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ATIVO IMOBILIZADO

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
MBA GESTÃO FINANCEIRA E ECONÔMICA DE TRIBUTOS
 
 
 
 
 
MARIA JOSIVANIA LOPES DOMINGOS
 
 
ATIVO IMOBILIZADO – DEPRECIAÇÃO – ASPECTOS SOCIETÁRIOS E TRIBUTÁRIOS NAS ORGANIZAÇÕES
 
 
 
 SANTO ANDRÉ – SP
2020
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
MBA GESTÃO FINANCEIRA E ECONÔMICA DE TRIBUTOS
 
 
 
 
 
MARIA JOSIVANIA LOPES DOMINGOS
 
 
ATIVO IMOBILIZADO – DEPRECIAÇÃO – ASPECTOS SOCIETÁRIOS E TRIBUTÁRIOS NAS ORGANIZAÇÕES
 
Trabalho de avaliação da disciplina “Contabilidade I – Posição Patrimonial Das Empresas e Desempenho Contábil e Tributário.”
Professor: Marcello Silva Barreto.
 
 SANTO ANDRÉ –SP
2020
SUMÁRIO
1 – Introdução – Conceito de Ativo imobilizado	4
2 – Reconhecimento e Mensuração – Ativo Imobilizado	5
3 – Depreciação Para Fins Societários	6
4 – Depreciação Do Ativo Imobilizado Para Fins Fiscais	8
5 – Redução Ao Valor Recuperável – (Impairment)	11
8 - Referências bibliográficas	14
1 – Introdução – Conceito de Ativo imobilizado
Ativo imobilizado, é o bem com substância física adquirido pela entidade para ser utilizado na produção e fabricação de produtos, na prestação de serviços, na venda de mercadorias, aluguel a terceiros ou para fins administrativos, e que se espera utilizar por mais de um ano. O artigo 179, inciso IV da Lei 6.404/76, classifica o modo como as contas do ativo imobilizado devem ser apresentadas.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007). (BRASIL, 1.976, Art. 179).
O Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, no item 6, definições, delibera:
Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.
Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. (BRASIL, 2009, Item 06). 
Importante destacar que, com o conceito de ativo deliberado tanto pela Lei 6.404/76, como pelo Pronunciamento Técnico CPC 27, Ativo Imobilizado, o bem não precisa necessariamente pertencer a entidade para ser classificado como ativo imobilizado, bastando apenas que a entidade exerça o controle sobre o ativo imobilizado, usufrua dos benefícios econômicos e assume os riscos proporcionados pelo uso do ativo, devendo portanto reconhecer o bem como ativo imobilizado. 
2 – Reconhecimento e Mensuração – Ativo Imobilizado
A entidade de reconhecer o custo de um ativo imobilizado, se for provável que que futuros benefícios econômicos fluam para a entidade e seu custo possa ser mensurado com confiabilidade, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, no item 7, reconhecimento:
O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente. (BRASIL, 2009, Item 07).
O custo do item do ativo imobilizado deve ser o equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento, os demais custos com empréstimos devem ser levados a resultado, com exceção da aquisição, construção, ou produção de um ativo qualificável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos De Empréstimos, no item 1, objetivo:
Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos devem ser reconhecidos como despesa. (BRASIL, 2011, Item 01).
Ativo qualificável, é um ativo em que há um significativo tempo para a sua conclusão, para o seu uso ou venda pretendido. A mensuração inicial do ativo imobilizado deve portanto, corresponder ao seu preço à vista, mais imposto de importação, impostos não recuperáveis sobre a compra, menos descontos comerciais e abatimentos, mais quaisquer custos para colocar o ativo no local e nas condições necessárias, custos de desmontagem, remoção do item, restauração do local e custos diretamente atribuíveis como: benefícios a empregados, preparação do local, instalação e montagem, testes e honorários profissionais. Sobressalentes e peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno os quais se espera usar por mais de um período e somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também fazem parte do custo do ativo, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, no item 8, reconhecimento:
Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado. (BRASIL, 2009, Item 08).
Os gastos de manutenção e reparação, são os incorridos para manter os ativos em condições regulares de operação, sem aumentar a sua capacidade produtiva ou a sua vida útil e essas despesas quando incorridas devem ser imediatamente levadas ao resultado.
3 – Depreciação Para Fins Societários
A depreciação é a alocação do valor depreciável do ativo imobilizado ao longo da sua vida útil econômica. Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, no item 6, definições: 
Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.
Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. (BRASIL, 2009, Item 08).
A depreciação reconhecida nas demonstrações contábeis deve corresponder ao desgaste pelo uso, perda de utilidade ou obsolescência. Os itens do ativo imobilizado sofrem depreciação pelo seu uso, com algumas exceções como terrenos, obras de arte, antiguidades e entre outros itens, mas em regra o imobilizado tem a vida útil econômica limitada e portanto, o custo destes ativos deve ser alocado de maneira sistemática aos referidos exercícios beneficiados pelo uso de tais ativos durante a sua vida útil econômica.
O artigo 183, § 2, alínea a à c da Lei 6.404/76, dispõe sobre a depreciação.
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
 b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
