamente 
claros ao exigir que, na determinação do regime inicial de cumprimento de 
pena, observados os limites previstos no § 2º daquele último, devem ser 
levadas em conta as circunstâncias judiciais, só se justificando a imposição de 
regime mais severo se devidamente motivada a escolha, assentada a opção, 
porcerto, nessas circunstâncias. 
DA DETRAÇÃO NÃO APLICADA 
Além disto, não houve a manifestação sobre a detração penal que o paciente 
tem direito, eis quando foi condenado já tinha cumprindo 1/6 da pena, na 
verdade em regime mais severo que o imposto na decisão guerreada. Dessa 
forma a decisão hostilizada impõe ao paciente insuportável constrangimento 
ilegal. 
 
DA LEI 12.736/12 E A NOVA DETRAÇÃO PENAL 
 
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A referida lei dispõe sobre a detração penal a ser realizada pelo juiz de 
conhecimento no momento em que é PROLATADA A SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. PERMITINDO A PROGRESSÃO DE REGIME COM A 
DETRAÇÃO NA SENTENÇA. 
 
Dando ao juiz de conhecimento competência para realizar a detração, antes 
conferida apenas ao juiz da execução, a fim de que sejam evitadas situações 
em que o apenado tenha que aguardar a decisão do juiz da execução penal, 
permanecendo nessa espera em regime mais gravoso ao que pela lei faz jus. 
 
Apesar do enunciado da Súmula 716 do STF já admitir a progressão de regime 
de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela 
determinada, antes do trânsito em julgado na sentença condenatória. 
 
Verifica-se que o paciente foi preso em (24 DE MAIO DE 2018 ) e continua 
preso até hoje, ou seja, já cumpriu mais da metade da pena, já esta no direito 
do LIVRAMENTO CONDICIONAL . 
DA CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
A Constituição da República, e seu artigo 5º, inciso XLIX, assegura ao preso o 
respeito á integridade física e moral. A Carta consigna, ainda, que ninguém 
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será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, 
III). 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança e a 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
(...) 
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
(...) 
XLVII – não haverá penas: 
 
b) de caráter perpétuo; 
(...) 
XLXIX – é assegurado aos presos o respeito á integridade física e moral; 
DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS 
 
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos, também chamada de Pacto 
de San José da Costa Rica, foi aprovada na Conferência Especializada 
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Interamericana sobre Direitos Humanos, em 22 de novembro de 1969. Ao 
Pacto, o Brasil aderiu em 09 de julho de 1992, ratificando-o em 25 de setembro 
de mesmo ano. 
A Convenção traz em seu conteúdo diversas garantias aos direitos 
fundamentais, e nasce “reafirmando seu propósito de consolidar, neste 
Continente, um regime de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no 
respeito dos direitos essenciais do homem”. 
O Brasil é um dos países que mais ratifica Tratados de Direitos Humanos, 
sendo por isso visto como um país com características humanitárias e 
preocupado com a proteção dos direitos fundamentais. 
Lamentavelmente, o Brasil, não obstante demonstrar internacionalmente seu 
interesse em preservar e legitimar os direitos humanos, tem agido de forma 
imprudente quanto a questão da violência aos direitos fundamentais dos 
presidiários. 
Ressalta-se que tais violações afrontam gravemente a Constituição Federal, na 
medida em que a Carta Maior assegura, em seu artigo 4º, II, que o Brasil rege-
se-a, em suas relações internacionais, pela prevalência dos direitos humanos, 
sendo a proteção a tais direitos, verdadeiro imperativo constitucional. 
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Preceitua os requisitos do livramento condicional no artigo 83 do Código Penal: 
Art. 83. - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena 
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
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I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em 
crime doloso e tiver bons antecedentes; 
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom 
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria 
subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado 
pela infração; 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime 
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e 
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa 
natureza. 
Parágrafo único. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência 
ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também 
subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o 
liberado não voltará a delinqüir.(grifo nosso). 
Institui o artigo 131 da Lei de Execução Penal: 
Art. 131- O livramento Condicional poderá ser concedido pelo Juiz da 
execução, presentes os requisitos do artigo 83, incisos e parágrafo único , do 
Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho Penitenciário. 
DO PREAMBULO DO ARTIO 38 DO CÓDIGO PENAL 
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O art. 38 do Código Penal leciona que “[...] o preso conserva todos os direitos 
não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o 
respeito à sua integridade física e moral”. 
Dispõe o artigo 41 da Lei nº 7.210/84 Lei de execução penal constitui os 
direitos: 
Art. 41. Constituem direitos do preso: 
I – alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III –Previdência Social; 
IV – constituição de pecúlio; 
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a 
recreação; 
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas 
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas 
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
 
VII- assistência material, á saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX – entrevista pessoal e reservada com advogado; 
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X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias 
determinados; 
XI – chamamento nominal; 
XII – igualdade de tratamento salvo quanto ás exigências da individualização 
da pena; 
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da 
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os 
bons costumes; 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da 
responsabilidade da autoridade judiciária competente.(incluído pela Lei nº 
10.713, de 2003). 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser 
suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do 
estabelecimento. 
DATA BASE DO CALCULO DA PENA 
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, por unanimidade julgou o HC 115.254/SP 
e firmou o entendimento com a seguinte tese: 
HABEAS CORPUS 115.254 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES 
PACTE.(S) :RICARDO FRANÇA DE SANTANA IMPTE.(S) :DEFENSORIA 
PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR 
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PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COATOR (A/S)(ES) 
:RELATOR DO HC Nº 171.695 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COATOR (A/S)(ES) :TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Habeas Corpus. 2. Execução Penal. Progressão de regime. Data-base. 3. Nos 
termos da jurisprudência do STF, obsta o conhecimento do habeas corpus a 
falta de exaurimento da jurisdição decorrente de ato coator consubstanciado 
em decisão monocrática proferida pelo relator e não desafiada por agravo 
regimental. Todavia, em casos de manifesto constrangimento ilegal, tal óbice 
deve ser superado. 4. Na execução da pena, o marco para a progressão de 
regime será a data em que o apenado preencher os requisitos legais (art. 112, 
LEP), e não a do início do cumprimento da reprimenda no regime anterior. 5. A 
decisão que defere a progressão de regime tem natureza declaratória, e não 
constitutiva. 6. Deve ser aplicada a mesma lógica utilizada para a regressão de 
regime em faltas graves (art. 118, LEP), em que a data-base é a da prática do 
fato, e não da decisão posterior que reconhece a falta. 7. Constrangimento 
ilegal reconhecido, ordem concedida. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e 
discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em 
Segunda Turma, sob a presidência do ministro Dias Toffoli, na conformidade da 
ata de julgamento e das notas. HC 115.254 / SP taquigráficas, por 
unanimidade, conceder a ordem para restabelecer a decisão do Juízo das 
Execuções Penais que deferiu a progressão, nos termos do voto do 
Relator.Brasília, 15 de dezembro de 2015. Ministro GILMAR MENDES Relator. 
(grifo nosso). 
DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE DO PACIENTE 
 
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O paciente tem todo o DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE, devido às 
falhas conforme já citado FALTA DE DETRAÇÃO, ERRO NO REGIME QUE 
DEVERIA SER APLICADO, FALTA DE ANALISE NA EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA. 
 
