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GEOGRAFIA DO MARANHÃO CURSO MÉRITO Prof.: Marcos Mendes INTRODUÇÃO O Maranhão apresenta uma superfície de 328.663 km², sendo o 8º estado mais extenso do Brasil e o 2º da Região Nordeste. Junto com Piauí, forma o Nordeste ocidental ou Meio-Norte. 1) LIMITES E DIVISAS O Maranhão apresenta uma superfície de 328.663 km2 sendo o 8º estado mais extenso do Brasil e o 2º da Região Nordeste. Junto com o Piauí, forma o Nordeste Ocidental ou Meio-Norte. NORTE OCEANO ATLÂNTICO SUL TO LESTE PI OESTE PA, SO TO TIPOS DE FRONTEIRAS: A - Fronteiras Fluviais: São determinadas pelos rios Parnaíba, Manuel Alves Grande e Gurupi. Rio Parnaíba: toda porção oriental, separando o Maranhão do estado do Piauí. Rio Manuel Alves Grande: ao sul e sudeste, separando o Maranhão do estado de Tocantins. Rio Gurupi: No lado ocidental, separando o Maranhão do estado do Pará. B – Fronteiras Marítimas: Considera-se o litoral ocupando toda porção setentrional do estado. C – Fronteiras Terrestres: Chapada das Mangabeiras no sul do estado e a Serra do Gurupi no oeste, dividindo o Maranhão respectivamente com os estados do Tocantins e do Pará. 2) LOCALIZAÇÃO ► EQUADOR Hemisfério Sul; ( meridional ou austral) ► GREENWICH Hemisfério Oeste (ocidental); ► ZONAS TÉRMICAS Zona Tropical (tórrida ou intertropical). ► CONTINENTES Divisão Física (América do Sul); Divisão Sócio-Cultural (América Latina) ► REGIÕES BRASILEIRAS Nordeste (IBGE); e na Amazônia e no nordeste (geoeconômica). LOCAL LINHA DIVISÓRIA EXTENSÃO Atlântico (N) Litoral 640 km PA (W) Serra do Gurupi 798 km PI (E e S) Rio Parnaíba 1.365 km TO (S e W) Rio Tocantins e Rio Manuel Alves Grande, Chapada das Mangabeiras. 1.060 km 3) PONTOS EXTREMOS NORTE Foz do rio Gurupi, na baía do Gurupi – MA/PA – município de Carutapera. LESTE Foz do rio Parnaíba; MA/PI – município de Araioses. SUL Nascente do rio Parnaíba ou nascente do rio Águas Quentes; TO/MA/PI – município de Alto Parnaíba. OESTE Confluência dos rios Tocantins e Araguaia – TO/MA/PA – município de São Pedro da Água Branca. OBSERVAÇÕES O Maranhão é quase uma ilha flúvio-marinha, pois apenas em trechos com o TO e o PA não tem limites com águas: Chapada das Mangabeiras e Serra do Gurupi. A forma do estado do Maranhão é bem parecida com a de um trapézio. O Maranhão tem a sua porção oeste dentro da Amazônia oriental, sendo parte integrante do Programa Grande Carajás (junto com PA e TO). 4) FUSO HORÁRIO O MA está situado no 2º fuso do Brasil (45° longitude oeste, LNW - Horário Oficial do Brasil – Brasília), estando 3 horas atrasadas em relação ao horário do GMT (Greenwich). OBS:_________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ 5) REGIONALIZAÇÕES O IBGE (1970) dividiu o Brasil em macrorregiões, mesorregiões e microrregiões. O Estado do Maranhão possui 217 municípios que estão agrupados em 5 mesorregiões, 21 microrregiões, 7 regiões ecológicas e 18 gerências regionais, recentemente foram criados 81 novos municípios. A criação de novos municípios foi mais intensa na parte ocidental do estado devido a influencia dos grandes projetos. 1. CENTRO MARANHENSE Alto Mearim e Grajaú, Médio Mearim e Presidente Dutra. 2. LESTE MARANHENSE Baixo Parnaíba Maranhense, Caxias, Chapada do Alto Itapecuru, Chapadinha, Codó e Coelho Neto 3. OESTE MARANHENSE Imperatriz, Pindaré e Gurupi. 4. NORTE MARANHENSE Aglomeração Urbana de São Luís, Litoral Ocidental, Lençóis Maranhenses, Rosário, Itapecuru-Mirim e Baixada Maranhense. 5. SUL MARANHENSE Chapada das Mangabeiras, Porto Franco e Gerais de Balsas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_do_Baixo_Parna%C3%ADba_Maranhense https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Caxias https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_das_Chapadas_do_Alto_Itapecuru https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_das_Chapadas_do_Alto_Itapecuru https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Chapadinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Cod%C3%B3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Coelho_Neto QUESTÕES 1. Os municípios maranhenses estão agrupados em 05 (cinco) mesorregiões em 21 (vinte e uma) microrregiões geográficas. Com base nesta divisão, podemos afirmar que o município de Paço do Lumiar faz parte da: a) Mesorregião Leste maranhense e da Microrregião de São Luís b) Mesorregião do Norte maranhense e da Microrregião da Aglomeração Urbana de São Luís c) Mesorregião do Centro maranhense e da Microrregião da Ilha de Upaon-Açu d) Mesorregião do Oeste maranhense e da Microrregião da Ilha de São Luís e) Mesorregião do Norte maranhense e da Microrregião da Ilha do Maranhão 2. Paço do Lumiar é um dos 217 municípios maranhenses. Está localizado na Ilha do Maranhão e tem como limites: a) O Oceano Atlântico (NW), São José de Ribamar (O), e a Raposa (N). b) O Oceano Atlântico (N), Raposa (O) e São José de Ribamar (O). c) O Oceano Atlântico (O), São José de Ribamar (L), e o Raposa(S). d) São José de Ribamar (S e SO) São Luís (O) e Raposa (N). e) São Luís (L), São José de Ribamar (S e SO) e Oceano Atlântico(N). 3. A localização do Maranhão em baixas latitudes garante ao estado uma condição de tropicalidade que pode ser expressa, entre outras, pela: a) ausência de período seco durante todo o ano. b) variação da amplitude térmica entre os solstícios e os equinócios. c) alta temperatura durante todo o ano em função da forte insolação. d) movimentação das massas de ar entre o Atlântico e o continente. e) homogeneidade de paisagens vegetais em todo o território. 4. Em uma sala de aula de geografia o professor citou que no Maranhão predominam as divisas terrestres em relação às marítimas. Um aluno “A” não concordou e disse que o MA possui mais divisas marítimas que terrestres. Um aluno “B” já preferiu dizer que predominavam as divisas fluviais em relação às marítimas e terrestres. Para resolver o impasse foi consultado um especialista que esclareceu corretamente que: a) Como a maior parte das divisas do Maranhão é realizada por águas, então predominam as divisas marítimas. b) As divisas fluviais (com rios) não são terrestres, portanto devemos separar: divisas fluviais, terrestres e marítimas. c) A divisa fluvial é marítima, daí o predomínio das divisas marítimas. d) Que as divisas terrestres podem ser naturais (rios, serras, lagos, etc.) ou estabelecidas de forma imaginária em comum acordo (linhas geodésicas), daí como a maior parte das divisas do MA é realizada com o PA, TO e PI, temos o predomínio de divisas terrestres. e) “b” e “d” se completam. 5. Leia as frases abaixo: I. “O Maranhão não deve usar o horário de verão”. II. “O fuso horário do Maranhão, o 2º do Brasil, é atrasado em relação à hora de Greenwich”. Qual a localização do MA, que traz como implicações as situações acima, respectivamente: a) H. Sul; H. Norte. b) Zona tropical; H. Norte. c) Zona tropical; H. Oeste. d) H. Sul; Zona tropical. e) H. Oeste; Zona tropical. 6. “...Lá na barreira Cada linha é uma estrela Cada estrela é uma praia Panaquatira, Panaquatira...” A letra da música Panaquatira de Sérgio Habibe, remete a uma das fisiologias do Maranhão, em que baía encontra-se a referida praia? a) São Marcos. b) Cumã. c) São José. d) Tubarão. e) Lençóis. 7. O quadro abaixo apresenta três microrregiões maranhenses com algumas características: MICRORREGIÕES CARACTERÍSTICAS I Situada numa área de transição entre os Lençóis Maranhenses ao norte e as chapadas; de baixas altitudes no interior do Estado. Sua economia é caracterizada pela produção de alimentos básicos, sendo na rizicultura a maior expressão econômica.No litoral, destaca-se a atividade pesqueira e no interior, a pecuária. II Situada no extremo noroeste do Estado. Área que vem sendo povoada, a partir da década de 80, por migração intra e interestadual. Caracteriza-se pelo domínio de rizicultura, produção de mandioca e plantio de malva. III Pericumã e pelo baixo curso dos rios Grajaú e Mearim. Possui grande importância a pecuária bovina, bubalina e a suinocultura. Marque a opção que nomeia de forma correta as regiões I, II e III, respectivamente: a) Chapada do Alto Parnaíba, Gurupi, Baixada Maranhense. b) Aglomeração urbana de São Luís, Gurupi, Porto Franco. c) Baixo Parnaíba maranhense, Médio Mearim, Gurupi. d) Baixo Parnaíba maranhense, Gurupi, Baixada Maranhense. e) Lençóis Maranhenses, Imperatriz, Alto Mearim e Grajaú. 8. O Maranhão como parte integrante do Brasil tem uma localização geográfica bastante parecida com a brasileira. Em qual opção tem uma situação que serve integralmente para o Brasil e para o Maranhão? a) litoral no Atlântico Sul d) Hemisfério Ocidental; b) Hemisfério Meridional; e) Todas certas. c) Zona Térmica Tropical; 9. Inúmeros povoados maranhenses, ao serem desmembrados, tornaram-se sedes municipais. Levando em consideração os seus municípios de origem, correlacione-os às regiões apresentadas. 1) De Bom Jardim Santo Antônio do Caru 2) De Cândido Mendes Maranhãozinho 3) De Cururupu Serrano 4) De Colinas Jatobá 5) De Primeira Cruz Santo Amaro ( ) Microrregião do Gurupi ( ) Vale do Itapecuru ( ) Vale do Pindaré ( ) Litoral Ocidental ( ) Microrregião dos Lençóis Maranhenses a) 3,5,1,4,2 b) 1,3,5,2,4 c) 4,2,1,3,5 d) 5,4,1,3,5 e) 2,4,1,3, 10. No deslocamento do extremo-sul para o extremo leste maranhense, a fronteira natural é: a) Rio Tocantins; b) Litoral; c) Rio Parnaíba; d) Rio Gurupi e) Rio Manoel Alves Grande. 