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05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/18 Módulo 1 As formas de tratamento em Saúde Mental tem sido objeto de transformação ao longo do século.O modelo manicomial de exclusão e perda da cidadania vai sendo descontruído gradativamente. No documento apresentado à Conferência Regional de reforma dos serviços de saúde mental em novembro de 2005 recuperamos o processo histórico da desospitalização.O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do“movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, eqüidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado. Embora contemporâneo da Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiquiátrica brasileira tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar. Fundado, ao final dos anos 70, na crise do modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica brasileira é maior do que a sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de mudanças nas políticas governamentais e nos serviços de saúde. A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto de atores,instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário social e da opinião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. Os principais componentes da história da Reforma Psiquiátrica no Brasil, com destaque para o processo de delineamento progressivo da política de saúde mental do Ministério da Saúde, alinhada com os princípios da Reforma são: 1 A crítica do modelo hospitalocêntrico (1978-1991) A Declaração de Caracas, Venezuela, adotada pela Organização Mundial de Saúde,em 14 de novembro de 1990. 2 Início da implantação da rede extra-hospitalar (1992-2000) 3 A Reforma Psiquiátrica depois da lei Nacional (2001 -2005) A Lei Federal 10.216 que redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios. Para a compreensão dessas formas de atendimento sugerimos que assistam os filmes: Bicho de 7 cabeças. Ilustra o modelo manicomial. Uma Janela para a lua. Ilustra o modelo de uma comunidade terapêutica. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/18 Estamira. Ilustra o indivíduo portador de sofrimento psíquico intenso. Com esse percurso histórico descrito reflita: Na segunda metade do século XX, operaram-se importantes desenvolvimentos no tocante à assistência à enfermidade mental. Apoiados em experiências concretas realizadas em diversos países (como as comunidades terapêuticas na Inglaterra, a psicoterapia institucional na França, a psiquiatria democrática na Itália, entre outros), tais desenvolvimentos promoveram a substituição das práticas de assistência psiquiátrica tradicional, gerando a fundação do campo da “saúde mental” e dos paradigmas “antimanicomial” ou da “desinstitucionalização da doença mental”. Em relação a este novo paradigma, o conjunto de princípios e procedimentos de intervenção que melhor representa é: A ( ) Compreensão da enfermidade mental em seu contexto sócio-político-cultural; crítica à hegemonia do modelo médico-psiquiátrico; transformação das relações de poder entre instituição e os sujeitos; fomentação da sociabilidade de grupo e da inclusão social; importância do trabalho interdisciplinar. B ( ) Desospitalização e redução do período de internação psiquiátrica; crescente psiquiatrização dos problemas sociais; extensão e modernização da psiquiatria; expansão da ação medicalizante; importância do trabalho interdisciplinar. A alternativa é falsa. C ( ) Crítica ao arcaísmo do hospital psiquiátrico; instrumentalização e tecnicização das relações humanas; Melhoria das condições materiais do hospital psiquiátrico, atenuação da ruptura hospital-mundo exterior; racionalização administrativa e financeira dos equipamentos de saúde. D( ) Atenuação da ruptura hospital-mundo exterior; racionalização administrativa e financeira dos equipamentos de saúde; instrumentalização e tecnicização das relações humanas; redução dos problemas subjetivos à sua causalidade social; especialização das técnicas de intervenção. E ( ) Complementaridade entre os serviços extra-hospitalares e o hospital; difusão, especialização e hierarquização dos serviços psiquiátricos na comunidade; expansão da ação medicalizante; difusão capilar dos mecanismos de controle social na comunidade; importância do trabalho interdisciplinar. Se você respondeu a alternativa A como correta, você compreendeu que não se trata de melhorar as condições do hospital psiquiátrico, nem de atenuar rupturas, nem tão pouco de expandir a ação medicalizante. A proposta está bem especificada na primeira alternativa. Bibliografia Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/18 Exercício 1: Em relação às concepções mítico-religiosa, organicista e psicológica da loucura, podemos afirmar que: A) A concepção organicista foi superada pela concepção psicodinâmica. B) A concepção organicista está vinculada à concepção psicodinâmica. C) A concepção organicista e a concepção psicodinâmica pressupõem causas distintas para a loucura, mas ambas operam na contemporaneidade. D) A concepção organicista é científica e a concepção psicodinâmica é filosófica. E) A concepção organicista serve ao saber médico, enquanto a concepção psicodinâmica serve ao saber psicológico. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 2: Analise as proposições a seguir sobre a Reforma Psiquiátrica e a Política Nacional de Saúde Mental: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/18 I – A Reforma Psiquiátrica brasileira provocou uma mudança na concepção e na forma do cuidado com os usuários da saúde mental, ao propor que a assistência a eles deveria ser efetivada por meio de ações e serviços de base comunitária, evitando a institucionalização e a hospitalização. II – Os movimentos sociais não contribuíram para a Reforma Psiquiátrica brasileira. III – A Reforma Psiquiátrica partia do pressuposto que o tratamento do usuário da saúde mental devia ocorrer o mais próximo da rede familiar, social e cultural do paciente. IV - A Política Nacional de Saúde Mental tem como diretriz principal a redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a desinstitucionalizaçãode pessoas com longo histórico de internações. V – A Política Nacional de Saúde Mental, nos termos da Reforma Psiquiátrica, propõe que a atendimento ao seu usuário se dê com foco na atenção hospitalar. Assinale a sequência correta: A) F, V, V, F, F B) V, F. V. F, V C) V, F, V, V, F D) F, V, V, F, V E) F, V, F, V, V 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/18 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 3: Mesmo pacientes que seriam considerados psiquiatricamente bastante comprometidos pela ciência acadêmica vigente podem viver num clima de liberdade, de autonomia e de consideração mútua, dependendo apenas de que se lhes respeite a condição de seres humanos. Não se trata absolutamente de tingir a loucura com cores românticas: sem dúvida, são pessoas que vivem experiências difíceis, doloridas, dilacerantes, experiências que, na maior parte das vezes, não encontram uma alocação possível na esfera gregária do sujeito e que resistem às formas de comunicação pelos códigos partilhados. Mas que, nem por isso, são menos humanas, menos passíveis de reconhecimento e de solidariedade. NAFFAH, Neto Alfredo. O estigma da loucura e a perda da autonomia. (s/d) Essa concepção de saúde e de doença mental é identificada em qual tipo de abordagem: A) Em uma abordagem psicanalítica, deve-se enfatizar um trabalho de denúncia da ideologia, ligada ao tratamento da loucura e sua manifestação na família em todos os fóruns sociais, dentro e fora do contexto territorial em que a estigmatização do paciente ocorre. B) Em uma abordagem que defenda o fim do internamento do paciente, o qual rompe com as jaulas farmacológicas e terapêuticas que acorrentaram os doentes mentais na história; logo, o fim do uso de psicofármacos e a liberdade sem restrições estão postos para o século XXI. C) Naquela em que se deve trabalhar com a tensão entre um conceito de saúde, como o bem-estar biopsicossocial e as suas possibilidades efetivas de realização nas condições concretas dos indivíduos e dos grupos sociais, na busca de garantir a humanidade e a dignidade das pessoas em condição de sofrimento psíquico, apostando na potencialidade humana do paciente. D) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/18 Naquela em que o tratamento médico deve ceder pouco a pouco seu lugar para as terapêuticas medicamentosas e psicoterápicas, pois a abordagem deve ser por etapas e acompanhada por diferentes instrumentos de avaliação. E) Na perspectiva biopsicossocial, em que o sofrimento mental é compreendido como instância produtora de novos sentidos, recupera-se a experiência do portador como um dado de crítica social e aspectos neuropsicológicos. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 4: O modelo de atenção a Saúde Mental brasileira tem sido, nas últimas décadas, objeto de uma ampla discussão fundamentada na contestação do paradigma biológico de “doença mental” que, como sabemos, teve no tratamento asilar a única forma de abordar o sofrimento psíquico. Esse debate, promovido inicialmente por profissionais que atuavam na rede pública em meados dos anos 70, hoje foi incorporado por diversos segmentos sociais. Em relação as ações promovidas para a mudança do paradigma biológico é correto afirmar que: I- A sociedade, representada pelas instituições sociais e de saúde, pela comunidade acadêmica e científica, tem sido convidada a comparecer a esta discussão. Através de ações conjuntas, a sociedade vem engendrando esforços para construir formas de cuidar inovadoras e coerentes com os Princípios Universais dos Direitos Humanos. II- No cenário de Atenção a Saúde Mental, as aspirações têm sido “reformar o modelo centrado na gestão das doenças mentais no interior dos manicômios, para inclusão do cuidado à saúde mental no Sistema Ùnico de Saúde do país, sem estigmas e discriminação”. (Pitta, 2001, p.20). Isto implica em construir modelos de atenção a saúde mental que atendam a este propósito. Tal conjuntura sugere que os profissionais de saúde serão os protagonistas da reforma pretendida. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/18 III- A reflexão cotidiana sobre a experiência com os usuários dos diversos serviços em Saúde Mental poderá propiciar o desenho de novas formas de cuidar. Com isso, adentramos nos domínios da formação de conceitos e atitudes profissionais, únicos habilitados a materializar, expandir e perpetuar as aspirações em questão. E é nesse contexto que a Universidade se insere, já que comporta no cerne de seus objetivos a missão de formar. Estão corretas as afirmativas: A) I e II B) I C) II D) I,II e III E) I e III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) E) D) Exercício 5: Sobre a importância de uma abordagem psicossocial no tratamento das psicoses é correto afirmar que: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/18 I- A primeira experiência de ruptura psíquica representa um acontecimento de grande porte para o indivíduo e para o ambiente que o cerca. Tais eventos ocorrem, via de regra, na juventude, momento significativo na vida das pessoas. Estes podem ser de tal magnitude que resultam numa transformação imperativa da personalidade e, conseqüentemente, da vida de relação. Rompem-se os laços com a própria biografia, com o sentido e desenvolvimento da história pessoal. Os vínculos sociais se esgarçam modificando as relações vertiginosamente. Os códigos compartilhados pela cultura perdem o significado produzindo hiatos entre o mundo público e privado. II- a importância da detecção precoce, diagnóstico preciso e especialmente intervenção criteriosa para minimizar os efeitos advindos da intensidade da crise. A relevância de abordagens psicossociais para evitar o afastamento do indivíduo do meio familiar, promover o engajamento aos tratamentos necessários através do estabelecimento de alianças terapêuticas. III O reconhecimento do sofrimento psíquico de todos os envolvidos com a primeira crise, sustentando-se sobre premissas reabilitadoras na promoção de espaços para o acolhimento daquele que sofre e de sua família. Quais as afirmativas corretas: A) I B) I, II e III C) I e III D) II e III E) III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/18 D) E) A) B) Exercício 6: Em relação à DECLARAÇÃO DE CARACAS, podemos afirmar que: I – É um documento que marca as reformas na Atenção à Saúde Mental nas Américas, escrito pelas organizações, associações, autoridades de saúde, profissionais de saúde mental, legisladores e juristas, reunidos na Conferência Regional para a reestruturação da assistência psiquiátrica dentro dos sistemas locais de saúde. II – A necessidade desse documento parte da conscientização de que a assistência psiquiátrica convencional não permite alcançar objetivos compatíveis com um atendimento comunitário, descentralizado, participativo, integral, contínuo e preventivo. III- O hospital psiquiátrico, como única modalidade assistencial, satisfaz de maneira íntegra a necessidade de preservar o paciente psicótico de um ambiente hostil, que não suporta. Estão corretas as afirmativas: A) I, II B) I e III C) III D) II e III E) II 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/18 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários:A) Exercício 7: A declaração de Caracas afirma que: I- A reestruturação da assistência psiquiátrica ligada ao Atendimento Primário da Saúde, no quadro dos Sistemas Locais de Saúde, permite a promoção de modelos alternativos, centrados na comunidade e dentro de suas redes sociais; II- A reestruturação da assistência psiquiátrica na região implica em revisão crítica do papel hegemônico e centralizador do hospital psiquiátrico na prestação de serviços; III- Os recursos, cuidados e tratamentos dados devem: salvaguardar, invariavelmente, a dignidade pessoal e os direitos humanos e civis; estar baseados em critérios racionais e tecnicamente adequados; propiciar a permanência do enfermo em seu meio comunitário; Estão corretas as afirmativas: A) I e III B) I, II e III C) I D) II E) III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/18 Comentários: B) Exercício 8: Considere as afirmativas abaixo: I- No século XIX, o advento de uma ciência positivista produz um novo olhar sobre a loucura. Com Pinel, o louco é libertado de suas correntes e submetido a tratamentos morais, que têm como intuito demover o louco do estado de desrazão. II- A psicanálise nasce na contramão do discurso psiquiátrico da época. Parte da premissa que a fala é um dos elementos constitutivos fundamentais do sujeito e revela a interioridade, a subjetividade. Nesse sentido, o discurso freudiano resgata a verdade da loucura por meio do poder da linguagem, e cria dispositivos analíticos de convite constante à fala. III-Podemos afirmar hoje que o conceito de loucura se mostra correlacionado com as contextualizações históricas e culturais da humanidade. IV- Eugen Bleuler (1857-1939), contemporâneo de Freud (1856-1939), não renunciou à etiologia orgânica e hereditária de loucura. V- A psiquiatria organicista considera os sintomas daquele que adoeceu mentalmente, tanto as expressões de conflitos inconscientes como indícios de processos mórbidos de etiologia orgânica e hereditária. São verdadeiras as afirmativas: A) I, II, III B) I, III, IV e V C) II, III e V D) I, II, III e IV 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/18 E) II, III, IV O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) Exercício 9: De acordo com as concepções diagnósticas em psiquiatria, faça uma análise das afirmativas descritas: I- A psiquiatria de Pinel considerava os sintomas importantes para a definição da patologia, no contexto de uma nosografia que aproximava as doenças mentais da forma com que a botânica classificava as espécies vegetais. II A psicanálise diferencia-se da psiquiatria clássica por envolver a questão do desenvolvimento da personalidade e das formações do inconsciente no diagnóstico. III A psiquiatria clássica preocupava-se, de forma semelhante à psicanálise, com a questão do diagnóstico psicopatológico e com a questão do tratamento do paciente psiquiátrico que sofre de sintomas graves. Assinale a alternativa correta. A) Estão corretas as afirmativas II e III. B) Estão corretas as afirmativas I e II. C) Estão corretas as afirmativas I, III D) Está correta a afirmativa III. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/18 E) Está correta a afirmativa I O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: D) C) E) A) B) Exercício 10: O filme Uma Janela para a Lua (Simone, 1995), discute as modificações sofridas por Lorenzo, personagem principal, a partir de sua relação com os usuários de uma comunidade terapêutica do vilarejo italiano em que transcorre o filme. A partir dessa narrativa central, propõe uma reflexão: I.sobre a possibilidade de diferentes competências advindas de campos distintos do conhecimento poderem contribuir para um debate lúcido e rigoroso sobre o problema da loucura e da saúde mental, e também como a priori nos predispomos a dar voz aos indivíduos acometidos por distúrbios mentais. II.sobre a elaboração dos padrões de normalidade e anormalidade dos indivíduos, assim como os padrões de saúde mental e loucura, e principalmente, instiga-nos, enquanto profissionais da área de saúde, a uma crítica e autocrítica sobre a contemplação das doenças mentais a partir de outros contextos terapêuticos. III.sobre a clínica e suas metodologias terapêuticas que podem ser nefastas e causar danos irreversíveis. IV. sobre a necessidade de ouvir esse outro com o qual nos deparamos. E saber ouvir é algo que implica em saber entrar no mundo do outro, compreender o sentimento daquela pessoa, despindo-se de juízos de valor, sobre o que é correto ou não, o que é normal ou não. É preciso saber que existe a diferença, existem modos de existência diversos. Estão corretas: A) III e IV. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/18 B) I e IV. C) II. D) I e III. E) IV. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) Exercício 11: “O diagnóstico em saúde mental mudou muito nos últimos 100 anos. Ainda é conversando com o paciente que o médico determina a existência de estresse pós- traumático, vício em drogas, ansiedade e depressão, entre outros males. Quando ganharem acesso à gramática do conectoma (conjunto de ligações entre os neurônios), os cientistas poderão visualizar a doença mental e tratá-la corrigindo as alterações que ela provoca no cérebro. Entender como isso ocorre dará início à era da cura desses males por meio da correção das falhas nas conexões entre os neurônios. E isso ainda neste século, talvez até no intervalo de uma geração. Com a análise do conectoma, também será possível criar exames para o diagnóstico objetivo de doenças mentais.” (fonte: Revista Veja, edição 2311, 6 de março de 2013, pg 84). Após a leitura do texto acima e relacionando-o com o conteúdo da disciplina, podemos afirmar que: A) O texto reafirma a concepção organicista das doenças mentais, cuja origem remonta às primeiras explicações de Hipócrates sobre a loucura como resultante da crise no sistema de 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/18 humores. B) O texto reforça que a concepção organicista é científica e a concepção psicodinâmica não tem força de argumentação científica, sendo, portanto, abolida do discurso contemporâneo sobre as causas das doenças mentais. C) Com o advento da ciência, a compreensão sobre as causas das doenças mentais superou modelos que sugeriam concepções religiosas, como possessões, dívidas de outras vidas, castigos relativos à práticas pecadoras, do imaginário popular contemporâneo. D) A concepção psicodinâmica da loucura está, desde sua origem, em contraposição à concepção organicista da loucura por afirmar uma posição ética de respeito à individualidade e crítica à medicalização como única forma de tratamento das doenças mentais. E) O texto sugere que no futuro, ainda neste século, talvez até no intervalo de uma geração, o campo das doenças mentais será de domínio da ciência, com o alcance do conhecimento sobre as falhas entre conexões cerebrais, eliminando da cultura qualquer explicação religiosa ou mítica sobre a loucura. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) Exercício 12: A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social complexo, composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, que incide em territórios diversos: nos governos federal, estadual e municipal. Sobre a Reforma Psiquiátrica no Brasil, analise as afirmações abaixo: I. O primeiro CAPS do Brasil foiem São Paulo, em 1987. No ano de 1989, teve início o processo de intervenção da Secretaria Municipal de Saúde de Santos em um hospital psiquiátrico, a casa de saúde Anchieta, local de maus-tratos e morte de pacientes. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/18 II. A década de 90 foi marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil na assinatura da Declaração de Caracas e pela realização da II Conferência Nacional de Saúde Mental, com a qual entra em vigor, no país, a implantação dos serviços de atenção diária, CAPS, NAPS e hospitais-dia, assim como as primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos. III. A Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, instituindo mecanismos que deixem clara a progressiva extinção de manicômios. IV. Em 2001 consolida-se a Reforma Psiquiátrica como política de governo, confere-se aos CAPS o valor estratégico para a mudança do modelo de assistência, defende-se a construção de uma política de saúde mental para usuários de álcool e outras drogas e estabelece o controle social como a garantia da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Estão CORRETAS: A) I, II, III e IV. B) I, II e III. C) II, III e IV. D) I, II e IV. E) II e IV. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/18 Exercício 13: Concepções da organização das relações intrainstitucionais, inclusive da divisão do trabalho interprofissional, procuram esclarecer o conceito de desinstitucionalização como estratégia global de superação do paradigma psiquiátrico. Sobre isso é correto afirmar que: A) Quanto à concepção da organização das relações intrainstitucionais, inclusive da divisão do trabalho interprofissional são exigências da atenção psicossocial, principalmente: horizontalização das relações intrainstitucionais e não verticalização; distinção entre poder; livre trânsito do usuário e da população e não interdição e clausura; participação dos usuários e da população em forma de autogestão e cogestão e não heterogestão. B) A Organização Mundial de Saúde (OMS) e seus parceiros não reconhecem a educação e a prática da colaboração interprofissional como uma estratégia inovadora que irá desempenhar um papel importante na atenuação da crise dos profissionais da saúde global. C) A atenção psicossocial, como política interprofissional que atravessa todas as instâncias do SUS, propõe-se a atuar na centralização, isto é, na autonomia, na cogestão da rede de serviços de maneira a articular processo de trabalho e as relações entre os diferentes profissionais e a população atendida. D) A interprofissionalidade na saúde mental coletiva é um valioso instrumento para a construção de mudanças nos modos de gerir e nas práticas de saúde, contribuindo para tornar o atendimento ainda mais fragmentado e motivador para as equipes de trabalho. E) A Reforma Psiquiátrica e seus agentes centram-se exclusivamente nos esforços para desfazer o aparato e a cultura manicomiais, ainda hegemônicos no cenário psiquiátrico. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/18 E) A) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14 O acompanhamento terapêutico (AT) constitui um importante instrumento de integração de projetos assistenciais centrados na atenção psicossocial. Suas ações se inserem como práticas opostas aos modelos asilares de tratamento, alinhando-se a propostas da reforma psiquiátrica e sanitária (Fiorati, 2006). A atenção psicossocial se apresenta como projeto ético-estético-político, no sentido proposto por Guattari (1996), que busca a autonomia do indivíduo a partir do desenvolvimento de sua cidadania e participação política e integração ao território, além da horizontalização das relações profissionais intra e interinstitucionais (Brasil, 1988, 1994, 2002, 2010); assim, vem consolidando-se como o referencial teórico predominante do modelo assistencial em saúde mental no Brasil, constituindo as bases da política pública oficial (Guljor, 2003). Desse modo, a atenção psicossocial caracteriza-se como uma diretriz da reforma psiquiátrica brasileira e assume um papel preponderante no campo assistencial por nortear a construção de novas práticas e serviços em saúde mental. Essa construção advém de movimentos reformistas em torno do cuidado à loucura, sendo ancorada, principalmente, no modelo italiano da psiquiatria democrática, o qual tinha como pressupostos uma reorganização dos serviços em torno de práticas de territorialização (e desinstitucionalização), atribuição de responsabilidade ao louco e questionamento do poder psiquiátrico em torno das ações de saúde mental. Oficialmente, a inserção do modelo de atenção psicossocial se inicia com a implantação do Centro de Atenção Psicossocial Luiz Cerqueira e dos Núcleos de Atenção Psicossocial, na cidade de Santos (SP) – década de 80 (Amarante, 2000). Busca-se, portanto, que a atenção à loucura seja promovida fora do âmbito asilar (que a segregou e tutelou por tantas décadas), através da integração de diversos setores sociais, em especial a saúde, a assistência social, a educação e a Justiça (Brasil, 2002). Contudo, essas ações ainda se encontram delimitadas em torno de alguns serviços, sendo questionável a existência de uma rede integrada em saúde mental. De acordo com autores como Costa-Rosa, Luzio e Yasui (2001), a atenção psicossocial pode ser descrita a partir da seguinte matriz: 1) a integralidade das ações de cuidado no território, 2) horizontalização das relações profissionais e intrainsitucionais, 3) a construção de uma ética da autonomia e da singularização do indivíduo em sofrimento psíquico e 4) a implicação subjetiva desse indivíduo no cuidado territorializado. Além disso, de acordo com a III e a IV Conferência Nacional de Saúde Mental, enfatiza-se que a atenção psicossocial deve possuir como premissas: 5) a intersetorialidade nas práticas desenvolvidas e 6) a desinstitucionalização do usuário