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Trabalho sobre a hospitalização infantil

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Hospitalização Infantil
 Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia do Desenvolvimento I ministrada 
pela Prof.ª Fernanda.
 	
Índice
1-Introdução....................................................................................................
2-Desenvolvimento............................................................................................ 
2.1- O surgimento dos hospitais...................................................................
2.2- Atenção à saúde da criança..................................................................
2.3- A criança e a hospitalização..................................................................
2.4- A importância do brincar.......................................................................
2.5- O psicólogo nas instituições hospitalares com crianças.........................
2.5.1- Psicologia hospitalar.....................................................................
2.5.2- O psicólogo e o paciente...............................................................
3-Conclusão........................................................................................................
4- Referências.....................................................................................................
1-Introdução
Neste trabalho será apresentado o surgimento dos hospitais, mostrando as condições disponíveis aos doentes antes desse acontecimento, os motivos pelos quais o hospital foi estabelecido como instituição de saúde/cura e quais as mudanças que esse acontecimento promoveu.
Discorreremos também sobre o processo de hospitalização, seus impactos físicos e psíquicos sobre os enfermos, e principalmente sobre as crianças, sendo que para isso será apresentado o surgimento da atenção à saúde da criança e os meios que até então eram utilizados para tratar as doenças.
A partir desse momento, mostraremos a importância do brincar no processo de hospitalização infantil e por fim, como a importância do psicólogo tanto sobre o hospital quanto sobre o paciente, influência e ajuda o paciente em enfrentar a doença.
2 – Desenvolvimento
2.1- O surgimento dos hospitais
 A palavra hospital vem do latim “hospes” que significa hóspede, na antiguidade deu origem a “hospitalis” e “hospitium”, lugar no qual hospedava além de enfermos, viajantes e peregrinos. No entanto, quando esse estabelecimento se ocupava dos pobres, incuráveis e insanos, a designação era “hospitium”, ou seja, hospício, que durante muito tempo foi usado para designar hospital psiquiátrico.
De acordo com Lopez (1998), hospitalizar é internar em um hospital ou clínica, sendo esse estabelecimento público ou privado, no qual se efetuam cuidados médicos e cirúrgicos, e onde existem equipes multiprofissionais. Os cuidados são realizados por profissionais que trabalham no hospital
A consciência de que o hospital pode e deve ser um instrumento destinado a curar surgiu claramente em 1760, anteriormente a esse período os hospitais eram apenas locais de internação de pobres, doentes e loucos, enfim, de pessoas marginalizadas. Era uma espécie de instrumento misto de assistência, exclusão e transformação espiritual, transformação essa comandada por pessoal religioso.
Campos, afirma que na antiguidade os hospitais eram apenas locais onde se depositavam pessoas doentes, destituídas de recursos sendo que sua finalidade era apenas social, Assim, a figura hospitalar surgiu no ano 360 D.C. Desse modo, a história do hospital começa a ser contada a partir de Cristo, pois, ao receber influência direta da religião cristã, o homem passa a se preocupar com o próximo.
Segundo Campos, os primeiros hospitais foram criados como locais de isolamento, onde a caridade era exercida como uma prática de cristianismo. Eram espaços destinados á pobres, mulheres desamparadas, velhos e doentes crônicos, sob o cuidado de monges e religiosos. Esses locais constituíam o ultimo recurso que a caridade oferecia para o paciente pobre.
A tecnologia medica disponível só abrandava o sofrimento, sendo que os pacientes com maiores recursos tratavam-se á domicilio e a relação médico-paciente era independente da organização hospitalar.
É no fim do século XVIII, que o saber médico passa a ocupar espaço no hospital, porém, a situação de insalubridade dentro dos hospitais persiste até metade do século XIX, quando essa situação começa a ser modificada com o estabelecimento da bacteriologia por Pasteur e os conceitos de assepsia por Lister.