11. Em relação ao espaço maranhense não podemos afirmar que: a) forma com o Piauí uma zona de transição entre diferentes domínios naturais; b) é totalmente contornado por águas pluvio-marinhas; c) é limitado somente por Estados do Nordeste e do Norte; d) suas características naturais descaracterizam as do Nordeste; e) geoeconomicamente suas terras são predominantemente amazônicas. 12. Assinale o limite do Maranhão na porção setentrional. a) Oceano Atlântico b) Piauí c) Tocantins e Pará d) Tocantins 13. O ponto extremo meridional do Maranhão é a: a) Confluência Tocantins + Araguaia em São Pedro da Água Branca b) Foz do rio Parnaíba em Araioses c) Nascente do rio das Águas Quentes na Chapada das Mangabeiras no Município de Alto Parnaíba. d) Ponta do Tacondeo na foz do rio Gurupi em Carutapera. 14. Associe a segunda coluna a primeira, considerando a relação existente entre os municípios e a região em que se localizam. (1) Penalva (2) Cururupu (3) Barra do Corda (4) Monção (5) Barão de Grajaú ( ) Vale do Mearim ( ) Vale do Parnaíba ( ) Litoral Ocidental ( ) Baixada Maranhense ( ) Vale do Pindaré Assinale a afirmativa que apresenta a sequência correta: a) 4, 3, 1, 5, 2 b) 1, 2, 3, 4, 5 c) 3, 5, 2, 1, 4 d) 1, 3, 4, 2, 5 e) 2, 5, 1, 3, 4 15. Na ilha do Maranhão, a cidade de São Luís concentra-se principalmente ao: a) oeste b) leste c) centro d) sul e) norte 16. Microrregião geográfica, cuja influencia turística vem se acentuando graças à paisagem onde predominam as dunas: a) Baixo Parnaíba b) Litoral Ocidental c) Litoral Oriental d) Lençóis Maranhenses e) Baixada Maranhense 17. Os municípios de São Luís, Caxias, Bacabal, Imperatriz e Balsas, correspondem respectivamente às microrregiões maranhenses: a) Aglomeração Urbana de São Luís, Alto Mearim, Baixada Maranhense, Itapecuru-Mirim e Gurupi. b) Caxias, Alto Mearim e Grajaú, Chapada do Alto Itapecuru e Bacabal. c) Aglomeração Urbana de São Luís, Caxias, Médio Mearim, Imperatriz e Gerais de Balsas. d) Alto Mearim e Grajaú, Pindaré, Lençóis Maranhenses e Gerais de Balsas. e) São Luís, Caxias, Bacabal, Imperatriz e Balsas. 18. O Estado do Maranhão pertence à Macrorregião Nordeste do Brasil. Contudo, e subordinado jurisdicionalmente à SUDENE e à SUDAM. Isso é resultado: a) da potencialidade dos recursos pesqueiros. b) da proximidade do Maranhão em relação a Recife e Belém. c) da ampliação do sistema rodoferroviário. d) da proximidade do Maranhão em relação a Belém. e) do ambiente natural que lhe confere semelhanças inerentes às macrorregiões Nordeste e Norte. 19. A área Metropolitana da Grande São Luís é composta por quatro municípios. Observando o mapa abaixo, pode-se afirmar que as áreas identificadas de 1 a 4 representam, respectivamente, os municípios de: a) São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. b) São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. c) São José de Ribamar, Paço do Lumiar, São Luís e Raposa. d) São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. e) São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. 20. O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da Região Nordeste e tem como limites: a) O Piauí (L), Amapá (S e SO), Pará (O) e Oceano Glacial Ártico (N). b) O Oceano Atlântico (N), o Pará (L), Tocantins (S e SO) e o Piauí (O). c) O Oceano Índico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). d) O Piauí (L), Tocantins (S e SO), Pará (O) e Oceano Ártico (N). e) O Oceano Atlântico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). 21. (HILTON FRANCO) A nascente do Rio Água Quente, é o ponto extremo meridional do território maranhense. O referido ponto extremo está localizado no município de: a) Carutapera b) Araíoses c) Alto Parnaíba d) Luís Domingues e) São Pedro da Água Branca 22. Observe as áreas que correspondem às divisas maranhenses. Quais dessas áreas NÃO são representadas por vias hídricas? a) Leste e Sul b) Nordeste e Oeste c) Sudoeste e Sudeste d) Oeste e Sudoeste e) Noroeste e Nordeste GEOGRAFIA DO MARANHÃO CURSO MÉRITO Prof.: Marcos Mendes 6 ESTRUTURA GEOLÓGICA DO MARANHÃO A litosfera ou crosta terrestre é a camada sólida da Terra e apresenta uma espessura variada. A crosta terrestre é constituída por três grandes conjuntos de rochas magmáticas ou ígneas, sedimentares e metamórficas, denominadas de estruturas geológicas que se movimentam, em forma de placas tectônicas, sobre magma pastoso na camada intermediária da Terra. - Na superfície do Maranhão predominam os terrenos sedimentares, porém a base da estrutura geológica deles é cristalina. - Na estrutura geológica do MA, em linhas gerais, temos: bacias sedimentares (ex.: bacia do Meio-Norte ou do Parnaíba, Bacia de Barreirinhas - 90%) e escudos cristalinos (Ex.: núcleo Gurupi e núcleo Perizes - 10%). - Na bacia sedimentar de Barreirinhas (MA) há ocorrência de petróleo e gás natural RECURSOS MINERAIS Ouro Os depósitos e ocorrências de ouro concentram- se nos núcleos cristalinos do Pré-cambriano de São Luís e Gurupi, no norte e noroeste do estado do Maranhão, principalmente nos municípios de Godofredo Viana, Cândido Mendes, Luís Domingues, Centro Novo do Maranhão e Centro do Guilherme. Bauxita Ferrosa O alumínio, metal tão amplamente usado nos dias de hoje devido às características como leveza, resistência, aparência, entre outras, tem como principal fonte a bauxita – mineral terroso e opaco – encontrado mais comumente em regiões de clima tropical e subtropical. No Maranhão, as reservas estão distribuídas na serra de Pirocáua (município de Godofredo Viana), Ilha Trauíria (município de Cândido Mendes), Itinga do Maranhão e Bom Jardim, no Noroeste e Oeste do Estado. Calcário O calcário é uma rocha sedimentar composta por carbonato de cálcio e magnésio, extraído de jazidase largamente utilizado na agricultura para neutralizar a acidez do solo. No Maranhão, as reservas estão diluídas pelo território maranhense, mas merece destaques as áreas dos municípios de Balsas, Codó, Imperatriz, Barra do Corda, Grajaú, Tuntum, Presidente Dutra e Caxias.OBS: A incorporação de calcário no solo chama-se calagem. Gás Natural No segundo semestre de 2010, a empresa brasileira MPX encontrou gás mineral no município de Capinzal do Norte, a aproximadamente 250 km ao Sul de São Luís. As reservas de gás natural na Bacia do Parnaíba, em território maranhense já sendo explorado na microrregião de Codó e Médio Mearim nos jazimentos dos campos de Gavião Azul (Capinzal do Norte) e Gavião Real (Santo Antônio dos Lopes). 7 RELEVO DO MARANHÃO Características: O Maranhão está localizado no interior da placa Sul-americana, assim apresenta: Praticamente não tem mais atuação dos agentes internos; Ausência de dobramentos modernos; Relevo de formação antiga; Grande atuação dos agentes externos, com destaque para as águas correntes; Relevo com modestas altitudes. Relevo em declive no sentido sul-norte. Unidades de Relevo do Maranhão Centro-norte Predomínio de Planícies ÁREA 1 : Planície Litorânea e Costeira área de influência dos fluxos das marés, com a presença marcante das praias, mangues, dunas etc. A porção mais para o oeste(ocidente) destaca-se o mangue (rede hidrográfica rica e presença de algumas rias – curso fluvial invadido pelo mar), enquanto mais para o leste (oriente) salientam- se as dunas (rede hidrográfica pobre). ÁREA 2 : Planície Flúvio-marinha ambiente deposicional sedimentar da baixada maranhense, caracterizada pelas inundações periódicas (período chuvoso) dos rios: Pericumã, Pindaré, Mearim e Grajaú. Destaca-se pela presença de lagos e campos. As áreas mais altas da baixada são os tesos, que ficam livres das inundações. ÁREA 3 : Planície Fluvial corresponde ao curso médio dos rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Itapecuru. Presença do solo de várzea, às margens dos rios, bom para o cultivo do arroz (rizicultura). Centro-sul Predomínio de Planalto (morfoestrutura com formas dissecadas – que sofrem erosão). A área planáltica do centro-sul do estado tem um importante papel para a rede de rios (hidrografia) do Maranhão. Vejamos: Determina o sentido sul-norte dos nossos principais rios; Funciona como centro dispersor de águas (nascentes de vários rios); Suas serras e chapadas têm o papel de divisores de água (interflúvio), separando um rio do outro. ÁREA 4 : Pediplano Central destaque para as serras Cinta, Negra, Branca, Alpercatas, Croeira e Itapecuru. Representa o nosso principal centro dispersor e divisor de águas (rios: Pindaré, Grajaú, Mearim e Itapecuru). ÁREA 5 : Planalto Ocidental (oeste) presença da serras do Gurupi, Tiracambu e Desordem (separam os rios Pindaré, Gurupi e Turiaçu). ÁREA 6 : Planalto Oriental (leste) destaque para a Serra do Valentim – divisor de águas entre os rios Itapecuru e Parnaíba. ÁREA 7 : Depressão de Balsas onde temos a drenagem do rio Balsas, afluente do Parnaíba, entre o pediplano central e o planalto meridional maranhense. 2 1 1 1 6 3 5 4 7 8 ÁREA 8 : Planalto Meridional (sul) Destaque para as serras do Penitente, Chapada das Mangabeiras e do Gado Bravo, que separam os rios Manuel Alves Grande, Balsas e Parnaíba. 