aos serviços (Brasil, 2010, 2002). Nesse sentido, o trabalho desenvolvido pelo acompanhante terapêutico se alinha a essa lógica. O AT pode ser definido como uma prática cujo espaço clínico está nas ruas (Bezerra & Dimenstein, 2009; Palombini, 2009), como um dispositivo clínico que almeja, entre outros, aproximar o sujeito das ofertas de laço social (Pitiá & Furegato, 2009; Hermann, 2010; Reis- Neto, Pinto, & Oliveira, 2011), resgatando vínculos, sua cidadania e sua circulação em espaços que façam sentido para o portador (Carniel & Pedrão, 2010; Chauí-Berlinck, 2010). De acordo com Fiorati e Saeki (2008), essas ações de inserção social promovem a expressão de formas particulares de existência. Para Silva, Costa e Neves (2010), através dessas estratégias, 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/14 desenvolve-se um recurso em saúde mental alternativo à internação em hospital psiquiátrico. Estellita-Lins, Oliveira e Coutinho (2009) consideram que o AT se caracteriza como uma intervenção em saúde mental baseada em cuidados domiciliares, facilitando um retorno a condições existenciais perdidas e, por conseguinte, ambicionadas. Pitiá e Furegato (2009) descrevem a ação do AT como um instrumento de ação terapêutica em que se considera o sujeito em seu contexto socio-histórico-psíquico-biológicoe cultural. Com origem na década de 60, na Argentina, o trabalho do acompanhante terapêutico supre uma necessidade clínica para pessoas que não tinham respostas para as ações terapêuticas tradicionais (Mauer & Resnizky, 1987; Sereno & Porto, 1991). No Brasil, com o surgimento das primeiras comunidades terapêuticas, esse profissional surge com a denominação de auxiliar psiquiátrico (Ibrahim, 1991). O trabalho do auxiliar psiquiátrico era desenvolvido, nessa época, dentro das instituições, sendo suas funções ligadas ao desenvolvimento de jogos e festas, dentre outras atividades recreacionais. Contudo, na década de 70, com a política do regime militar de internação asilar em detrimento de outros modelos de cuidado, as comunidades terapêuticas entram em declínio e os auxiliares psiquiátricos perdem seu espaço de atuação. Por conseguinte, começam a ser solicitados para trabalhos particulares, dentro do ambiente doméstico, que proporcionam o contato direto com o cotidiano e o universo familiar do indivíduo em sofrimento psíquico (Berger, Morettin & Braga Neto, 1991). Com isso, esses profissionais passaram a ser solicitados para trabalhos particulares na res idênci a dos pacientes e os acompanhamentos passaram a ser feitos no ambiente doméstico, o que proporcionava a oportunidade de entrar em contato direto com seu cotidiano e universo familiar. Esse modelo interventivo definiu sua área de atuação, principalmente com pacientes psicóticos, em uma busca por reintegrá-los na sociedade e para reconstruir os vínculos familiares (Zamignani & Wielenska, 1999). Apesar de ter se destacado, inicialmente, no acompanhamento de casos de psicose, esse profissional se consolida na assistência de diversos transtornos. Desse modo, o acompanhante terapêutico poderia ser situado, no contexto da reforma psiquiátrica, como um agente que permite novas formas de sociabilidade apoiadas na interação dialógica, desenvolvendo posicionamentos que saem da interdição para assumirem a interlocução, o livre trânsito e para reposicionar os sujeitos dentro da dimensão subjetiva, sociocultural e histórica. Essas ações tornam o sujeito agente produtor e transformador, mobilizando-o como protagonista do seu tratamento (Fiorati & Saeki, 2008). Trechos extraídos da revista: Psicol. cienc. prof. vol.33 no.4 Brasília 2013 http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932013000400014 Artigo de Manoel de Lima Acioli Neto*; Paulo Duarte de Carvalho Amarante**Universidade Federal de Pernambuco As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecido nos CAPS. Os CAPS têm, freqüentemente, mais de um tipo de oficina terapêutica. Essas oficinas são http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000400014#*a http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000400014#**a 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/14 atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania. De um modo geral, as oficinas terapêuticas podem ser: • Oficinas expressivas: espaços de expressão plástica (pintura, argila, desenho etc.), expressão corporal (dança, ginástica e técnicas teatrais), expressão verbal (poesia, contos, leitura e redação de textos, de peças teatrais e de letras de música), expressão musical (atividades musicais), fotografia, teatro. • Oficinas geradoras de renda: servem como instrumento de geração de renda através do aprendizado de uma atividade específica, que pode ser igual ou diferente da profissão do usuário. As oficinas geradoras de renda podem ser de: culinária, marcenaria costura, fotocópias, venda de livros, fabricação de velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias, brechó, etc. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) 1 Portaria GM/MS 1.077, de agosto de 1999. 2 A Portaria SAS/MS nº 345, de 15/5/2002, estabelece Protocolo Único e Diretrizes Terapêuticas para o tratamento da esquizofrenia refratária. Na disciplina de Psicopatologia Geral temos aulas teóricas e práticas. As aulas práticas têm início na sexta semana do curso. Essas aulas têm o objetivo de colocar o aluno em contato com os usuários dos Serviços de Saúde Mental. Em nossa proposta de ensino elegemos as oficinas como forma de fazer essa aproximação. Desta maneira, tanto os alunos que desenvolvem as oficinas como os usuários em Saúde Mental são beneficiados com o encontro. "As oficinas terapêuticas enquanto dispositivos da atual Política Nacional de Saúde Mental, objetivam se diferenciar das práticas antecessoras, práticas decorrentes da idéia de estabelecer o trabalho como um recurso terapêutico, conhecido como ‘tratamento moral’. Neste contexto, entende-se que as oficinas, não se apresentam por si só uma forma inaugural de lidar com a loucura. A experiência do trabalho das oficinas torna-se positiva quando uma de suas funções é também o de intervir no campo da cidadania. Assim, atuando no âmbito social, contribui como possibilidade de transformação da realidade atual no que diz respeito ao tratamento psiquiátrico".(Valladares,A.C.A.) Vamos ver sua compreensão em relação ao lugar do AT na relação com o paciente. Familiares de um paciente psicótico entraram em contato com um acompanhante terapêutico e pediram que ele traçasse uma estratégia de tratamento para o filho de 30 anos que estava há 10 anos institucionalizado.Qual deve ser a conduta do AT? A) Estimular os cuidados de vida diária com o paciente dentro da casa de seus familiares. B) Estimular as atividades de vida diária com o paciente fora do ambiente familiar. C) Fazer passeios semanais com o paciente na cidade onde reside. 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/14 D) Trabalhar o vínculo familiar do paciente. E) Nenhuma das Altenativas Anteriores. Se você respondeu a alternativa E acertou. Os dados informados são insuficientes para se traçar uma estratégia terapêutica. E fundamentalmente, o trabalho de AT não deve ser isolado. É necessário que as estratégias de trabalho estejam integradas com outros profissionais que acompanham o paciente Exercício 1: A respeito do contrato que é realizado no Acompanhamento Terapêutico, é correto afirmar: A) É fundamental para a família do paciente sentir-se segura com o tratamento proposto. B) É importante para que o acompanhante tenha a segurança de que receberá seus honorários corretamente. C) Deve ser registrado em cartório para ter validade. D) Evita mal-entendidos e favorece a discriminação do papel desempenhado pelo profissional. E) Deve conter basicamente o horário de atendimento e os honorários do profissional. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/14 A) E) C) B) A) D) Exercício 2: Como podemos definir o trabalho do Acompanhante Terapêutico? A) Como o acompanhamento do paciente psiquiátrico em vários locais, tendo em vista sua total incapacidade de se relacionar com a sociedade, necessita assim de um acompanhante para lhe conduzir a ação continuamente. B) O acompanhamento feito pelo terapeuta, num consultório, de todo o processo de recuperação de um portador de transtorno mental. C) O trabalho realizado pelos vários profissionais no acompanhamento dos usuários nas diversas atividades que realizam no serviço de saúde mental.D) Acompanhamento individual da pessoa com transtorno mental em vários locais, com a intenção de montar um guia que possa articular a pessoa na circulação social, dentro de seu contexto histórico. E) A ação realizada junto à pessoa com transtorno mental, visando à remissão de seus sintomas e a superação da crise através das várias pessoas constituintes da equipe multiprofissional de atendimento. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/14 D) Exercício 3: De acordo com a portaria nº189, de 19 de novembro de 1991, fica estabelecido que as oficinas terapêuticas, no atendimento em Saúde Mental têm o papel de: I- Melhorar a qualidade da atenção às pessoas portadoras de transtornos mentais. II- Promover a diversidade dos métodos e técnicas terapêuticas, visando à integralidade da atenção a esse grupo. III- Atender à necessidade de compatibilizar os procedimentos das ações de saúde mental com o modelo assistencial proposto pela reforma psiquiátrica. Estão corretas as afirmativas: A) I e II B) II, III C) I D) II E) III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/14 A) Exercício 4: Em que consiste a reabilitação psicossocial, em relação às oficinas à que se refere a atual reforma psiquiátrica, que a diferencia das práticas antecessoras: A) Agir, isto é, inserir socialmente indivíduos segregados e ociosos, e de recuperá-los enquanto cidadãos, através de ações que passam fundamentalmente pela inserção do paciente psiquiátrico no trabalho e/ou em atividades artísticas, artesanais, ou em dar-lhes acesso aos meios de comunicação entre outros. B) Agir, isto é, excluir socialmente indivíduos segregados e ociosos, e de recuperá-los enquanto cidadãos, através de ações que passam fundamentalmente pela inserção do paciente psiquiátrico no trabalho e/ou em atividades artísticas, artesanais, ou em dar-lhes acesso aos meios de comunicação entre outros. C) Agir, isto é, incluir socialmente indivíduos segregados e ociosos, e de recuperá-los enquanto cidadãos, através de ações que passam fundamentalmente pela internação e realização das oficinas nos hospitais psiquiátricos. D) Agir, isto é, inserir socialmente indivíduos segregados e ociosos, e de recuperá-los enquanto cidadãos, através de ações que determinem em que hospital o paciente deverá desenvolver o trabalho das oficinas. E) Agir, isto é, não insistir pela inserção de indivíduos segregados e ociosos, uma vez que o tempo de internação já traz muitos malefícios, e esses cidadãos devem ser deixados em paz, em suas moradias. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/14 A) Exercício 5: Em relação aos objetivos da realização de oficinas terapêuticas, podemos afirmar que: I- As oficinas procuram caminhar no sentido de permitir ao sujeito estabelecer laços de cuidado consigo mesmo, de trabalho e de afetividade com os outros, determinando a finalidade político- social associada à clínica. II- A atividade artística enfatiza o processo construtivo e a criação do novo, a partir da produção de acontecimentos, experiências, ações, objetos; "reinventa" o homem e o mundo. III- As atividades das oficinas em saúde mental passam a ser vistas como instrumento de enriquecimento dos sujeitos, de valorização da expressão, de descoberta e ampliação de possibilidades individuais e de acesso aos bens culturais. Estão corretas as afirmações: A) I e II B) I, II e III C) II D) II e III E) III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/14 B) Exercício 6: A relação das oficinas terapêuticas com o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) é: I- No movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil, as oficinas terapêuticas estão previstas como uma das principais formas de tratamento oferecidos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). II- As oficinas ganham lugar de destaque tanto no papel terapêutico quanto na reinserção social. III- Suas ações devem envolver o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito (Ministério da Saúde, 2004). IV- O CAPS tem como característica premente a abertura para novas formas de intervenção e tem possibilitado às equipes multiprofissionais o desenvolvimento de práticas nas quais as oficinas terapêuticas se consolidam como importante dispositivo clínico. Estão corretas as afirmações: A) I, II e III B) I e III C) III D) II E) I e II O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/14 A) Exercício 7: Responda a questão a seguir considerando os preceitos do Acompanhamento Terapêutico Eraldo estava feliz no último acompanhamento., quis comemorar seu contentamento de ter passado numa entrevista de emprego. Convidou o A.T. para tomar uma “cervejinha”, só para festejar, disse que não precisariam contar para o psiquiatra que o acompanha. O acompanhante estava contagiado com a alegria de Eraldo e com sua grande conquista e concordou com Ele. Podemos dizer que a intervenção do Acompanhante foi: A) Adequada, pois compartilhou da alegria do paciente. B) Adequada, pois a cumplicidade com o paciente favorece o vínculo. C) Adequada porque o acompanhante deve es�mular o desej14o do paciente e auxiliá-lo a realizá-lo. D) Inadequada, pois poderia concordar com a “cervejnha” do paciente porém não acompanhá-lo. E) Inadequada porque se constituiu um acting-out. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: B) A) C) E) javascript:void('14') 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/14 Exercício 8: Leia os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta, em relação ao Acompanhamento Terapêutico: I - As atitudes dominantes, no início da relação do paciente com seu acompanhante, podem ser de suspeita e desconfiança ou de transferência maciça, abrupta e prematura. II - A empatia e o sentido comum do acompanhante se fazem necessários para desdobrar as diferentes manobras terapêuticas fixadas na estratégia de abordagem que a equipe estabelece. III- À medida que o acompanhante desenvolve sua tarefa, o paciente vai compreendendo os papéis que lhe competem dentro da equipe. IV- A frequência do vínculo e as características desta convivência geram relações de baixo ou pouco compromisso terapêutico. V- Frente a atuações, ou momentos regressivos do paciente, as vivências contratransferenciais dos acompanhantes costumam ser verdadeiramente tormentosas. A) I, II, III, V estão corretas. B) I,II e V estão corretas. C) II, III e V estão corretas. D) II, III e IV estão corretas. E) I está correta. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/14 D) A) Exercício 9: Sobre o Acompanhamento Terapêutico, é correto afirmar que: I- O acompanhante terapêutico foi chamado no princípio de sua história profissional de “amigo qualificado”. II- Estar na rua com o paciente pode ser vantajoso pela oportunidade de estar em lugar distante das estruturas psiquiatrizantes de tratamento. III- O acompanhante terapêutico preocupa-semais em aproveitar os recursos e a capacidade criativa do paciente do que pensar em transformar sua estrutura psíquica. Estão corretas: A) I e III B) III C) I, II, III D) II E) II e III O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: E) D) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/14 C) Exercício 10: Quais as afirmativas estão corretas na descrição do processo histórico do surgimento das oficinas terapêuticas? I Primeiramente, por um discurso moral, o paciente psicótico foi alijado da sociedade junto a outros excluídos, contraventores, leprosos, ladrões, prostitutas. Internava-se sem vocação médica, simplesmente para excluir os desviados e desregrados. Posteriormente, com o advento da psiquiatria, a loucura é tomada como doença, apropriada pelo discurso e instituição médicos; esse paciente é então, isolado em manicômios. II Introduziram-se atividades com fins terapêuticos na instituição psiquiátrica. Estas foram, inicialmente, ligadas ao trabalho (colônias agrárias, laborterapia, ergoterapia e outras) e serviam ao propósito de disciplinar e reabilitar o doente mental e adequá-lo à ordem vigente dos manicômios. III No pós-guerra, com a ascensão dos direitos humanos, começou-se a pensar o doente mental como cidadão, sujeito de direitos e deveres, num processo de desconstrução/reconstrução da lógica assistencial e dos fundamentos teóricos acerca da loucura. IV No Brasil, na década de 40, Nise da Silveira, psiquiatra de formação junguiana e herdeira da experiência bem-sucedida da terapia ocupacional, introduz, no Rio de Janeiro, a arte-terapia. Para tanto, aplica técnicas elaboradas de fortalecimento e expressão do eu, concebidas a partir da descoberta psicanalítica do inconsciente, em oficinas de expressão como pintura, escultura, música, dança e trabalhos manuais, e em atividades recreativas - jogos, passeios, festas. V Hoje, as oficinas constituem-se em novas práticas, propostas de inserção social nos hospitais psiquiátricos, num espaço de convivência, criação e reinvenção do cotidiano nessas instituições, pois, além do tratamento clínico indispensável, o sujeito psicótico necessita ter reconstituído seu direito de criar, opinar, escolher, relacionar-se. A) III, IV e V B) III e IV C) I, III e IV D) 05/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/14 I, II, III, IV, V E) I, II, III e IV. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: A) B) D) 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/29 Módulo 3 Transtornos de Humor. Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são secundários a estas alterações do humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto destas alterações. As maiorias destes transtornos tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode freqüentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes. Este agrupamento contém as seguintes categorias de três caracteres: ·F30 Episódio maníaco ·F31 Transtorno afetivo bipolar ·F32 Episódios depressivos ·F33 Transtorno depressivo recorrente ·F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes ·F38 Outros transtornos do humor [afetivos] Um episódio hipomaníaco ou maníaco em indivíduo que já tenha apresentado um ou mais episódios afetivos prévios (depressivo, hipomaníaco, maníaco, ou misto) deve conduzir a um diagnóstico de transtorno afetivo bipolar (F31. -). F30. 0 Hipomania Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação ligeira mas persistente do humor, da energia e da atividade, associada em geral a um sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física e psíquica. Existe freqüentemente um aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da familiaridade e da energia sexual, e uma redução da necessidade de sono; estes sintomas não são, entretanto, tão graves de modo a entravar o funcionamento profissional ou levar a uma rejeição social. A euforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por irritabilidade, atitude pretensiosa ou comportamento grosseiro. As perturbações do humor e do comportamento não são acompanhadas de alucinações ou de idéias delirantes. F30. 1 Mania sem sintomas psicóticos Presença de uma elevação do humor fora de proporção com a situação do sujeito, podendo variar de uma jovialidade descuidada a uma agitação praticamente incontrolável. Esta elação se acompanha de um aumento da energia, levando à hiperatividade, um desejo de falar e uma redução da necessidade de sono. A atenção não pode ser mantida, e existe freqüentemente uma grande distração. O sujeito apresenta freqüentemente um aumento da auto-estima com idéias de grandeza e superestimativa de suas capacidades. A perda das inibições sociais pode levar a condutas imprudentes, irrazoáveis, inapropriadas ou deslocadas. F30. 2 Mania com sintomas psicóticos Presença, além do quadro clínico descrito em F30. 1, de idéias delirantes (em geral de grandeza) ou de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente ao sujeito) ou de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de idéias de uma gravidade tal que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a toda comunicação normal. F31 Transtorno afetivo bipolar 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/29 Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares (F31. 8). F32 Episódios depressivos Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave. F33 Transtorno depressivo recorrente Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos correspondentes à descrição de um episódio depressivo (F32. -) na ausência de todo antecedente de episódios independentes de exaltação de humor e de aumento de energia (mania). O transtorno pode, contudo, comportar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade (hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes precipitados por um tratamento antidepressivo.As formas mais graves do transtorno depressivo recorrente (F33. 2 e F33. 3) apresentam numerosos pontos comuns com os conceitos anteriores da depressão maníaco-depressiva, melancolia, depressão vital e depressão endógena. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, da infância à senilidade, sendo que o início pode ser agudo ou insidioso e a duração variável de algumas semanas a alguns meses. O risco de ocorrência de um episódio maníaco não pode jamais ser completamente descartado em um paciente com um transtorno depressivo recorrente, qualquer que seja o número de episódios depressivos apresentados. Em caso de ocorrência de um episódio maníaco, o diagnóstico deve ser alterado pelo de transtorno afetivo bipolar (F31. -). F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes Transtornos do humor persistentes e habitualmente flutuantes, nos quais os episódios individuais não são suficientemente graves para justificar um diagnóstico de episódio maníaco ou de episódio depressivo leve. Como persistem por anos e, por vezes, durante a maior parte da vida adulta do paciente, levam contudo a um sofrimento e à incapacidade consideráveis. Em certos casos, episódios maníacos ou depressivos recorrentes ou isolados podem se superpor a um transtorno afetivo persistente. F34. 0 Ciclotimia Instabilidade persistente do humor que comporta numerosos períodos de depressão ou de leve elação nenhum deles suficientemente grave ou prolongado para responder aos critérios de um transtorno afetivo bipolar (F31. -) ou de um transtorno depressivo recorrente (F33. -). O transtorno se encontra freqüentemente em familiares de pacientes que apresentam um transtorno afetivo bipolar. Algumas pessoas ciclotímicas apresentarão elas próprias ulteriormente um transtorno afetivo bipolar. F34. 1 Distimia 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/29 Rebaixamento crônico do humor, persistindo ao menos por vários anos, mas cuja gravidade não é suficiente ou na qual os episódios individuais são muito curtos para responder aos critérios de transtorno depressivo recorrente grave, moderado ou leve. Agora leia o caso clínico descrito abaixo e responda. Uma mulher de 30 anos chega no PS com o resgate. O policial diz que ela foi encontrada há pouco. Ela diz que está bem e que estava fazendo compras. Realmente há com ela algumas notas fiscais. Diz que comprou 2 camas de casal, um fogão, três armários, quatro bicicletas e outras coisas. Ela diz que estava precisando destas coisas para dar para os assistidos da Comunidade que ela fundou em seu bairro. Conta que trabalha na fábrica da “Panela de Ouro” como secretária e ganha R$ 2.000,00 mas que terá um aumento porquê foi promovida como Diretora da fábrica e agora ganha 20.000, 00. Comprou tudo no crediário. Chamou a atenção da Polícia o fato dela ter abordado o capitão fazendo-lhe uma proposta de fundo erótico. No atendimento você percebeu que ela, esta com maquiagem excessiva, diz que irá comprar mais coisas para doar aos pobres. Você com estes dados acha que há uma patologia psíquica e espera que ela apresente alguns outros sintomas ou que logo os terá. Por exemplo: (vale 1,0) A – taquipsiquismo, desagregação do pensamento, falso juízo da realidade, fuga de idéias, euforia B - delírio de grandeza, falta de crítica, déficit de memória, confabulação, salada de palavras C – internações anteriores, dificuldade com o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), idéias de menos valia, esteriotipias, insônia D – bradipsiquismo, estado de euforia, falta de crítica, conteúdo persecutório, gastos excessivos E – sensação de bem estar, taquipsiquismo, fala rápida, insônia, liberação instintiva Se você respondeu a alternativa A acertou. Quando uma pessoa apresenta taquipsiquismo todas às funções psíquicas se tornam aceleradas com isto há uma sensação de bem estar e uma “falta de peso” nas suas atitudes. O diagnóstico é de uma fase maníaca. Os outros sintomas que pode ter são: desatenção pode ter falsos reconhecimentos, salada de palavras, perda de peso, idéias delirantes de grandeza, pode ter desorientação, irritabilidade. O texto acima foi extraído do Relatório da Conferência Internacional para a Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças - Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português (Centro Brasileiro de Classificação de Doenças) - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo/Organização Mundial de Saúde/Organização Pan- Americana de Saúde Copyright © 1993 by Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português Implementação para disseminação eletrônica efetuada pela FNS - DATASUS - Departamento de Informática do SUS PSICOSES ESQUIZOFRÊNICAS ESQUIZOFRENIA: s.f. Enfermidade mental que se caracteriza por dissociação das funções mentais. Gr. skhizo, separo e phren, enos, mente, espírito. Deriv.: esquizofrênico, adj. suf. ico. Entre a multiplicidade de manifestações da doença mental, existe um grupo de indivíduos chamados esquizofrênicos, que correspondem em linhas gerais, ao que a maioria das pessoas 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/29 entende por louco, alienado, demente. É importante ressaltar para vocês alunos sobre o significado que essa palavra tem na linguagem técnica, limita-se a debilitação intelectual, global profunda. O radical comum está na falta de lógica e na incompreensão de sua conduta. Kraepelin, psiquiatra