Assim, o hospital começa a transformar se em local de cura, onde o médico exercerá seu trabalho sobre o doente e a doença, buscando produzir a cura, e as práticas médicas, antes independentes, encontram-se a partir daí no mesmo espaço. Também se torna inadiável a necessidade de anular os efeitos negativos da instituição hospitalar, para que a cura seja favorável.
Dentro dessa perspectiva, hospital sofre sérias e profundas mudanças, que ampliam sua complexidade, até chegar neste hospital atual, onde a meta primordial é os cuidados médicos, cuja provisão é norteada por normas científico-tecnológicas e por requisitos de racionalidade e economia organizacional. 
2.2- Atenção à saúde da criança
 	Na América colonial, a atenção à saúde da criança era bem limitada. Isso se devia ao fato de que os poucos médicos existentes da época não tinham muito conhecimento a respeito dos cuidados específicos para com as crianças. Outro fator que dificultava a compreensão era a informação escassa nos livros, que quando disponíveis, só eram usados por uma pequena parcela de pais que eram alfabetizados.
Somente famílias que possuíam uma situação econômica mais favorável é que tinham acesso a médicos, que se encontravam disponíveis apenas em cidades mais desenvolvidas. As crianças que habitavam zona rural recebiam atendimento à saúde por alguém da família ou por algum vizinho. As crianças escravas negras, quando ficavam doentes, eram tratadas por proprietários ou responsáveis. Os índios americanos tratavam as enfermidades de seus infantes de acordo com a tradição de suas tribos, esse tratamento envolvia remédio, magia e religião. Apesar das tribos tratarem das enfermidades e tentar curá-las, isso nem sempre era possível, porque no período de colonização os índios americanos foram expostos a muitas doenças letais.
Com o decorrer do tempo e com a necessidade de voltar-se à saúde infantil, surgiu a primeira enfermaria para criança que, segundo De Conti (1996,) foi criada no século XIX e apresentava um ambiente similar ao ambiente doméstico, contando inclusive com a presença dos pais. Nessa época, no entanto, a preocupação em relação ao contágio de doenças infecciosas era notória, por isso havia um cuidado especial em relação às crianças portadoras de doenças infecciosas, com o isolamento das mesmas, enfermeiras restritas aos cuidados dessas crianças e esterilização dos materiais e roupas utilizados, dentre outros cuidados.
A saúde da criança só mereceu devido respeito na primeira metade do século XX, com estudos científicos e clínicos por parte de vários médicos, destacando-se entre eles o médico prussiano Abraham Jacobi (1830-1919), que é denominado o Pai da Pediatria.
No Brasil, a preocupação com a saúde da criança data de 1920, com os primeiros serviços de higiene infantil. Nesse período aconteceu à regulamentação da licença maternidade, a proibição do trabalho fabril para menores de doze anos e os cuidados em relação à mortalidade infantil.
A assistência à criança hospitalizada recebeu contribuições de pesquisas realizadas nas áreas das ciências humanas, médicas e sociais que servem de auxilio para a prática pediátrica e para o processo de tratamento de enfermidades infantis. Com essas contribuições, o processo de hospitalização infantil deixou de ser um processo de rompimento, no qual a criança era desvinculada de sua vida habitual. Essas contribuições implicaram não apenas na hospitalização infantil, mas tambémna visão dos profissionais a respeito da criança, do papel destinado à família e à comunidade, os tipos de problemas a serem enfrentados, as possibilidades de assistência, a composição e o inter-relacionamento da equipe da saúde.
2.3- A criança e a hospitalização
O processo de hospitalização é visto como uma ruptura no ambiente habitual de um indivíduo, ao passo que modifica os seus costumes, hábitos, e, de um modo geral, a sua capacidade de auto-realização e cuidado pessoal. O enfermo sente-se inseguro por estar em um ambiente desconhecido (hospital), inseguro por sua enfermidade e por suas experiências anteriores acerca da doença. 
A situação que o enfermo vivencia em um leito de hospital é algo novo e confuso, pois ele não possui um roteiro de como ele atuaria em cada momento. Ele se torna dependente de seus familiares, amigos, da equipe médica e de alguns profissionais de saúde. E a angústia parte desse emaranhado de situações impactantes no processo de hospitalização, o que foge da sua rotina habitual anterior. 