8 TIPOS DE SOLO NO MARANHÃO PRINCIPAIS SOLOS DO MARANHÃO OBS: Uma das formas de degradação do solo é a substituição de culturas nativas pelo reflorestamento. Grandes empresas ocupam extensas áreas com a monocultura do pinus (sudoeste de São Paulo e parte do Paraná) e do eucalipto (norte do espírito Santo, sul da Bahia, nordeste de Minas Gerais), motivadas pelo crescimento rápido (principalmente para obtenção de celulose), ocasionando problemas sociais (expulsão da população, desestruturação da agricultura familiar). O eucalipto, por exemplo, suga grande quantidade de água do solo, impedindo a cultura de outras espécies. A derrubada da mata nativa e a substituição pela homogeneidade de uma cultura única provocam a degradação do solo. Para muitos especialistas essas áreas constituem desertos verdes. Ex.: Região de Açailândia – desmatamento da Floresta Amazônica e reflorestamento com eucalipto, para a produção de celulose. a) Latossolos (35% do Estado): predominantemente no Maranhão; áreas do oeste (Floresta Amazônica) e sul (cerrado) do Estado; solos ácidos (exigem correção); área de cerrado: correção com a calagem (adição de calcário para a perda da acidez), para o cultivo da soja (exportação). b) Aluviais: margens dos rios (vales fluviais); férteis; rizicultura (arroz). c) Hidromórficos: Baixada; Quando drenados, são férteis. d) Areno-quartzosos: Lençóis Maranhenses; Arenosos, baixa fertilidade e ácidos. 9 CLIMAS DO MARANHÃO Observando a posição do Maranhão no globo, verificamos que o seu território está localizado em uma área de baixa latitude, dentro da zona intertropical, recebendo os raios solares de forma perpendicular (maior intensidade) e sendo atingido pelos ventos alísios úmidos (causam chuvas). CONCLUSÃO Apresenta um clima quente e úmido. Principais Características O MA está em baixa latitude zona tropical – raios solares perpendiculares. Médias Térmicas elevadas. Amplitude Térmica baixa. Ação dos ventos alísios do Nordeste – formados pela mEa, causadoras de chuvas. Massas de ar mEc e mEa. Chuvas mais concentradas no verão. Clima quente e úmido. Tipos Climáticos: ocorrência e características a) Clima Equatorial Localização oeste e noroeste do MA (Amazônia) Pluviosidade média anual superior a 2000 mm/ano com chuvas de verão, outono e inverno. Temperatura média anual 26º a 27º C. Massas de ar que mais atua mEc. b) Clima Tropical Semiúmido Localização Centro-Sul do estado. Pluviosidade média anual 1200/1300 mm/ano com chuvas de verão. Temperatura média anual 25º a 27º C. Massas de ar que mais atua mEc. c) Clima Tropical Úmido (predominante no Estado) Localização litoral, baixada, nordeste do Estado e trechos dos vales dos rios Mearim, Pindaré, Munim e Itapecuru. Pluviosidade média anual 1600/1800 mm/ano; sofre grande ação da maritimidade; chuvas no verão e outono. Temperatura média anual superior a 24º Massas de ar que mais atua mEa. OUTRA CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA Atlas do Maranhão – FEITOSA, Antônio Cordeiro. Clima Úmido do tipo (B2), com pequena ou nenhuma deficiência de água, megatérmico , ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma da evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48% em relação à evapotranspiração potencial anual . Clima Úmido do tipo (B1), com moderada deficiência de água no inverno, entre os meses de junho a setembro, megatérmico, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma da evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração potencial anual. Clima Sub-Úmido do tipo (C2), com moderada deficiência de água no inverno, entre os meses de junho e setembro), megatérmico, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C. Sendo que a soma evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração potencial anual. Clima Sub-Úmido Seco do tipo (C1), com pouco ou nenhum excesso de água, megatérmico, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma evapotranspiração nos três mesesmais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração anual. OBSERVAÇÕES FINAIS 1) No clima maranhense a variação térmica é insignificante, no entanto a distribuição das chuvas é bem notada. 2) As cidades maranhenses do interior apresentam uma maior variação térmica diária, principalmente no período mais seco em relação às cidades litorâneas por influência da continentalidade. 3) No Maranhão ocorre uma redução da pluviosidade no sentido Noroeste – Sudeste. 10 VEGETAÇÃO DO MARANHÃO O Maranhão apresenta todo seu território com significativa cobertura vegetal, exceto nas áreas de dunas. Condicionada ao tipo de clima, através da temperatura úmida e a variedade pedológica, o nosso estado vem apresentar uma rica paisagem fitogeográfica, apresentando os três níveis de porte e mais um tipo de vegetação complexa. Tal diversidade vegetal é atribuída também a sua condição de estado-transição, sendo assim, é comum as paisagens heterogêneas antes do panorama uniforme. Classificação da vegetação maranhense I) Arbórea Floresta Equatorial Mata dos cocais Matas Galerias II) Arbustiva Cerrado Capoeira (Floresta ou mata secundária) Carrasco III) Herbácea Gramíneas (campos) IV) Complexa Manguezais Praias/dunas/restingas FORMAÇÕES ARBÓREAS OU FLORESTAIS FLORESTA EQUATORIAL CARACTERÍSTICAS: Localização: áreas tropicais com clima quente e úmido. Umidade: higrófila; Folhas: latifoliada; Comportamento sazonal da folha: perenes; Temperatura: megatérmica; Diversidade vegetal: heterogênea; Densidade vegetal: compacta; Fonte de madeira-de-lei (dura); NO MARANHÃO – FLORESTA AMAZÔNICA Muito devastada em função de atividades econômicas: extrativismo vegetal, mineral, implantação de programas industriais (ex. : P.G.C. – Programa Grande Carajás), construção de rodovias, ferrovias etc. No município de Açailândia ocorre grande devastação, devido à extração de madeira e a produção de carvão vegetal, utilizado no pólo siderúrgico de ferro-gusa. Área de expansão da fronteira agrícola do MA. Aproveitamento econômico do espaço: extrativismo e agropecuária. MATA DOS COCAIS OU DE TRANSIÇÃO (PALMÁCEAS) CARACTERÍSTICAS: Localização: principalmente no Meio-Norte ou Nordeste Ocidental (MA – PI). Comportamento sazonal das folhas: perenes; Temperatura: megatérmica; Umidade: babaçu – mais higrófilo; carnaúba – mais xerófilo; Diversidade vegetal: homogênea; Densidade vegetal: aberta; É uma mata de transição, pois está localizada entre a Floresta Amazônica (W), cerrado (S) e caatinga (E); Destaca-se no extrativismo vegetal: óleo (babaçu) e cera (carnaúba). Incidência mais recente nos vales do Mearim e Pindaré, devido o processo de desmatamento. MATAS GALERIAS OU CILIARES CARACTERÍSTICAS: Localização: acompanha as margens dos rios, devido à sua umidade; São bem observado em áreas de campos e cerrado; Sua manutenção evita o processo de assoreamento; Maior densidade/diversidade quanto mais perto do rio; Menor densidade/diversidade quanto mais distante do rio; É importante para manter o nível de água do rio, pois causa maior infiltração, levando água para o lençol freático, que abastece a nascentes dos rios. FORMAÇÕES ARBUSTIVAS CERRADO CARACTERÍSTICAS Localização: áreas intertropicais, com clima tropical semiúmido; Formação complexa: arbórea (árvores) + arbusto (predomínio) + herbáceas (campos); Umidade: tropófilo; Comportamento sazonal das folhas: semi-decíduas; Temperatura: megatérmica; Diversidade vegetal: heterogênea; Densidade vegetal: aberta; Raízes profundas (lençóis freáticos); NO MARANHÃO - CERRADO Seu solo é ácido, porém facilmente corrigido com o método da calagem: adição do calcário ao solo para perda da acidez. Vem sendo muito devastado em função da expansão da fronteira agrícola. Predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa adaptada ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno bastante seco. Espaços ocupados para o plantio de arroz, milho e soja (mercado externo). Ocupação do espaço: tradicionalmente - pecuária extensiva; modernamente - agricultura. CAPOEIRA → Floresta ou mata secundária → Cobertura vegetal que surge após o desmatamento da vegetação primitiva → Caracteriza-se pela presença de alguns invasores: Inbaúba, bacuri, jurubeba, mamona, peão, babaçu, etc. CARRASCO É uma vegetação de transição entre o Cerrado e a Caatinga, encontrada em espaços descontínuos na porção leste do maranhão, na fronteira com o Estado do Piauí. → Pode ser definida como um cerrado mais seco ou uma caatinga menos árida → Os vegetais perdem as folhas no período de estiagem → Não apresenta espinhos FORMAÇÕES HERBÁCEAS CAMPOS CARACTERÍSTICAS Localização: aparecem em áreas tropicais, temperadas e de transição (subtropical); Formação vegetal: herbácea; Constituição: rasteira; Raízes: curtas; Muito utilizadas na prática da pecuária extensiva; NO MARANHÃO – CAMPOS Ocorrem principalmente Na Baixada. Formações herbáceas: constituídos por gramíneas. Forma de ocupação do espaço: pecuária extensiva. Os campos da Baixada têm dois aspectos: campos inundáveis (mais baixos - búfalos) e campos de tesos (mais altos). FORMAÇÕES LITORÂNEAS Tipos Maranhão Alagadas Mangues Arenosas Vegetação: praias/dunas/restingas CARACTERÍSTICAS Mangues Localização: em áreas de ambiente flúvio-marinho com clima quente. No Brasil vai do litoral do AP até o de SC; Umidade: higrófila; Ambiente salino: halófila; Raízes escoras e pneumatóforas (raízes aéreas – respiratórias); Ambiente com deficiência de oxigênio; Processo de exsudação: transpira sal pelas folhas; Berçário marinho: onde a vida começa para algumas espécies, sendo uma espécie de criatório de camarões, caranguejos etc. CARACTERÍSTICAS Vegetação das praias/dunas/restingas Localização: em áreas litorâneas com ambiente arenoso; Formações arbustivas e herbáceas; Ambiente salino: halófilos; Ambiente arenoso: psamófilo; É uma vegetação mais pobre quando está mais perto do mar (solos mais salino), sendo que à medida que nos afastamos das praias ela vai ficando mais rica (nas dunas – solos menos salinos). NOTAS: No Maranhão, os mangues dominam da foz do Gurupi até a foz do rio Periá. Enquanto a vegetação das praias, dunas e restingas são predominantes da foz do Periá até a foz do rio Parnaíba. Esta divergência pode ser explicada pela diferente rede de rios que chega até litoral: do lado dos mangues ela é mais rica, enquanto do lado da vegetação das praias/dunas/restingas é mais pobre. Entre a vegetação litorânea do Maranhão, principalmente mangue, para as outras vegetações, podemos encontrar área de apicum: vegetação secundária que surge em substituição ao mangue, quando o mesmo perde o contato com as marés. 