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@medempenho 1 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Cerebelo ANATOMIA Significa cérebro pequeno; Localização: fossa craniana posterior, mais precisamente na fossa cerebelar, e fica posteriormente ao bulbo, ponte e mesencéfalo e bem posterior ao 4º ventrículo; Conectado ao tronco encefálico através dos pedúnculos cerebelares. O pedúnculo cerebelar superior o conecta ao mesencéfalo, o médio o conecta à ponte e o inferior o conecta ao bulbo; Possui 3 lobos: anterior (vermelho), posterior (verde) e flóculo nodular (azul). OBS! Lobo flóculo nodular: constituído pelo nódulo (vérmis inferior) + flóculo. Essa conexão acontece através do pedúnculo do flóculo. Esse lobo é ligado à função do equilíbrio e da postura Possui 17 lóbulos e 8 fissuras. Dividido em dois hemisférios: direito e esquerdo. Vérmis: parte central do cerebelo. Composto por dois tipos de tecidos: substância branca (interna) e substância cinzenta (externa). Núcleos do cerebelo: Núcleo denteado; Núcleo emboliforme; Núcleos globosos (1 ou +); Núcleo do fastigial. OBS! Núcleo interpósito= Núcleo emboliforme + núcleos globosos. Corpo medular do cerebelo: semelhante ao tronco de uma árvore. O cerebelo protege o bulbo (centro vital do controle respiratório e vasomotor). Lobo anterior + posterior= corpo do cerebelo. LOBO ANTERIOR: língula; lóbulo central; asa do lóbulo central; fissura pré-central; fissura pré- culminar; cumên; lóbulo quadrangular anterior; fissura prima/primária. LOBO POSTERIOR: lóbulo quadrangular posterior/simples; declive do vérmix; fissura pós-clival; lóbulo semilunar superior; folha/fólium do vérmix cerebelar superior; fissura horizontal; túber no vérmix inferior; fissura pré- piramidal; pirâmide do vérmis inferior; fissura pós- piramidal/secundária; úvula do vérmix inferior; fissura póstero- lateral; nódulo do vérmis inferior; lóbulo semilunar inferior; lóbulo biventre; tonsilas; fissura retrotonsilar. LÓBULO FLÓCULO NORDULAR: fissura póstero-lateral; pedúnculo do flóculo; flóculo. @medempenho 2 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira ÁREAS FUNCIONAIS DO CEREBELO Feita través do homúnculo; Zona paraverminal/intermédia do cerebelo: Controla os músculos das partes distais dos membros, especialmente mãos e pés. Zona lateral: Planeja os movimentos sequenciais de todo o corpo e participa da avaliação consciente dos erros do movimento. Vérmis: Influencia os movimentos do eixo longitudinal: pescoço, ombros, tórax, abdômen e quadris. DIVISÃO FUNCIONAL 1. VESTIBULOCEREBELO: manutenção do equilíbrio e da postura. Contém o lobo flóculo-nodular e tem conexões com o núcleo fastigial e os núcleos vestibulares (assoalho do quarto ventrículo). 2. ESPINOCEREBELO: contém o vérmis do cerebelo; corpo (zona intermediária dos hemisférios cerebelares)- tem conexão com a medula; 3. CEREBROCEREBELO: zona lateral do cerebelo- conexões com o córtex cerebral. ASPECTOS GERAIS Conexões Extrínsicas: Chegam ao cerebelo milhões de fibras nervosas de diversas áreas do sistema nervoso, as quais vão influenciar os neurônios motores; O cerebelo influcia os neurônios motores do seu próprio lado (diferente do cérebro); Tanto suas vias aferentes como eferentes, quando não são homolaterais, sofrem duplo cruzamento, ou seja, vão para o lado oposto e voltam para o mesmo lado. IMPORTÂNCIA CLÍNICA: Lesão de um hemisfério cerebelar: dá sintomatologia do mesmo lado (no cérebro é do lado oposto). NÚCLEOS VESTIBULARES Localizam-se no assoalho do IV Ventrículo (ocupam a área vestibular); São 4 núcleos: superior, inferior, medial e lateral; Recebem impulsos nervosos da parte vestibular do ouvido interno (informam sobre a posição e os movimentos da cabeça; Chegam aos núcleos vestibulares através das fibras provenientes do cerebelo (manutenção do equilíbrio. VESTIBULOCEREBELO Conexões aferentes: Chegam ao