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Escravidão e Educação no Brasil

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19/11/2020 UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Aluno - Portal do Aluno - Grupo UNIASSELVI
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php 1/2
Acadêmico: Ester Ferreira de Souza (2089340)
Disciplina: História da África (HID02)
Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:650357) ( peso.:4,00)
Prova: 23109564
Nota da Prova: 8,00
1. A historiografia da Diáspora Africana fornece informações sobre o tráfico de escravos
africanos desde da Antiguidade. A coleção "História Geral da África" da Unesco sugere que,
devido à escassez de documentação, é difícil precisar quando os primeiros africanos
chegaram à Europa, mais precisamente na Península Ibérica. É provável que tenham sido
capturados nas franjas do Saara já com as rotas de longa distância transaarianas
consolidadas. Africanos também participaram, no ano de 711, da campanha muçulmana na
Europa. Nos séculos seguintes, marcados por guerras incessantes entre o islã e a
cristandade, eles combateram como soldados e trabalharam como escravos. De fato, a partir
do século XIII, nas feiras de Guimarães, no Norte de Portugal, encontravam-se mouros,
mercadores de escravos vendendo africanos oriundos das regiões situadas ao Sul do Saara.
Porém, a partir do século XV, com a expansão portuguesa no norte e costa atlântica da
África, o fluxo de africanos escravizados cresce consideravelmente e serve de prelúdio para o
aumento, em escala, da captura e transporte de africanos em virtude da crescente demanda
por mão de obra escrava no continente africano. Com base no exposto, disserte sobre as
diferenças entre os efeitos do comércio de escravos na Antiguidade e comércio de escravos
na Idade Moderna, dominado pelos europeus.
FONTE: OGOT, Bethwel Allan (org.). História Geral da África V: África do Século XVI ao
XVIII. Brasília: Unesco, 2010.
Resposta Esperada:
*De acordo com a historiografia da escravidão, o comércio de escravos, com origem no
continente africano, para algumas regiões no Oriente Médio e sul da Europa, já existia na
Antiguidade e Idade Média via rotas de longa-distância que cruzavam o Saara e o Oceano
Índico. *Contudo, a utilização da mão de obra escrava, aspectos sociais e padrões demográficos
diferiam entre a escravidão na Antiguidade e Medievo e a escravidão surgida no continente
americano. Por exemplo, os cativos africanos enviados para o mundo islâmico pela rota
transaariana eram, na maioria, do sexo feminino e destinavam-se a servidão doméstica,
incluindo sexual, e a minoria, do sexo masculino, era utilizada como escravos-soldados. *Já no
tráfico atlântico, a maioria do cativos era do sexo masculino, inicialmente destinados à
atividades agrícolas. Em consequência da crescente demanda de escravos, a escravização
intensiva, em certas regiões africanas, causa um impacto negativo na demografia das
sociedades locais. *Dessa maneira, podemos dizer que uma das principais diferenças entre a
escravidão na Antiguidade e Idade Média e a escravidão moderna, no continente americano, foi
o impacto considerável causado pela escala maciça do tráfico atlântico em determinadas
regiões africanas.
2. A partir de janeiro de 2003, os temas da História e cultura afro-brasileira e africana passaram
a fazer parte dos currículos da Educação Básica no Brasil. O tema deve ser incluído,
principalmente, nas disciplinas de Arte, Língua Portuguesa, História, Literatura, Geografia e
Matemática. Nesse contexto, disserte sobre duas questões históricas que justificam a
mudança no currículo escolar brasileiro.
19/11/2020 UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Aluno - Portal do Aluno - Grupo UNIASSELVI
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php 2/2
Resposta Esperada:
- As alterações no currículo, em parte, resultam das reivindicações de vários segmentos do
movimento negro, sobre as questões sociais e políticas.
- O movimento negro, a partir de suas reivindicações, buscou a desconstrução da ideia de um
continente africano como selvagem e exótico, bem como o afastamento das teorias que
inferiorizaram o africano na História. 
- Refletir sobre o movimento que busca inserir o africano e afro-brasileiro como sujeitos
históricos e participantes da História brasileira. 
- Em parte, a cultura brasileira foi construída pelos saberes africanos, como a culinária, música e
manifestações religiosas.
- A lei se justifica por questões históricas, como pelo fato de o Brasil ter recebido mais de 4
milhões de indivíduos vindos da África e escravizados. Hoje, a população de origem africana já
é mais de 46% da população brasileira.

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