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Regime juridico das nacionalizacoes e expropriacoes

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Índice 
1.	Introdução	3
2.	Objectivos	4
2.1.	Objectivos gerais	4
2.2.	Objectivos específicos	4
3.	Metodologia	4
4.	Conceitos	5
4.1.	Nacionalização	5
4.1.1.	Características das nacionalizações	5
4.2.	Expropriação	5
4.2.1.	Características da expropriação	7
4.3.	Semelhanças entre a nacionalização e expropriação	7
5.	Historia das nacionalizações	7
6.	Empresas Estatais	8
6.1.	A Intervenção Estatal	8
6.2.	Transição de empresas estatais para empresas públicas	11
7.	Empresas públicas	11
7.1.	Regime jurídico das empresas públicas	12
8.	Conclusão	13
9.	Referencias Bibliográficas	14
1. Introdução 
No presente trabalho iremos debruçar sobre o regime jurídico das nacionalizações e expropriações, que teremos os conceitos, características, semelhanças, história das nacionalizações, empresas estatais, empresas públicas, regime jurídico das empresas públicas, detalhando cada um dos tópicos destacados aqui.
O trabalho esta organizado da seguinte maneira introdução, objectivos, metodologia, parte teórica, conclusão e as referências bibliográficas.
2. Objectivos 
2.1. Objectivos gerais 
· Analisar o regime jurídico das nacionalizações e expropriações.
2.2. Objectivos específicos 
· Descrever as nacionalizações em Moçambique;
· Identificar as diferentes realidades moçambicanas das expropriações; 
· Relacionar as nacionalizações com vários outros acontecimentos moçambicanos.
3. Metodologia 
O método de abordagem utilizada para a elaboração do presente trabalho será de pesquisa bibliográfica.
Para este trabalho foi usado o método de pesquisa bibliográfica que, segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66), trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o mesmo. 
4. Conceitos 
4.1. Nacionalização 
A nacionalização consiste num acto político, em regra, contido num diploma legislativo, implicando a transferências das empresas para a propriedade pública, em regra do Estado em sentido estrito (António Carlos, et al., 2004). 
O acto de nacionalização tem por objecto unidades económicas, explorações ou empresas agrícolas, comerciais, industriais, etc, com motivos específicos de intervenção na estrutura do poder económico, na condução da economia ou na transformação do sistema económico.
Nacionalização é a passagem de um determinado bem do domínio privado para a nação. É um acto político e ideológico que consiste na transferência de unidades económicas produtivas do domínio privado para o domínio pública.
4.1.1. Características das nacionalizações 
· Político e ideológico - onde o poder político vai mostrar domínio ao poder económico
· Unidades económicas produtivas – As empresas nacionalizadas devem continuar a ser produtivas mesmo na posso do domínio publico.
· A nacionalização é um acto limitativo do direito de liberdade de iniciativa ou do direito de empresa.
· A nacionalização sendo um acto politico e ideológico e legislativo não é passível de recurso.
4.2. Expropriação 
É um acto administrativo que consiste na retirada de um bem do domínio privado para o domínio público ou para o domínio privado com a finalidade de satisfazer o interesse publico ou colectivo.
A expropriação é levada a cabo sob o pretexto do interesse social ou da utilidade pública, o que, regra geral, significa que se encontra dentro da lei apesar de as autoridades poderem cometer alguns abusos neste tipo de processos.
Com a expropriação, a propriedade privada do bem em questão passa das mãos do titular privado para o Estado. A transferência é coerciva: não se pode dizer que a pessoa age na qualidade de vendedor, uma vez que é o Estado quem ordena a expropriação e estabelece as condições.
Segundo a legislação da EDM (Eletricidade de Moçambique) no seu artigo 30 do capítulo 6 é abordado da seguinte maneira a expropriação:
01-Quando por razões de necessidade utilidade ou interesse público, produção, transporte ou distribuição de energia eléctrica implique a utilização, ocupação, dano ou destruição de bens imóveis e direitos a eles relativos ou a limitado e imposição de um encargo sobre direitos existentes relativamente a esses a outorga da concessão é acondicionada à prévia expropriação e à liquidação da justa indemnização, a realizar nos termos legais.
02-A expropriação prevista no inúmero anterior é condicionada a satisfação dos seguintes requisitos, que:
a) Concessionário ou requerente de uma concessão tenha já empreendido os esforços legais com vista à aquisição do direito ao uso e aproveitamento da terra ou outros bens imóveis em questão, por meio de acordo. com o detentor do direito ou proprietário do bem;
b) A aquisição do bem imóvel ou direito relativamente a um bem imóvel se amostre de utilidade pública e necessária para a legalização do projecto de fornecimento de energia electrica;
c) O direito ou bem imóvel expropriado não avenha a ser utilizado apara fim diferente do que determinou a expropriação;
d) Se emita uma declaração de utilidade pública nos termos deste artigo.
