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Fortaleça seu posicionamento e seus diferenciais com as 5 forças de Porter https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/5-forcas-de-porter/ Publicado em: 23 de junho, 2015 | Atualizado em: 08 de janeiro, 2020 Você conhece seus concorrentes? Sabe responder de bate-pronto no que você é melhor, e no que é pior que eles? Caso não consiga, é hora de começar a usar as 5 forças de Porter Se você, empreendedor(a), estudou administração, marketing ou economia em algum momento da sua vida, provavelmente já conhece bem o tema deste artigo. Agora, se você vem de uma área completamente diferente destas, pode ser que o modelo das 5 forças de Porter represente uma novidade. É possível que você até tenha ouvido falar dele nos ambientes de negócio. Mas acredite: o assunto é importante demais para se conhecer só de “ouvir falar”, e é para te informar melhor a respeito que resolvemos elaborar este texto. Do que se trata? Isso aí, direto ao ponto. O modelo das 5 forças de Porter foi desenvolvido para analisar a concorrência entre empresas. Seu funcionamento considera cinco fatores – as cinco forças competitivas – que devem ser detalhadamente avaliados para que daí surja uma estratégia empresarial eficaz. Criado no final dos anos 1970 pelo professor de Harvard, Michael Porter, o modelo se difundiu rapidamente como recurso completo para se analisar um ambiente competitivo. Hoje um verdadeiro clássico, é útil porque permite que você tenha uma visão mais abrangente da concorrência – e de como tirar proveito disso, claro. Ou seja, a análise das cinco forças de Porter é indispensável para que uma empresa consiga determinar de que forma deve entrar em um mercado, como deve se posicionar diante da concorrência, fornecedores e clientes. Qualquer empresa: não importa o tamanho ou ramo de operação. Como é que funciona? O modelo das cinco forças de Porter costuma ser representado pela imagem abaixo: Fonte: http://empregado.net/artigo/as-cinco-forcas-de-porter/ https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/5-forcas-de-porter/ https://images.endeavor.org.br/uploads/2015/06/5-Forcas-de-Porter.png Pode parecer simples do ponto de vista conceitual, mas, para funcionar direitinho, você precisa ver o seu negócio de forma bem abrangente. Neste sentido, vale refletir um pouco sobre cada força: 1 – Como se dá a rivalidade entre concorrentes? Saiba quem são os seus concorrentes diretos no momento em que for realizar a análise. Porém, tenha em mente que não é sempre que uma empresa que vende o mesmo produto que você é uma concorrente: pode ser que os públicos de interesse sejam diferentes. Para entender melhor a questão da rivalidade, faça-se algumas perguntas: • Como se destacar de seus concorrentes diretos? • Como os concorrentes estão agrupados (se houver grandes grupos, haverá mais força de negociação com fornecedores)? • As marcas concorrentes já se consolidaram? São admiradas? • Quais as vantagens competitivas dos concorrentes? Custos menores? Margens maiores? Localização? 2 – Quais são os produtos que podem substituir o seu? Existe uma crença entre empreendedores de que, se um produto é inovador, não tem concorrência. Caso você acredite nisso, por favor, desacredite agora. Afinal, por mais original que seja a sua oferta, ela deve resolver um problema já existente, do qual alguma outra já se ocupa. Então faça uma lista com todos os produtos que podem oferecer um benefício igual ou semelhante ao do seu. 3 – Quão forte é o poder de barganha dos fornecedores? É batata: empreendedor que tem poucos fornecedores costuma ficar totalmente rendido a eles. Quanto custa, quando entrega, com qual qualidade; todas estas questões são decididas pelos fornecedores, e isso não é nada bom para os negócios. Principalmente se o fornecedor decide vender para um concorrente – ou, pior ainda, exclusivamente para ele. Então, pense, pondere, reflita bastante para conseguir não apenas ótimos fornecedores, mas também para não depender de somente um ou de outro. Construa relações de parceria com seus fornecedores. 4 – Como evitar ou dificultar a entrada de novos players? Essa não é uma questão que costuma frequentar os pensamentos de novos empreendedores. Mesmo assim, é importante que, desde o início dos negócios, se desenvolva o hábito de criar barreiras de entrada. Patentes, marcas fortes e registradas e contratos de exclusividade são algumas das formas por meio das quais você pode dificultar ou até mesmo impedir a entrada de novos concorrentes em seu território. 5 – Qual é o poder de barganha dos clientes? Lá nos primórdios, esta força dizia mais respeito a empresas que vendiam para poucos clientes, e que por isso dispunham de uma tremenda força de negociação. Mas o princípio dela prevalece até hoje – é importante que você busque formas de não depender de poucos consumidores. https://endeavor.org.br/por-que-e-como-criar-barreiras-de-entradapor-que-e-como-criar-barreiras-de-entrada/ É importante lembrar que, com o advento da internet, um único cliente pode ganhar muita força de barganha por meio das redes sociais. Ou seja, deve-se procurar sempre tratar todo e qualquer cliente com excelência. Em posse dessas respostas – ou ao menos com estas reflexões feitas –, provavelmente ficará muito mais fácil solucionar uma última pergunta: qual será o posicionamento competitivo do seu negócio? Um pouco de inspiração não seria nada mau. Algum exemplo? Sempre! Lembre-se de que os empreendedores mais destacados são aqueles obcecados por superar a concorrência, e por isto nunca perdem sua atenção no comportamento dela. Tomemos o fundador do Walmart, Sam Walton: lá no começo, quando ele só tinha uma loja pequenina, costumava visitar a loja concorrente que ficava na frente, todos os dias pela manhã – e só depois ia para a sua. Então, antes de abrir, elaborava promoções e fazia anúncios que invariavelmente eram melhores do que os do rival. Outro exemplo clássico é o que nos dá o economista e professor Theodore Levitt em seu famoso artigo “Miopia em Marketing”, publicado nos anos 1960. “No texto, Levitt afirma que empresas ferroviárias não cresceram no século 20 aquilo que haviam crescido no anterior por entenderem que estavam no mercado de ferrovias, e não no de transportes”. Esta concepção errônea afeta muitos empreendedores até hoje. É uma visão estreita, que pode comprometer toda a análise das cinco forças de Porter e, em consequência, o desempenho de uma empresa. Por isto, não subestime os substitutos. É sempre bom lembrar que o processo de análise das 5 forças de Porter é trabalhoso e um tanto demorado. Agora que você já está mais familiarizado com a ferramenta, quanto antes começar, melhor. Então, mãos à obra! http://www.eniopadilha.com.br/documentos/levit_1960_miopia%20em%20marketing.pdf
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