Ao se tratar da criança, a hospitalização pode ocasionar um grande sofrimento tanto físico quanto psíquico, abalando significativamente a construção de sua subjetividade assim como seu desenvolvimento. A internação é um dos momentos mais críticos na hospitalização, uma vez que a criança tem que abandonar sua casa, os familiares, seus amigos, a escola, seu bicho de estimação, seus brinquedos, enfim toda uma rotina já existente que passa a ser preenchida por uma nova rotina vinculada, muitas vezes, a sentimentos como a dor, angústia, tristeza e medo da hospitalização e do próprio ambiente hospitalar. 
A criança enferma se difere do adulto enfermo pelo quesito da compreensão e discernimento da situação que está vivendo. A criança tem mais dificuldade do que o adulto de compreender o que está acontecendo com ela na situação da doença e hospitalização, o que a faz se sentir mais angustiada e apática. 
Na concepção de Sabates e Borba (1999), o imaginário e o emocional da criança são confrontados o tempo todo durante a hospitalização. O pequeno enfermo enxerga a hospitalização como um abandono por parte de seus pais, ou como uma punição por seus erros. Ele sente medo e tem fantasias ao que diz respeito ao hospital, e também fantasias de morte, gerando assim reações emocionais diversas e até mesmo comportamentos regressivos.
Whaley e Wong (1999) sugerem três manifestações durante o processo da hospitalização. A primeira diz respeito à reação agressiva das crianças em relação à separação dos pais e recebe o nome de Fase do Protesto. Elas reagem com choro e gritos a ausência dos seus pais, e não aceitam ajuda e atenções de ninguém, se sentem culpados, inconsoláveis. A segunda fase é a Fase do desespero, a criança se torna apática, menos ativa, apresenta desinteresse por alimentos, jogos e brincadeiras e tem uma tendência de se afastar das outras crianças internas assim como das outras pessoas que compõe o hospital. E por último na Fase do desligamento, ou da negação, a criança aparentemente se ajustou a “perda”, tem interesse pelas visitas, brincadeiras e até no contato com outras pessoas, formando vínculos, porém são vínculos superficiais, é como se a criança se conformasse com a situação debilitável em que ela se encontra. 
A doença, assim como toda situação de crise, afeta a vida da criança e da sua família, já que de um lado têm-se a expectativa da recuperação e por outro a tristeza e a ansiedade que pode ser causada pela hospitalização. Ferro e Amorim (2007) ressalta o quanto abalado se torna o emocional da criança, uma vez que há uma constante exploração do seu próprio corpo, a realização de vários exames médicos, muito deles dolorosos e também restrições que ela precisa seguir, sem ao menos entender porque deve agir de tal modo. Além desses fatores, o medo da solidão e a tristeza por estar distante da família faz com que as fantasias repulsivas e amedrontadoras em relação ao hospital só aumentem. 
No entanto, as reações da criança frente ao processo de hospitalização são diversas e variam de acordo com a sua idade, experiências anteriores de hospitalização, tipo da enfermidade, apoio familiar e atitudes da equipe de saúde.
A situação se torna ainda mais caótica em hospitais que a criança enferma é tratada como uma doença, e não como uma pessoa. Esse modelo de atendimento centrado na patologia é marcado pela desinformação e pela ausência de contato afetivo entre médicos, enfermeiros e a equipe do hospital com o paciente, resultando em um estado de maior sofrimento e angústia nas crianças internadas (Collet e Oliveira, 2002).