11 HIDROGRAFIA DO MARANHÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Predomínio de foz do tipo estuário. Exceção: delta: rio Parnaíba(MA/PI) Predomínio de rios perenes ou permanentes. Predomínio de rios com regime pluvial do tipo tropical (cheias no verão e vazantes no inverno). Drenagem do tipo exorréica (os rios correm direta ou indiretamente para fora dos continentes). Predomínio de rios correndo em planalto, com potencial hidrelétrico. Predomínio de lagos de barragem nas margens dos rios (lagos de várzea) – com destaque para a baixada maranhense. Ex.: Lago Açu (município de Conceição de Lago Açu). As principais Bacias hidrográficas do Maranhão Genuinamente maranhense Bacia do Litoral oriental – 1Bacia do Litoral ocidental – 2 Bacia do Pindaré – 3, Bacia do Mearim – 4 Bacia do Itapecuru – 5 Bacia do Munim – 8 Bacias limítrofes Bacia do Parnaíba – 6 Bacia do Gurupí – 7 Bacia do Tocantins – 9 NOTAS: De acordo com a ANA – Agencia Nacional de Águas, as águas maranhenses superficiais abastecem 21% dos municípios e os 5% restantes são abastecidos tantos por mananciais superficiais como subterrâneos. As principais vertentes hidrográficas estão nas porções territoriais do centro-sul do Maranhão: A Chapada das Mangabeiras, a Chapada do Azeitão, as Serras das Crueira, Cinta, Gado Bravo, Serra do Gurupi e Serra do Tiracambu entre outras. BACIAS MARANHENSES LIMÍTROFES E PRINCIPAIS BACIAS RIOS PRINCIPAIS NASCENTE FOZ AFLUENTES IMP. (MA) CIDADES BANHADAS PELO RIO PRINCIPAL PRODUÇÃO DE ENERGIA Parnaíba Parnaíba Chapada das Mangabeiras Baía das Canárias Balsas Alto Parnaíba, Tasso Fragoso, Benedito Leite, Nova Iorque, Coelho Neto, D. Bacelar, Timon, Barão de Grajaú, Araioses, S. Francisco do MA, Stª. Quitéria, Magalhães de Almeida, Parnarama, etc. Castelo Branco (CHESF) Gurupi Gurupi Serra do Gurupi Baía do Gurupi Itinga Tocantins Tocantins Serra Dourada Baía de Marajó Manuel Alves Grande Imperatriz, Carolina, Estreito e Porto Franco Tucuruí: PA (ELETRONOR- TE) e Estreito:MA- TO Mearim Mearim Entre as serras Negra e Canela Baía de São Marcos Grajaú, Corda e Flores São Luís Gonzaga, Pedreiras, Bacabal, Vitória do Mearim, Barra do Corda e Arari Itapecuru Itapecuru Serra do Itapecuru Baía de São José Alpercatas Colinas, Itapecuru, Timbiras, Mirador, Caxias, Rosário, Codó, Cantanhede, Coroatá Munim Munim Município de Aldeias Altas Baía de São José Una, Mocambo, Preto Axixá, Morros, Icatu e Presidente Juscelino Pindaré Pindaré Serra da Cinta Baía de São Marcos Buriticupu Pindaré-Mirim e Monção Nota: Foi inaugurada a Hidrelétrica de Estreito, no rio Tocantins, entre o MA e o TO. A sua construção causou muita polêmica em funções dos impactos ambientais-sociais-culturais-turísticos. Bacia do Gurupi: garimpagem do ouro. Bacia do Parnaíba: hidrelétrica Castelo Branco (MA/PI) e no seu rio principal tem foz do tipo delta (turismo). Bacia do Munim: seu rio principal corre para a baía de São José. Tem um bom potencial turístico no Rio Una. Bacia do Itapecuru: seu rio principal corre para a baía de São José. Abastece São Luís com água potável: sistema ITALUÍS. É o mais extenso rio totalmente maranhense. Bacia do Mearim: seu rio principal corre para a baía de São Marcos. Tem importantes afluentes Grajaú, Corda e Flores. Tem o maior estuário do estado, onde ocorre o fenômeno da pororoca (choque da água do rio com da maré alta). Bacia do Pindaré: seu rio principal corre para a baía de São Marcos. O seu vale médio é uma importante área de expansão da fronteira agrícola da Amazônia maranhense, com destaque para o município de Santa Inês (boa localização: BR – 316, BR – 222 e E. F. Carajás). Bacias do litoral ocidental: rios Maracaçumé, Turiaçu, Pericumã (banha Pinheiro – Baixada Maranhense) etc. Bacia do litoral oriental: rios Periá, Preguiças (banha Barreirinhas – Lençóis Maranhenses), Magu, Barro Duro etc. Bacia do Tocantins – tem grande potencial turístico, com a presença de vários rios com cachoeiras na Chapada das Mesas, com destaque para Carolina (rios Farinha, Itapecuruzinho etc.). Rio Grajaú: apesar de sua grande extensão é afluente do Mearim. Antes de desaguar no rio Mearim alimenta vários lagos da baixada, daí sua pequena influência no regime das águas do Mearim. CURIOSIDADES: Os deltas do Parnaíba (América), Nilo (África) e Mekong (Ásia) são os únicos do globo que invadem o mar. Daí o Parnaíba ser chamado de Delta das Américas. A ilha de Upaon-açú Possui uma hidrografia formada por rios de pequena extensão. A bacia hidrográfica de São Luís pelos rios Anil, Bacanga, Tibiri, Itaqui, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro, Guarapiranga, Geniparana, Estiva, Santo Antônio, Inhaúma e Cachorros. PRINCIPAIS RIOS MARANHENSES 12 LITORAL MARANHENSE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: O litoral do Estado do Maranhão possui extensão aproximada de 640 km Estendendo-se no sentido oeste-leste da foz do rio Gurupi, no extremo oeste maranhense, na divisa com o Pará, até o delta do rio Parnaíba, no extremo leste, na divisa com o Piauí. É o segundo mais extenso do Brasil, superado apenas pelo Estado da Bahia. DIVISÃO DO LITORAL MARANHENSE Segmentos Localização Paisagens dominantes Acidentes geográficos Foz dos rios Subdivisão Potencialidades Litoral Ocidental Entre os municípios de Caruta- pera e Al- cântara. Rias Mangues Baías Ilhas Cabo Grupi. Baías: Gurupi, Turiaçu, Cabelo de Velho, Cumã. Parcel de Manuel Luís. Antiulhas Maranhenses (ilhas). Gurupi, Mara- caçumé, Turiaçu, Pericumã. (Rico em rios) Parte continental: rias e mangues. Parte insular: ilhas. Pesca (destaque). Turismo. Sal marinho Energia sol-eólica Golfão Maranhense Entre os municípios de Alcântara e Icatu Rias Mangues Baías: São Marcos, São José e Arraial. Ilha do Maranhão. Canal do Boqueirão. Estreito: dos Mosquitos. Itapecuru Mearim Munim Pindaré (rico em rios) Pesca. Turismo. Atividade portuá- ria (destaque). Energia .maremo- triz Energia solar- eólica Sal marinho. Litoral Oriental Entre os municípios de Icatu e Araioses Dunas Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Baías: Tutóia e Canárias. Delta do Parnaíba. Arquipélago das Canárias. Periá Preguiças Parnaíba (pobre em rios) Parte das reentrân- cias: entre Icatu e Primeira Cruz. Parte mais retilínea: entre Primeira Cruz e Araioses. Pesca Turismo (desta- que) Sal marinho Petróleo e gás natural Energia solar- eólica “ANTILHAS MARANHENSES": conjunto de ilhas pertencente aos municípios de Carutapera e Cururupu, que tem na pesca a sua principal atividade. PARQUE ESTADUAL DO PARCEL DE MANUEL LUÍS: localizado a algumas milhas do município de Cururupu (litoral ocidental) - corresponde ao maior banco de corais da América do Sul, sendo muito perigoso para as embarcações. GOLFÃO MARANHENSE: maior reentrância do litoral do Estado, correspondendo a um grande coletor de águas das bacias do Mearim, Pindaré, Itapecuru e Munim. ILHA DO MARANHÃO: principal acidente geográfico do Golfão Maranhense. Tem como limites: (N) praias; (E) Baía de São José; (S) Estreito dos Mosquitos; (W) Baía de São Marcos. CANAL DO BOQUEIRÃO: localizado na Baía de São marcos, entre a Ilha do Medo e a Ponta do Bonfim (Ilha do Maranhão); local perigoso para embarcações de pequeno porte. ESTREITO DOS MOSQUITOS: separa a ilha do continente, interligando as baías de São Marcos e São José. BAÍA DE SÃO MARCOS: importante região portuária localizada a oeste da Ilha do Maranhão: já funciona como um dos principais corredores de exportação do Brasil. BAÍA DE SÃO JOSÉ: a leste da ilha do Maranhão, onde encontramos a ilha de Curupu (família Sarney). No seu interior encontra-se a baía do Arraial. PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES: conjunto de dunas localizado no litoral oriental do Estado. Não deve ser considerado um deserto clássico, pois tem um alto índice pluviométrico e pequena amplitude térmica diária. Está entre os municípios de Santo Amaro e Barreirinhas. DELTA DO PARNAÍBA: entre o Maranhão e o Piauí. É o único da América localizado em pleno mar. São municípios da região do delta: Tutóia (MA), Araioses (MA), Luís Correia e Parnaíba (PI). É o delta das Américas. ATIVIDADE PORTUÁRIA NO MARANHÃO Atividade portuária na Baía de São Marcos – facilitadapelo canal de boa profundidade que permite o acesso de navios de grande calado à área portuária. Já é um dos mais importantes corredores de exportação do Brasil, com destaque internacional. QUESTÕES 1. A maior parte dos rios do estado que desembocam no Golfão Maranhense, como Pindaré, Grajaú e Mearim nascem em áreas recobertas por: a) floresta equatorial. b) mata de transição. c) mata tropical. d) campos. e) cerrados. 