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DENTÍSTICA EM PRANCHAS Universidade Católica de Brasília. Autoras: Luísa Machado. Paula Machado. Disciplina: Dentística. 1 NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO Cavidade patológica: gerada pela incidência de uma lesão de cárie. Cavidade terapêutica: Preparada pelo cirurgião dentista para uma restauração. Faces: 01 Face: Simples 02 Faces: Composta 03 ou + Faces: Complexa + nome da face envolvida (iniciando pela face proximal) Ângulos: diedros, triedros ou cavossuperfícial. 1 Grupo: encontro de paredes circundantes. 2 Grupo: encontro de paredes circundantes + de fundo. 3 Grupo: encontro de paredes de fundo. Diedros: união de duas paredes. Triedros: União de três paredes. Cavossuperficial: junção de paredes circundantes com a superfície externa do dente. Representa o limite da cavidade. Incisais: nomenclatura específica para cavidades proximais em dentes anteriores. Não recebem nomes das paredes combinadas. Forma ou extensão da cavidade: Intracoronária: Inlay (não envolve cúspide) Extracoronária parcial: Onlay (envolve cúspide) Extracoronária total: Coroas totais (envolve todas as cúspides) Black observou que a lesão de cárie surgiu em áreas susceptíveis à cárie, sendo elas cavidades de cicatrículas e fissuras ou cavidades de superfície lisa. Classe I: Leões de cárie localizadas em áreas de má coalescência de esmalte (sulcos, fissuras). Áreas oclusais de dentes posteriores, sulcos de faces palatinas de molares superiores, ângulos de dentes anteriores e superiores. Classe II: Localizadas nas faces proximais (mesial e distal) de pré-molares e molares superiores e ou inferiores. Se envolver a face proximal mais oclusal, ela continua sendo Classe II. Classe III: Localizadas nas faces proximais de incisivos e caninos, superiores e inferiores, sem envolvimento da borda incisal. Classe IV: Localizadas nas faces proximais de incisivos e caninos, superiores e inferiores, COM envonvilmento da borda incisal. Classe V: Não tem diferença entre posterior e anterior, localizada no terço cervical das faces vestibulares e lingual (palatina) de TODOS os dentes. Classe VI de Howard e Simon: Localizada nas bordas incisais de dentes anteriores e ou pontas de cúspides de dentes posteriores. Classe I de Sockwell: Cicatrículas e fissuras incipientes (de ponto), na face vestibular de dentes anteriores. Classificação das cavidades Estruturas das cavidades: Paredes: Circundantes: contorna a cavidade (gengival tamém é circundante) Fundo: Assoalho da cavidade • Pulpar: Perpendicular ao longo eixo do dente. • Axial: Paralela ao longo eixo do dente. Parede de fundo Pulpar Parede Circundante Parede de fundo Axial Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V 2 Imagem autoral. Imagem autoral. Imagem autoral. Imagem autoral. Imagem autoral. Imagem autoral. Fonte:Roycrest Dental Center, Pinterest. Fonte: Roycrest Dental Center, Pinterest. DIAGNÓSTICO E CONDUTAS TERAPEUTAS- LESÕES CARIOSAS 3 O que é cárie dentária? Dissolução da estrutura dentária causada por eventos metabólicos que ocorrem no biofilme que cobre a área afetada, podendo afetar: esmalte, dentina e cemento. É uma doença e deve-se evitar a sua instalação, interferir na sua progressão e reparar suas sequelas (quando indicado). Em situações normais todas as áreas da boca são susceptíveis porém não se desenvolvem na mesma frequência. Sítios + susceptíveis : Fóssulas e fissuras (erupção); proximais, cervicais aos pontos de contato; margem gengival. Orientação de higiene para cada paciente, se necessário fazer o uso de evidenciadores. Microbiota: A presença de microbiota na superfície dentária é um pré requisito para desenvolvimento da cárie. So a presença de biofilme não é suficiente para presença de cárie. Primeiros microrganismos a colonizar: S.salivaris, S.mitis, S.oralis. Microrganismo anaeróbios gram negativos surgem depois: P.melaninogenica, Veilonella spp. S.Mutans e S. sanguinis surgem na boca após erupção dentária. O fluido crevicular ao lado da margem gengival fornece uma fonte de nutrientes essenciais para anaeróbios estritos. A