O desenvolvimento da criança é guiado pela experiência social, isto é, a criança evolui pela integração com o adulto socializado. É por essa razão que é importante nos hospitais uma assistência integral, humanizada, capaz de amenizar a dor dessa experiência vivida pelo enfermo, proporcionando a ele determinadas condições, tais como: presença de familiares, contato com outras crianças, disponibilidade afetiva da equipe de saúde, informações sobre a doença e recuperação do paciente, atividades recreativas, dentre outras, o que traz a criança um melhor bem estar e acolhimento durante a hospitalização. E segundo Lima (1996), o alojamento conjunto pediátrico é muito importante para reduzir o estresse emocional dos enfermos, considerando que ele conviverá com pessoas em situações semelhantes a sua.
No Brasil, um grande exemplo de manifestação da humanização em hospitais e de muita valia na recuperação dos enfermos se deve a atuação dos “Doutores da Alegria”. Um grupo sem fins lucrativos, que se espelha na figura do palhaço, levando alegria, conforto e arrancando sorrisos das crianças internadas. Eles camuflam a dor e o sofrimento, contribuindo para um melhor progresso em relação à recuperação dos pequenos enfermos. 
A criança, dentro do seu desenvolvimento normal, interage continuamente com seu meio, explorando-o, e assim, desenvolvem suas capacidades motoras, cognitivas e sociais. No processo de hospitalização essa interação se apresenta um pouco comprometida em função da debilitação da criança. Cabe ao ambiente hospitalar proporcionar a ela estímulos que contribuam para um melhor desenvolvimento. Afirma-se, portanto, que um modelo de hospital humanizado é fundamental para a sobrevivência da criança enferma. 
2.4- A importância do brincar
	Através da brincadeira a criança alcança um alto nível de desenvolvimento sensório-motor e intelectual. È por meio de brincadeiras que a criança adquire novos conceitos e supera as dificuldades do processo de aprendizagem. O brinquedo é, antes de tudo, o suporte de uma representação. Nessas condições, quando uma criança brinca com um brinquedo está agindo sobre este, além de ser uma imagem a decodificar.
	As crianças hospitalizadas geralmente são submetidas a procedimentos altamente evasivos, que as assustam e estressam e a utilização da técnica de brinquedo terapêutico como meio de comunicação entre o profissional da saúde e a criança, tornam as crianças mais cooperativas de forma a compreender melhor o que está acontecendo com ela.
	Com isso, a brincadeira pode ser vista como mais uma ferramenta capaz de contribuir no processo de reabilitação e cura da criança, uma vez que, a brincadeira é uma atividade essencial para que as crianças possam equilibrar suas tensões, trabalhar suas necessidades cognitivas, psicológicas, dando suporte para a criação de conhecimento e de desenvolvimento das estruturas mentais, na medida em que estabelece uma relação com o brinquedo e a atividade lúdica.
	Muitos hospitais na busca pela humanização e melhor qualidade do atendimento infantil fazem uso da brinquedoteca, como forma eficaz de diminuir o estresse das crianças, que muitas vezes por estarem fora de sua rotina familiar e sendo submetida a métodos dolorosos se tornam estressadas e deprimidas.
	Sobre a brinquedoteca hospitalar, Cunha (2001, p. 97), destaca que: “Para alegrar a criança durante sua permanência no hospital foi criado a brinquedotecahospitalar. Lá, a criança pode encontrar brinquedos para se distrair e, no caso de não poder deixar o leito, os brinquedos são levados até ela”.
	Nas brinquedotecas hospitalares as crianças encontram brinquedos como: carrinhos, bonecas, desenhos, modelagens, recorte, colagens, fantoches, livros de histórias, além de outros recursos para desenvolver a criatividade. Nestes locais as crianças que tem condições de frequentá-lo passam boa parte do tempo, a fim de diminuir a ociosidade. Já as crianças mais debilitadas, os brinquedos são levados até os quartos, para que todas elas tenham acesso a essa terapia.
	A terapia feita por meio de brinquedos, brincadeiras terapêutica, é classificada por ludoterapia, que é “uma técnica psicológica utilizada por terapeutas treinados e qualificados como um método interpretativo para crianças emocionalmente perturbadas”, precisando assim de um ambiente controlado e possuindo metas explícitas; Já o brinquedo terapêutico pode ser desenvolvido por qualquer profissional podendo ser realizada no leito da criança, na brinquedoteca, não tendo assim lugar específico para a sua realização (ALMEIDA, 2007, p. 134).