2. Considere as seguintes afirmações sobre a hidrografia maranhense. I - Quase toda drenagem se faz do sul para o norte do estado. II- Os rios que desembocam no Golfão maranhense têm seu baixo curso com grande número de corredeiras, devido ao relevo movimentado. III- A sudoeste do estado aparecem pequenos rios afluentes da margem direita do Tocantins. IV- Dos rios que desembocam no Golfão maranhense somente o Itapecuru e o Grajaú são perenes. Esta correto o que se afirma APENAS em: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV 3. O relevo maranhense: a) é constituído por extenso planalto cristalino que apresenta maiores altitudes na região central do estado. b) caracteriza-se pela presença de uma estreita planície circundada por serras e chapadas cristalinas. c) apresenta maiores altitudes na porção norte do estado, onde a ação das águas fluviais é maior. d) compõe-se de uma sucessão de mares de morros, entrecortados por vales fluviais bastante profundos. e) tem como base terrenos sedimentares e maiores altitudes situadas ao sul do estado. 4. Analise o mapa para responder à questão. Assinale a alternativa que identifica as bacias hidrográficas I, II e III indicadas no mapa. a) I – MEARIM, II- ITAPECURU, III – GURUPI. b) I – ITAPECURU, II – MEARIM, III – TOCANTINS. c) I – MUNIM, II – MEARIM, III – MARACAÇUMÉ. d) I – ITAPECURU, II – PINDARÉ, III – GURUPI. e) I – ITAPECURU, II – MEARIM, III – GURUPI. 5. Rio de especial relevância para o Maranhão, em virtude de ser a maior fonte de água potável para quase 50% da população maranhense. Abastece a capital do Estado e beneficia outros 52 municípios ao longo de sua bacia hidrográfica. A que rio maranhense o texto faz referência? a) Mearim. b) Itapecuru. c) Munim. d) Parnaíba. e) Pindaré. 6. O rio Parnaíba é um dos principais rios nordestinos. Sobre ele é correto afirmar que: a) sua foz, sob aspecto de um delta, apresenta um importante ecossistema, constituído por dunas, florestas, manguezais e extensas praias. b) tem sua nascente na chapada das Mangabeiras, entre Maranhão, Piauí e Bahia, em uma área cuja altitude não ultrapassa 400 metros. c) constitui uma bacia que tem 70% das terras no estado do Maranhão; os 30% restantes estão entre os estados do Piauí e Tocantins. d) em seu alto curso foi construída a usina de Boa Esperança, que é administrada pela Companhia de Furnas. e) alguns de seus afluentes da margem esquerda são rios intermitentes devido à grande variação pluviométrica regional. 7. O Relevo do Brasil e do Maranhão praticamente não têm ação das forças endógenas geomorfológicas: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos. A geomorfologia do nosso país e estado tem enorme atuação dos agentes exógenos do relevo. Com base na dinâmica da ação das forças externas no relevo do Brasil e do Maranhão, além de seus conhecimentos geográficos em geomorfologia podemos afirmar, exceto: a) A principal força exógena que atua no relevo do Brasil e do Maranhão são as águas correntes (enxurradas e rios). b) O relevo predominante no Brasil e no Maranhão é de planalto: processo de erosão maior do que o de acumulação de sedimentos. c) A geomorfologia do Brasil e do Maranhão é caracterizada pelas modestas altitudes do relevo, pois sofreu muita erosão dos agentes esculturais. d) As áreas do relevo do Brasil e Maranhão onde os rios nascem são chamadas de interflúvio. e) Brasil e Maranhão não apresentam grandes cordilheiras, pois não tiveram orogênese recente (dobramentos nas bordas das placas tectônicas em movimento convergentes). 8. O Maranhão possui aproximadamente 640 km de costas litorâneos na sua porção setentrional, estendendo-se do estuário do Gurupi até o Delta do Parnaíba constituindo-se no segundo mais extenso do Brasil. Corresponde a uma característica encontrada ao litoral do MA, exceto: a) Banhado pelo Atlântico Sul. b) Predomínio de costas da acumulação (baixas) c) Tem no segmento do litoral oriental o maior potencial salineiro do estado, devido a sua rede de rios que é bastante rica em relação ao Golfão Maranhense e ao litoral o ocidental. d) Tem uma das maiores concentrações de mangues e dunas do País. e) Possui um canal de grande profundidade na Baía de São Marcos, que possibilita o desenvolvimento da atividade portuária. 9. As afirmativas I II e III referem-se às questões agroambientais do Maranhão. Leia e marque a alternativa CORRETA. I. A estruturação geológica maranhense está relacionada à sedimentação da bacia do Parnaíba resultante de diversos processos de transgressão e regressão marinhas, do início do Paleozoico ao final do Mesozoico. II. As unidades geomorfológicas no espaço maranhense se caracterizam em Chapadões, chapadas e “cuestas”, na porção sul; Superfície maranhense com testemunhos na região central do Estado; Golfão maranhense, e o Litoral oriental com os Lençóis maranhenses. III. A hidrografia maranhense reflete as condições climáticas do estado que apresentam condições de umidade características de regiões subtropicais e tropicais, com irregularidade pluviométrica. a) Todas as afirmativas estão erradas. b) Todas as afirmativas estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) Somente a afirmativa II é incorreta. e) Somente a afirmativa III é incorreta. 10. No Maranhão, 60% do território correspondem à planície onde são identificados quatro ambientes com morfoesculturas diferenciadas em função dos processos geomorfológicos. Esses ambientes são denominados planícies: a) Pediplano Central, Litorânea, Costeira e Fluvial. b) Sublitorânea, Litorânea, Costeira e Fluvial. c) Litorânea, Pediplano Central, Sublitorânea e Fluvial. d) Litorânea, Central, Pediplano e Fluvial. e) Sublitorânea, Litorânea, Baixada e Manguezal. 11. Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª. (1) Dunas (2) Manguezais (3) Cerrados (4) Caatinga (5) Floresta Amazônica (6) Mata dos Cocais (7) Campos Inundáveis ( ) Litoral Oriental ( ) Extremo Oeste do Maranhão ( ) Extremo Leste do Maranhão ( ) Litoral Ocidental ( ) Vegetação dominante ( ) Sul do Maranhão ( ) Baixada Ocidental 12. Qual a formação vegetal do Maranhão que atualmente concentra a prática da monocultura da soja? a) formações com influência marinha e flúvio- marinha b) floresta estacional c) floresta ombrófila densa d) floresta latifoliada tropical e) cerrado 13. O poeta maranhense, ao escrever estes versos “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá. / As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá...” (Gonçalves Dias), referia-se ao ecossistema, cujo foco central em nosso Estado, se localiza nos vales do rios: a) Grajaú, Mearim, Munim, Itapecuru e Pindaré b) Preguiça, Corda, Mearim, Turiaçu e Balsas c) Itapecuru, Pindaré, Parnaíba, Gurupi e Iguará d) Pericumã, Preguiças, Periá, Maracaçumé e Tocantins e) Lajeado, Farinha, Tocantins, Alpercatas e Codozinho 14. O jaborandi, planta medicinal, destaca-se importância econômica na bacia do rio Munim, principalmente, nos municípios de: a) Urbano Santos e São Benedito do Rio Preto b) Morros e Rosário c) Alto Parnaíba e Vargem Grande d) Axixá e Coroatá e) Icatu e Pedreiras 15. Cuestas, tabuleiros e chapadas são denominações orográficas no Maranhão que correspondem ao: a) norte b) leste c) oeste d) sul e) nordeste 16. O Itapecuru, rio genuinamente maranhense, está sendo assoreado devido: a) ao processo deindustrialização das cidades localizado no seu baixo curso. b) às práticas agrárias desenvolvidas ao longo do seu curso. c) ao alto índice de conservação de suas margens. d) à erosão acelerada do seu leito. e) às baixas altitudes do relevo de suas margens. 17. Considerando-se a localização dos grandes projetos de desenvolvimento econômico em execução no território maranhense, surgem como áreas atingidas pelos maiores problemas ambientais. a) Litoral Ocidental e Delta do Parnaíba. b) Lençóis Maranhenses e Alto Itapecuru. c) Baía de São Marcos e Vale do Pindaré. d) Alto Grajaú e Baía de São José. e) Baixo Parnaíba e Alto Munim 18. O mais importante divisor de águas do Maranhão situa-se no: a) centro-norte b) centro-oeste c) centro-sul d) noroeste e) nordeste 19. Considerando os portos de Itaqui (MA) e Tubarão (ES), a escolha do primeiro como pólo exportador de minério de ferro de Carajás foi motivada por: a) localização e situação geográficas favoráveis b) infraestrutura portuária pré-existente c) menor rota de acesso ao mercado asiático d) maior capacidade de movimentação de cargas e) disponibilidade de incentivos fiscais 20. O golfão maranhense é formado pelas bacias de: a) São Marcos, São José e Tubarão. b) São Marcos, São José e Arraial. c) São José, Arraial e Tubarão. d) Tubarão, Tutóia e Canárias. e) São José, Tubarão e Tutóia. 21. Em relação à hidrografia do Maranhão NÃO é correto afirmar que: a) o rio Itapecuru abastece grande parte da cidade de São Luís com água potável através do Projeto Italuís. b) Parnaíba, Tocantins e Mearim, são bacias limítrofes do Estado do Maranhão. c) as bacias do Itapecuru e Mearim são genuinamente maranhenses. d) as cidades de Carolina, Porto Franco e Imperatriz são banhadas pelo rio Tocantins. e) as cidades de Colinas, Caxias e Codó são banhadas pelo rio Itapecuru. 22. Dentre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO se refere ao Litoral Ocidental do Maranhão: a) Está localizado entre os municípios de Carutapera e Alcântara. b) apresenta um perfil bastante recortado e com grande número de manguezais. c) predomínio de extensos lençóis de areia d) é onde está localizado o golfão maranhense e) apresenta marés que podem ultrapassar 8m de altura. 