03-No acaso do bem imóvel ou direito a ele relativo não ser utilizado para o fim para o qual tenha sido expropriado, o mesmo reverte apara o utente ou dono original, sem obrigação de este reembolsar a indemnização paga.
04-Compete ao Conselho de Ministros emitir, face às propostas de expropriação, a declaração de utilidade pública relativamente a novos projectos de construção de instalações e1ectricas por pessoas de direito privado de acordo com o disposto neste artigo e os demais procedimentos da lei aplicável.
Fazem parte do mesmo conjunto de actos administrativos o confisco e a requisição.
Confisco é a reversão da titularidade dos bens da esfera particular para esfera pública em virtude de cometimento de um acto ilícito.
Requisição consiste na transferência temporária do direito relativo a um determinado bem (direito de gozo, posse e fluição) da esfera privada para a esfera pública para a satisfação das necessidades colectivas.
4.2.1. Características da expropriação 
· Por ser um acto administrativo é passível de recurso;
· Incide sobre a universalidade de bens;
· É um acto limitativo do direito de propriedade.
4.3. Semelhanças entre a nacionalização e expropriação 
· Transfere um bem de um domínio para o outro;
· A sempre direito de indeminização segundo o número 2 do artigo 82 da Constituição da Republica e do artigo 13 do Lei de investimento.
5. Historia das nacionalizações 
Teve o inicio apos 1ª guerra mundial na Europa com mais enfase em 1917-1919, só no fim da segunda guerra mundial se expandiu aos outros países. Em Africa apos a independência do ano 60 em Africa, com necessidade de independência económica, há um aparecimento das nacionalizações. Com a Lei 16/1975-13/02, o Estado impos aos sabotadores a sua intervenção nas empresas privadas.
Apos essa intervenção o Estado decide nacionalizar as empresas com meio de evitar a revindicação dos antigos proprietários das empresas, apos as condições impostas ao Estado pela PRES (Programa de recuperação económica e social) para o financiamento. Condições: 
· Criar motivação para o investimento estrageiro;
· Criar condições para que o Estado deixasse de ser o maior produtor de bens e serviços;
· Manter o nível de donativos e empréstimos a longo prazo;
· Privatizar certos sectores económicos.
Estas nacionalizações foram a causa próxima para uma vaga de abandono do país de muitos indivíduos que eram proprietários daqueles serviços sociais ou simplesmente se encontravam habituados aos serviços de determinados especialistas ou ao atendimento exclusivo; como esses indivíduos, na maioria portugueses, eram muitas vezes igualmente proprietários de fábricas, barcos de pesca ou outros meios de produção, o governo viu-se obrigado a assumir a gestão dessas unidades de produção. Numa primeira fase, organizou-se, para as unidades mais pequenas, um sistema de auto- gestãoem que comités de trabalhadores, normalmente organizados pelas células da FRELIMO, também chamadas Grupos Dinamizadores, assumiam a gestão de facto.
Mais tarde, em face da falta de capacidade de gestão e das dificuldades económicas prevalecentes, o governo começou a aglutinar pequenas empresas do mesmo ramo, primeiro em Unidades de Direcção e depois em Empresas Estatais.
6. Empresas Estatais
Segundo a Lei 2/81 de 30 de setembro as empresas nacionalizadas foram denominadas empresas estatais. Que são a manifestação do Estado como produtor de bens e serviços. São unidades socio-económicas, dirigentes, propriedade do Estado que as cria, dirige e afecta os recursos.
6.1. A Intervenção Estatal 
Moçambique, desde o Governo de transição, desencadeou uma série de medidas reguladoras da actividade económica empresarial, particularmente nos considerados sectores estratégicos. É assim que, pelo Decreto-Lei nº 75/75, de 21 de junho, na área de seguros definiu uma série de princípios a serem observados pelas empresas do ramo, atinentes ao caucionamento em numerário e respectivo depósito numa instituição financeira estatal, do aumento das reservas técnicas referentes ao ano de 1974 e ainda à obrigatoriedade do caucionamento integral das reservas técnicas no país pelas agências gerais de sociedades com sede fora de Moçambique. 
