5 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 2
Bruna Oliveira – 144 Agentes: Vírus A, B, C, D e E • Homem é o único reservatório com importância epidemiológica Transmissão HAV-HEV • Fecal-oral • Diretamente relacionada com questões de saneamento, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos HBV, HCV e HDV • Parenteral • Sexual (mais comum para o HBV) ✓ No HCV, acontece mais quando a pessoa tem múltiplos parceiros, infectada pelo HIV, com alguma lesão genital, alta carga viral do HCV e doença hepática avançada • Compartilhamento de objetos contaminados • Acidentes perfurocortantes • Transmissão vertical (na hora do parto) – principalmente HBV Período de transmissibilidade HBV • Presença de HBsAg/HBV-DNA = portador • Pacientes HBeAg (marcador de replicação viral) tem maior risco de transmissão HCV • Presença de HCV-RNA indica transmissibilidade • Transmissibilidade é diretamente relacionado com a carga viral • Transmissão vertical em gestantes coinfectadas com HIV e HCV é mais provável Susceptibilidade e imunidade • Susceptibilidade é universal. • Infecção garante imunidade permanente e específica para cada tipo de vírus • Imunidade vacinal é duradoura e específica • Filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os primeiros 9m de vida HAV • Presença de anti-HAV IgG ou anti HAV total positivo com igM negativo • Padrão indistinguível da imunidade vacinal HBV • Presença de anti-HBs + anti-HBc igG ou total • Com o tempo, o anti-HBs pode se tornar indetectável. HCV • Detecção do anti-HCV não consegue distinguir se a doença já foi resolvida ou se a pessoa continua portadora HAV • Susceptibilidade = anti-HAV igG – • Vacina = anti-HAV + HBV • Suscpetibilidade= HBsAg, anti-HBc e Anti- HBs – • Vacina = Anti-Hbs + Hepatites virais AGENTE GENOMA TRANSMISSÃO INCUBAÇÃO TRANSMISSIBILIDADE HAV RNA Fecal-oral 15-45d (média 30d) 2s antes do início dos sintomas até final da 2ª semana de doença HBV DNA Sexual, parenteral, percutânea e vertical 30-180d (média 60 a 90d) 2 a 3s antes dos sintomas, se mantendo durante toda a evolução da doença (portador crônico transmite por anos) HCV RNA Parenteral, percutânea, vertical e sexual 15-150d 1s antes dos sintomas e mantém-se enquanto ele tiver HVC-RNA detectável HDV RNA Sexual, parenteral, percutânea e vertical; 30-180d (menor que isso na superinfecção) 1s antes dos sintomas da infecção conjunta (superinfecção o período é desconhecido) HEV RNA Fecal-oral 14-60 (média 42d) 2s antes dos sintomas até p final da 2ª semana de doença Bruna Oliveira – 144 Manifestações clínicas • Ao entrar em contato com o vírus, o paciente pode apresetar um quadro de hepatite aguda, podendo ser oligo/assintomáticos ou sintomáticos ✓ No primeiro caso: manifestações leves/atípicas, simulando um quadro gripal. • Aguda- até 6m • Crônica- mais de 6m; Apenas B,C e D, sendo bem maior nos casos de HCV • Principalmente nos vírus A e B (vírus C apresenta uma fase aguda oligo/assintomática) ✓ Período prodrômico ou pré-ictérico: • Após a fase de incubação e antes da icterícia • Sintomas inespecíficos: ✓ Anorexia ✓ Náuseas, vômitos e diarreia ✓ Febre baixa ✓ Cefaleia ✓ Mal-estar, astenia e fadiga ✓ Aversão ao paladar/olfato ✓ Mialgia ✓ Fotofobia ✓ Desconforto no HD ✓ Urticária ✓ Artralgia ou artrite ✓ Exantema papular ou macropapular. ✓ Fase ictérica: • Diminuição dos sintomas prodrômicos • Hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia • Hiperbilirrubinemia intensa e progressiva (+ fração direta) • Alteração das aminotrnsferases. ✓ Fase de convalescença: • Desaparecimento da ictericia • Retorno ao bem estar • Fraqueza e cansaço podem durar meses. • Portadores crônicos são os principais responsáveis pela perpetuação da transmissão • Portador assintomático: ✓ Replicação baixa ou ausente ✓ Sem alterações graves a