23. A pré-amazônia maranhense é uma região recentemente povoada por migrantes, que promoveram uma ocupação à base da unidade de produção familiar. Este povoamento e altamente predatório dos recursos florestais e se deve, em especial, a: a) mineração do ouro e do diamante b) caça e pesca c) extração da madeira e sua industrialização d) agricultura, sobretudo do arroz no sistema de roça e) prática da pecuária extensiva 24. No Maranhão, o fenômeno da pororoca, ocorre na foz dos rios: a) Turiaçu e Pericumã b) Mearim e Itapecuru c) Munim e Itapecuru d) Pindaré e Munim e) Mearim e Pindaré 25. Qual das paisagens vegetais maranhense vem sendo vastada pelo Programa Grande Carajás através da implantação de suas usinas de ferrogusa? a) Campos. b) Floresta Amazônica. c) Mata dos Cocais. d) Cerrados. e) Manguezais. 26. A configuração dos Lençóis Maranhenses é de um litoral praticamente retilíneo embora apresente áreas onde surgem algumas ilhas. Isto deve-se principalmente: a) à influência do Golfão Maranhense b) à inexistência de foz de rios c) à predominância de processos eólicos d) ao esparsamento da vegetação de mangues e) aos processos flúvio-marinhos 27. Marque a opção correta a) Os rios limítrofes do Estado deságuam, exclusivamente, no Golfo Maranhense ao norte do Estado. b) As linhas limítrofes do Estado do Maranhão são apenas fluviais e marítimas. c) No litoral oriental, estão localizados grande número de reentrâncias, costa de rias e várias ilhas. d) A porção norte do Estado caracteriza-se por uma extensa área litorânea, sendo a 2ª maior do país e da Região Nordeste. e) O Golfão Maranhense é bastante recortado, somente em virtude da ação eólica e fluvial. 28. Os campos naturais, que ocupam aproximadamente 415 Km2, são encontrados nos Baixos vales do Pindaré e Mearim, ocorrendo sempre em partes mais baixas desta ou daquela região. Caracterizam-se por um solo argiloso, escorregadio, que na época estiagem fica gretado ou coberto de gramíneas. Essas descrições referem-se: a) às costa Orientais Maranhenses b) à Planície Costeira c) à Baixada Maranhense d) às várzeas do Mearim e Pindaré e) à área dos Lençóis Maranhenses 29. Localizado na região centro-meridional do Maranhão o Parque Estadual do Mirador destaca-se com sua vegetação típica de Cerrado. A preservação deste parque é vital para a proteção das nascentes de qualrio maranhense? a) Itapecuru b) Pindaré c) Munim d) Mearim e) Grajaú 30. Assinale o item que reúne características ambientais e potencialidades do Litoral Ocidental Maranhense. a) manguezais, praias, dunas, alto potencial turístico. b) praias, dunas, lagoas. c) alta piscosidade, manguezais, braços-do-mar, baías. d) ecoturismo, reentrâncias, manguezais, dunas. e) litoral retilíneo, dunas, alta piscosidade, acessibilidade. 31. As bacias hidrográficas têm grande importância não só no contexto hidrológico, mas também ecológico, econômico e social. Sobre os rios maranhenses é correto afirmar: a) são temporários causando problemas ambientais, sociais e econômicos. b) apresentam grande potencial de navegabilidade, com grande aproveitamento nos transportes fluviais. c) apresentam grande potencial energético, com usinas hidrelétricas na sua montante. d) possuem grandes extensões e volume de água, com suas matas preservadas. e) são caracterizados por grande extensão e volume de água com suas matas ciliares devastadas. 32. Um das cidades artificiais do Maranhão que foi planejada em função da construção da Barragem de Boa Esperança: a) Nova Iorque b) São João dos Patos c) Parnarama d) Bendito Leite e) Pastos Bons 33. Apesar de o Estado do Maranhão estar incluído na Macrorregião Nordeste do Brasil, algumas características desse Estado apresentam-se diferenciadas da região citada. Dentre elas destaca-se: I. Vasta cobertura vegetal de porte arbóreo, apesar do intenso desmatamento que vem ocorrendo no Estado do Maranhão. II. Rica e extensa rede fluvial e lacustre, principalmente em virtude dos altos índices pluviométricos. III. Clima semiárido, acirrando os problemas sociais. IV. Predomínio de clima úmido e Sub-Úmido, em função da atuação das massas de ar. Dentre as afirmativas acima está(ao) correta(s) somente: a) II, III e IV b) I e III c) I, II e IV d) II e IV e) IV 34. No litoral maranhense, constatam-se as seguintes características: V. O desequilíbrio ambiental de toda a zona costeira; VI. Uma drástica diminuição nos estoques naturais de peixes e camarões. VII. O desequilíbrio das águas nos campos da Baixada Maranhense; Os impactos ambientais, acima citados, estão diretamente relacionados: a) aos despejos industriais; b) a aterros nas áreas costeiras; c) ao derramamento de óleo no mar; d) a destruição dos manguezais; e) à pesca predatória. 35. “O Estado do Maranhão se apresenta como uma grande plataforma inclinada na direção sul-norte com mergulho no Oceano Atlântico, destacando-se uma área elevada com predomínio de chapadas altas na parte sul e uma área bem rebaixada na parte norte do Estado”. (Diagnóstico dos principais problemas ambientais do Maranhão). De posse do texto e de seus conhecimentos geográficos sobre o relevo do Maranhão, podemos afirmar corretamente sobre o Estado: (01) Tem em relevo em declive do sul para o norte. (02) Tem predomínio do trabalho de erosão no centro-sul. (04) Tem predomínio do trabalho de acumulação/sedimentação no centro-norte. (08) Tem no centro-sul, nas ramificações de chapadas e serras, a presença de divisores e centro dispersores de águas. (16) Tem seus principais cursos fluviais rio sentido sul-norte. Soma das corretas: (_________) 36. Umaequipe da TV Globo estava no ponto oeste do Estado do Maranhão e saiu para o ponto extremo sul, seguindo as divisas do Estado, pelo percurso mais curto. Assim, a equipe passará, em ordem, pelo(a): a) Rio Gurupi, Rio Tocantins e Rio Araguaia; b) Rio Tocantins, Chapada das Mangabeiras e Rio Manuel Alves Grande; c) Rio Tocantins, Rio Gurupi e Rio Parnaíba; d) Rio Gurupi, Rio Tocantins e Chapada das Mangabeiras; e) Rio Tocantins, Rio Manuel Alves Grande e Chapada das Mangabeiras. 37. Na estrutura geológica do Maranhão destaca-se na ocorrência de minério de ouro, com área de garimpagem, na divisa com o Pará, o núcleo Gurupi. Fazendo um estudo geológico sobre o mesmo, podemos considerar: a) está situado em um tipo de terreno que é o predominante no Maranhão; b) é de formação geológica recente; c) é uma área também sujeita a ocorrência de petróleo; d) é um terreno de grande instabilidade; e) é caracterizada pelo seu desgaste, através da ação dos agentes erosivos. 38. “[...] caracteriza-se pelo domínio de formas dissecadas pela superimposição da drenagem formando topos tabulares com bordas abruptas que decaem para colinas de declividade média e alta” (FEITOSA e TROVÃO, 2006, p.74). As características a que o texto se refere correspondem às do(a): a) Pediplano Meridional Maranhense; b) Planalto Ocidental Maranhense; c) Pediplano Central Maranhense; d) Planalto Oriental Maranhense; e) Depressão de Balsas Maranhense. 39. À medida que nos deslocamos do norte para o sul do maranhão, ocorre uma redução da média térmica. Quais fatores climáticos explicam essa ocorrência? a) Latitude e correntes marinhas. b) Altitude e vegetação. c) Vegetação e correntes marinhas. d) Latitude e altitude. e) Correntes marinhas e altitude. 40. A climatologia maranhense é típica de baixa latitude, onde há ação dos raios solares de forma perpendicular. Dentre os diversos tipos climáticos do Maranhão, assinale a opção que não é uma característica marcante a todos eles: a) elevada média térmica; d) quente e úmida; b) chuvas de verão; e) elevada maritimidade. c) baixa amplitude térmica; 41. O maior adensamento de babaçuais concentra-se no Médio Itapecuru, daí a denominação de parte dessa área como Zona dos Cocais. A partir da década de sessenta, essa paisagem mudou e o babaçu alcançou os vales do Mearim e Pindaré. Esse fato deve-se, principalmente, a: a) supervalorização da amêndoa, que estimulou novas áreas de produção; b) fertilidade dos solos, decorrente da superumidade provocada pelas cheias dos rios; c) ação antrópica, provocada pelos sucessivos desmatamentos da cobertura vegetal original; d) valorização do solo agrícola com a implantação de grandes áreas de pastagem; e) modificações climáticas em função da interferência humana no quadro natural. 42. Leia as manchetes abaixo: GOVERNO FEDERAL CRIA O PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS Área de preservação fica entre Estreito e Riachão no sudoeste do estado, com destaque para Carolina. (O Estado do Maranhão – dezembro/2005) PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS AQUECERÁ TURISMO NA REGIÃO O maior destaque da região é o município de Carolina, com as cachoeiras de Pedra Caída, Itapecuruzinho e São Romão. (O Estado do Maranhão – dezembro/2005) Todas as reportagens acima tem relação com qual bacia fluvial que banha o Maranhão? a) Gurupi. c) Tocantins. e) Mearim. b) Pindaré. d) Parnaíba. 43. “A Região Nordeste do Brasil dispõe apenas de 3,3% da água superficial existente no Brasil, sendo a 2.