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Disbiose: Causas e Sintomas

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A Disbiose é um desequilíbrio que ocorre entre a microbiota intestinal em que se tem uma maior quantidade de bactérias patogênicas e uma menor quantidade de bactérias benéficas, de microrganismos benéficos. 
 As principais causas para a alteração da microbiota intestinal e o desenvolvimento da disbiose são vários, como estarei citando abaixo. 
· O uso excessivo de medicamentos, como os medicamentos antibióticos, pois ele não é seletivo para matar somente as bactérias patogênicas, vai afetar os dois tipos de bactérias, por isso eles são medicamentos que podem levar a disbiose;
· O uso excessivo de anti-inflamatórios, sendo ele de qualquer classe, relaxante muscular, para doenças articulares, qualquer tipo de droga anti-inflamatórios pode levar a disbiose;
· O uso abusivo de laxantes, pessoas que só evacuam com consumo de laxantes, também pode predispor a uma disbiose;
· Consumo excessivo de alimentos processados, uma dieta baseada em alimentos industrializados, embutidos, produtos empacotados, bolos prontos, biscoitos, alimentos ricos em conservadores e aditivos químicos, com baixo consumo de frutas verduras e legumes, podem levar a uma alteração da microbiota.
· Exposição excessiva de toxinas ambientais. Sabe-se que em cidades mais poluídas as pessoas têm maiores riscos de terem uma disbiose, justamente pelo excesso de toxina presente no ar ou até mesmo pessoas que trabalham em ambientes insalubres, que tenha modificação da qualidade do ar;
· Algumas doenças também contribuem ou até mesmo estão associadas a disbiose como por exemplo as doenças inflamatórias no intestino, câncer, doenças infecciosas como AIDS ou alguma infecção intestinal, disfunções de fígado e pâncreas, devido à alteração de produção biliar, eliminação de toxinas de detoxificação, esclerose múltipla.
· Pessoas estressadas psicologicamente falando, também tem mais chance de ter uma disbiose, pois o estresse afeta muito a qualidade da microbiota.
· Pessoas com constipação, hipo ou acloridria. Hipocloridria pela baixa produção de ácido clorídrico. Na ingestão de proteína,ela chega ao intestino intacta, não é digerida, pois o nosso intestino só consegue absorver aminoácidos ou monopeptídeos, dipeptidios , proteínas muito pequenas ou aminoácidos, não conseguem absorver proteínas grandes. Podendo assim aumentar a permeabilidade do intestino e fazer todo o reconhecimento do sistema imunológico, porque essa proteína inteira vai ficar parada no intestino e em algum momento ela vai facilita a passagem de partículas pelas células intestinais e levar ao reconhecimento do sistema imunológico dando toda a resposta imune e inflamatória. A acloridria é a não produção do ácido clorídrico.
· Pessoas que são submetidas a cirurgias ou tem doença no TGI, como gastrite, doença inflamatória intestinal, podem ter predisposição para disbiose. 
· Medicamentos que causam o aumento do pH do ácido clorídrico, como o Omeprazol, Pantoprazol e Lansoprazol, que a pessoa usa cronicamente para tratamento de gastrite, refluxo, ou porque tem uma pirose e toma em qualquer momento o medicamento. Ela vai produzir ácido clorídrico, só que o Ph deste ácido não estará baixo o suficiente para digerir proteína, assim podendo ser propenso a ter a disbiose.
 Em uma situação de disbiose, é observado uma piora da permeabilidade intestinal, quando em situações normais a permeabilidade está integra. Devido a essa diversas ocorrências que foram citadas, a disbiose tem sido ultimamente muito estudada.
 Alguns sintomas característicos de disbiose são: 
· Constipação intestinal ou diarreia, devido funcionamento intestinal ficar alterado;
· Sensação de plenitude, flatulência, dor e distensão abdominal prolongada;
· Unhas fracas quebradiças, queda de cabelo;
· Sintomas gastrintestinais no geral, como flatulência, estufamento, distensão abdominal, desconforto, sensação de indigestão ou refluxo também é um sintoma comum.
· Pessoas com alergias a vários alimentos, produtos cosméticos, ou erupções cutâneas, acne em excesso principalmente em adulto;
· Baixa imunidade, cansaço extremo; 
· Deficiência nutricional também pode ser indicativo de disbiose.
 Na síndrome do intestino irritável ou nas doenças inflamatórias intestinais é muito comum ver a ocorrência da disbiose na alteração da saúde intestinal. Os tratamentos nutricionais para a disbiose vai causar uma melhora na saúde intestinal como um todo. É uma estratégia usada também para a síndrome do intestino irritável, caso a pessoa não queira fazer o tratamento através dos FODMAPs ou ele não teve resultado com a dieta FODMAPs.
· Deve-se então aumentar o consumo de fibras alimentares e de fibras prebióticos, para que as bactérias benéficas sejam alimentadas.