cerebelo pelo fascículo vestibulocerebelar e se distribuem Lobo flóculonodular (trazem informações do ouvido interno)- manutenção do equilíbrio e postura básica. Ao movimentar a cabeça e o corpo, a endolinfa presente nos canais semicirculares estimula os receptores (células pilosas) iniciando o impulso nervoso. Conexões eferentes: As células de Purkinje do Vestibulocerebelo projetam-se para os neurônios vestibulares medial e lateral. Através do Núcleo Vestibular Lateral: modula os tratos vestibuloespinhais lateral e medial controla a musculatura AXIAL e EXTENSORA dos membros Mantém o equilíbrio na postura e na marcha; Projeções inibitórias das células de Purkinje para os núcleos vestibulares mediais Controlam os movimentos oculares, coordenam os movimentos da cabeça e dos olhos (fascículo longitudinal medial). OBS! Se não tivesse as células de Purkinje fazendo um controle seletivo dos núcleos de Nervos cranianos, ia ter o acionamento dos músculos oculares simultaneamente. @medempenho 3 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira ESPINOCEREBELO Correção do Movimento em execução. VIAS AFERENTES: Trato espinocerebelar anterior: Penentra no cerebelo pelo pedúnculo cerebela superior; Termina no córtex da Zona Medial e Intermédia; As fibras são ativadas por sinais motores que chegam à medula pelo trato córtico-espinhal (permite avaliar o grau de atividade deste trato). Trato espinocerebelar posterior: Penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior Termina no córtex da Zona Medial e Intermédia; Recebe sinais sensoriais originados dos proprioceptores e de outros receptores somáticos Permite avaliar o grau de contração dos músculos, tensão nas cápsulas articulares e nos tendões e a posição e velocidade do movimento das partes do corpo. VIAS EFERENTES: Os axônios das células de Purkinje (zona intermédia) sinapse núcleo interpósito (emboliforme e globoso) saem fibras para o Núcleo Rubro (mesencéfalo) e Tálamo do lado oposto; 1. Via Interpósito-Rubroespinhal (cerebelo influencia os neurônios motores do trato rubroespinhal) Logo, influencia o neurônio motor da medula do mesmo lado (devido ao duplo cruzamento). 2. Via Interpósito-Tálamo-Cortical (segue do tálamo para as áreas motoras do córtex cerebral) De onde se origina o trato córtico-espinhal Logo, influencia o neurônio motor da medula do mesmo lado (devido ao duplo cruzamento). Ambas as vias controlam os músculos distais dos membros responsáveis por movimentos delicados. CEREBROCEREBELO VIAS AFERENTES: Via córtico-ponto-cerebelar: As fibras ponto-cerebelares (possuem origem nos núcleos pontinhos) e vão originar as fibras transversas da ponte. Essas fibras penetram no cerebelo pelo Pedúnculo Cerebelar Médio (cruzam para o hemisfério cerebral oposto) Para a Zona Lateral dos hemisférios; As fibras córtico-pontinas (possuem origem nas células nervosas do lobo frontal, parietal, temporal e occipital do córtex cerebral) descem através da Coroa Radiada e da Cápsula Interna e terminam nos núcleos pontinhos. Via Cérebro-Olivocerebelar Fibras córtico-olivocerebelares (possuem origem nos lobos frontais, temporais, parietais e occipital) descem pela Coroa Radiada e Cápsula Interna e terminam bilateralmente nos núcleos olivares inferiores (oliva bulbar). Desses núcleos, as fibras cruzam a linha média e entram no hemisfério cerebelar oposto (pedúnculo cerebelar inferior). @medempenho 4 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Via córticoreticulorcerebelar: Fibras corticorreticulares (surgem no córtex cerebral/áreas sensitivomotoras) descem até a formação reticular (mesmo lado e lado oposto na ponte e bulbo) e origina fibrasreticulocerebelares (entra no hemisfério cerebelar no mesmo lado) através do pedúnculo cerebelar inferior e médio. Distribui-se do córtex da Zona Lateral dos Hemisférios (Via Córtico-ponto-cerebelar); Chega ao cerebelo informações de