ª mais populosa. Entre os estados do Nordeste, o Maranhão é o mais privilegiado, com uma disponibilidade per capita superior aos estados do PI, CE, BA e SE juntos” (Francisco de Almeida – geógrafo – O Imparcial – março/2002) Qual a melhor justificativa para o grande potencial do MA citado na matéria jornalística acima? a) A sua posição geográfica em relação ao Equador. b) A sua grande área territorial. c) A sua localização amazônica. d) A sua enorme costa litorânea. e) A presença da Baía de São José. 44. A Baía de São Marcos tem um profundo canal natural que facilita a entrada e a saída de navios de grande calado para os portos da Ponta da Madeira, Itaqui e Alumar. Assim, a região portuária da Baía de São Marcos ganhou destaque nacional e internacional comum corredor de exportação. Dentre os produtos exportados por esse corretor de exportação temos, EXCETO: a) trigo; c) ferro-gusa; e) bauxita. b) minério de ferro; d) soja; 45. Leia: (O Estado do Maranhão – fevereiro/2002) Sobre as paisagens geográficas maranhenses citadas podemos afirmar, exceto: a) são áreas onde encontramos algumas “rias”; b) são típicas do litoral oriental do MA; c) têm mais características de litoral amazônico do que nordestino; d) têm grande destaque na atividade pesqueira; e) têm bom potencial turístico. PÁGINAS DE UM RICO LITORAL Baías e mangues maranhenses são retratadas pelo geógrafo Aziz Ab’Saber no livro Litoral do Brasil. 1 ASPECTOS HUMANOS DO MARANHÃO 1. Crescimento populacional do Maranhão Fonte: IBGE. Censo Demográfico 1960, 1970, 1980 e 2000 A população maranhense ainda tem um ritmo de crescimento muito grande, porém vem ocorrendo uma redução, pois o nosso crescimento vegetativo (que ainda é elevado) vem tendo uma queda, devido à diminuição da taxa de natalidade (ainda elevada) que tem relação direta (assim como o Brasil) com o processo de urbanização (crescimento da população urbana maior que a da rural). Dados censo IBGE – 2010: - A cidade de São Luís possui 1.082.935 pessoas. O número é resultado do Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de muitas estimativas e apreensão em saber se a capital maranhense passaria de 1 milhão de habitantes, chega a confirmação. - Para 2016, a estimativa populacional para o Estado do Maranhão é de 6.954.036 habitantes. Com uma taxa de crescimento geométrico em torno de 1,52 % Taxa de Natalidade Causas da redução – o processo de urbanização e suas implicações: maior acesso a prática de aborto; maior acesso aos meios de anticoncepcionais; maior participação da mulher no mercado de trabalho; maior custo de formação de um indivíduo na cidade; elevação do nível cultural; casamentos tardios. POPULAÇÃO RESIDENTE NAS DATAS DOS RECENSEAMENTOS GERAIS E TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL (%) – 1960/2000 Data dos recenseamentos gerais Situação do domicílio Total Urbana Rural População residente Em 01/09/1960 Em 01/09/1970 Em 01/09/1980 Em 01/09/1991 Em 01/08/2000 Taxa média geométrica de crescimento anual (%) De 01/09/60 a 01/09/70 De 01/09/70 a 01/09/80 De 01/09/80 a 01/09/91 De 01/09/91 a 01/08/00 2 469 447 2 992 686 3 996 404 4 930 253 5 638 381 1,94 2,93 1,93 1,52 436 624 752 027 1 255 156 1 972 421 3 355 577 5,59 5,26 4,19 6,14 2 032 823 2 240 659 2 741 248 2 957 832 2 282 804 0,98 2,04 0,69 2,86 https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o 2 Taxa de Mortalidade Causas da redução: progresso da medicina; evolução da bioquímica; melhorias nas condições médico-hospitalares; melhorias nas condições higiênico- sanitárias. Comentário Geral O ritmo de crescimento do Maranhão ainda é bastante elevado, principalmente na zona rural onde as taxas de natalidade são maiores, em função do baixo padrão socioeconômico e cultural da população, culminando com o alto crescimento relativo nesse segmento, isto é, famílias mais numerosas apresentando maior taxa de fecundidade em relação às da zona urbana que possui maior crescimento absoluto. 2. Distribuição da População do Maranhão Analisando a distribuição da população global,brasileiro e maranhense, podemos perceber que existem áreas de grandes concentrações populacionais (adensamentos) ao lado de vazios demográficos. Assim, podemos afirmar que a população (do globo, do Brasil e do MA) está distribuída de forma desigual (irregular). A desigual distribuição da população explica-se pela conjugação de diversos fatores (naturais, históricos e socioeconômicos) que favorecem ou restringem a ocupação humana dos territórios. A distribuição espacial da população maranhense é coordenada ou dirigida por fatores de ordem natural, histórica e econômica, apresentando-se distribuída de forma irregular (desigual). A partir do instante em que a população desenvolve sua capacidade produtiva, os fatores naturais ou geográficos tendem a diminuir o papel no condicionamento da distribuição da população e no processo de ocupação do espaço, ganhando realce os fatores econômicos. No litoral destaca-se o Golfão através da Ilha de Upaon-açu. As zonas urbanas apresentam- se densamente povoadas em relação às outras áreas do estado, principalmente o centro-sul, oeste maranhense, principalmente no Vale do Gurupi que possuem as menores concentrações demográficas, consideradas vazios populacionais. Concentrações populacionais Vazios demográficos 1. Litoral, com destaque para a Ilha de São Luís. 2. Vales fluviais do Médio Mearim, Itapecuru e Pindaré. 3. Baixada Maranhen se. 4. Lençóis Maranhenses. 5. Oeste do MA: Amazônia, com destaque para o Vale do Gurupi. 6. Centro-sul do MA: cerrado. 3 CORRENTES DE POVOAMENTO NO MARANHÃO O processo de povoamento do Maranhão ocorreu através de 3 correntes de povoamento: a) Corrente do Litoral oeste leste litoral litoral - pesca - pesca - agricultura - pecuária - extrativismo do sal Vales fluviais: Itapecuru, Pindaré, Mearim. - cana; - algodão. b) Corrente dos criadores de gado A frente pastoril foi ocupando o centro-sul do Maranhão, através da criação de gado. Ex.: Pastos Bons. Resultou um extenso vazio demográfico. c) Corrente dos imigrantes da seca Foi motivada por vários fatores: a seca do nordeste semiárido; a dificuldade de absorção da mão-de-obra excedente do nordeste; a decadência da exploração da borracha na Amazônia. Associado com a agricultura de subsistência e com a rizicultura. OBSERVAÇÃO: A migração de sulistas para o sul do Maranhão não representa uma corrente de povoamento, porém teve importante participação no adensamento a ocupação do sul do estado. Ex.: rizicultura e cultivo mecanizado da soja. 4 3. Estrutura etária do Maranhão FAIXA ETÁRIA 1970 (%) 1980 (%) 1990 (%) 2000 (%) 2010(%) Jovens(0/19 anos) 56,83 56,41 54,96 49,81 41 Adultos (20/59) 39,02 38,08 39,03 42,99 50 Idosos (60 anos...) 4,15 5,51 6,01 7,20% 09 (Tabela organizada pelos dados do IBGE) Observe as pirâmides etárias do Maranhão, extraídas do livro Atlas Escolar do Maranhão (FEITOSA e TROVÃO) A base da pirâmide etária do Maranhão vem tendo uma redução em sua largura, caracterizando a queda da taxa de natalidade e de fecundidade (processo de urbanização). O percentual de idosos vem aumentando, ampliando um pouco a largura do ápice da pirâmide. Tal fato é fruto de aumento da expectativa de vida (ainda é baixa). Censo 2010 – Distribuição por idades e por sexos 5 Nota do professor: Quanto a ocupação da população maranhense, o setor primário apresenta uma ampla vantagem em relação aos demais, pois sua economia é tradicionalmente agro-extrativa. Podemos afirmar que no município de São Luís temos uma hipertrofia do terciário, com a presença marcante da economia informal/subterrânea, com alta taxa de subemprego. 4. Maranhão: principais migrações internas a) Transumância – Baixada Maranhense b) Êxodo rural Principal causa: fatores de estagnação. periferização urbanização desintegrada Concentração fundiária Fascínio urbano c) Migração pendular Com o êxodo rural ocorreu uma expansão da periferia de várias cidades, contribuindo para as migrações pendulares (residência para o trabalho e vice-versa). (Trabalho) (Residência) d) Migração inter-regional e intra-regional Com a expansão da fronteira agrícola para o oeste (Amazônia) e sul (cerrado) do Estado do Maranhão, vem ocorrendo deslocamento de pessoas de outras regiões e da própria Região Nordeste. Campos de tesos ( altos) Campos inundáveis ( baixos) Cidade Campo Área urbana de São Luís Periferia São Luís está tendo um crescimento populacional exagerado. Tal fato está sendo causado pela deficiente estrutura fundiária do Estado (gera êxodo rural) e a implantação de programas industriais(migrações inter-regionais e intra- regionais). Esse processo traz várias consequências: aumento da periferização, agravamento dos problemas sociais, deficiência nos setores básicos, diminuição de áreas verdes ao redor do núcleo urbano, salários mais baixos (excesso de mão-de-obra), aumento do desemprego e do subemprego, urbanização anômala etc. 6 Capítulo 11: Estrutura fundiária do Maranhão O que é estrutura fundiária? Denomina-se estrutura fundiária a forma como as propriedades agrárias de uma áreas ou país estão organizadas, isto é, seu número, tamanho e distribuição social. A injusta estrutura fundiária do Maranhão Um dos grandes problemas agrários do Maranhão é a sua estrutura fundiária e a extrema concentração da propriedade. A maior parte das terras ocupadas e os melhores solos encontram- se nas mãos de pequeno número de proprietários – os latifundiários –, muitas vezes com enormes áreas ociosas, não utilizadas para a agropecuária, apenas à espera de valorização, ao passo que um imenso número de pequenos proprietários possui áreas ínfimas – os minifúndios –, insuficientes para garantir-lhes, e as suas famílias, um nível de vida decente e com boa alimentação. Essa concentração da propriedade fundiária é muito grande conforme