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Fichamento Case O Instituto Ethos 202007331192

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE INVESTIMENTOS 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
 
 
 
Wladimir Mazzolla Morais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da Disciplina Economia e Finanças para Gestores, 
 Tutor: Profº. Ronald Castro Paschoal 
 
 
 
Florianópolis 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHAMENTO 
 
TÍTULO: Economia e Finanças para Gestores 
 
CASO: O Instituto Ethos (A): Desafiando Negócios para se Tornar a Vanguarda do Progresso 
Social no Brasil 
 
REFERÊNCIA: Este caso foi escrito por SCHLEFER, Jonathan Schlefer para Mark Moore, 
Presidente do Corpo Docente e Diretor do Corpo Docente do Hauser Center for Nonprofit 
Organizations, John F. Kennedy School of Government, Harvard University. Disponibilizado 
pela Universidade Estácio de Sá. 
 
TEXTO: O estudo de caso descreve a respeito do Instituto Ethos, onde sua visão tem como 
propósito fazer com que as organizações aperfeiçoem suas práticas, produzindo melhorias 
para a sociedade como um todo, minimizando impactos negativos. Sua missão é de apoiar o 
gerenciamento das organizações em seus negócios, sempre com responsabilidade social, 
fazendo com que sejam algo consciente. Assim, possam promover mudanças na sociedade e 
agregar valor as suas marcas, implementando políticas e planejamento de atividades 
inovadoras para um bem-estar social, que contribuam para a sustentabilidade da sociedade. 
O Instituto Ethos orienta as organizações a alinhar sua gestão a definição de responsabilidade 
social empresarial e sustentabilidade, englobando desde a apresentação e implementação de 
políticas até sua integração com os processos de gestão da empresa. Neste contexto, entre 
os componentes que fazem uma organização como socialmente responsável estão: 
transparência em seus procedimentos, determinação de compromissos públicos, esforço para 
atrair e manter talentos, altas taxas de motivação dos colaboradores e o reconhecimento dos 
resultados, bem como as ações da empresa no meio social, excedendo quando for preciso as 
obrigações determinada por meios legais quando o propósito for o bem-estar da coletividade. 
 O Instituto Ethos é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1998, por Oded 
Grajew e alguns empresários e executivos brasileiros. O Instituto Ethos, com suas empresas-
membros, implementou um código de práticas éticas, que a partir disso, criou-se um 
 
 
 
 
 
 
 
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movimento de Responsabilidade Social Empresarial, RSE. Esse movimento consistia em não 
apenas a doação da parte dos lucros por parte das empresas à filantropia, mas também a 
adotarem uma postura mais responsável, comprometendo-se com causas sociais, tais como 
racismo e combate ao trabalho infantil. Os fundadores do Instituto Ethos tinham uma visão 
diferente de outras ONGs, onde o foco eram os negócios de sucesso. É cada vez maior o 
reconhecimento de que as empresas, além dos governos, são responsáveis por garantir o 
cumprimento dos direitos humanos, sejam na organização, sejam na comunidade que estão 
inclusas. Entende-se também que a geração de empregos e o pagamento de salários são 
contribuições econômicas e sociais muito importantes de uma organização. Mas as práticas 
trabalhistas devem ser socialmente responsáveis, o que é essencial para a consolidação da 
justiça, da estabilidade e da paz social. Outro aspecto desta proporção é o relacionamento da 
empresa com seus consumidores, claramente em relação aos impactos causados pelo 
consumo de seus produtos e serviços. Entre as questões enfrentadas pelo Instituto Ethos está 
o racismo e a desigualdade social onde o país teve um resultado alarmante em comparação à 
um continente. Esse cenário estava aprofundado com muita antecedência ao desenvolvimento 
do setor moderno de negócios. A pirâmide social se apresentava com a base formada pelos 
negros mais retintos, o meio com as raças mistas, e quanto mais claro o tom de pele e mais 
finas suas feições, menor a discriminação, e por fim, o topo composto por pessoas 
caucasianas. O Instituto Ethos via a oportunidade de resolver problemas sociais, advindos de 
longa data, no eixo Sul-Sudeste, onde se aglomerava o setor empresarial moderno. A 
conjuntura que moldara o setor empresarial moderno brasileiro atua em como o Instituto Ethos 
avalia a relação empresas-sociedade, que gerou as questões que queriam sanar. Essa 
conjuntura era o corporativismo, não era incomum no continente. 
 Outra causa social defendida inicialmente por Oded Grajew, enquanto presidente da 
Associação de Fabricantes de Brinquedos, a Abrinq, era o trabalho infantil e evasão escolar. 
Em 1990, criou a Fundação Abrinq juntamente com empresários, para a defesa dos direitos 
infantis. As empresas que contribuíam com a fundação e não fizessem uso e não tivessem 
fornecedores que a utilizavam mão de obra infantil, teriam o selo “Amiga da Criança”. Sem 
autoria, as empresas assinavam uma declaração pública, onde o fornecedor empregaria os 
pais da criança e não haveria corte imediato deste. A Abrinq contava com o Ministério do 
 
 
 
 
 
 
 
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Trabalho e Sindicatos para que descobrissem irregularidades. A influência que a Abrinq 
implicaria na publicação através da imprensa de venda de produtos que utilizavam mão de 
obra infantil, soaria negativamente, impossibilitando a venda para mercados americanos e 
europeus. Os ideais dessa modalidade influenciaram a visão dos líderes do Instituto Ethos, 
quanto à relação negócios-sociedade, assim como o anseio de trabalhar com o Estado 
brasileiro, para combate a práticas corporativas corruptas. Em 1997, Oded Grajew foi aprender 
mais sobre RSE nos Estados Unidos e Europa. Havia duas experiências: com a Abrinq e a 
reforma das operações comerciais e consequentemente, progresso social concreto e; com o 
PNBE (grupo de empresários-membro formado a partir da FIESP) com sua ação política de 
proposta de plano econômico apoiado e a derrubada de presidente corrupto. O Instituto Ethos 
os compilou, não os adotando de uma vez, ficando um passo à diante do cenário tradicional, 
não perdendo, assim, o seguimento. O Instituto Ethos enfrentou a antipatia do setor 
empresarial privado pelo fato da expulsão da FIESP por parte do Oded Grajew, os outros 
fundadores e demais participantes do PNBE, sob a acusação de serem esquerdistas. Em 
contrapartida, ganharam o apoio de outras ONGs, que surgiram em oposição ao governo 
militar. Entre as vantagens do Instituto Ethos, pode-se citar a emergente sociedade civil que 
surgiu à medida que a democracia avançava, o senso de responsabilidade social 
implementado na comunidade empresarial e Oded Grajew, líder comercial de porte nacional 
como presidente. A independência financeira de Oded Grajew permitiu a total dedicação ao 
Instituto Ethos, colaborando para a sua projeção. Uma vez que o público-alvo era empresarial, 
o conselho deveria ser do setor privado. O Instituto Ethos perderia credibilidade com as 
empresas se fosse vinculado ao governo ou ONGs. 
 
LOCAL: Biblioteca da Universidade. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Este caso foi escrito por SCHLEFER, Jonathan Schlefer para Mark Moore, Presidente do Corpo 
Docente e Diretor do Corpo Docente do Hauser Center for Nonprofit Organizations, John F. 
Kennedy School of Government, Harvard University. Disponibilizado pela Universidade Estácio 
de Sá.

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