alemão, considerado o pai da psiquiatria moderna, foi um dos expoentes mais expressivos na classificação dos doentes mentais. Intitulou de “demência precoce”, uma entidade clínica definida como uma série de síndromes clínicas cuja característica comum constituía a destruição da correlação ou harmonia interna. Chamou atenção de Kraepelin, o início precoce da doença e o freqüente término em um estado profundo de deterioração intelectual. (demência). Distinguiu três formas clínicas principais que até hoje são usadas. Vide CID 10. São elas: I-Hebefrênica: (Hebefrenia: distúrbios da inteligência que costumam aparecer na puberdade. Gr. hebe, mocidade e phren, enòs, mente espírito; suf ia. deriv.: hebefrênico, adj. diz-se do que está atacado de hebefrenia, suf. ico) II-Catatônica: (Catatonia: forma de alienação mental, caracterizada por perda momentânea da consciência e dos movimentos, melancolia com estupor (mal súbito, abolição instantânea das funções cerebrais por causas mórbidas). Do grego Kata, para baixo; tônus, tensão; ia, sufixo. Deriv. Catatônico. III- Paranóide: (paranóia: demência, loucura com delírio. Latim paranoea, grego paránoia, de paránoos, demente. Deriv.: paranóico, adj. Louco, demente, suf. ico.). Kraepelin se limitou a um estudo descritivo. Considerava a demência precoce como a expressão psíquica de uma doença orgânica. É um psiquiatra organicista, apoiado por toda a medicina de sua época. Quando dizemos, organicista nos referimos a uma concepção da doença mental que afirma que se encontra no indivíduo a causa única de seu estado mórbido. (do latim morbidus, deriv. de morbus, doença). A segunda etapa do estudo da esquizofrenia começa então com E. Bleuler, que substituiu o nome demência precoce por esquizofrenia. Para Bleuler existe um transtorno fundamental, cuja presença decide o diagnóstico de esquizofrenia, e cuja ausência o elimina. Esse transtorno fundamental se expressa com a própria palavra esquizofrenia, que significa cisão, fenda ou dissociação. Tal corte ou ruptura do psiquismo seria o transtorno básico, e desse transtorno básico derivariam os sintomas primários, de tipo negativo, “defeitual”. A resposta do psiquismo a esse déficit, a esses sintomas primários, por veredas patológicas é o que produz a abundante floração de sintomas secundários da esquizofrenia. Bleuler criou o termo autismo, para expressaro retraimento afetivo e o refúgio em um mundo interno próprio, e ruptura do contato com a realidade, nos quais o esquizofrênico submerge como conseqüência de sua cisão ou dissociação do psiquismo. Nesse mundo autista, como nos sonhos, os pensamentos e sentimentos têm uma expressão simbólica distinta do habitual, e os simbolismos expressivos são precisamente os sintomas secundários ou produtivos da esquizofrenia. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS SÍNDROMES ESQUIZOFRÊNICAS. A DIVISÃO DA PERSONALIDADE, que dá o nome a esquizofrenia, supõe uma cisão, uma ruptura dos mecanismos psíquicos normais. A mente esquizofrênica se rege por leis diferentes, novas, distintas das pessoas normais e de qualquer outro doente mental, por isso o 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/29 esquizofrênico nos resulta incompreensível psicologicamente. O espectador não compreende as vivências do esquizofrênico. Quando estamos diante de um quadro paranóico, ou maníaco depressivo, conseguimos imaginar o que o doente sente. Diante do esquizofrênico, não. Domina o quadro clínico um colorido especial de absurdo: os sintomas esquizofrênicos têm um selo indefinível de estranheza que não sabendo precisar bem, os clínicos expressam com frases do tipo: cheira a esquizofrenia, colorido esquizofrênico. Outra conseqüência da cisão da personalidade é a incongruência da conduta do esquizofrênico. Parece que seu psiquismo funciona em compartimentos isolados, sem relação de uns com os outros, pois em sua atividade, se intercalam sucessivamente sintomas de perturbação mental gravíssima (delírios, incoerências, sintomas catatônicos), com horas de pensamento de comportamento normal. A estranheza que o observador sente, também é vivida pelo paciente, principalmente nos primeiros estágios da doença. Não compreende o que lhe ocorre e nem o que se passa ao seu redor, pela qual se estabelece uma ruptura do contato com a realidade, e o doente é incapaz de estabelecer relações adequadas com o mundo externo. Tende dessa forma, a refugiar-se cada vez mais em seu mundo interior, isolando-se do ambiente, fenômeno que se denomina autismo. Os sintomas esquizofrênicos surgem com a consciência clara. Os sintomas fundamentais da esquizofrenia, os que identificam a doença aparecem com o caráter de sintomas primários, ou seja, não são derivados de outros sintomas. Brotam espontaneamente do próprio processo mórbido, como algo novo. O doente sente nos primeiros períodos da doença a falta de justificativa para seus sintomas, e vive-os como impostos, como induzidos do exterior, e atribuirá a sua presença a telepatia, a uma máquina elétrica. A um aparelho de transmissão de pensamentos. Outro fenômeno muito típico do começo da esquizofrenia é a sensação intuitiva que tem o doente da destruição de sua personalidade. Em raras ocasiões percebe o significado do fenômeno e manifesta essa percepção dizendo que nota que vai ficar louco, ou que tem medo de tornar-se louco. Porém, o mais freqüente é que o doente não consiga avaliar suas novas e estranhas sensações. O mais comum é que manifeste um pressentimento que ocorrerá uma grande calamidade, sem que possa especificar o que acontecerá. A sensação interna, carregada de angústia, da iminência de um grave acontecimento, denomina-se vivência catastrófica, e também vivência de fim de mundo, já que em muitas ocasiões é isso que o doente pensa que vai ocorrer. Tudo que foi descrito é o colorido dos sintomas esquizofrênicos que dá ao espectador a sensação de encontrar-se diante de uma doença mental muito grave, que corresponde mais ou menos, ao que o espectador chama de loucura. Aspecto geral do doente: é muito variável, desde uma apresentação razoável até traços absurdos e pitorescos. Em geral, o modo de vestir é extravagante. Mulheres com maquiagens estranhas, descuido da limpeza e vestimenta. Homens com barbas grandes, sem aparas, cabelos descuidados e cumpridos, roupas originais, etc. Em algumas ocasiões usa algum símbolo de suas idéias delirantes, condecorações fabricadas por ele mesmo. Psicomotricidade: os gestos são afetados, estereotipados e poucos expressivos, não tendo irradiação afetiva. São freqüentes todas as classes de estereotipia da fala e motoras. É comum um gesto com a boca, com projeção dos lábios para frente como se o paciente fosse assobiar. 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/29 Na esquizofrenia catatônica os sintomas da psicomotricidade são especialmente importantes, pois dominam o quadro clínico. Consciência: o esquizofrênico percebe com nitidez o que o rodeia. A consciência é clara. Orientação auto e alopsíquica: orientação autopsíquica apresenta alterações graves (despersonalização, quem sou?) Orientação alopsíquica é muito freqüente, especialmente em relação ao tempo e lugar. Transtornos da identidade do ego: relacionadas às idéias delirantes e tem um caráter absurdo. Ex: sou o rei da Europa, sou um cavalo, não tenho nome, estou morto, sou Cristo. Pode coexistir a orientação delirante com a normal. Ex: Sou Pedro I, porém sou também o José. O paciente não consegue dar uma razão para sua identidade criada e não tenta prová-la e responde “sou, porque sim”, “sou porque sou”. Transtorno de perda ou transformação do ego: um dos sintomas mais precoces e quase patognomônico (adj. referente à patognomonia. Patognomonia: s.f. diagnóstico de uma enfermidade, parte da patologia que trata dos diagnósticos, dos sinais externos de uma doença. Gr. pathos, doença; gnomon, conhecimento e suf. ia) da esquizofrenia, é a sensação de “desgoverno” da atividade psíquica, que pode acontecer em um vários setores do psiquismo. É expressa pelo paciente com afirmações que lhe roubaram o pensamento, ou lhe colocaram idéias à força, ou que lhe fazem sentir o que não quer em relação à sua família. Despersonalização: sintoma muito importante. O transtorno fundamental da esquizofrenia que é a cisão do ego provoca juntamente com a sensação de desgoverno da atividade psíquica, a estranheza do ego. O paciente se sente diferente de antes, mudado, estranho, quando analisa a si mesmo e projeta essas mesmas sensações quando analisa o que o rodeia. Tem a vivência de estranheza do mundo, encontra as pessoas e as coisas modificadas. Então, a despersonalização é o sentimento de perda ou transformação do eu. O paciente perde a relação empática básica da familiaridade do eu consigo mesmo. O doente transforma-se em um estranho para si mesmo. Vive sentimentos angustiantes de