O sistema constitucional pátrio reconheceu, no art. 5º, incisos LVII, LXI e LXVI, 
da CRFB/88, o princípio da presunção de inocência, de modo que o 
cerceamento ao direito fundamental à liberdade através da prisão só é 
admissível dentro dos estritos limites da juridicidade e, como regra, após o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
 
Tal dado constitui um consectário basilar do princípio da dignidade da pessoa 
humana, o qual foi consagrado no art. 1º, III, da CRFB/88, e que, no contexto 
do atual Estado Constitucional de Direito, representa a pauta axiológica 
máxima a informar todo o ordenamento jurídico. 
Destarte, o ordenamento jurídico brasileiro reconheceu que A REGRA É O 
DIREITO DO ACUSADO DE APELAR EM LIBERDADE. Ou seja, o juiz, ao 
proferir a sentença penal condenatória, deverá se manifestar, 
fundamentadamente, acerca da necessidade da imposição, ou mesmo da 
manutenção, da prisão preventiva, analisando concretamente a presença dos 
requisitos de cautelaridade, sob pena de se caracterizar uma odiosa 
antecipação da sanção penal. 
Nesse sentido, são as precisas lições de Aury Lopes Jr.: 
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Assim, na sentença condenatória, o juiz deve, fundamentadamente, analisar a 
necessidade ou não de imposição/ manutenção da prisão preventiva, seguindo 
a lógica do art. 312 (risco de fuga)[1]. 
Assim também é o magistério de Renato Brasileiro: 
De fato, com a nova redação dada ao art. 387, parágrafo único, do CPP, pela 
Lei nº 11.719/08, na sentença condenatória, o juiz decidirá 
fundamentadamente sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de 
prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento 
da apelação que vier a ser interposta.[2] 
Cabe ressaltar que a mesma ratio orientou a decisão do Pleno do STF, no bojo 
do HC 84078 / MG (Relator: Min. Eros Grau, Julgamento: 05/02/2009), no 
sentido da inconstitucionalidade da norma contida no art. 637 do CPP. 
De acordo com o guardião da Carta Magna, a previsão de ausência de efeito 
suspensivo aos recursos extraordinário e/ou especial, de modo a tornar 
automática a prisão provisória, constitui execução antecipada da pena, o que 
afronta os princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade 
da pessoa humana. 
Assim, não mais subsistem dúvidas de que a presunção constitucional de não-
culpabilidade até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória possui 
como consectário lógico e direto o direito subjetivo do acusado de recorrer em 
liberdade. 
No caso, se afigura totalmente desarrazoado que o acusado se veja 
encarcerado, a título de prisão preventiva, no curso do processo, revelando-se 
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a medida cautelar mais gravosa do que a própria sanção penal imposta depois 
de percorrido o devido processo legal. 
Por todo o exposto, se afigura absolutamente desproporcional que a medida 
cautelar imposta ao paciente seja mais gravosa que a própria sanção penal ao 
final aplicada, a qual será executada em regime semi aberto. 
Nesse diapasão, deve ser conferido ao paciente o direito de recorrer em 
liberdade, com a imediata expedição de alvará de soltura em favor do paciente. 
DOS (FUNDAMENTOS E O ARTIGO 316 PARÁGRAFO ÚNICO 
REAVALIDAÇÃO DO MAGISTRADOR DOS 90 DIAS) 
Conforme determinação as reavaliação das prisões devem ser reavaliadas no 
prazo de 90 dias. 
No caso em análise a EXECUÇÃO PROVISÓRIA numero 4400031-
26.2019.8.13.0116 , e processo numero 0010963.46.2018.8.13.0116 , esta 
sem reavaliação tendo em vista que o paciente atingiu o beneficio do 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, atingiu o REGIME ABERTO 14 
DE OUTUBRO DE 2019 e LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 DE ABRIL 
DE 2020. 
Tendo em vista que tais benefícios da progressão de regime ao SEMIABERTO 
E ABERTO E LIVRAMENTO CONDICIONAL ,e a falta de DETRAÇÃO não 
foram analisados pela autoridades coatoras. 
Art. 316. O juiz poderá de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão 
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de 
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motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem 
razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da 
decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, 
mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Não bastasse tudo isso, temos que a legislação processual penal é clara no 
sentido que estabelece que a prisão preventiva é a ultima das medidas 
cautelares a ser considerada pelo magistrado, havendo que ocorrer, antes, 
uma análise pormenorizada de todas as demais medidas cautelares pessoais, 
previstas no artigo 319, do Código de Processo Penal. 
Em que pese esta necessidade, constata-se a magistrada responsável pela 
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva não chegou a aventar a 
possibilidade de aplicar qualquer outra medida cautelar em detrimento daquela 
que é mais gravosa: a prisão preventiva. 
Assim sendo, é de rigor a imediata Concessão da liberdade do paciente , 
RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA, tendo em vista que o paciente deveria 
estar solto a desde 24 DE JULHO DE 2019 . 
DO CABIMENTO DO HABEAS CORPUS 
 
Antes de adentramos no cabimento do pressente Habeas Corpus, não 
podemos deixar de delinear sua origem como instrumento protetivo, garantidor 
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da sualiberdade, em face aos atos arbitrários por vezes perpetrados pelas 
autoridades munidas de poder do imperium Estatal. 
 