Este processo conhece o seu climax com a definição legal, pelo Decreto-Lei nº 3/77, de 13 de Janeiro, da actividade seguradora como sendo da exclusiva competência do Estado e a criação da respectiva empresa estatal. No sector bancário, foi, pela Lei nº 5/77, de 31 de Dezembro, determinada a cessação da actividade dos bancos privados que operavam no país, alguns dos quais, os respectivos valores activos e passivos foram integrados no Banco de Moçambique e relativamente a outros, e com vista a assegurar o reembolso aos interessados pelo Banco de Moçambique, os respectivos depósito e a correspondente cobertura foram para estes transferidos. Ainda no domínio bancário foi, pela Lei nº 6/77, de 31 de Dezembro, criado um banco estatal com a designação de Banco Popular de Desenvolvimento que integrou o acervo patrimonial do Instituto de Crédito de Moçambique e da Caixa Económica do Montepio de Moçambique. No âmbito do serviço público de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica foi criada a empresa estatal Electricidade de Moçambique que, em regime de exclusivo, passou a dedicar-se àquele escopo.
 Nela integrou-se uma unidade de uma sociedade anónima que vinha desenvolvimento uma parte considerável da actividade da nova empresa estatal. O mesmo aconteceu com o serviço de fornecimento de água, da exploração do carvão e hidrocarbonetos, transportes públicos, dentre outros, considerados estratégicos. Neste processo, alguns dos serviços abrangidos ou parte deles vinham sendo assegurados por pessoas colectivas de direito público outros por entes de direito privado, tendo passado a sê-lo por empresas estatais. Por outro lado, o processo de descolonização iniciado no período de transição, propiciou o abandono de um considerável número de empresas pelos respectivos proprietários e gestores, deixando-as com trabalhadores que pouco ou quase nada entendiam em matéria de gestão empresariam. Perante uma tal situação o Governo, através do Decreto-Lei nº 16/75, de 13 de Fevereiro, estabeleceu uma série de medidas tendentes a garantir a paz social e o progresso, destacando-se dentre elas, a sua intervenção no processo de gestão. 
Definia, o número 1 do artigo 1º do referido Decreto-Lei que “sempre que as empresas, singulares ou colectivas, não funcionem em termos de contribuir, normalmente, para o desenvolvimento económico de Moçambique e para satisfação dos interesses colectivos, ficarão sujeitas à intervenção do Governo de Transição...” Algumas causas determinadas da intervenção estatal no sector privado, são legalmente definidas como sendo:
· Encerramento total ou parcial de secções significativas da empresa, ou ameaça de despedimento do respectivo pessoal;
· Abandono das instalações ou estabelecimentos;
· Descapitalização ou desinvestimentos significativos ou injustificados, nomeadamente pela retirada, distracção ou imobilização de equipamentos ou outros bens da empresa, ou actos preparatórios desse despedimento; 
Quando se verificasse alguma ou algumas das situações acima referidas, e confirmadas por inquérito, o Governo, de entre outras medidas, podia determinar a intervenção do Estado na fiscalização ou na administração da empresa, nomeando delegados seus, administradores por parte do Estado, ou uma comissão administrativa. Estas formas de intervenção podiam ser acompanhadas de intervenção financeira, através de financiados por instituições de crédito. Outra forma de intervenção estatal consistia na apropriação, pelo estado, de estabelecimentos industriais instalados sem a prévia autorização pelas entidades governamentais competentes. 
As empresas com comissões administrativas intervencionadas nos termos atrás descritos podiam, reunindo as condições técnicas e financeiras estabelecidas, ser transformadas ou integradas em empresas estatais. Por outro lado, as empresas privadas estavam sujeitas a uma série de condicionantes donde se destacava a obrigatoriedade de:
· Apresentar planos anuais de trabalho que lhes fossem solicitados pelas estruturas do Ministério do Comércio;
· Submeter-se aos objectivos que lhes são fixados pelo Plano Económico e pelos órgãos competentes do Estado;
· Aceitar técnicos indicados pelos órgãos competentes do Estado, desde que a importância económica da empresa o justificasse; 
· Dar preferência ao Estado ou entidade por este designada na aquisição de matérias-primas, produtos acabados ou meios de produção de que carecessem. 
Muitas das empresas intervencionadas nos termos atrás mencionados e outras originariamente criadas pelo Estado tomaram a forma de Empresas Estatais - propriedade do Estado, com personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e patrimonial; isentas de impostos do Código dos Impostos sobre o Rendimento mas obrigadas a entregar ao tesouro público uma percentagem dos seus resultados líquidos, processo que era regulado pelo Diploma Ministerial nº 74/83, de 21 de Setembro e as respectivas contas não sujeitas ao controlo do tribunal Administrativo.
