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TRATAMENTOS SÍNDROME DO NAVICULAR Doença degenerativa: não há cura total · Ferragem corretivo (pinça rolada) – quando arredonda a região de pinça, facilita a movimentação do animal, ajudando que ele tire o pé do chão · Ferraduras ortopédicas – com talão fechado, para restringir o impacto entre as estruturas · Analgésicos/anti inflamatórios · Sistêmico – AI não esteroidal/ local – infiltrar a bursa do navicular, infiltrar articulação interfalangiana distal. AI esteroidal. · Agentes vasomuduladores – Isoxsuprine (0,6mg/kg, oral BID e SID – manutenção) Tildren – ácido tiludrônico (importado da Europa – não tem no brasil). Sistêmico ou local. Auxilia no remodelamento · Neurectomia química ou cirúrgica (paliativo: uma vez feita a Neurectomia, o casco é dessensibilizado, consequentemente o animal vai parar de claudicar por não sentir mais dor, mas não significa que o animal foi tratado) – última opção. Caso não tenha monitoramento e o animal continuar em exercícios, pode haver um dano ainda maior no tecido por ele já estar lesionado, o ideal é que o animal se afaste do esporte. LAMINITE Pododermatite asséptica difusa – nome alternativo para a doença Aguamento · Lesão inflamatória nas lâminas dérmicas · Histórico · Alterações sistêmicas · Membros anteriores · Membro contralateral – membro com excesso de carga pode vir a ter laminite · Inspeção/ Palpação · Atitude patognomônica · Cascos quentes · Pulso · Pinçamento de casco positivo Teoria inflamatória: por uma inflamação (qualquer que seja, em qualquer região) são ativadas enzimas inflamatórias. Essas enzimas em excesso fazem com que ocorra a separação entre a derme e epiderme no casco. · Processo desencadeado por liberação excessiva de enzimas degradantes (metaloproteinases). · Falha na união do tecido conjuntivo da derme ou cório laminar e a camada basal na lâmina epidérmica · Várias afecções primarias predisponentes Se começar a descolar a epiderme e a derme, por ação do tendão flexor digital profundo, a terceira falange vai rotacionar e afundar. Em casos extremos, a terceira falange pode perfurar a sola do casco. Como consequência a esse dano, ocorre também dano vascular. A imagem de raio x acima é um venograma. Quanto menos vasos presentes, maior a lesão vascular. É um exame onde se pode avaliar o prognóstico e avanço da lesão. O casco e a falange devem ser paralelos, não devem se cruzar. Uma vez que ocorra o descolamento da epiderme e derme, irá ocorrer a rotação da falange e consequentemente uma angulação entre casco e falange. Não são todos os casos que irá ocorrer a perfuração, existem vários graus da doença. Animal que já teve laminite ou tem laminite crônica vai apresentar o casco tortuoso, devido a perda de ligação entre derme e epiderme Caso extremo onde a terceira falange já está para fora do casco **Teoria vascular (não mais utilizada): por microtrombos, por lesão no endotélio vascular, causaria uma hipóxia, uma falha na perfusão sanguínea na região distal do casco, e consequentemente a essa hipóxia, teria um descolamento das laminas CLASSIFICAÇÃO: · Fase pré clínica (pré laminite) · Antes do início da claudicação · Preservação da união dérmica/ epidérmica · Aumento de temperatura dos cascos e pulso digital · Ausência de dor · Sem atitude patognomônica · Fase clínica · Ocorrência de lesão (ou separação) dérmica/ epidérmica · Claudicação evidente · Aumento de temperatura dos cascos e pulso digital · Pinçamento de cascos positivo Uma vez que se tem a lesão, o descolamento de lâminas, rotação de falange, terá que ser lidado com sequelas e consequências da laminite. Caso consiga diagnosticar a doença na fase pré clínica, é possível prevenir o descolamento das lâminas, salvando o casco do animal. PREVENÇÃO · Tratamento das doenças primárias · Crioterapia contínua de 48 a 72 horas – deixar o animal no gelo para diminuir o fluxo sanguíneo da região distal do casco e evitar que ative as metaloproteinases (enzimas inflamatórias) · Resfriamento das extremidades para reduzir o fluxo sanguíneo local · Redução de até 85% da perfusão local · Menor exposição dos tecidos a citocinas · Menor ativação de metaloproteinases TRATAMENTO Fase clínica: · Tratar a causa primária!!! · Acetopromazina – vasodilatação periférica (0,02 – 0,05 – IV ou IM – QID: 4x/ TID: 3x) · Agentes vasomuduladores · Isoxsuprine · Pentoxifilina · Anti-inflamatorios (não esteroidal) · Fenilbutazona (4,4 mg/kg BID ou SID) · Cetoprofeno (2,2 mg/kg BID ou SID) Para das conforto ao animal: · Botas protetoras ou ferraduras corretivas · Cama sempre alta · Bandagens para melhor sustentação dos membros · Biotina – crescimento dos cascos
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