	Atualmente está em rigor à lei 11.104 de 21 de março de 2005, que prediz que todo hospital que tem atendimento pediátrico deve ter brinquedoteca. Considerando a brinquedoteca como um espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinados a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar.
2.5- O Psicólogo nas Instituições Hospitalares com Crianças
2.5.1 Psicologia Hospitalar
Definida como um conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as várias correntes da Psicologia oferecem para prestar uma assistência de maior qualidade aos pacientes hospitalizados a Psicologia hospitalar tem como objetivo trabalhar no restabelecimento do estado de saúde do doente ou, no controle dos sintomas que comprometem o seu bem-estar. 
 Segundo Cabral citando Rodríguez e Marín (2003) o trabalho do psicólogo no hospital se coloca em cima de seis tarefas básicas: 
- Função de coordenação: aborda questões relacionadas às atividades com os funcionários da instituição;
- Função de auxilio à adaptação: aborda questões que intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado;
- Função de interconsulta: o psicólogo auxilia outros profissionais a lidarem com o paciente;
- Função de enlace e de intervenção: por meio de delineamento e execução de programas com os demais profissionais, a fim de modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes;
- Assistência direta: o profissional atua diretamente com o paciente, e;
- Função de gestão de recursos humanos: onde se aprimora os serviços dos profissionais da instituição, o que contribui de forma significativa para a promoção de saúde.
A atuação do psicólogo no hospital é dirigida na maioria das vezes à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, sendo sua atuação e participação, muito importantes na realidade hospitalar como um todo. 
A contribuição da Psicologia no contexto da saúde, notadamente no âmbito hospitalar, foi de extrema importância nestes últimos anos para resgatar o ser humano para além de sua dimensão físico-biológica e situá-lo num contexto maior de sentido e significado nas suas dimensões psíquicas, social e espiritual.
2.5.2 O psicólogo e o paciente
O psicólogo no ambiente hospitalar tem o papel de agir sobre o paciente no sentido de resgatar sua vida, suas relações sociais, sua rotina, as quais foram interrompidas pela doença e consequente por sua internação. 
Quando o paciente no caso é uma criança, o psicólogo deve considerar não somente seu sofrimento provocado pela hospitalização e internação, mas o impacto sofrido desde o princípio de seu adoecimento. Compreender a partir do ponto de vista da criança, todas as angústias que estes procedimentos causam. 
Essas angústias, do ponto de vista psicológico, aumentam a partir do momento em que, a família numa tentativa de privar a criança do sofrimento, esconde sua real condição. 
Quando uma criança sofre uma internação, pode vir a sofrer de alguns efeitos psicológicos, por exemplo, autoestima negativa, depressão, ansiedade, sensação de punição, solidão, entre outros. Cada criança demonstra uma reação à internação de forma pessoal, já que na maioria das vezes estes efeitos são influenciados por fatores que constituem a vida do paciente. 
A psicologia hospitalar, respeitado as limitações decorrentes da doença, procura suprir as necessidades não só orgânicas, mas também as que se referem ao psicológico e educacional da criança (SOUSA et al, 2008).
É necessário que o psicólogo tenha conhecimento de tudo que diz respeito à criança durante o processo de internação. Através destas informações ele pode facilitar a interação do paciente com a equipe médica e com seus pais durante o processo. 
É também de suma importância que o psicólogo faça uma avaliação do estado emocional da criança e de seus pais para que assim possa auxilia-los da melhor maneira possível no processo de adoecimento e internação, já que tanto os adultos quanto as crianças sofrem durante o processo. Sofrimento este gerado tanto pela doença, quanto pelos procedimentos médicos. 