Para Ricardo Castilho, o Habeas Corpus Act de 1679 representou um dos 
grandes destaques do reinado de Carlos II, o documento definia e fortalecia a 
velha prerrogativa do habeas corpus, instituída na Magna Carta de 1215, 
“Nenhum homem livre será capturado, ou levado prisioneiro, ou privado dos 
bens, ou exilado, ou de qualquer modo destruído, e nunca usaremos da força 
contra ele, e nunca mandaremos que outros o façam, salvo em processo legal 
por seus pares ou de acordo com as leis da terra.". Assim, a pessoa 
ilegalmente detida teria direito a ser levada para diante de um tribunal para que 
ali se decida a legalidade de sua detenção (2013, p. 52). 
Na lição de Alexandre de Moraes: 
“(…) regulamentou esse instituto que, porém, já existia na common law. A lei 
previa que, por meio de reclamação ou requerimento escrito de algum indivíduo 
ou a favor de algum indivíduo detido ou acusado da prática de um crime (…) o 
lorde-chanceler ou, em tempo de férias, algum juiz dos tribunais superiores, 
depois de terem visto cópia do mandado ou o certificado de que a cópia foi 
recusada, poderiam conceder providência de habeas corpus em benefício do 
preso, a qual será imediatamente executada perante o mesmo lorde-chanceler 
ou juiz; e se afiançável, o indivíduo seria solto, durante a execução da 
providência, comprometendo-se a comparecer e responder à acusação no 
tribunal competente. Além de outras previsões complementares, o Habeas 
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Corpus Act previa multa de 500 líbras àquele que voltasse a prender, pelo 
mesmo fato, o indivíduo que tivesse obtido a ordem de soltura” (2011, p. 8) 
Albert Noblet ensina que: 
“O Habeas Corpus Act reforçou as reivindicações de liberdade, traduzindo-se, 
desde logo, e com as alterações posteriores, na mais sólida garantia da 
liberdade individual, e tirando aos déspotas uma das suas armas mais 
preciosas, suprimindo as prisões arbitrárias” (Apud SILVA, 1992, p. 140). 
 
Indispensável se torna a valorização histórica deste documento, tendo em vista 
que ele serviu de inspiração e modelo para todas as garantias constitucionais e 
princípios norteadores do Direito Penal e Processual Penal criadas a partir de 
então para proteger o cidadão do poder arbitrário do Estado. 
Não se pode olvidar, neste ponto, em destacar a relevância do Habeas Corpus 
como uma conquista inalienável da humanidade, como último refúgio sagrado 
para a proteção do bem mais importante da pessoa, sua liberdade. 
Porém, estamos diante de um triste e lamentável quadro que se vem 
desenhando na jurisprudência das Cortes Superiores brasileiras, qual seja, 
uma tendência à limitação do uso do Habeas Corpus, ignorando-se o sagrado 
princípio da presunção de inocência, a garantia do acusado em responder ao 
processo em liberdade, tornando a prisão a regra e a liberdade a exceção. 
Além das considerações acima tecidas, não podemos esquecer que a 
Constituição Federal de 1988, introduziu em nosso Sistema Jurídico, um 
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Código de Processo Penal, Garantista, de natureza acusatória, ou seja, visa 
proteger o acusado contra atos arbitrários perpetuados contra sua liberdade. 
Tanto é verdade, que o texto da Lei Maior é claro em seu artigo 5º LIV, ao 
dispor que “ninguém será privado da sua liberdade ou dos seus bens sem o 
devido processo legal; ”, bem como, também afirma no inciso LVII “ninguém 
será considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória” 
 
Ainda tratando-se de garantias Constitucionais não podemos nos olvidar do 
inciso LXV, do artigo 5º, da lei maior que garante que “a prisão ilegal será 
imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”, por fim não podemos 
esquecer do inciso LXVI do mesmo artigo ao dispor que, “ ninguém será levado 
a prisão ou nela mantida, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança.” 
Visando validar os princípios garantidos pela Lei Maior, em consonância com a 
evolução histórica das garantias individuais elege o Habeas Corpus como a 
espada protetora do cidadão que tem sua liberdade cerceada por uma 
arbitrariedade ou ilegalidade perpetrada por uma autoridade constituída, 
garantindo em seu artigo 5º, inciso LXVII, que: 
“LXVII – conceder-se-á" habeas corpus "sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; ”. 
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Inobstante, a garantia constitucional ofertada àqueles que se achem 
ilegalmente presos, o artigo 7º, inciso 6º da Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica (1969) – aprovado pelo 
governo brasileiro através do Decreto Legislativo nº6788/92, nos termos do 
art.5ºº,§ 2ºº daConstituição Federall, dispõe que: 
“Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal 
competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua 
prisão ou detenção e ordene sua soltura, se a prisão ou a detenção forem 
ilegais. Nos Estados-partes cujas leis preveem que toda pessoa que se vir 
ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou 
tribunal competente, a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça 
tal recurso não pode ser restringido nem abolido. O recurso pode ser interposto 
pela própria pessoa ou por outra pessoa. ” (grifo nosso). 
 
DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR EM HABEAS CORPUS 
Ante as razões aduzidas requer, se digne V. Exa, em conceder ALVARÁ DE 
SOLTURA , em favor do PACIENTE EM CARÁTER DE URGÊNCIA NA 
FORMA LIMINAR , tendo em vista que o mesmo deveria está solto desde 24 
DE JULHO DE 2019, por ser medida da mais lídima justiça e equidade. 
Tendo em vista FALTA DE ANALISE DA PROGRESSÃO DE REGIME 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, FALTA DE ANALISE DO 
REGIME FALTA DE ANALISE ABERTO 14 DE OUTUBRO DE 2019 E FALTA 
DE ANALISE LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 DE ABRIL DE 2020 E 
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FALTA DE ANALISE DA DETRAÇÃO NA APLICAÇÃO DA SENTENÇA E 
ERRO NA APLICAÇÃO DE REGIME E DIREITO DE RECORRER EM 
LIBERDADE PACIENTE PRIMÁRIO PENA INFERIOR A 8 ANOS 
Para não deixar duvidas para o deferimento do pedido liminar junta cópia 
integral da COPIA DA SENTENÇA ,APFD, DENÚNCIA, ACORDÃO, 
CERTIDÃO CARCERÁRIA, ATESTADO DE PENA, GUIA PROVISÓRIA, 
MAMDADO DE PRISÃO, DEFESA PRELIMINAR E OUTROS do paciente 
em questão onde vai poder ser analisado por Vossa Excelência tudo que foi 
citado acima . 
Manter o paciente preso, por sua vez, constitui prejuízo ao Estado, que, fica 
responsabilizado pela vida, saúde e segurança do mesmo, além dos gastos 
que se acumulam aos cofres públicos. 
É sabido que o Habeas Corpus é o remédio constitucional que protege o mais 
valioso bem do indivíduo, sua liberdade, portanto, seria inconcebível um 
Sistema Processual Penal de natureza acusatória balizado por uma 
Constituição Garantista, negar a possibilidade da concessão de ordem de 
forma liminar, desprezando-se o Princípio da presunção de Inocência, negando 
ao acusado o seu direito fundamental de responder ao processo em liberdade 
e subjugando-o as amarguras do cárcere. 
 