histologia hepática ✓ Evolução benigna ✓ Capazes de transmitir • Hepatite crônica: ✓ Sinais histológicos de atividade da doença: inflamação com ou sem deposição de fibrose) ✓ Presença de marcadores de replicação viral ✓ Podem ou não apresentar sintomas, dependendo do dano hepático ✓ Podem ter evolução desfavorável, como desenvolvimento de cirrose. ✓ Frequentemente o diagnóstico é tardio, já sendo feito na fase avançada (cirrose e/ou hepatocarcinoma) • Insuficiência hepática no curso de uma hepatite aguda • Na maioria dos casos, a etiologia é desconheida • Comprometimento agudo da função hepatocelular: ✓ ↓ fatores de coagulação ✓ Encefalopatia hepática ✓ Até 8s do início da icterícia • Mortalidade elevada Diagnóstico Diferencial • Considerar perfil epidemiológico regional e sazonalidade • Período prodrômico: ✓ Mononucleose infecciosa (Epstein Barr) ✓ Toxoplasmose ✓ CMV ✓ Nessas patologias, o aumento das AMT é abaixo de 500UI. • Período ictérico: ✓ Leptospirose ✓ Febre amarela ✓ Malária ✓ Dengue hemorrágica ✓ Testes dignóstico específicos para cada patologia • Outras causas de hepatite: ✓ Hepatite alcoólica ✓ Hep. Medicamentosa ✓ Hep. Autoimune ✓ Hep. Reacionais ou transinfeccioss (acompanham infecções gerais) ✓ Ictericias hemolíticas ✓ Colestase extra-hepática Diagnóstico Laboratorial • Aminotransferases (TGO/TGP): ✓ Marcadores de agressão hepatocelular ✓ Até 100x acima do normal na fase aguda ✓ Hep. C tem menos variação ✓ Começam a elevar-se 1s antes do íncio da doença e normalizam em 3 a 6s de curso clínico. ✓ Em casos crônicos, não se elevam mais que 15x ✓ Em casos assintomáticos, pode ser a única sugestão de doença hepática. Bruna Oliveira – 144 • Bilirrubinas: ✓ Elevam-se após o aumento das aminotransferases ✓ 20 a 25x acima ✓ Principalmente direta ✓ Pode ser detectada precocemente na urina • Proteínas séricas: ✓ Normais na fase aguda ✓ Em casos crônicos, a albumina diminui progressivamente • Fosfatase Alcalina: Normal na fase aguda, exceto quando há colestase. • GGt: ✓ Relacionada a colestase ✓ Elevação discreta nas hepatites virais • Atividade da protrombina: ✓ Alterada nos casos de hepatite fulminante ✓ Nos casos crônicos, alargamento do TP indica deterioração da função hepática • Alfafetoproteina: ✓ Em casos crônicos, geralmente indica o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular ✓ Pacientes com HB crônica podem desenvolver carcinoma hepatocelular mesmo sem cirrose hepática. • Hemograma: ✓ Leucopenia é habitual na fase aguda ✓ Leucocitose sugere intensa necrose hepatocelular ou associação com outras patologias. ✓ Plaquetopenia pode acontecer na infecção crônica por HCV. • Em casos agudos, avaliar faixa etária, história pregressa de hepatites virais/icterícia e presença de fatores de risco (uso de drogas injetáveis, prática sexual não segura, contato com pacientes portadores) • Em caso de suspeita de hepatite aguda, fazer a pesquisa inicial de: ✓ Anti-HAV igM ✓ HBs-Ag ✓ Anti-HBc (total) ✓ Anti-HCV (caso a história clinica justifique) HAV • Anti-HAV igM: ✓ Indica infecção recente ✓ Surge precocemente e começa a declinar após a 2ª semana e desaparece após 3m. • Anti-HAV IgG: ✓ Não diferencia infecção aguda ou pregressa ✓ Aparece na fase convalescença e fica por tempo indefinido ✓ Marcador epidemiológico Anti- HAV total Anti- HAV igM Interpretação + + Infecção recente/ hepatite aguda + - Infecção passada ou imunizado - - Ausência de contato com o vírus/ susceptibilidade HBV • HBsAg (antígeno de superfície) ✓ Primeiro marcador que surge (30 a 45d) e permanece até 120d. ✓ Presente nas infecções agudas e crônicas • Anti-HBc IgG (ac contra o ag do núcleo do HBV) ✓ Indica contato previo com o vírus ✓ Detectável por toda a vida ✓ Marcador epidemiológico • Anti HB-c IgM ✓ Marcador de infecção recente ✓ Até 6m do início da infecção