áreas motoras e não motoras do córtex cerebral; Essas vias entre o cérebro e cerebelo são importantes para o controle dos movimentos voluntários (monitoração e ajustes na atividade muscular). VIAS EFERENTES: Via Dento-Tálamo-Cortical: Axônios das células de Purkinje da Zona Lateral do cerebelo fazem sinapse no Núcleo Denteado Vai para o Tálamo (lado oposto) e daí vai para as áreas motoras do córtex cerebral (via dento-tálamo- cortical), onde se origina o tracto córtico espinhal; O Núcleo Denteado participa da atividade motora (age sobre a musculatura distal- movimentos delicados). SINAIS DE LESÃO CEREBELAR Hipotonia Muscular: perda do controle dos núcleos denteado e interpósito que tem função na manutenção do tônus. O núcleo denteado e o núcleo interpósito (núcleo emboliforme + núcleos globosos) apresentam o controle da manutenção do tônus e lesões que afetem esses núcleos podem gerar hipotonia muscular – flacidez muscular. Alteração da manutenção do Equilíbrio e Postura: transmitida aos núcleos motores pelos tratos vestibuloespinhais; Perda do Controle dos Movimentos Voluntários: perda da capacidade de planejar e corrigir o movimento em execução; Perda das funções cognitivas (não-motoras): Relacionadas ao córtex pré-frontal. Ex: Resolver quebra-cabeça; associar palavras a verbos; reconhecer mentalmente operações aritméticas; reconhecer figuras complexas. Sinais de Incoordenação Motora: Dismetria: dificuldade de manter a medida do movimento. Pode ter 2 formas de dismetria, que é a hipometria (quando ele nem chega ao alvo) e a hipermetria (quando ele ultrapassa o alvo) Disdiadococinesia: o paciente não consegue fazer movimentos rápidos e alternados; Decomposição dos movimentos: o paciente tem dificuldade de realizar os movimentos de forma cinérgica; Nistagmo: o paciente não tem um movimento coordenado dos olhos, podendo ter movimentos oscilatórios e incoordenados tanto na horizontal quanto na vertical; Rechaço: É a incapacidade do cerebelo de ativar os músculos antagonistas a um determinado movimento, para frear o movimento em execução. Disartria: É a alteração na execução da fala de forma permanente. Tremor cinético (intencional): O tremor cinético também é conhecido como tremor intencional, pois ele ocorre durante o movimento e esse tremor aparece especialmente, quando o paciente está perto de atingir um alvo. Tremor postural: é a incapacidade de manter a postura e o equilíbrio na posição ereta. podemos analisar esse sinal pedindo para o paciente ficar na posição ereta e observando se ele consegue manter o equilíbrio e a postura ereta, se o paciente não consegue manter ele vai apresentar oscilações – e quando ele oscila parecendo que vai cair é o que chamamos de tremor postural. Alterações nas reações de Endireitamento e Equilíbrio: O paciente com lesão cerebelar vai ter dificuldade para manter a postura, equilíbrio e vai apresentar uma chance maior de cair. OBS! Teste de Romberg: é um exame Neurológico que avalia possíveis alterações no equilíbrio estático. Pode-se testar se o paciente tem tremor postural através do sinal de Romberg positivo, pedindo para o paciente colocar os pés paralelos, ficar ereto, inicialmente com os olhos abertos, depois com os olhos fechados e pedir para ele afastar os braços (observando se ele consegue manter o equilíbrio e a postura ereta), se ele tem déficit na manutenção do equilíbrio ele vai apresentar o sinal de romberg positivo @medempenho 5 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Quando tropeçamos temos uma reação de endireitamento, essa é uma reação automática para se organizar, voltar para o centro de gravidade ou se eu não voltar, vou ter uma reação de extensão protetora dos braços (extensão de cotovelo e punho) para amparar a queda – por isso que o índice de fratura de colles é muito alto, onde tem a fratura do escafóide e rádio na extremidade distal e essa é uma