Data vênia, entendimentos contrários à possibilidade de concessão de liminar 
em sede de Habeas Corpus, ao analisarmos o Código de Processo Penal no 
capítulo referente ao remédio jurídico processual em tela, deparamo-nos com 
dois dispositivos que explicitamente contemplam a outorga liminar, a saber:RODRIGO PIVA VERONESI 
Acadêmico de direito 
 
 
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artigos 649 e 660, § 2º. Preconizam esses cânones, com efeito, que o juiz ou 
Tribunal “fará passar imediatamente a ordem impetrada” ou “ordenará que 
cesse imediatamente o constrangimento”. 
Além disso, a natureza de guarida constitucional contra abusos e 
arbitrariedades ao direito sagrado da liberdade do indivíduo e o rito processual 
traçado para o habeas corpus, torna-se inevitável a conclusão da possibilidade 
da tutela liminar. 
Pois, efetivamente, tratou a lei da concessão da liminar, para que se 
suspendam os efeitos do ato abusivo ou ilegal ou não se o pratique, conforme 
o caso, até que o Judiciário, cumprindo os trâmites procedimentais 
subsequentes, recolha os elementos necessários ao julgamento da ordem 
impetrada, concedendo-a e, destarte, ratificando a liminar ou denegando-a e, 
então, cassando a cautela inicialmente outorgada. 
A medida está prevista também no artigo 191, IV, do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal prescreve, de forma a mais expressa possível, a 
possibilidade de concessão de liminar pelo relator, em habeas corpus de 
caráter preventivo e, ademais contém remissão ao artigo 21, incisos IV e V, 
que também conferem ao relator a atribuição de determinar medidas tendentes 
à preservação de direitos e à evitação de danos, em processos de qualquer 
natureza, até a decisão da causa. 
 
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Ademais, quando o acusado está preso ou na iminência de sê-lo, o Habeas 
Corpus assume caráter cautelar exigindo uma rápida atuação do Estado-Juiz 
para que a liberdade ambulatória do indivíduo não seja afetada. 
Nesse mesmo sentido é o entendimento majoritário de Tribunal Recursal, em 
conformidade com as jurisprudências abaixo colecionadas: 
TJ-SC - Agravo de Execução Penal EP 00236127720188240038 Joinville 
0023612-77.2018.8.24.0038 (TJ-SC)Jurisprudência•Data de publicação: 
13/06/2019 
DEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL. 
INSURGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. REQUISITO SUBJETIVO. NÃO 
PREENCHIMENTO DO PRESSUPOSTO LEGAL (ART. 83 , III , E 
PARÁGRAFO ÚNICO , DO CÓDIGO PENAL ). APENADO CONDENADO POR 
CRIME COMETIDO MEDIANTE VIOLÊNCIA (ART. 157 , § 2º , II , DO CP ). 
DESOBEDIÊNCIA ÀS CONDIÇÕES IMPOSTAS NA PRISÃO ALBERGUE 
DOMICILIAR. EVASÃO NO CUMPRIMENTO DO REGIME SEMIABERTO. 
MAU COMPORTAMENTO ATESTADO PELA UNIDADE PRISIONAL. 
PRISÕES EM FLAGRANTE POR CRIMES HEDIONDOS REGISTRADAS NO 
CURSO DO PERÍODO DE PROVA. INVIABILIDADE DA CONCESSÃO DO 
BENEFÍCIO. DECISÃO CASSADA. A avaliação do comportamento satisfatório, 
para fins de livramento condicional, "não pode ser limitada a um período 
absoluto e curto de tempo. Embora não se possa inviabilizar a concessão do 
livramento condicional apenas porque durante a execução penal o condenado 
cometeu uma falta grave, o comportamento de um recluso do sistema 
penitenciário há de ser aferido em sua inteireza, por todo o período em que 
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esteve cumprindo sua pena" (REsp 1.325.182-DF, rel. Min. Rogerio Schietti 
Cruz, j. em 20/2/2014). RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
TJ-MG - Agravo em Execução Penal AGEPN 10525160139651001 MG (TJ-
MG)Jurisprudência Data de publicação: 19/12/2019 
 
EMENTA: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL - LIVRAMENTO CONDICIONAL 
- REQUISITOS SUBJETIVOS - PREENCHIMENTO - BOM 
COMPORTAMENTO ATESTADO EM RELATÓRIO DO CONSELHO 
DISCIPLINAR - DEFERIMENTO DO PEDIDO. - O livramento condicional, 
como um direito subjetivo do condenado, depende da comprovação dos 
requisitos objetivos e subjetivos previstos no art. 83 do CP e no art. 112 da LEP 
. Presentes provas suficientes de que a conduta do condenado se mostra de 
acordo com o cumprimento da pena, conforme relatório disciplinar, possível é a 
concessão do livramento condicional. 
TJ-MG - Agravo em Execução Penal AGEPN 10525160139651001 Pouso 
Alegre (TJ-MG) Jurisprudência Data de publicação: 19/12/2019 
 
EMENTA: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL - LIVRAMENTO CONDICIONAL 
- REQUISITOS SUBJETIVOS - PREENCHIMENTO - BOM 
COMPORTAMENTO ATESTADO EM RELATÓRIO DO CONSELHO 
DISCIPLINAR - DEFERIMENTO DO PEDIDO. - O livramento condicional, 
como um direito subjetivo do condenado, depende da comprovação dos 
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requisitos objetivos e subjetivos previstos no art. 83 do CP e no art. 112 da 
LEP. Presentes provas suficientes de que a conduta do condenado se mostra 
de acordo com o cumprimento da pena, conforme relatório disciplinar, possível 
é a concessão do livramento condicional. 
DO PEDIDO 
ANTE AO EXPOSTO, REQUER: 
1) A Concessão da ordem de habeas corpus em caráter liminar , eis que 
presentes de forma clara e insofismável o constrangimento ilegal em que vem 
sendo injustamente submetido o paciente, Ante as razões aduzidas requer, se 
digne V. Exa, em conceder ALVARÁ DE SOLTURA , em favor do sentenciado 
EM CARÁTER DE URGÊNCIA, tendo em vista que o mesmo deveria está solto 
desde 24 DE JULHO DE 2019, por ser medida da mais lídima justiça e 
equidade, consequentemente, o competente alvará de soltura em seu favor, 
decorrência direta da procedência da ação penal constitucional de habeas 
corpus liberatório impetrada. 
2) caso não seja deferida a medida liminar requer que seja oficiada autoridade 
coatora a comarca de CAMPOS GERAIS –MG para que no prazo máximo de 
48 horas para analisar o pedido de PROGRESSÃO DE REGIME 
SEMIABERTO EM 24 DE JULHO DE 2019, ANALISE O PEDIDO DE REGIME 
ABERTO 14 DE OUTUBRO DE 2019 E LIVRAMENTO CONDICIONAL EM 04 
DE ABRIL DE 2020 e preste informações porque não aplicou a DETRAÇÃO e 
condenou o paciente PRIMÁRIO NO REGIME FECHADO e principal a falta de 
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analise dos pedidos dos pedidos de PROGRESSÃO DE REGIME e feita a 
REAVALIAÇÃO DA PRISÃO DO PACIENTE NA EXECUÇÃO PROVISÓRIA . 
3) Requer que seja determinado por Vossa Excelência também que seja feito 
contado via telefone com autoridade coatora CAMPOS GERAIS –MG tendo 
em vista a urgência do caso em analise cumpre salientar a demora desta 
autoridade coatora para responder ao pedidos . 
4) ao TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS requer que seja fixado o 
prazo máximo de 72 horas para autoridade coatora prestas as informações 
necessárias informar se foi feita a REAVALIAÇÃO DA PRISÃO DO PACIENTE 
TENDO EM VISTA QUE OS AUTOS ENCONTRASSE EM ANALISE DA 
APELAÇÃO A MAIS DE 1 ANO E 1 MÊS . 
Certos estejam Vossas Excelências, mormente o Insigne e Culto Doutor 
ministro Relator do feito, que em assim decidindo, estará julgando de acordo 
com o Direito e, sobretudo, restabelecendo, perfazendo e restaurando, na 
gênese do verbo, o primado da JUSTIÇA! 
Termos em que, Pede Deferimento. 
Poços de Caldas, 24 de outubro de 2020. 
 