profunda perplexidade. Desrealização: designa a perda da familiaridade com o mundo comum. As pessoas e os lugares parecem estranhos, os sons são percebidos de forma diferente. Tanto a despersonalização como a desrealização, geralmente, são vivenciadas com muita angústia. Consciência da doença: Em alguns casos o paciente admite ter uma doença mental, o mais freqüente é que reconheça que tem uma enfermidade orgânica ou que negue estar doente. Linguagem: São muito característicos no esquizofrênico, os neologismos, que são palavras novas inventadas pelo paciente. Os neologismos estão ligados as alucinações auditivas. As vozes que ouve lhe ensinam as palavras. Podem ser também criações para expressar suas novas sensações após a experiência de ruptura. A linguagem normal é insuficiente para expressar o que vivencia. Podem ainda estar relacionados as idéias delirantes que o induzem a falar de forma misteriosa ESQUIZOFRENIA 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/29 CID 10 F-20-29 Esquizofrenia, transtorno esquizotípico e delirante. Esquizofrenia é o mais comum e importante transtorno desse grupo. Transtorno esquizotípico: possui muito dos aspectos característicos dos transtornos esquizofrênicos. Estão ausentes asalucinações, os delírios e as perturbações grosseiras do comportamento da esquizofrenia. Transtornos delirantes a maioria não relacionado à esquizofrenia. Constituem um grupo de transtornos heterogêneos e mal-compreendidos, que podem convenientemente ser divididos com sua duração típica dentro de um grupo de transtornos delirantes persistentes e um grupo de transtornos agudos e transitórios. Esquizofrenia Transtorno esquizotípico Transtorno delirante: persistentes Agudos e transitórios. Esquizofrenia: A- Eco do pensamento ou sonorização do pensamento: o paciente escuta seus pensamentos ao pensa-lo. Inserção ou roubo do pensamento. Irradiação do pensamento. B- Delírios de controle, influência ou passividade, claramente referindo-se ao corpo ou movimento dos membros ou pensamentos específicos, ações ou sensações, percepção delirante. O paciente sente que uma força ou ser externo age sobre seu corpo, sobre seus órgãos, emitindo raios, influenciando as funções corporais. Vivências de influência sobre o pensamento referem-se à experiência de que algo influencia seus pensamentos, recebe pensamentos impostos de fora, pensamentos feitos postos em seu cérebro. São vivências impostas de fora. Percepção delirante: uma percepção absolutamente normal recebe uma significação delirante, que ocorre simultaneamente ao ato perceptivo, como uma experiência de revelação. C- Vozes alucinatórias comentando o comportamento do paciente ou discutindo entre elas sobre o paciente ou outro tipo de vozes alucinatórias vindo de alguma parte do corpo. D- Delírios persistentes de outros tipos culturalmente inapropriados e completamente impossíveis, tais como identidade política ou religiosa ou poderes e capacidades sobre- humanas. Ex: ser capaz de se comunicar com alienígenas de outro planeta, ser capaz de controlar o tempo, etc. E- Alucinações persistentes de qualquer modalidade, quando acompanhadas por delírios superficiais ou parciais, sem claro conteúdo afetivo. 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/29 F- Intercepção ou interpolação no curso do pensamento, resultando em discurso incoerente, irrelevante ou neologismos. G- Comportamento catatônico, excitação, postura inadequada ou flexibilidade cérea, negativismo, estupor e mutismo. H- Sintomas negativos: apatia, pobreza do discurso e embotamento ou incongruência de respostas emocionais, usualmente resultando em retraimento social e diminuição do desempenho social, deve ficar claro que esses sintomas não são decorrentes de depressão ou medicação neuroléptica. I- Uma alteração significativa e consistente na qualidade global de alguns aspectos do comportamento pessoal, manifestada por perda de interesse, falta de objetivos, inatividade, uma atitude ensimesmada e retraimento social. Diretrizes diagnósticas Exigência: mínimo de um sintoma claro (e em geral dois ou mais se são menos claros) pertence a qualquer um dos grupos listados como (a) e (d). (a) eco do pensamento ou sonorização do pensamento: o paciente escuta seus pensamentos ao pensá-lo. Inserção ou roubo do pensamento. Irradiação do pensamento. (d) Delírios persistentes de outros tipos culturalmente inapropriados e completamente impossíveis, tais como identidade política ou religiosa ou poderes e capacidades sobre- humanas. Ex: ser capaz de se comunicar com alienígenas de outro planeta, ser capaz de controlar o tempo, etc. Sintomas de pelo menos dois grupos referidos como (e) a (h) E-Alucinações persistentes de qualquer modalidade, quando acompanhadas por delírios superficiais ou parciais, sem claro conteúdo afetivo. F-Intercepção (ou bloqueio) ou interpolação no curso do pensamento, resultando em discurso incoerente, irrelevante ou neologismos: são palavras inteiramente novas criadas pelo paciente ou palavras já existentes que recebem uma acepção totalmente nova. Salada de palavras: produção de frases e palavras sem sentido, um fluxo verbal desorganizado e caótico. G-Comportamento catatônico, excitação, postura inadequada ou flexibilidade cérea, negativismo, estupor e mutismo. H-Sintomas negativos: apatia, pobreza do discurso e embotamento ou incongruência de respostas emocionais, usualmente resultando em retraimento social e diminuição do desempenho social deve ficar claro que esses sintomas não são decorrentes de depressão ou medicação neuroléptica. 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/29 Essa sintomatologia deve estar claramente presente pela maior parte do tempo no período de um mês ou mais. As condições que preenchem essas exigências sintomatológicas, porém de duração menor do que um mês (tratadas ou não), devem ser diagnosticadas em primeira instância como transtorno psicótico esquizofreniforme agudo (F23. 2) e reclassificadas como esquizofrenia, se os sintomas persistirem por períodos mais longos. Vendo retrospectivamente, pode ficar claro que uma fase prodrômica na qual sintomas e comportamentos tais como perda de interesse pelo trabalho, atividades sociais, aparência pessoal e higiene juntos com ansiedade generalizada com graus leves de depressão e preocupação, precedeu o início dos sintomas psicóticos durante semanas ou mesmo meses. Pela dificuldade de indicar o início, o critério de um mês de duração aplica-se somente para os sintomas específicos listados acima e não para qualquer fase prodrômica não psicótica. Não se deve fazer o diagnóstico de esquizofrenia na presença de sintomas depressivos ou maníacos claros, a menos que seja claro que os sintomas esquizofrênicos precederam o transtorno afetivo. Se os sintomas esquizofrênicos e afetivos estiverem balanceados o diagnóstico é transtorno esquizoafetivo. (F25). Não se deve diagnosticar esquizofrenia na presença de doença cerebral clara ou em estados de intoxicação ou de abstinência a drogas. Vamos ver a sua compreensão até aqui sobre a Esquizofrenia. Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta: I ( ) Antes do surgimento dos sintomas da esquizofrenia acontece um período que chamamos de pródromos. Nele, gradativamente a pessoa vai mudando sua maneira de perceber o mundo a sua volta e o relacionamento com os outros. II ( ) as mudanças na vida de relação resultam em um isolamento e na dificuldade de dividir com as pessoas próximas as vivências difíceis que a vida colocou em sua história. III ( ) Aos poucos o paciente começa a ter percepções diferenciadas das coisas e dos acontecimentos que o cercam. Começa a encontrar evidências de que as atitudes das pessoas se relacionam com ele. IV ( ) Junto com essa desconfiança, o paciente também começa a perceber o ambiente de uma forma diferente. As pessoas, as cores das coisas e os lugares, assim como os sons que escuta são sentidos com uma intensidade maior. O paciente passa a entrar em uma maneira de estar no mundo marcada por uma grande perplexidade, que ele não consegue explicar para as outras pessoas. 06/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/29 Essas novas percepções o levam a isolar-se ainda mais e tornam sua experiência diante da vida ainda mais difícil. V ( ) Esse retraimento nas relações sociais não é um dos fatores que alimentam o estigma em relação à doença, porque a distância favorece a manutenção de preconceitos, que são uma visão negativa e pré-concebida das pessoas. Estão corretas as afirmações: A ( ) I, II, III. B ( ) II, III, IV. C ( ) I, II, III, IV. D ( ) II, III, IV, V. E ( ) I, IV, V. Se você respondeu a alternativa C acertou. O retraimento do paciente é um dos fatores que alimentam o estigma em relação à doença, porque a distância favorece a manutenção de preconceitos,
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