reação instintiva para proteger a cabeça e evitar lesão craniana. Ataxia: O paciente com lesão de cerebelo, especialmente, a síndrome do vestíbulocerebelo, vai apresentar a marcha atáxica ou marcha do ébrio – é a marcha cambaleante. O paciente não consegue manter a marcha em linha reta, a postura e a coordenação motora durante a marcha (é semelhante a uma pessoa sob efeito de álcool) – durante o estado de embriaguez existe uma inibição da atividade cerebelar e por isso apresentam as “mesmas” características. OBS1 Se a lesão do cerebelo for unilateral, quando a pessoa andar ela vai tender para o lado da lesão, pois o comprometimento vai ser homolateral ou ipsilateral – mesmo lado da lesão. Lembrando que se for por embriaguez, tumor, compressão ou uma má-formação que afete o cerebelo em ambos os hemisférios essa informação não procede, visto que vai afetar o cerebelo como um todo e o comprometimento vai ser bilateral. Importante ressaltar que as vias nervosas cerebelares a grande maioria ou são homolaterais ou sofrem duplo cruzamento e, sendo assim, os comprometimentos vão se manifestar do mesmo lado que o cerebelo foi lesionado. SÍNDROMES CEREBELARES Síndrome do Vestibulocerebelo: Perda da capacidade de usar informações vestibulares para o movimento do corpo durante a marcha ou a postura de pé; Perda do controle dos movimentos oculares durante a rotação da cabeça (nistagmo); Marcha com base alargada (ataxia): tanto com olhos abertos como fechados e tendência a quedas; CAUSA: pode ser devido a tumores do Teto do IV Ventrículo (comprimi o Nódulo e o Pedúnculo do Flóculo). Exemplo: Xivanoma vestibular (tumor benigno): começa no nervo vestíbulococlear e comprime o pedúnculo do flóculo e o flóculo, ou seja, além dos sinais de compressão dos nervos cranianos que vão ser afetados pelo xivanoma vai ter os sinais síndrome do vestíbulocerebelo – vai ter perda da capacidade de usar informações vestibulares dos núcleos vestibulares do ouvido interno para o movimento do corpo durante a marcha e durante a manutenção da postura ereta. Síndrome do Espinocerebelo: Lesões levam a erros na execução do movimento (área afetada deixa de processar informações proprioceptivas e não é mais capaz de influenciar as vias DESCENDENTES); Tremor intencional; Fenômeno de Rebote (falta de controle antagonista); Hipotonia (Lesão do Núcleo Interpósito- reduz a ativação do trato rubroespinhal e corticoespinhal); Dismetria; Nistagmo; Disartria (lesão do Vérmis-controle vocal; Lesão do Núcleo Fastigial): fala arrastada. OBS! SCHWANNOMA: Neurinoma ou Neurilenoma: tratase de um tumor benigno que acomete as células de Schwann, que se localizam no SNP ou SNC; Corresponde a 8% dos tumores intracranianos e 3% dos tumores espinais primários, mais comumente encontrados em indivíduos acima dos 50 anos de idade; Esses tumores podem estar relacionados com a neurofibromatose, uma desordem genética rara; Localizam-se preferencialmente nas raízes sensitivas dos nervos espinhais, enquanto que no crânio, afetam praticamente somente o N. Vestibulo-coclear (NC VIII) e, raramente, na raiz sensitiva do N. Trigêmio (NC V); Esses tumores são estruturas arredondadas, sólidas, bem delimitadas, de crescimento lento, que apenas comprime e nunca invade o cérebro ou a medula espinhal; As manifestações clínicas ficam na dependência do local onde os schwannomas se encontram; Quando próximos do Meato Acústico Interno, podem levar à surdez progressiva,tonturas, vertigens, perda de equilíbrio, ataxia e dor retroauricular; Também pode haver paresia facial, disfonia e disfagia, em decorrência da compressão de nervos próximos; Podem estar presentes: hipertensão intracraniana e hidrocefalia devido à compressão do IV Ventrículo. Dor radicular, paraplegia e bloqueio do fluxo do líquido cefalorraquidiano são outros sintomas decorrentes da presença de schwannomas. @medempenho 6 