microbiota cresce até que um equilíbrio seja atingido: homeostase bacteriana. Carboidratos fermentáveis aumentam a taxa de replicação dos microrganismos e a produção de ácido (desequilíbrio), porém pode acontecer a reprecipitação de minerais. Cárie é a mudança no equilíbrio da microbiota residente. Saliva: Capacidade tampão, saturada em cálcio e fosfato. Limpeza e lubrificação e viscoelasticidade, antibacteriana, antifúngica, antiviral e digestiva. Teoria da placa ecológica: bactérias cariogenicas podem estar em outras superfícies porém em um nível muito baixo. Episódios repetidos de baixo PH no biofilme causado pelo consumo frequente de carboidratos fermentáveis mais fluxo salivar baixo. Diagnóstico: Campo precisa estar seco, limpo e iluminado. Os roletes de algodão posicionados no fundo de vestíbulo e na região lingual, são necessários além de bom uso da seringa tríplice e do espelho clínico. A profilaxia é sempre necessária previamente ao exame clínico dentário, para eliminação de resíduos e biofilme. Radiografia: Auxilia no diagnóstico e tratamento. Exame clínico não é suficiente para fechar diagnóstico. Técnica panorâmica: visão geral, lesões, calcificações, velamentos de seios maxilares. Técnica periapical/ interproximal: áreas específicas, visualizamos tratamento endodôntico, adaptações de coroas, restaurações e lesão de carie. Mancha Branca Inativa: Aspecto liso e brilhante. Pode apresentar-se pigmentada ou com coloração clara, superfície de esmalte brilhante, lisa ou polida. Iluminação indireta em um campo liso e brilhante é muito importante. Paciente consegue impedir a lesão de cárie, e o esmalte está menos susceptível a cavitação. Diagnóstico: Mancha Branca Ativa: Apresenta-se clinicamente com aspecto fosco, opaco, rugoso e poroso. Encontrada preferencialmente em locais de maior dificuldade de limpeza, podendo estar associada à gengivite. Diagnóstico: Primeira manifestação clínica da doença. Oriundas de bactérias cariogênicas que produzem ácidos a partir de carboidratos fermentáveis da dieta. Quando a perda de mineirais atinge um volume alto de poros no esmalte a mancha branca se torna visível, opaca e porosa. Fatores retentores de placa: aparelho, restaurações grandes. Lesão de cárie ativa com cavitação: Coloração clara com fundo amolecido e apresentando mancha branca ativa nos bordos. Lesão de cárie inativa com cavitação: Coloração escurecida, com fundo endurecido à sondagem, margens definidas e sem o halo de mancha branca ativa nos bordos da cavidade. (Conceição et. at., 2007. p. 41) Fonte: Maxi_m / Shutterstock.com (Conceição et. at., 2007. p. 41) (Conceição et. at., 2007. p. 41) (Conceição et. at., 2007. p. 42) DIAGNÓSTICO E CONDUTAS TERAPEUTAS- LESÕES NÃO CARIOSAS • Definidas como a perda lenta e reversível do dente, principalmente na região cervical, sem que exista envolvimento bacteriano. • Afetam principalmente as faces vestibulares de caninos e pré em adultos e idosos. • A maior parte dessas lesões desenvolvem-se em faces oclusais e incisais (áreas onde as cargas são aplicadas) e na cervical dos dentes (áreas onde há concentração de tensões). • Tem mais de um fator etiológico envolvido e interagindo, o que aumenta a magnitude da perda. • Causas: • Exposição radicular; • Trauma oclusal; • Alimentação ácida; • Refluxo; • Bulimia; • Restaurações com sobrecontorno. • É influenciada pelo estilo de vida, hábito e fatores psicológicos. • Possuem aspectos clínicos semelhantes e são divididas em: atrição, abrasão, erosão e abfração. ATRIÇÃO • Desgaste mecânico pela fricção de dois dentes. • Ocorre nas regiões incisais e oclusais. • Tratamento: reeducar os hábitos (diurno) ou fazer placas. ABRASÃO • Desgaste mecânico causado pela fricção de um corpo estranho (escova dental, palito, roer unhas). • Tratamento: Remoção do hábito. EROSÃO Perda patológica crônicalocalizada e indolor causada por agentes químicos (ácidos) não bacterianos atuando sobre os fosfatos e bicarbonatos da apatita. Causas: Fatores extrínsecos (ácidos cítricos da alimentação, medicamentos, vitaminas e isotônicos) fatores intrínsecos (ácido clorídrico estomacal). A