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Módulo 3 ufc virtual REVISTO

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA DIVERSIDADE
Tutora: Ana Lúcia Silva
Participação: Elzenir Neves
MÓDULO III
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Quem são os sujeitos da EJA?
Objetivo: Refletir sobre quem são os sujeitos envolvidos na Educação de Jovens e Adultos e sobre suas identidades e diferenças no contexto do ensino e da aprendizagem dentro do cenário contemporâneo e do uso de tecnologias.
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Arroyo (2001) ressalta que os olhares sobre a condição social, política e cultural dos educandos da EJA condicionam as diversas concepções de educação e as políticas públicas que lhes são oferecidas.
O atendimento a demanda dos sujeitos da EJA
Em geral, são ofertadas apenas nas sedes dos municípios, e na capital do estado apenas em escolas núcleos. 
O estado também oferece EJA nas escolas, no nível médio, no que denominam EJA presencial, como também escolas exclusivas para EJA (CEJA), funcionando nos três turnos, mas na modalidade semipresencial.
A Resolução nº 438/2012, do Conselho de Educação do Ceará, regulamenta a EJA no estado. Em seu capítulo II, são descritos como devem ser os cursos de EJA.
FORMAS DE OFERTAS DA EJA
I) primeiro segmento do ensino fundamental, presencial, incluindo a
alfabetização, com duração mínima de dois anos;
III) ensino médio, com duração mínima de um ano e meio, com carga
horária mínima de 1.200 horas;
II) segundo segmento do ensino fundamental, com duração mínima de dois anos e carga horária mínima de 1.600 horas;
IV) educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino
médio, com duração de 1.200 horas destinadas à educação geral,
cumulativamente com a carga horária mínima para a respectiva habilitação profissional de nível médio.
V) formação inicial e continuada ou qualificação profissional, devendo contar com uma carga horária mínima de 160 horas, conforme o art. 5º, inciso I, § 1º da Lei nº 12.513/11, que instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec.
§ 1º O segundo segmento do ensino fundamental e do ensino médio,
mediados pela EAD, cumprirão cargas horárias e duração definidas
respectivamente nos incisos II e III deste artigo.
§ 2º A carga horária e duração mínimas estabelecidas nas nos incisos II e III deste artigo poderão ser reduzidas nos casos em que o educando, após avaliação criteriosa de sua aprendizagem, demonstre capacidades para avançar em seus estudos, conforme estabelece a LDB, no art. 24, inciso II, alínea c,
devendo os resultados e cargas horárias correspondentes serem registrados na documentação escolar. 
Art. 6º Serão consideradas idades mínimas para a modalidade EJA:
I – para o ensino fundamental, quinze anos completos;
II – para o ensino médio, dezoito anos completos
As diversidades educacionais trazidas pela atualidade:
- Educação Ambiental na EJA
- O Idoso na EJA
A diversidade dos educandos, em termos de idade, gênero, cultura, status econômico, necessidades específicas (incluindo deficiências) e linguagem, não está refletida no conteúdo dos programas ou nas práticas. (UNESCO, 2010).
Educação 
Ambiental
Educação 
De
Idosos
Educação 
Patrimonial
Educação
Inclusiva
Educação de Jovens e Adultos 
Educação Ambiental na EJA
A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes, participação em pequenas negociações são exemplos de aprendizagem que podem ocorrer na escola. (BRASIL, 1998, p.187)
O Idoso na EJA
Em nosso país, o aumento do número de idosos representa um desafio, demandando a adoção de políticas específicas, conforme Serra (2012), estas políticas devem ser elaboradas “com o objetivo de propiciar um envelhecimento ativo, respeitando os direitos, as diversidades e a dignidade dos idosos, preconizado pelos Direitos Humanos, a Constituição e a legislação atual sobre o idoso”.
O Documento do Brasil preparatório para VI Confintea:
Ao longo da vida, jovens e adultos estiveram sempre aprendendo e, portanto, detêm saberes que não podem ser ignorados. Seus saberes podem dialogar, produtivamente, portanto, com o currículo da escola, reconsiderando tempos de aprendizagem, formas de organização. Articular saberes cotidianos de jovens e adultos a saberes técnicos e científicos sistematizados numa perspectiva de emancipação põe-se como desafio para o currículo da EJA. [...].
As múltiplas aprendizagens vivenciadas na EJA
 As aprendizagens na EJA também devem ser consideradas além do aspecto formal, considerando formais as aprendizagens adquiridas na escola, enquanto as aprendizagens informais ocorrem em outros espaços. Segundo Medel-Añonuevo (2009, p. 70), “as oportunidades de aprendizagem de adultos proliferam nos setores da saúde, agricultura, do emprego [...] mas não são reconhecidas oficialmente como tais”. Isto quer dizer que a intersetorialidade da EJA deve ser reconhecida como necessária, e que as aprendizagens de jovens e adultos são associadas à sua vivência e aos avanços da sociedade.
As Experiências de Alfabetização e Continuidade de Estudos dos Educandos da EJA
 
Curso de Ensino Fundamental e Médio, desenvolvido pelo Governo do Estado do Ceará no período de 1999 a 2003, utilizando-se a tecnologia do Telecurso 2000 da Fundação Roberto Marinho (aulas gravadas e módulos de estudo). O curso tinha duração de 18 meses para o Ensino Fundamental – Tempo de Avançar Fundamental – TAF e de 12 meses para o Ensino Médio – TAM.
TEMPO DE AVANÇAR
 Os técnicos foram unânimes em afirmar que individualmente o curso serviu para melhorar a autoestima dos educandos. Outro aspecto detectado foi a possibilidade de dar continuidade aos estudos, fato comum aos municípios, nos cursos de nível médio e também de nível superior. Chegar ao nível superior foi uma realidade muito presente entre os alunos do Ceará em razão do número de faculdades que atuam no Estado e na periferia das grandes cidades. A que mais recebeu desses alunos foi a Universidade Estadual Vale do Acaraú. 
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo,
torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente,
ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se
a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda.“
 Paulo Freire

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