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Síndrome do Cerebrocerebelo: Principalmente por lesão da Zona Lateral (sinais e sintomas ligados ao movimento); Atraso no início do movimento; Decomposição do movimento (multiarticular); Disdiadococinesia; Rechaço; Tremor Cinético (Intencional); Dismetria. LESÕES CEREBELARES Principal característica: causa sintomas IPSILATERAIS; Lesões Hemisféricas: manifesta-se nos mebros do lado lesado (alterações da coordenação motora); Lesões do Vérmis: manifesta-se principalmente pela perda do equilíbrio (alargamento da base de sustentação), alterações da marcha (Marcha Atáxica) e alterações na fala; O cerebelo tem notável capacidade de recuperação funcional (a lesão segue permanente) do córtex cerebelar (neuroplasticidade). A recuperação ocorre quando atinge os núcleos centrais. OUTROS COMPROMETIMENTOS QUE PODEM AFETAR O CEREBELO Malformação de Chiari 1: herniação da parte inferior do cerebelo, ou seja, das tonsilas cerebelares e da parte inferior do cerebelo, através do forame magno para o canal vertebral, gerando alterações na circulação do líquor. Siringomielia: Cavidade no Canal Central da Medula Espinhal, levando à destruição da substância cinzenta intermédia central e da comissura branca. Acúmulo anormal de líquor no interior do canal central da medula espinhal. Pode ser causado por: trauma, esforço ou malformação Arnold Chiari I. Interrompe as fibras dos tractos espinotalâmicos laterais Perda da Sensibilidade térmica e dolorosa (ambos os lados) Malformação de Chiari II: Mais comum e associada, comumente, à mielomeningocele; Herniação da parte inferior do bulbo, de parte do IV Ventrículo e da parte inferior do cerebelo, através do forame magno para dentro do canal vertebral. De modo que pode comprimir totalmente ou parcialmente a abertura mediana e lateral do IV Ventrículo (depende do grau de herniação); Pode haver hidrocefalia comunicante (herniação parcial) ou não comunicante (herniação mais grave/total). Alteração estrutural e morfológica do rombencéfalo; A fossa posterior tem tamanho reduzido e a tenda do cerebelo possui implantação baixa; O mesencéfalo, na região tectal, está angulado (forma de bico) e o aqueduto cerebral é anômalo; A ponte e o bulbo estão curvados posteriormente e rebaixados. Manifestações clínicas: Hidrocefalia, ou sinais e sintomas de hipertensão intracraniana como cefaleia e papiledema (edema do disco óptico); OBS! As duas situações podem ocorrer ou de forma isolada ou associadas. @medempenho 7 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Déficit motor e atrofia da língua, do esternocleidomastóideo e trapézio, além de disfagia, desvio ao comprometimento do bulbo; Sinais de Ataxia cerebelar e comprometimento piramidal (espasticidade) também podem ocorrer. Diagnóstico: poderá ser confirmado ela TC ou RNM; Tratamento: prioritária a derivação liquórica (DVP). Marformação de Chiari III: Incompatível com a vida; Malformação congênita do occipital; Cisto suboccipital onde pode ter acompanhado a projeção de tecido nervoso cerebral. Projeção da face posterior do IV ventrículo; Herniação do tronco encefálico e da medula para dentro do saco; Pode ser acompanhada do cerebelo. Pode ter apenas a herniação de tecido cerebral acompanhado de líquor e meninges; Em alguns casos, pode observar uma projeção de tecido cerebral para a região frontal. Incidência: 1 a cada 10 mil nascidos vivos; Deficiência de alguns nutrientes na alimentação, como ácido fólico, vitaminas do complexo B e ômega três (a partir dos três meses). Malformação de Chiari IV: Vem acompanhada de uma hipoplasia cerebelar, sem herniação do mesmo. Observa-se uma diminuição do cerebelo e até uma assimetria do mesmo. Mielomeningocele: Mais grave; Herniação da medula e das raízes nervosas da cauda equina para dentro do saco formado no nível da falha da coluna vertebral; O tipo e a intensidade das deficiências