Geralmente, a hospitalização proporciona transtornos em todas as fases da vida, mas é na infância que ela demonstra ser mais traumática, onde na maioria das vezes deixa prejuízos na saúde mental mesmo após a alta hospitalar. Quando uma criança passa pelo processo de internação, o seu desenvolvimento, sua forma de ver o mundo tem continuidade, sendo que muitas vezes pode ocorrer uma série de alterações na sua rotina e em sua vida e na vida de sua família. 
3-Conclusão
Os hospitais surgiram a principio com a finalidade de hospedar pobres, loucos e doentes, só a partir de 1760 é que eles se destinaram a curar pessoas enfermas. Apesar disso, os médicos não desempenhavam ainda papel tão primordial. Apenas no século XIX é que o médico passou a exercer seu trabalho sobre o doente e a doença, buscando produzir a cura, e as práticas médicas, que antes eram realizadas independentes e à parte. Ao longo do tempo os hospitais foram se aprimorando até chegar hospital atual, cujo principal objetivo se pauta nos cuidados médicos.
Nos dias de hoje os hospitais têm uma área restrita que se dedica a saúde infantil, no entanto o caminho percorrido para que essa conquista fosse obtida foi um pouco longo. Essa trajetória se inicia nas doenças que os infantes da América colonial tiveram que enfrentar, possuindo poucos recursos apenas para lidar com essa situação, conquistando mais tarde uma atenção diferenciada à saúde da criança, chegando aos dias atuais com a integração da família ao tratamento da criança enferma utilizando de recursos que facilitam a hospitalização infantil, como a brinquedoteca em hospitais e os “Doutores da Alegria”, por exemplo.
O Processo de hospitalização é visto como uma ruptura do meio que o individuo está acostumado a viver, mudança de seus hábitos e costumes diários. Ao se tratar do processo de hospitalização de uma criança, a situação é um pouco mais delicada, pois a criança apresenta medos e inseguranças mais fortes que nos adultos, além de perder um pouco da interação com o meio e se torna uma criança com possíveis dificuldades de desenvolvimento. Essa realidade, contudo pode tornar-se um pouco diferente com um modelo de hospital humanizado, que é fundamental para a sobrevivência da criança enferma. Vê-se, portanto, a importância da humanização na recuperação e desenvolvimento da criança enferma.
Nesse modelo de hospital humanizado a utilização do brinquedo no tratamento de crianças hospitalizadas tem sido um importante recurso. O brinquedo possibilita à criança uma comunicação de forma mais viável com o profissional da área da saúde, compreensão acerca da situação que está vivendo, além de representar um importante aliado na reabilitação e cura da criança enferma.
Assim como o brinquedo tem um importante papel na reabilitação da criançaenferma, o psicólogo desempenha uma função importante durante o período que a criança se encontra internada, dando suporte tanto à ela quanto à sua família. Entre outras coisas, o psicólogo tem o papel de agir sobre o paciente no sentido de resgatar sua vida, suas relações sociais, sua rotina, as quais foram interrompidas pela doença e consequentemente por sua internação. Ao se tratar de uma criança ele deve levar em conta não apenas o sofrimento pelo qual a criança esta passando devido à hospitalização, mas o psicólogo deve tentar se colocar no lugar da criança e tentar compreender as angústias pelas quais a criança vem passando.
4- Referências
- http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-hospitalizacao-infantil
- http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-importancia-do-brincar-no-ambiente-hospitalar-da-recreacao-ao-instrumento-terapeutico
- http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-crianca-e-o-processo-de-hospitalizacao
- http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-atuacao-do-psicologo-no-contexto-hospitalar
 - http://www.abcdamedicina.com.br/doutores-da-alegriaequipe-projetos-em-hospitais-missao-fotos-e-mais.html
 - http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n6/v13n6a08.pdf
 - http://siaibib01.univali.br/pdf/Silvia%20da%20Silva%20Cucco.pdf
 - http://monografias.brasilescola.com/educacao/brinquedoteca-hospitalar-contribuicao-criancas-hospitalizadas.htm 
Nota: Ambos os sites foram acessados pela última vez no dia 08 de abril de 2013, às 22h e 40 min.

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