saliva auxilia devido a sua capacidade tampão e em casos de xerostomia, a erosão é mais acentuada. Tratamento: Esclarecer para o paciente sobre técnicas e produtos apropriados e aplicar verniz e flúor nas lesões. ABFRAÇÃO • Fratura à distancia. • Parece uma cunha. • Pode ser subgengival. • Causados por microfraturas do esmalte desencadeadas por tensões de tração e compressão provenientes de forças oclusais mal distribuídas. • Caso seja removido o fator etiológico, não há progressão da lesão já instalada. • Tratamento: Ajustes oclusais, induzindo a ... Das lesões. • É comum existir sequelas como hipersensibilidade dentinária (causada pela exposição dentinária, seguida pela abertura dos túbulos) e também perda de estrutura. • Sintomas de dor aguda localizada de curta duração. 4 (MACHADO et. at., 2019. p. 41) (MACHADO et. at., 2019. p. 41) (MACHADO et. at., 2019. p. 41) (MACHADO et. at., 2019. p. 41) PREPAROS CAVITÁRIOS Princípios Clássicos x Princípios Modernos CLÁSSICO • Classificação de Black • Forma de contorno. • Forma de resistência. • Forma de retenção. • Forma de conveniência. • Remoção da dentina cariada. • Acabamentos das paredes de esmalte. • Limpeza da cavidade. Princípios de Black sofrem alterações pois foi descoberta etiologia da cárie, surgimento dos materiais restauradores adesivos, e novos instrumentais compatíveis com tamanho e forma da lesão Alguns passos clínicos visam facilitar tanto o diagnóstico quanto a própria execução da restauração: 1- Isolamento do campo operatório: para o local de trabalho não ter contato com a umidade (saliva), o ideal é utilizar o lençol para isolamento absoluto. 2- Retração gengival: em alguns casos a intimidade entre os limites do preparo cavitário e o tecido gengival podem impedir a realização de restaurações adequadas, afastar temporariamente a gengiva 3- Afastamento ou separação dentária: em cavidades proximais no qual temos alguma dúvida do diagnostico da cárie, deve ser feito o afastamento dentário (24-72h), também facilita o preparo da restauração e economiza tecido sadio. 4- Proteção do dente adjacente: Principalmente em restaurações proximais. 5- Remoção do tecido cariado: Remoção de toda a dentina desmineralizada e infectada. Como idenfiticar o tecido cariado? CONSISTÊNCIA X COLORAÇÃO • Consistência é o principal parâmetro, coloração não é muito utilizado. • Se a remoção demanda força, provavelmente o tecido está remineralizado, indepentede da coloração. • Quanto mais amolecida a dentina, ela deve ser removida pois não irá se remineralizar. • Se for em parede de fundo, manter a dentina pois ela se remineraliza, nesse caso deve-se usar Hidróxido de cálcio para matar as bactérias e promover formação de novas células. • A dentina é acessada através de um esmalte, e todo o esmalte deve ser removido com alta rotação. • A dentina é removida com brocas em rotação e/ou colheres de dentina. • Quanto mais profunda for a dentina, devemos dar preferencia para as colheres de dentina, para evitar acidentes e exposição pulpar. • Conservação de estruturas de reforço. • Formas e extensão do preparo: Não desgastar tecido sadio, extensão mínima. • Preparo cavitário não pode ter ângulos vivos, sempre arredondar os ângulos internos. • Não deixar ponto de concentração de tensão, ou seja, pontos de ângulos internos quando arredondado dissipa forças, isso evita a estrutura de quebrar. MODERNO • Forma do preparo é determinada pela extensão da lesão. • Utilizar instrumentos rotatórios e manuais de pequena dimensão para não comprometer tecido sadio. • Sempre associar intervenções invasivas, com procedimentos preventivos. • Resistência aumentada aos materiais restauradores utilizados. 