RODRIGO PIVA VERONESI 
ACADÊMICO DE DIREITO 
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
1.0000.20.532292-8/000Processo:
Des.(a) Paulo Calmon Nogueira da GamaRelator:
Des.(a) Paulo Calmon Nogueira da GamaRelator do Acordão:
07/10/0020Data do Julgamento:
07/10/2020Data da Publicação:
EMENTA: HABEAS CORPUS - ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO -SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA -
ALEGAÇÃO RELACIONADA À FIXAÇÃO DE REGIME NA SENTENÇA - PROGRESÃO DE REGIME - DETRAÇÃO -
HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO RECURSAL - DESCABIMENTO - PRECEDENTES DO STJ - RECURSO
EM LIBERDADE - DECISÃO FUNDAMENTADA - PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS À MANUTENÇÃO DA
SEGREGAÇÃO CAUTELAR - APLICAÇÃO DE OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES - INADEQUABILIDADE. 1. Em
consonância com a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a ação
constitucional de HabeasCorpus não pode ser utilizada como sucedâneo recursal, excetuados os casos em que
patentemente configurado o constrangimento ilegal, que, in casu, não se verifica. 2. Presentes o fumus comissi delicti
e o periculum libertatis, consubstanciados na gravidade concreta da conduta, tem-se por demonstrada a necessidade
de manutenção do acautelamento preventivo para a garantia da ordem pública, não havendo falar-se em direito
absoluto a recorrer da sentença em liberdade. 3. Presentes seus pressupostos e aferida a necessidade da prisão
preventiva, inviável a fixação de medidas cautelares diversas.
HABEAS CORPUS CRIMINAL Nº 1.0000.20.532292-8/000 - COMARCA DE CAMPOS GERAIS - PACIENTE(S):
RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA - AUTORID COATORA: JUIZ DE DIREITO DA SECRETARIA DO JUÍZO - ÚNICA
DE CAMPOS GERAIS, MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
A C Ó R D Ã O
 Vistos etc., acorda, em Turma, a 7ª CÂMARA CRIMINAL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na
conformidade da ata dos julgamentos, em CONHECER EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA PARTE
CONHECIDA, DENEGAR A ORDEM.
DES. PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA
RELATOR.
DES. PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA (RELATOR)
V O T O
 Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA,
qualificado nos autos, condenado como incurso nas sanções do artigo 35 da Lei 11.343/2006, apontando como
autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Campos Gerais/MG.
 Alega a impetração, em extensas e difusas razões, que, na sentença, foi fixado o regime fechado para início do
cumprimento da pena de reclusão imposta, entretanto, o correto teria sido a fixação do regime semiaberto para tanto.
Destaca, ainda, que mesmo com todos os erros, o paciente já faz jus à concessão da progressão para o regime
aberto, bem como destaca que não aplicada a detração do período que o paciente permaneceu preso
preventivamente. Afirma, ainda, que a Juíza sequer fundamentou a necessidade de manutenção da prisão preventiva
do paciente, estando ausentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, autorizadores da
segregação cautelar. Afirma que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis e discorre sobre a possibilidade de
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Por fim, invoca o princípio constitucional da presunção de
inocência e a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei de Drogas. Sob esses fundamentos, pede que seja concedida
"a progressão do regime prisional do réu, para o ABERTO, nos termos do art. 112 da LEP, expedido o comente
ALVARÁ DE SOLTURA em favor do paciente, o mesmo vai cumprir o regime aberto NA CIDADE POCOS DE
CALDAS-MG, NA RUA MADAME CECCATO NUMERO 280, BAIRRO IPE, decorrente da ausência dos requisitos
legais autorizadores da manutenção da prisão preventiva, com a imposição das MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DA PRISÃO".
	A liminar foi indeferida por este Relator, oportunidade em que foram requisitadas informações à autoridade apontada
coatora (ordem 15).
1
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
 As informações aportaram aos autos, acompanhadas de documentos (ordens 26/27).
 A Procuradoria-Geral de Justiça recomendou a denegação da ordem (ordem 28).
 É o relatório.
 Inicialmente, cumpre registrar que julgo conjuntamente os habeas corpus de nº 1.0000.20.538624-6/000 e nº
1.0000.20.532292-8/000, por estarem relacionados à mesma ação originária, mesmo paciente - Rafael Henrique de
Oliveira -, bem como pela similitude das alegações.
 Tenho que, com efeito, não mereça ser conhecida, em parte, a presente impetração.
 Como visto, o impetrante utiliza-se de argumentos, em suma, no sentido de que deveria ter sido fixado o regime
semiaberto na sentença e não o fechado como foi feito, além de destacar que, ainda que assim não o fosse, ele já faz
jus à concessão da progressão para o regime aberto e que não foi feita a detração do tempo em que o paciente
permaneceu segregado cautelarmente.
 Com efeito, sempre entendi - e sigo confortado pela orientação prevalente de nossas cortes superiores - que a
ação constitucional não deve ser utilizada como sucedâneo de recursos específicos previstos na legislação
processual e na lei de execuções penais. Por outra: as hipóteses de cabimento do writ devem ser rigorosamente
observadas, funcionando como nobilíssimo instrumento e última reserva à preservação do status libertatis, sem que
se amplie desarrazoadamente seu campo de incidência. Dilargar indevidamente seu âmbito de cabimento, a meu
juízo, antes de trazer maior proteção à liberdade individual, termina por enfraquecer, sob a ótica coletiva e sistêmica,
o remédio libertário, "ordinarizando" aquela que deveria ser a mais especial das ações, com tratamento, tramitação e
priorização máximos.
 Dessarte, entendo que questões atinentes à reforma da sentença e relacionados à execução de pena (como a
progressão de regime e a detração), não podem ser solucionados na via estreita do remédio heróico, uma vez que o
habeas corpus não constitui o instrumento adequado para o reexame de temas ordinários contidos em decisão
proferida pelo Juízo de 1º grau.
 Ora, embora seja sabido que o pedido de habeas corpus formalmente tem natureza de uma verdadeira ação, tem-
se, em casos como o ora em apreço, a preponderância de um inegável viés recursal, transmutando-se a ação,
materialmente, em verdadeiro pedido revisional à instância hierarquicamente superior, o que configuraria, nada mais
nada menos, o escopo de um verdadeiro recurso.
 De tal modo, as teses aqui ventiladas reclamam avaliação, a seu tempo e modo, pelas vias recursais apropriadas
à apreciação dessa Instância ad quem, para devolver o conhecimento de questões aqui agitadas ao segundo grau
jurisdicional.
 Isso posto, não conheço da impetração nesses aspectos, passando à análise do presente writ, relativo ao pedido
de recorrer em liberdade.
 No caso vertente, verifica-se que Rafael Henrique de Oliveira, ora paciente, foi condenado à pena privativa de
liberdade de 05 anos, 09 meses e 11 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática do delito descrito
no artigo 35 da Lei 11.343/2006, sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade, sob o seguinte fundamento:
"(...) Verifico que os réus tiveram a prisão preventiva decretada e aguardaram todo o processo presos, com exceção
das rés mulheres, Letícia, Joana e Daiana, que tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar. Ocorre que ainda
estão presentes os requisitos que ensejar a segregação cautelar, pois se trata de integrantes de perigosa e articulada
associação criminosa, a qual movimenta grande quantidade de entorpecentes e de dinheiro, dominando o tráfico em
dois bairros da cidade de Campos Gerais que também pratica outros crimes, como explosão de agências bancárias e
furto de veículos.
Assim, constata-se que o crime é grave no caso concreto e coloca em risco a ordem pública, pelo que é