6.2. Transição de empresas estatais para empresas públicas
Mediante as instituições de Bretton Woody (FMI,BMI) que exigiu que o Estado devia deixar de financiar as empresas estatais, deixando assim de ser empresas estatais para ser empresas públicas para garantir maior lucro, eficiência. Em 1991 várias empresas estatais foram transformadas em empresas públicas e outras foram privatizadas. Mas algumas empresas estatais continuaram assim porque o seu fim era social, exemplos: FARMAK, MEDIMOC.
7. Empresas públicas 
São unidades económicas criadas pelo Estado com capital próprio ou de outras instituições que gozam de autonomia financeira (capacidade de elaborar um orçamento próprio), autonomia patrimonial (em caso de divida quem responde é o património da empresa publica) e autonomia administrativa (pressupõe a prerrogativa das empresas publicas adaptarem mecanismos de gestão adequados com a sua actividade. 
De acordo com o artigo 1 da lei 06/2012 de 8 de fevereiro empresa pública é entidade de natureza empresarial criada pelo Estado, nos termos da presente Lei, com capitais próprios ou de outras entidades públicas, e realiza a sua actividade no quadro dos objectivos traçados no diploma de criação. 
De acordo com o artigo 2 da mesma lei supra citada Empresa pública é pessoa colectiva dotada de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A capacidade jurídica da empresa pública compreende todos os direitos e obrigações necessários à prossecução do seu objecto, tal como fixado nos respectivos Estatutos.
 De acordo com o artigo 3 da mesma lei supra citada a Empresa pública é criada por Decreto do Conselho de Ministros, tomando em conta a viabilidade económica, financeirae social comprovada pelo estudo previamente elaborado. O Decreto de criação da empresa pública deve aprovar os respectivos Estatutos. Compete, igualmente, ao Conselho de Ministros aprovar as alterações aos Estatutos que se mostrarem necessárias. 
De acordo com o artigo 38 da mesma lei citada anteriormente existem três (3) formas de extinção das empresas públicas nomeadamente: fusão, cisão e liquidação.
· Fusão é a incorporação do património e dos recursos financeiros e humanos de duas ou mais empresas públicas para formar uma nova empresa pública com personalidade jurídica diferente das empresas extintas. Exemplo: MCEL+TDM=TMCEL
· Cisão consiste na divisão do património de uma empresa pública para dar origem a duas ou mais empresas com personalidades jurídicas diferentes da empresa. 
· Liquidação consiste na venda do património, activos de uma empresa pública ate a dissolução ou extinção. Esta modalidade ocorre quando o Estado pretende por fim a prática de uma determinada actividade económica.
7.1. Regime jurídico das empresas públicas 
Segundo o artigo 47 capitulo V da lei 6/2012 a empresa pública rege-se pelo regime jurídico fixado na presente Lei e sua regulamentação complementar, pelo respectivo diploma de criação e Estatutos e, subsidiariamente nos casos omissos, pelas normas de direito privado aplicáveis, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. À empresa pública que explore serviços públicos, assegure actividades de interesse fundamental ou exerçam a sua actividade em termos de exclusividade, pode ser atribuído regime de direito público ou concedido privilégios especiais ou prerrogativas de autoridade necessários para a prossecução do respectivo objecto de actividade. 
8. Conclusão 
A nacionalização consiste num acto político, em regra, contido num diploma legislativo, que incide sobre meios de produção, implicando a transferências desses meios para a propriedade pública, em regra do Estado em sentido estrito. A sua consagração constitucional sofreu alterações, deixando de ser um instituto agressor de direitos, liberdades e garantias sem qualquer tipo de mecanismo que repusesse a igualdade para continuar com características de acto autoritário mediante indemnização. O acto de nacionalização, em nosso entendimento, apesar de revestir a forma de diploma legislativo, deve ser considerado em acto materialmente administrativo, pelas características de que se reveste. O direito de indemnização previsto no regime jurídico das nacionalizações é justificado pelo princípio da igualdade, no que se refere à contribuição de cada um para o bem comum.
9. Referencias Bibliográficas 
· ANTÓNIO CARLOS SANTOS, MARIA EDUARDA GONÇALVES e MARIA MANUEL L. MARQUES (2004), Direito Económico, Coimbra, Almedina (5ª edição), Parte II
· Legislação da EDM
· II Encontro dos Tribunais de Contas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
· Decreto-Lei nº 75/75, de 21 de junho
· Decreto-Lei nº 3/77, de 13 de Janeiro
· Lei nº 5/77, de 31 de Dezembro
· Lei nº 6/77, de 31 de Dezembro
· Decreto-Lei nº 16/75, de 13 de Fevereiro
· Diploma Ministerial nº 74/83, de 21 de Setembro
· Lei 06/2012 de 8 de fevereiro
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