5 Atrito: Refere-se à resistência ou, especificando, componente horizontal da força de contato que atua sobre os corpos quando estes estão em contato que atua sobre os corpos quando estes estão em contato com outros corpos e existe uma tendência ao movimento. Aparece em razão das rugosidades existentes nas superfícies dos corpos . Quanto maior o atrito maior a energia térmica gerada, maior o calor. A realização de preparos cavitários sem refrigeração gera muito calor as estruturas dentárias e não deve ser realizado (Aumento de 5,5 graus resulta em danos irreversíveis a dentes saudáveis). A refrigeração deve ser constante durante preparos cavitários. Preparos intermitentes: evita o aquecimento da estrutura dentária e essa manobra também vai minimizar desgastes desnecessários pois todo o instante será feita uma avaliação do que é necessário ser feito. Acabamento das paredes de esmalte: A parede deve estar mais lisa possível para permitir o melhor molhamento dessa superfície. Remoção da irregularidades das margens, leva a um melhor molhamento da superfície pelo adesivo e consequentemente melhor adaptação da RC nas margens isso tudo leva a um melhor vedamento marginal. Materiais utilizados: brocas em alta rotação, brocas carbide e depois complementando com brocas em baixa rotação ou pontas diamantadas em baixa. CIMENTO- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E IONÔMERO DE VIDRO Cimento de Hidróxido de Cálcio • Amplamente utilizado na proteção pulpar no caso de cavidades profundas. • PH alcalino 11, não é agressivo para polpa. • Capacidade de bloquear estímulos térmicos e elétricos. • Hidrossolúvel. • Baixa resistência mecânica, deve ser aplicado em espessura fina. • Sistema Pasta-Pasta (Base e catalisador). • Ação antimicrobiana. Mecanismo de Ação: • Necrose por coagulação em função do seu PH elevado. • Capacidade de estimular a formação de dentina esclerosada ou reparadora. • Proteção pulpar ou capeamento indireto. • Composto por duas pastas: Base e catalisadora, que devem ser misturadas em um papel não absorvente, com aplicador Dycal, tempo de manipulação: 10s/ tempo de trabalho: 30s. • Aplicar uma fina camada somente na porção mais profunda, não aplicar nas paredes circundantes. Cimento de Hidróxido de Cálcio Fotopolimerizáveis • Mesmo mecanismo de ação • É uma seringa com uma pasta única contendo ponta descartável. • Composto por matriz orgânica + radiopacificadores. (Deixa o material ser fotoativável) • Propriedades físicas. Químicas e Mecânicas são semelhantes aos Convencionais. Cimento de Ionômero de Vidro Composição: Pó (vidro de flúor-alumínio- silicato) e Líquido ( solução aquosa de ácido poliacrílico). Reação de presa: ácido-base, a reação também libera íos de fluoreto. Propriedades: Adesividade, liberação de flúor, coeficiente de expansão térmica, resistência mecânica. Manipulação: Utilizar a face brilhosa do bloco de manipulação, devemos colocar gradativamente o pó em contato com o líquido (aglutinar), no final da manipulação o material precisa possuir brilho e conseguir formar um fio. 1 min manipulação e 4 minutos de presa. Cimentos de ionômero de vidro convencionais são classificados em: TIPO I: Cimentação (Próteses fixas, núcleos, peças ortodônticas). TIPO II: Restauração TIPO III: Base, forramento e selameto de cicatrículas e fissuras. Como realizar a inserção do material na cavidade? • O material só pode ser inserido se após a sua manipulação ele possuir brilho superficial, homogeneidade, e a eliminação de bolhas. • Cuidado com os fenômenos de sinérese e embebição, utilizando matriz, vaselina ou gaze para formação de uma barreira física. • Após a inserção do material na cavidade os excessos devem ser removidos do ângulo cavo superficial promovendo o vedamento marginal para realizar o ajuste oclusal. Cimento de Ionomero de Vidro Modificados por Resina Ionômero Híbrido Classificados pela sua composição química: convencionais, reforçados por metais, alta viscosidade, modificadospor resina. Composição: parte do componente líquido é substituído por monômeros metacrilados, solúveis em água e no pó há acréscimo do fotoiniciadores. Reação de presa: Tripla cura 1. Reação do ácido-base do CIV 2. Polimerização ativada pela luz 3. Polimerização ativada quimicamente Serve como forramento diminuindo a dor causada pela contração da polimerização Formas de apresentação: • Pó + líquido • Pasta-Pasta • Encapsulado Desvantagens comparadas as RC: • Menor estética. • Pobre polimento superficial. • Menor resistência ao desgaste. 