imprescindível a manutenção da segregação cautelar.
Pelo exposto, mantenho presos os réus César Aparecido Fernandes, Gilson Marques de Freitas, Juventino Marques
Ferreira, Talison Bruno da Silva, Robson Andrade Marques, John Gonçalves dos Santos, Rafael Henrique de Oliveira
e denego-lhes o direito de recorrerem em liberdade. (...)".
 Da leitura da mencionada decisão, verifica-se que a manutenção da segregação cautelar não foi sacada do vazio,
ao contrário, se mostra escorreita e fundamentada, sendo que a prática delitiva supostamente empreendida pelo
paciente se encontra bem explicitada nos elementos carreados aos autos, especialmente na mencionada sentença,
estando presentes os indícios de autoria e a materialidade delitiva, bem como os requisitos dos artigos 312 e 313 do
Código de Processo Penal, os quais, aliás, se afiguram suficientes à manutenção do acautelamento preventivo.
 Pelo que consta da sentença, a prática do suposto crime tem potencial para revelar destacada gravidade
concreta, a sinalizar a ousadia e a real periculosidadena conduta atribuída a Rafael uma vez que seria integrante de
intrincada associação voltada para a prática do tráfico de drogas, que aparentemente movimentava grande
quantidade de entorpecentes e de dinheiro, exercendo domínio sobre o tráfico em dois bairros da Comarca de
Campos Gerais/MG, sendo que, inclusive, o grupo criminoso supostamente
2
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
também praticava outros delitos como explosão de agências bancárias e furto de veículos.
 Assim, a decisão que manteve a segregação cautelar do paciente encontra-se suficiente e devidamente motivada,
especialmente em razão da permanência dos motivos que ensejaram a decretação da prisão preventiva, a qual,
inclusive, já foi objeto de análise por esta egrégia 7ª Câmara Criminal em habeas corpus anterior (nº
1.0000.18.105322-4/000), ocasião em que foi denegada a ordem, por unanimidade, não tendo sobrevindo nenhum
fato novo apto a desconstituir o decreto constritivo, devendo, portanto, ser mantido.
 Ou seja: preso respondeu ao processo, preso deve aguardar o julgamento do recurso.
 Cumpre ainda observar que, se for considerado que as prisões de natureza processual se mostram cabíveis
quando existente potencial possibilidade de se acolherem os termos da inicial acusatória, em fase incipiente da
persecução penal, ainda há mais razão para a segregação cautelar quando já proferida sentença condenatória,
exarado um juízo de convicção e certeza por órgão investido da jurisdição, ainda que revisável por instância superior.
 Donde se afigurar inadequada, a pretensão de responder o processo em liberdade, patenteadas que estão, nestes
autos de habeas corpus, as condições veiculadas nos artigos 312 do Código de Processo Penal.
 Pelos mesmos fundamentos expendidos acima, entendo pela impossibilidade da aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão, pois, a meu ver, são insuficientes e ineficazes para plena garantia da ordem pública.
 Dessarte, presentes os requisitos da prisão preventiva, não há falar-se em transgressão ao postulado da
presunção de inocência (ou de não culpabilidade). Do contrário, não haveria prisões cautelares, mas apenas
definitivas, sendo certo que ambas as modalidades têm respaldo em nosso ordenamento jurídico-constitucional.
 Por fim, a simples existência de condições pessoais favoráveis não tem o condão, por si só, de desconstituir a
segregação cautelar da paciente, no caso em comento. Não são elas, as condições subjetivas, garantidoras de
eventual direito subjetivo à liberdade, quando os elementos do caso em concreto apontam como necessária a
manutenção da segregação preventiva.
 Ante o exposto, não verificado o constrangimento ilegal, CONHEÇO EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA
PARTE CONHECIDA, DENEGO A ORDEM.
 Sem custas.
 É como voto.
DES. MARCÍLIO EUSTÁQUIO SANTOS - De acordo com o(a) Relator(a).
DES. CÁSSIO SALOMÉ - De acordo com o(a) Relator(a).
 SÚMULA: "CONHECERAM EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA PARTE CONHECIDA, DENEGARAM
A ORDEM"
3
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
1.0000.20.538624-6/000Processo:
Des.(a) Paulo Calmon Nogueira da GamaRelator:
Des.(a) Paulo Calmon Nogueira da GamaRelator do Acordão:
07/10/0020Data do Julgamento:
07/10/2020Data da Publicação:
EMENTA: HABEAS CORPUS - ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO -SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA -
ALEGAÇÃO RELACIONADA À FIXAÇÃO DE REGIME NA SENTENÇA - PROGRESÃO DE REGIME - DETRAÇÃO -
HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO RECURSAL - DESCABIMENTO - PRECEDENTES DO STJ - RECURSO
EM LIBERDADE - DECISÃO FUNDAMENTADA - PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS À MANUTENÇÃO DA
SEGREGAÇÃO CAUTELAR - APLICAÇÃO DE OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES - INADEQUABILIDADE. 1. Em
consonância com a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a ação
constitucional de Habeas Corpus não pode ser utilizada como sucedâneo recursal, excetuados os casos em que
patentemente configurado o constrangimento ilegal, que, in casu, não se verifica. 2. Presentes o fumus comissi delicti
e o periculum libertatis, consubstanciados na gravidade concreta da conduta, tem-se por demonstrada a necessidade
de manutenção do acautelamento preventivo para a garantia da ordem pública, não havendo falar-se em direito
absoluto a recorrer da sentença em liberdade. 3. Presentes seus pressupostos e aferida a necessidade da prisão
preventiva, inviável a fixação de medidas cautelares diversas.
HABEAS CORPUS CRIMINAL Nº 1.0000.20.538624-6/000 - COMARCA DE CAMPOS GERAIS - PACIENTE(S):
RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA
A C Ó R D Ã O
 Vistos etc., acorda, em Turma, a 7ª CÂMARA CRIMINAL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na
conformidade da ata dos julgamentos, em CONHECER EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA PARTE
CONHECIDA, DENEGAR A ORDEM.
DES. PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA
RELATOR.
DES. PAULO CALMON NOGUEIRA DA GAMA (RELATOR)
V O T O
 Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de RAFAEL HENRIQUE DE OLIVEIRA,
qualificado nos autos, condenado como incurso nas sanções do artigo 35 da Lei 11.343/2006, apontando como
autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Campos Gerais/MG.
 Alega a impetração, em extensas e difusas razões, que, na sentença, foi fixado o regime fechado para início do
cumprimento da pena de reclusão imposta, entretanto, o correto teria sido a fixação do regime semiaberto para tanto.
Destaca, ainda, que mesmo com todos os erros, o paciente já faz jus à concessão da progressão para o regime
aberto, bem como destaca que não aplicada a detração do período que o paciente permaneceu preso
preventivamente. Afirma, ainda, que a Juíza sequer fundamentou a necessidade de manutenção da prisão preventiva
do paciente, estando ausentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, autorizadores da
segregação cautelar. Afirma que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis e discorre sobre a possibilidade de
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Por fim, invoca o princípio constitucional da presunção de
inocência e a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei de Drogas. Sob esses fundamentos, pede que seja concedida
"a progressão do regime prisional do réu, para o ABERTO, nos termos do art. 112 da LEP, expedido o comente
ALVARÁ DE SOLTURA em favor do paciente, o mesmo vai cumprir o regime aberto NA CIDADE POCOS DE
CALDAS-MG, NA RUA MADAME CECCATO NUMERO 280, BAIRRO IPE, decorrente da ausência dos requisitos
legais autorizadores da manutenção da prisão preventiva, com a imposição das MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DA PRISÃO".
	A liminar foi indeferida pela Desa. Kárin Emmerich, em sede de plantão, oportunidade em que foram requisitadas
informações à autoridade apontada coatora (ordem 06).