· Aumentar o consumo de probióticos derivados de alimentos ou suplementos, para aumentar a quantidade de bactéria, pois se é aumentadas as benéficas consequentemente as patogênicas diminuem. Vale ressaltar que bactérias que habitam nosso trato gastrointestinal são reconhecidas como constituintes de um órgão que funciona ativamente, a nossa microbiota intestinal. No intestino grosso onde a microbiota é mais diversificada e mais populosa, tem o predomínio da microbiota probiótica, composta por bactérias com ações benéficas reconhecidas no organismo, sendo representados pelos lactobacilos e bifidobactérias. Ainda assim existe a presença da microbiota patogênica, com grande potencial nocivo,representadas pela bactérias como Clostridium, Pseudomonas, Klebsiella e Enterobacter. O equilíbrio entre microbiota probiótica e patogênica é crucial para saúde humana. 
· Reduzir o consumo de carboidratos refinados, pois eles também são alimentos para os fungos e a pessoa pode ter disbiose por ter proliferação de fungos no intestino, também é importante reduzir o consumo de gorduras em geral, principalmente a gordura saturada, por causar uma resposta inflamatória no organismo levando ao aumento de bactérias patogênicas. 
· Diminuir o consumo de carnes vermelhas, principalmente em virtude de alteração de hipocloridria ou acloridria e o leite, porque tem proteínas de difícil digestão como a caseína e a beta-lactoglobulina, evitar esses alimentos principalmente durante a fase inicial do tratamento de Disbiose intestinal, para conseguir recuperar a permeabilidade intestinal e a microbiota. Ao longo do tratamento pode ir reintroduzindo esses alimentos aos poucos até o organismo ir conseguindo quebrar novamente essas proteínas mais difíceis.
· Consumir mais frutas verduras e legumes e moderar no consumo de proteínas ou ter baixo consumo de gorduras, especialmente de gorduras saturadas.
 Outra parte importante é retirar ou minimizar na dieta os alimentos possivelmente alergênicos para a pessoa. Qualquer alimento que perceba que a pessoa tem algum tipo de reação alérgica. Estudos também têm demonstrado que surte ótimo resultado nessa fase de disbiose, suplementar enzimas digestivas, auxilia muito nos sinais e sintomas de indigestão. Esses suplementos de enzimas são facilmente encontrados em farmácias de manipulação e até mesmo em farmácias comuns, em forma de mix de enzimas digestivas. Porém se a pessoa não pode comprar essas enzimas ela deve consumir alimentos fontes como, por exemplo: o abacaxi, que contém a bromelina (bromelina é um conjunto de várias enzimas), e o mamão devido a papaína. 
 As doenças mais associadas a disbiose estão o câncer e principalmente a esclerose múltipla Nos últimos anos a disbiose tem sido estudada, devido a crescente associação de diversas doenças relacionadas com a microbiota intestinal. Há uma crescente a cada dia em as pesquisas relacionadas a microbiota. Tem ficado em evidência que as alterações da composição ou da função da microbiota, podem mudar as respostas imunológicas, o metabolismo, a permeabilidade intestinal e a motilidade digestiva, propagando, assim, um estado pró-inflamatório.Com essas alterações, podem ser afetadas as funções imunes e metabólicas, vindo a promover o surgimento dedoenças auto imune, neurológica, digestivas, neoplásicas entre outras. Sendo assim, o tratamento da disbiose consiste em duas abordagens: uma dietética, através da ingestão de alimentos funcionais, com o consumo de probióticos, prebióticos e simbióticos; e outra medicamentosa. Em casos mais graves, é necessário lavagens colônicas (hidrocolonterapia) para remover conteúdos putrefativos do intestino e permitir a drenagem linfática do cólon.
Referências
ALMEIDA, e.tal.- Disbiose intestinal. Rev Bras Nutr Clin, v.24, n.1, p. 58-65, 2009.
FAGUNDES, G. E. Prevalência de sinais e sintomas de disbiose intestinal em estudantes do curso de Nutrição da Universidade do Extremo Sul Catarinense. 2010. 43f. Monografia (Obtenção do Grau de Bacharel em Nutrição) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma, 2010.
PASSOS, M. C. F.;  MORAES-FILHO, J. P. .Microbiota intestinal nas doenças digestivas. Arq. Gastroenterol.. 2017, vol.54, n.3, pp.255-262 http://www.scielo.br/pdf/ag/v54n3/0004-2803-ag-s0004280320170000031.pdf - Acessado em 16 de maio de 2019
PASCHOAL, V.; NAVES, A.; FONSECA, A.B. Nutrição clínica funcional: dos princípios à prática clínica. In: (Ed.). Coleção Nutrição Clínica Funcional. São Paulo: VP. p. 142-169, 2007.
MELO, E. A. Efeitos benéficos dos alimentos probióticos e prebióticos. Rev Nutr Bras., v.3, n.3, p.174-9, 2004.

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