6 Fonte: Site Dentisply Sirona Fonte: Site FGM Dental Group Fonte: Site FGM Dental Group Fonte: Site Maquira Fonte: Site Technew PROTEÇÃO COMPLEXO DENTINO PULPAR • 97% inorgânico, alta friabilidade. • Unidade básica do esmalte: primas- cristais de fosfato de cálcio sob forma de hidroxiapatitas empilhados. • É um tecido que não tem a capacidade de se reparar porém pode ser mineralizado. • Sua espessura está diretamente relacionada a cor do dente. • Terço médio cervical a estrutura é mais delgada permitindo melhor visualização da dentina • Tecido mineralizado e avascular, possui prolongamentos de odontoblastos, 70% inorgânico. • Matriz rica em colágeno tipo I. • Quanto mais profunda a dentina, maior a quantidade de túbulo dentinário por área, ela se torna mais permeável e úmida (fluido tissular). • Seu tecido por ser tubular amortece as forças da mastigação e diminui fraturas. ESMALTE DENTINA Tipos de dentina: Primária: dentina produzida na odontogênese, até erupção do dente na boca e completa formação do ápice radicular, processo feito por odontoblastos primários. Secundária: Após erupção dentária e acontece durante toda a vida em um processo mais lento, através de uma movimentação centrípeta dos odontoblastos, esse é o motivo pelo qual a polpa reduz de volume com o passar da idade. Terciária: Resposta do organismo a agressões, como cárie, traumas da mastigação, sua produção não tem um padrão tubular uniforme e é resultado de estímulos lesivos que causam danos ou até morte de odontoblastos. Dentina Reacional: Odontoblastos primários depositam e mineralizam uma matriz dentinária que pode apresentar característica tubular. A deposição da dentina reacional é chamada de esclerose dentinária, isso resulta na obliteração do túbulo, fazendo com que o trajeto da dentina primaria e secundária sejam interrompidos, para evitar que o agente agressor chegue até a polpa e a afete. Dentina terciária. Observe os traços mortos sobrejacentes a dentina reacional, note a dentina reparadora revestindo a dentina reacional. Corte por desgaste de dentina mostrando os túbulos dentinários acentuadamente curvados enquanto atravessam a dentina secundária. Existem Critérios fundamentais para a decisão de realizar ou não uma proteção específica, os mesmos são decisivos na escolha dos materiais, são esses: Profundidade da cavidade, idade, tipo de substrato dentário, condição pulpar, propriedades do material. Conhecer as características morfológicas dentinárias é fundamental para a escolha da conduta terapêutica mais apropriada. Proteção Pulpar Indireta • Não exposição da polpa • Colocação de material sobre a dentina que está sob a polpa ainda protegida • Visa a vitalidade da polpa • Correto diagnostico do estado pulpar e preservação de tecidos passiveis de remineralização. TABELA Proteção Pulpar Direta • Material protetor aplicado diretamente sobre a polpa exposta. • Não é aplicável à todas as situações de exposição; a exposição favorável a proteção pulpar direta é aquela acidental, ou em casos de fraturas coronais. • Caso o procedimento seja realizado em uma única sessão: Hidróxido de Cálcio P.A + CIV (forramento). • Caso o procedimento seja realizado em duas sessões, na primeira: Hidróxido de Cálcio P.A + CIV (restaurador), após 45 à 90 dias o paciente deve retornar para reabertura da cavidade e a conferencia da formação da barreira dentinaria sobre a área exposta. • Na segunda sessão é aplicado Cimento de Hidróxido de Cálcio sobre a barreira + CIV (forramento) Profundidade 1 Opção 2 Opção Rasa/ Média Profunda Muito Profunda Hibridização CIV + Hibridização Cimento de Ca(OH)2 Fotoativado + CIV + Hibridização Cimento de Ca(OH)2 Autoativado + CIV + Hibridização Cimento de Ca(OH)2 Fotoativado + CIV + Hibridização 7 Fonte: drarito Pinterest. Fonte: Site Carioweb Fonte: Site Carioweb AMÁLGAMA DE PRATA O amálgama é uma liga metálica que contém mercúrio. O mercúrio é um metal líquido que reage com diferentes metais sólidos para formar uma liga de consistência plástica, permitindo a adaptação desse material aos preparos cavitários retentivos com um leve pressão. As ligas de metais que se apresentam em pó podem