 As informações aportaram aos autos, acompanhadas de documentos (ordens 07/08).
1
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
 A Procuradoria-Geral de Justiça recomendou a denegação da ordem (ordem 09).
 É o relatório.
 Inicialmente, cumpre registrar que julgo conjuntamente os habeas corpus de nº 1.0000.20.538624-6/000 e nº
1.0000.20.532292-8/000, por estarem relacionados à mesma ação originária, mesmo paciente - Rafael Henrique de
Oliveira -, bem como pela similitude das alegações.
 Tenho que, com efeito, não mereça ser conhecida, em parte, a presente impetração.
 Como visto, o impetrante utiliza-se de argumentos, em suma, no sentido de que deveria ter sido fixado o regime
semiaberto na sentença e não o fechado como foi feito, além de destacar que, ainda que assim não o fosse, ele já faz
jus à concessão da progressão para o regime aberto e que não foi feita a detração do tempo em que o paciente
permaneceu segregado cautelarmente.
 Com efeito, sempre entendi - e sigo confortado pela orientação prevalente de nossas cortes superiores - que a
ação constitucional não deve ser utilizada como sucedâneo de recursos específicos previstos na legislação
processual e na lei de execuções penais. Por outra: as hipótesesde cabimento do writ devem ser rigorosamente
observadas, funcionando como nobilíssimo instrumento e última reserva à preservação do status libertatis, sem que
se amplie desarrazoadamente seu campo de incidência. Dilargar indevidamente seu âmbito de cabimento, a meu
juízo, antes de trazer maior proteção à liberdade individual, termina por enfraquecer, sob a ótica coletiva e sistêmica,
o remédio libertário, "ordinarizando" aquela que deveria ser a mais especial das ações, com tratamento, tramitação e
priorização máximos.
 Dessarte, entendo que questões atinentes à reforma da sentença e relacionados à execução de pena (como a
progressão de regime e a detração), não podem ser solucionados na via estreita do remédio heróico, uma vez que o
habeas corpus não constitui o instrumento adequado para o reexame de temas ordinários contidos em decisão
proferida pelo Juízo de 1º grau.
 Ora, embora seja sabido que o pedido de habeas corpus formalmente tem natureza de uma verdadeira ação, tem-
se, em casos como o ora em apreço, a preponderância de um inegável viés recursal, transmutando-se a ação,
materialmente, em verdadeiro pedido revisional à instância hierarquicamente superior, o que configuraria, nada mais
nada menos, o escopo de um verdadeiro recurso.
 De tal modo, as teses aqui ventiladas reclamam avaliação, a seu tempo e modo, pelas vias recursais apropriadas
à apreciação dessa Instância ad quem, para devolver o conhecimento de questões aqui agitadas ao segundo grau
jurisdicional.
 Isso posto, não conheço da impetração nesses aspectos, passando à análise do presente writ, relativo ao pedido
de recorrer em liberdade.
 No caso vertente, verifica-se que Rafael Henrique de Oliveira, ora paciente, foi condenado à pena privativa de
liberdade de 05 anos, 09 meses e 11 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática do delito descrito
no artigo 35 da Lei 11.343/2006, sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade, sob o seguinte fundamento:
"(...) Verifico que os réus tiveram a prisão preventiva decretada e aguardaram todo o processo presos, com exceção
das rés mulheres, Letícia, Joana e Daiana, que tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar. Ocorre que ainda
estão presentes os requisitos que ensejar a segregação cautelar, pois se trata de integrantes de perigosa e articulada
associação criminosa, a qual movimenta grande quantidade de entorpecentes e de dinheiro, dominando o tráfico em
dois bairros da cidade de Campos Gerais que também pratica outros crimes, como explosão de agências bancárias e
furto de veículos.
Assim, constata-se que o crime é grave no caso concreto e coloca em risco a ordem pública, pelo que é
imprescindível a manutenção da segregação cautelar.
Pelo exposto, mantenho presos os réus César Aparecido Fernandes, Gilson Marques de Freitas, Juventino Marques
Ferreira, Talison Bruno da Silva, Robson Andrade Marques, John Gonçalves dos Santos, Rafael Henrique de Oliveira
e denego-lhes o direito de recorrerem em liberdade. (...)".
 Da leitura da mencionada decisão, verifica-se que a manutenção da segregação cautelar não foi sacada do vazio,
ao contrário, se mostra escorreita e fundamentada, sendo que a prática delitiva supostamente empreendida pelo
paciente se encontra bem explicitada nos elementos carreados aos autos, especialmente na mencionada sentença,
estando presentes os indícios de autoria e a materialidade delitiva, bem como os requisitos dos artigos 312 e 313 do
Código de Processo Penal, os quais, aliás, se afiguram suficientes à manutenção do acautelamento preventivo.
 Pelo que consta da sentença, a prática do suposto crime tem potencial para revelar destacada gravidade
concreta, a sinalizar a ousadia e a real periculosidade na conduta atribuída a Rafael uma vez que seria integrante de
intrincada associação voltada para a prática do tráfico de drogas, que aparentemente movimentava grande
quantidade de entorpecentes e de dinheiro, exercendo domínio sobre o tráfico em dois bairros da Comarca de
Campos Gerais/MG, sendo que, inclusive, o grupo criminoso supostamente também praticava outros delitos como
explosão de agências bancárias e furto de veículos.
2
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
 Assim, a decisão que manteve a segregação cautelar do paciente encontra-se suficiente e devidamente motivada,
especialmente em razão da permanência dos motivos que ensejaram a decretação da prisão preventiva, a qual,
inclusive, já foi objeto de análise por esta egrégia 7ª Câmara Criminal em habeas corpus anterior (nº
1.0000.18.105322-4/000), ocasião em que foi denegada a ordem, por unanimidade, não tendo sobrevindo nenhum
fato novo apto a desconstituir o decreto constritivo, devendo, portanto, ser mantido.
 Ou seja: preso respondeu ao processo, preso deve aguardar o julgamento do recurso.
 Cumpre ainda observar que, se for considerado que as prisões de natureza processual se mostram cabíveis
quando existente potencial possibilidade de se acolherem os termos da inicial acusatória, em fase incipiente da
persecução penal, ainda há mais razão para a segregação cautelar quando já proferida sentença condenatória,
exarado um juízo de convicção e certeza por órgão investido da jurisdição, ainda que revisável por instância superior.
 Donde se afigurar inadequada, a pretensão de responder o processo em liberdade, patenteadas que estão, nestes
autos de habeas corpus, as condições veiculadas nos artigos 312 do Código de Processo Penal.
 Pelos mesmos fundamentos expendidos acima, entendo pela impossibilidade da aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão, pois, a meu ver, são insuficientes e ineficazes para plena garantia da ordem pública.
 Dessarte, presentes os requisitos da prisão preventiva, não há falar-se em transgressão ao postulado da
presunção de inocência (ou de não culpabilidade). Do contrário, não haveria prisões cautelares, mas apenas
definitivas, sendo certo que ambas as modalidades têm respaldo em nosso ordenamento jurídico-constitucional.
 Por fim, a simples existência de condições pessoais favoráveis não tem o condão, por si só, de desconstituir a
segregação cautelar da paciente, no caso em comento. Não são elas, as condições subjetivas, garantidoras de
eventual direito subjetivo à liberdade, quando os elementos do caso em concreto apontam como necessária a
manutenção da segregação preventiva.
 Ante o exposto, não verificado o constrangimento ilegal, CONHEÇO EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA
PARTE CONHECIDA, DENEGO A ORDEM.
 Sem custas.
 É como voto.
DES. MARCÍLIO EUSTÁQUIO SANTOS - De acordo com o(a) Relator(a).
DES. CÁSSIO SALOMÉ - De acordo com o(a) Relator(a).
 SÚMULA: "CONHECERAM EM PARTE DO HABEAS CORPUS E, NA PARTE CONHECIDA, DENEGARAM
A ORDEM"
3
 