se observa pela tabela a seguir: MARANHÃO – DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS Classe de Área (ha) % de Estabelecimentos % da Área menos de 10 10,2 0,2 de 10 a menos de 100 49.8 12,1 de 100 a menos de 1.000 35,7 32,4 de 1.000 a mais 4,3 53,3 A extrema desigualdade na distribuição social da terra é a principal característica da estrutura fundiária maranhense. A frase que melhor sintetiza essa característica é: poucos com muita terra, e muitos com pouca terra. I. Os estabelecimentos rurais com área superior a 1.000 hectares (1 ha = 10.000m2) representam apenas 1% (Brasil) e 4,3% (Maranhão) do total, ocupando uma extensa porção do Brasil (45,1%) e do Maranhão (53,3%). CONCLUSÃO: Muita terra com pouca gente São os latifúndios, grandes propriedades rurais, muitas vezes improdutivas ou inadequadamente exploradas. A situação agrava-se pelo fato de que apenas uma parcela reduzida da área dos latifúndios é destinada à produção agrícola – e mesmo assim para produtos de exportação ou agroindustriais. A ociosidade e o subaproveitamento (baixo índice de utilização) da terra são as principais características dos latifúndios. Enquanto isso, milhões de famílias sem terra são impedidas de produzir alimentos por não possuírem terra ou por esta ser escassa ou ainda por não dominarem técnicas de produção. II.Do número total de estabelecimentos rurais, temos: Brasil: 89,3% - ocupam apenas 20% da áreaMaranhão: 60,0% - ocupam apenas 12,3% da área CONCLUSÃO: Muita gente com pouca terra São os minifúndios, pequenas propriedades rurais, geralmente exploradas pelo agricultor e sua família. Embora ocupem parcela tão reduzida da área agrícola do país, esses estabelecimentossão mais bem aproveitados do que os latifúndios, ou seja, são menos ociosos. São responsáveis por grande parte das chamadas culturas de alimentação básica ou de subsistência (arroz, feijão, milho etc.), sustentando a atividade produtiva agrícola do país e fornecendo alimentos para a população. III. Em número de estabelecimentos rurais no Brasil e no Maranhão ocorre o predomínio de minifúndios. Principal causa: processo de herança familiar que causa a fragmentação da terra, transformando latifúndios em vários minifúndios. IV. Em área no Brasil e no MA temos a predominância de latifúndios Principal causa: herança do nosso passado colonial, desde a implantação das capitanias hereditárias. 7 Principais áreas de conflitos fundiários do Brasil e Maranhão As áreas mais violentas compreendem o Bico do Papagaio (1), no norte de Tocantins e o Pontal do Paranapanema (10), sendo retratadas pela mídia, que, muitas vezes, enfatiza a invasão de terras produtivas, omitindo a grilagem na área. Formas de Exploração da Terra No Brasil e no MA existem dois modos fundamentais de exploração agrícola da terra: a exploração direta e a exploração indireta. A EXPLORAÇÃO DIRETA ocorre quando o proprietário, mantendo ou não empregados, se encarrega diretamente da exploração da terra. Nas grandes propriedades é comum o proprietário manter um administrador ou capataz para cuidar da fazenda e dos empregados. Nas pequenas propriedades os trabalhos são geralmente realizados pelo proprietário e sua família. É a predominante. A EXPLORAÇÃO INDIRETA é a exploração realizada por terceiros ou não-proprietários. As principais modalidades são as seguintes: posseiro (ocupante): invasor da terra sem título de propriedade; parceiro: paga pelo uso da terra de acordo com a produção: pode ficar coma metade, terça, quarta parte da produção etc.; arrendatário: paga um valor fixado pelo uso da terra (em espécie ou produto); agregado: morador da terra do proprietário que presta alguns dias de serviços para o dono da propriedade, recebendo menos que o trabalhador que vem de fora. 8 Capítulo 12: Agricultura do Maranhão I. Introdução: Contradições agrícolas de dois brasis Considerações Centro-Sul do Brasil Nordeste e Amazônia Sistema agrícola Intensivo por mecanização Extensivo Técnicas Modernas Arcaicas Produtividade Alta Baixa Grau de mecanização Grande Pequeno Integração indústria e agricultura Grande Pequena Preço das terras Maior Menor Ociosidade da terra Pequena Grande Finalidade Mercado externo: agricultura de exportação Mercado interno: agricultura de alimentos Maranhão Cultivo da soja no cerrado Cultivo do arroz nos vales fluviais 1. Movimento de grilagem (grileiros): apropriação de terras por meio de falsificação de documentos ou de subornos dos responsáveis pela regularização fundiária. Os grileiros podem agir a mando de grandes proprietários rurais, ocupando terras de posseiros e de indígenas. 2. Boia-fria: os trabalhadores expulsos do campo vão constituir os chamados boias-frias, uma massa de assalariados temporários (volantes), residindo nas periferias urbanas, resultados por agenciadores intermediários (os “gatos”), que os transportam de caminhão para os locais de trabalho. Essa massa de trabalhadores volantes migra dentro de uma região agrícola, ou mesmo para outras regiões, acompanhando os ciclos produtivos das diversas culturas, basicamente de exportação ou para a agroindústria. Como se sabe, esses trabalhadores não têm qualquer garantia legal trabalhista, assistência médica, aposentadoria etc., recebendo salários miseráveis que obrigam o trabalho de toda a família (inclusive crianças de até 8, 9 anos). Esse processo de “proletarização” dos trabalhadores rurais se acelera enormemente a partir de 1967, com a intensificação do processo de modernização agrícola. . 3. Peonagem (peão): “A escravidão do século XXI” Þ A peonagem constitui um regime de trabalho que se baseia na escravidão por dívida. Jovens, geralmente filhos de agricultores pobres que não têm condições de alimentar a família na entressafra, são recrutados por agenciadores (gatos), que os transportam para fazendas distantes. Dão um adiantamento em dinheiro para a família do jovem, iniciando aí sua dívida. A alimentação no trajeto, o preço do transporte etc. são debitados na conta do peão. Chegando à fazenda, são “vendidos” ao fazendeiro e administradores pelo valor das despesas que o gato computou nos dias do de transporte, acrescido do adiantamento feito à família e mais o preço do recrutamento e outras despesas arbitrárias. Os peões só se libertarão dessa condição quando pagarem a dívida, inclusive a alimentação fornecida pelo fazendeiro. Nesse esquema, imposto pelo patrão, mesmo trabalhando exaustivamente, ele não consegue pagar a dívidas. Para evitar fugas, existem pistoleiros que os vigiam e, além disso, à noite os trancam em barracões. Houve casos registrados de castigos físicos com mutilações. Em Rondônia, por volta do ano de 1988, foi registrado caso de corte de tendão dos pés para que o peão não fugisse. Isso existe não apenas em Mato Grosso, Maranhão, Pará e Amazonas, onde fazendas guardam entre si grandes distâncias ou são distantes de cidades, mas também nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Constitui mais uma entre tantas violências existentes no Brasil. É uma relação social de produção escravista em pleno século XXI. 9 Características gerais Predominantes na agricultura do MA Agricultura extensiva. Baixa produtividade. Técnicas arcaicas. Esgotamento do solo. Voltada para a subsistência. Uso de rotação da terra. Produtos agrícolas tipicamente tropicais. Grande dependência da natureza: principalmente clima e solo. PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DO MA Considerações Arroz Soja Principal Área geográfica Vales fluviais do Mearim, Itapecuru, Pindaré, etc. Centro-Sul do Estado (cerrado – principal polo agrícola: Balsas) Predomínio de técnicas Mais arcaicas Mais evoluídos Solo De várzea Latossolos (ácido – método da calagem) Produtividade Baixa Alta Finalidade principal Mercado interno Mercado externo Mecanização Reduzida Grande Mão-de-obra Maior Menor Incentivos governamentais Pequenos Grandes Sistema agrícola Extensivo Intensivo por mecanização Nota do professor... O arroz cultivado na área do cerrado tem características bastante semelhantes com as da soja. Corredor Norte de Exportação: visa desenvolver o cerrado setentrional (sul do MA, norte do Tocantins e sudoeste do Piauí) através da exportação de soja, usando a Ferrovia Norte-Sul, E.F. Carajás e Porto da Ponta da Madeira, abastecendo principalmente o mercado europeu. Na área do cultivo da soja temos a presença do imigrante do sul do Brasil e os incentivos do governo brasileiro (agricultura de exportação). SOJA Durante muitos anos o centro sul maranhense conviveu com o mito que a sua área não era boa para agricultura, devido ao solo ácido do cerrado. Assim, a pecuária extensiva foi durante muito tempo a principal atividade econômica do centro sul do estado. “A agricultura maranhense vem, ao longo de sua história, apresentando ciclos como o domínio de determinados produtos como a cana-de-açúcar no período colonial, o algodão no século passado, que foi basicamente substituído pelo arroz que hoje está sendo cultivado paralelo à explosão da cultura de soja, o mais recente produto cultivado no Estado.” – Luís Rios (Geografia do Maranhão. RIOS, Luís. Ed. Central dos Livros) 10 Com a chegada na década de 1970 dos imigrantes sulistas (RS-PR-SC), o cerrado despertou a sua vocação para a agricultura, com a correção do solo pelo método da calagem (adição de calcário, que é uma base, para o solo ficar neutro). Assim, o meio rural do centro sul do
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