neurológicas e funcionais dependem da localização e da magnitude da falha; A sede mais frequente é a região Lombossacral, apresentando: Paralisia flácida; Diminuição da força muscular; Hipotrofia ou Atrofia muscular; Diminuição ou Abolição dos Reflexos Tendinosos; Diminuição ou Abolição da Sensibilidade Exteroceptiva e Proprioceptiva; Incontinência dos Esfíncteres Retal e Vesical (bexiga); Deformidades de origem congênita e Paralítica (secundária); Hidrocefalia Meningocele: Não tem herniação da medula (os impulsos nervosos são transmitidos noralmente); Benigna; Herniação da meninge dura-máter e aracnoide e a pia-mater permanece dentro do canal vertebral; O líquor é projetado para dentro do saco posterior; Formação de um cisto. Tipo de espinha bífida cística. Espinha Bífida Oculta: Malformação na coluna vertebral; @medempenho 8 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Em geral, observa-se que ela pode passar despercebida e é assintomática na maioria dos casos; A medula espinall e as raízes nervosas da cauda equina permanecem dentro do canal vertebral; As meninges não são herniados; Ao nível da pele, tem-se algumas alterações cutâneas, como a presença de um tufo de pelos no nível da falha da coluna vertebral, um seio dérmico com um tampão escamoso e uma elevação maior de gordura no local da falha (seio dérmico com um furo externo); Em alguns pacientes não tem nenhuma alteração cutânea; Em alguns casos pode ter uma rotação das raízes nervosas da cauda equina e da parte inferior da medula (cone medular) e essa rotação quando sintomática, pode vir acompanhada de tecido fibroso, ou seja, da formação de aderências na cauda equina e no cone medular. Quando se tem a desão de tecido fibroso formando aderências e a rotação da parte inferior da medula (cone medular) e cauda equína Espinha bífida oculta sintomática; SINTOMAS: Paresias lentamente progressivas; Perda da sensibilidade nos MMII; Distúrbios da marcha; Disfunção dos esfíncteres. ANOMALIAS QUE FREQUEMENTEME ACOMAPANHAM: Diminuição do reflexo aquiliano; Encurtamento dos músculos da panturrilha; Comprimento desigual dos MMII; DIAGNÓSTICO: Ressonância magntética; Ultrassonografia; Além disso, pode haver indicação para tratamento cirúrgico. SÍNDROME DE DANDY WALKER: Sinônimos: atresia do forame de luscha e magendie; atresia do forma de magendie; hidocéfalo não-comunicante; malformação de dandy walker; Malformação na conversão da placa neural em tubo neural. Hipoplasia do vérmis cerebelar e do tronco (b) devido a dilatação do aqueduto de sylvius e do IV ventrículo. Rotação do vérmis; Grande fossa craniana posterior. DEFINIÇÃO: Defeito congênito das estruturas cerebelares da linha média; A hidrocefalia (não comunicante) é provocada por atresia dos forames de Luschka e Megendie; Forma específica de hidrocefalia, secundária à obstrução ou atresia destes forames; Esta síndrome, de base malformativa, caracteriza-se pela imperfuração dos forames de Luschka e Magendie; Com formação de um grande cisto na fossa craniana posterior; CLINICAMENTE: Apresenta aumento progressivo do crânio e, nas fases mais avançadas, podem ocorrer vômitos, irritabilidade e convulsões; Dilatação do Aqueduto de Sylvius e do IV ventrículo; Afastamento dos hemisférios cerebelares; Vermis cerebelar pequeno. Dandy Walker (variação) ou Vermis Cerebelar Hipoplásico: @medempenho 9 Neuroanatomia- Cerebelo Por Monizy Moreira Tamanho reduzido do Vérmis (hipoplasia do cerebelo); Sem rotação do vérmis; Menor dilatação do IV ventrículo; Sem alargamento da fossa craniana posterior; Agenesia do corpo caloso. MEGA CISTERNA MAGNA (tipo de Dandy Walker): Vérmis normal (cerebelo e IV ventrículo são morfologicamente normal); Sem rotação do vérmis; Menor diltação do IV ventrículo; Fossa craniana posterior é ampliada por causa de uma alargada na cistema magna.
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