ser classificadas (de acordo com a configuração física de suas partículas) em: Limalha (irregulares), Esfera (demandam menor resistência para condensar o amálgama, são difíceis de compactar, por conta de seu escoamento e não é recomendado para restauração classe 2). Limalha e esfera. Composição (porcentagem em peso): Os principais componentes são: prata-estanho, mercúrio e cobre. Classificação das ligas: • Ligas de baixo teor de cobre: forma de limalha, a reação de cristalização é mais simplificada, porém, é um material de qualidade inferior do ponto de vista mecânico pois durante a reação forma-se a fase alfa2 (propensa a corrosão). • Ligas de alto teor de cobre que são dividias em: fase dispersa e composição única. • Fase dispersa: é uma mistura entre limalha e partículas esféricas, na sua reação de cristalização é adicionada uma fase dispersa nos reagentes, o que no final da reação, terá como produto a fase nano, eliminando dessa forma a fase alfa2 (indesejável). • Composição única: composta por partículas esféricas, dentro da cada esfera existem duas fases, fase alfa e fase eta, o que garante a não formação da fase alfa2. A proporção de mercúrio e liga tem relação direta com as propriedades mecânicas. O objetivo após a trituração é obter uma massa coesa, plástica e brilhosa e para termos essas característica não pode haver excessos de mercúrio. Existem 3 maneiras de triturar o amálgama: Manual (grau e pisitilo)- sem nenhum padrão na proporção, além de facilitar a contaminação do dentista e do ambiente de trabalho, era necessário grande quantidade de mercúrio para obter coesão. Mecânica (amalgamador)- menor risco de contaminação, porém ainda não extraia as melhores propriedades do material porque a proporção ainda era imprecisa. Cápsulas pré-dosadas- duas fases separadas por uma película, proporção mais confiável, segurança na manipulação. Propriedades do amálgama: • Alterações dimensionais (contração X expansão)- menos mercúrio maior a contração, excesso de mercúrio maior a expansão. Obs: expansão tardia do esmalte está ligada com a presença de umidade durante a condensação (deve-se fazer isolamento) • Resistencia a compressão- baixa resistência a tração e flexão. • Creep ou escoamento: uma espécie de degradação marginal em decorrência do creep, a medida que se aproxima da margem do preparo, tende a se tornar mais delgada. Escoamento sem suporte dentinário + baixa resistência a tração + corrosão= fratura da restauração por toda a margem. Características gerais dos preparos cavitários para amálgama: • Suporte adesivo do esmalte ou remoção do esmalte sem suporte, • Ângulo cavossuperficial reto, o que garante espessura homogênia do amálgama por toda extensão do preparo, • Paredes circundantes levemente convergentes para oclusal (retenção macromecânica), • Ângulos internos arredondados (dissipa as forças compressivas e aumenta a resistência, • Profundidade do preparo: mínimo de 1,5 a 2mm (resistência do material), • Largura do preparo: máximo em 1/3 ou 1/4 da distância intercuspidária. PRATA: 60 a 75% ESTANHO 17 a 30% COBRE 2 a 5% (nas ligas convencionais) 10 a 30% (nas ligas com alto teor de cobre) ZINCO 0 a 2%8 Fonte: Repertório Digital Odontoup Fonte: Repertório Digital da promo dental Fonte: Repertório Digital da ES Brasil Fonte: drarito Pinterest. ISOLAMENTO RELATIVO Se caracteriza por colocação de dispositivos que vão absorver a saliva e afastar os tecidos bucais para permitir boa visualização do campo operatório, porém não é tão eficaz quanto o isolamento absoluto. Indicações: - Impossibilidade de isolamento absoluto, - Restaurações provisórias, - Aplicações de substancias que previnem a cárie dentária, - Moldagens, - Durante o exame físico intrabucal e planejamento. Materiais utilizados: - Rolete de algodão, gaze e papel absorvente, - Afastadores labiais, - Aspirador de saliva e sugadores de alta potência (bomba a vácuo) - Retentores de rolete de algodão (ex: dispositivo de Ivory). Técnica: Acomodar os roletes de algodão ou gaze na região do fundo de vestíbulo da área a ser isolada, utilizar afastadores labiais para obter melhores