 
 
 
 
 
Nº 1.0000.20.561203-9/000 
 
 
 
 
 
HABEAS CORPUS CRIMINAL N​º 1.0000.20.561203-9/000 - 
COMARCA DE CAMPOS GERAIS - PACIENTE(S): RAFAEL 
HENRIQUE DE OLIVEIRA 
 
DECISÃO MONOCRÁTICA 
 
Vistos. 
Trata-se de ​HABEAS CORPUS, ​COM PEDIDO LIMINAR​, 
impetrado em favor do paciente ​RAFAEL HENRIQUE DE 
OLIVEIRA, ​em cumprimento de pena de ​05 (cinco) anos 09 (nove) 
meses e 11 (onze) dias de reclusão, pela prática do crime previsto 
no artigo 35 da Lei de Drogas, em regime fechado, contra ato do 
Juízo da Vara de Execuções Penais da Comarca de Campo das 
Gerais/MG. 
Sustenta o impetrante que o paciente está sofrendo 
constrangimento ilegal, vez que deveria ter sido colocado no regime 
semiaberto em 27​/07/2019 e no regime aberto em 14/10/2019 e, 
ainda, deveria estar gozando do benefício de livramento condicional 
desde 04/04/2020, tendo a autoridade coatora deixado de analisar 
os requerimentos formulados pela defesa. 
Requer, assim, o deferimento do pedido liminar para que o 
paciente seja colocado imediatamente em liberdade, expedindo-se o 
competente alvará de

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