 c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. (BRASIL, 1.976, Art. 179).
O valor depreciável de um ativo imobilizado, é calculado pelo custo menos o seu valor residual. O valor residual, é o valor líquido que a entidade espera obter com a venda de um ativo ao final da sua vida útil. A vida útil de um ativo, é o período, que a entidade espera utilizar o ativo ou número de unidades de produção que espera obter com a utilização do ativo. O valor residual e a vida útil dos ativos devem ser revisados pelo menos uma vez ao ano e caso haja alterações nas premissas que fundamentaram as estimativas passadas, a mudançadeve ser considerada de forma prospectiva de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. O Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, no item 56, lista os seguintes critérios a serem considerados na vida útil de um ativo:
56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do ativo;
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo. Reduções futuras esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando um ativo podem indicar expectativa de obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir uma redução dos benefícios econômicos futuros incorporados no ativo; (Alterada pela Revisão CPC 08)
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de arrendamento relativos ao ativo. (BRASIL, 2009, Item 56)
Existem vários métodos para calcular a depreciação, entretanto a entidade deve optar pelo padrão que melhor refletir o consumo dos benefícios econômicos proporcionados pelo uso do ativo imobilizado. O método de depreciação deve ser revisado anualmente, e em caso de alteração considerável nos padrões de uso do imobilizado, da mesma forma deve-se alterar o método de depreciação para se adequar à nova realidade.
4 – Depreciação Do Ativo Imobilizado Para Fins Fiscais
A base de cálculo da depreciação do ativo imobilizado para fins fiscais, é o valor do bem, não sendo permitido qualquer dedução a título de valor residual, portanto, ao final da vida útil econômica, o valor do ativo imobilizado será igual a zero. A taxa de depreciação do ativo imobilizado será a determinada pela Instrução Normativa N° 1700 de 14 de março de 2017, Anexo III, Taxas Anuais de Depreciação. A depreciação será computada a partir do momento que o bem é instalado e posto em condições para produzir.
Para os bens usados, o rito a ser observado é do artigo 322, incisos I e II, do Decreto N° 9.580/2018.
Art. 322. A taxa anual de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos:
I - a metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou
II - o restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização do bem. (BRASIL, 2018, Art. 322).
Em relação aos bens móveis é admitido a depreciação acelerada a considerar os turnos em que o ativo está em operação conforme artigo 323, incisos I e III, do Decreto N° 9.580/2018.
Art. 323. Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei nº 3.470, de 1958, art. 69) :
I - um turno de oito horas - um inteiro;
II - dois turnos de oito horas - um inteiro e cinco décimos; e
III - três turnos de oito horas - dois inteiros. (BRASIL, 2018, Art. 323).
Em função de incentivo a implantação, a renovação ou a modernização de instalações e equipamentos, será admitido a depreciação acelerada para determinadas industriais nos termos do artigo 324, § 1° à 5°, do Decreto N° 9.580/2018.
Art. 324. Com a finalidade de incentivar a implantação, a renovação ou a modernização de instalações e equipamentos, poderão ser adotados coeficientes de depreciação acelerada, que vigorarão durante prazo certo para determinadas indústrias ou atividades (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, § 5º).
§ 1º A quota de depreciação acelerada, correspondente ao benefício, constituirá exclusão do lucro líquido e deverá ser escriturada no Lalur (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, caput, inciso I, alínea “c”).
§ 2º O total da depreciação acumulada, incluídas a normal e a acelerada, não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, § 6º).
§ 3º A partir do período de apuração em que for atingido o limite de que trata o § 2º, o valor da depreciação normal, registrado na escrituração comercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinar o lucro real ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 2º, alínea “a” ).
§ 4º As empresas que exerçam, simultaneamente, atividades comerciais e industriais poderão utilizar o benefício em relação aos bens destinados exclusivamente à atividade industrial.
§ 5º Exceto se houver autorização expressa em lei, o benefício fiscal de que trata este artigo não poderá ser usufruído cumulativamente com outros idênticos, excetuada a depreciação acelerada em função dos turnos de trabalho. (BRASIL, 2018, Art. 324).
Os bens de pequena monta até o valor de R$ 1.200,00 e com vida útil inferior a um ano podem ser deduzidos como despesa operacional no período de aquisição destes bens, de acordo artigo 15, do Decreto-Lei N° 1.598/1.977.
Art. 15. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014). .(Vigência). (BRASIL, 1977, Art. 15).
As diferenças apuradas na depreciação societária e na depreciação fiscal devem ser controladas no E-LALUR e E-LACS, conforme disciplina o artigo 124, § 4°, da Instrução Normativa N° 1.700/2017.
§ 4º Caso a quota de depreciação registrada na contabilidade do contribuinte seja menor do que aquela calculada com base no § 1º a diferença poderá ser excluída do lucro líquido na apuração do lucro real e do resultado ajustado com registro na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs do valor excluído, observando-se o disposto no § 3º do art. 121. (BRASIL, 2017, Art. 124).
5 – Redução Ao Valor Recuperável – (Impairment)
Um ativo deve ser reconhecido nas demonstrações contábeis se for provável que benefícios econômicos futuros fluirão para entidade e o seu custo possa ser mensurado em bases confiáveis, caso contrário o gasto deve ser levado a resultado como despesa no exercício em que incorreu. Os ativos geram benefícios econômicos pelo seu uso ou pela venda.
A entidade deve efetuar com periodicidade a análise dos valores registrados no ativo imobilizado e intangível sobre a recuperação dos valores reconhecidos nas demonstrações contábeis, para que se possa mensurar e em seguida registrar na contabilidade as perdas no capital investido pela empresa quando houver decisão de paralisar os empreendimentos ou operações a eles destinados, ou quando ficar comprovado que não produzirá resultados suficiente para a recuperação desse valor, de acordo com o que preconiza o artigo 183, § 3°, incisos I e II, da Lei N° 6.404/1976.
 § 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperaçãodesse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
 II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007). (BRASIL, 1.976, Art. 183).
Pelo menos uma vez ao ano, a entidade deve proceder com o teste de recuperabilidade dos ativos. Nenhum ativo pode estar registrado nas demonstrações contábeis por valor que não seja recuperável pelo uso nas atividades da entidade ou pela venda. O Valor contábil não pode ser maior que o valor recuperável. O Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, no item 6, definições: 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 – Mensuração do Valor Justo). (Alterada pela Revisão CPC 03)
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.
Vida útil é:
(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. (BRASIL, 2010, Item 06).
Conforme visto acima um ativo está desvalorizado caso o valor contábil seja maior que o seu valor recuperável. Se o valor contábil for menor que o valor recuperável, não o que se falar em perda por desvalorização, portanto não se faz nada, entretanto, se houver perda reconhecida no balanço patrimonial, reverte-se até o limite da perda.
Várias são as fontes de informações que a entidade dispõe para avaliar a indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, conforme preconiza o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, no item 12.
Fontes externas de informação
(a) durante o período, o valor de mercado do ativo diminuiu significativamente, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;
(a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente durante o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; (Alterada pela Revisão CPC 03)
(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado;
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo;
(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado;
Fontes internas de informação
(e) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;
(f) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo ou ocioso, planos para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de ativo como finita ao invés de indefinida;
(g) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;
Dividendo de controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada
(h) para um investimento em controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada, a investidora reconhece dividendo advindo desse investimento e existe evidência disponível de que:
(i) o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis separadas excede os valores contábeis dos ativos líquidos da investida reconhecidos nas demonstrações consolidadas, incluindo eventual ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill); ou
(ii) o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada no período em que o dividendo é declarado.
8 - Referências bibliográficas
1. BRASIL. LEI No 6.404, De 15 De Dezembro De 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em: 26/07/2020.
2. BRASIL. Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, De 26 de Junho De 2009. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2014.pdf. Acesso em: 26/07/2020.
3. BRASIL. Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos De Empréstimos, De 02 de Setembro De 2011. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/281_CPC_20_R1_rev%2014.pdf. Acesso em: 26/07/2020.
4. BRASIL. Instrução Normativa RFB Nº 1700, De 14 De Março De 2017. Dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas e disciplina o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se refere às alterações introduzidas pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268#1706802. Acesso em: 28/07/2020.
5. BRASIL. Decreto Nº 9.580, De 22 De Novembro De 2018. Regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm. Acesso em: 28/07/2020.
6. BRASIL. Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, De 06 de Agosto De 2010. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2012.pdf. Acesso em: 29/07/2020.
7. BRASIL. Decreto-Lei Nº 1.598, De 26 De Dezembro De 1977. Altera a legislação do imposto sobre a renda. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1598.htm. Acesso em: 29/07/2020.
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