acessos e visibilidade, utilizar retentores de roletes de algodão para região sublingual (permitem melhor acomodação dos roletes e afastamento da língua), manter os aspiradores de saliva bem posicionados, sempre que necessário trocar os roletes (quando encharcados). É necessário tomar cuidado nas regiões de freio labiais e linguais e região de bridas. Obs: tanto em isolamento absoluto como relativo, em pacientes com fluxo salivar intenso podem ser usadas drogas sialopressoras para diminuir a quantidade de saliva. Entretanto, esse procedimento pode causar efeitos colaterais graves, o dentista deve saber se indica ou não. 9 Fonte: Repertório Digital do Dental Speed Fonte: Repertório Digital do Dental Oral Line Fonte: Repertório Digital do Mercado livre ISOLAMENTO ABSOLUTO O isolamento é uma etapa importante para a realização de uma restauração. Ele pretende principalmente eliminar a umidade (gerada pela saliva) e contaminação bacteriana. Materiais utilizado: arco de Young, lençol de borracha, pinça Palmer, grampos (com ou sem asa), fio dental. Um campo operatório isolado é um campo livre de umidade e contaminação. Lembrando que campo operatório diz respeito sobre os limites onde o profissional vai atuar. Os objetivos da técnica de isolamento absoluto incluem: -retração e proteção dos tecidos mole, -visibilidade do campo, -proteção contra aspiração e/ou deglutição, -controle de infecção cruzada, -redução do tempo de trabalho. Essa técnica é indicada em diversas situações, entre elas: -cavidades profundas com risco de exposição pulpar, -manipulação de restaurações em amalgama(resíduos de mercúrio), -qualquer procedimento adesivo, -retração dos tecidos gengivais, restauração classe V, -pacientes com necessidades especiais. Panorama da técnica (técnica convencional) 1- posicionamento do arco para isolamento (a concavidade da haste inferior do arco deve ser apoiada sobre o mento) 2- prender o lençol no arco (arco deve ficar centralizado no lençol) 3- exercer pressão nesse lençol para expor as faces oclusais e incisais, enquanto isso auxiliar vai marcar cada um dos dentes 4- teste do grampo (amarrar um fio dental no grampo, utilizar a pinça palmer para abri-lo e realizar o teste nos dentes, as garras do grampo devem estar mais na cervical possível). 5-após o teste, remover o grampo 6-perfuração do lençol 7-posicionar o alicate perfurador na marcação do dente e perfurar 8-posicionar o grampo no dente mais posterior 9-levar novamente o lençol mais grampo para a boca com auxilio da pinça palmer 10- prender na região mais cervical da coroa 11- passar o lençol por debaixo da assa(utilizar instrumento não Cortante) 12- usar o fio para colocar o lençol em todas as ameias Para realizar a remoção: usar a pinça palmer para abrir e remover o grampo, esticar o lençol na região palatina e cortar as regiões das ameias emendando todas. Para facilitar o processo do isolamento é recomendado: utilizar instrumentos com a ponta romba (espátula numero 1, espátula de resina) para realizar a inversão do lençol sobre a asa do grampo assim que esse é colocado em posição, usar lubrificante a base de água pois não resseca a borracha além disso também escorregar o fio rente a um dos dentes para evitar que o lençol rasgue. AMARRIA (confecção extra oral) Tem como funções básicas: estabilizar o lençol de borracha, auxiliar a exposição de alguma área cervical de interesse. É um nó corredio (um laço será formado) COMPLEMENTO AO ISOLAMENTO ABSOLUTO Em casos de apinhamento dental, aparelho ortodôntico, dentes expulsivos, o isolamento pode não ser capaz de vedar totalmente o campo, então podemos utilizar como alternativa uma barreira gengival fotopolimerizável. Essa barreia é uma espécie de gel que cristaliza e auxilia no isolamento. 10 (Conceição et. at., 2007. p. 120) (Conceição et. at., 2007. p. 119) SISTEMA ADESIVO E ADESÃO Materiais que necessitavam de macroretenções foram substituídos por materiais que possibilitam invertenções menos invasivas. Classificação: condicionamento total ou convencionais e autocondicionantes. CONVENCIONAIS: Etapa de aplicação do ácido como um passo separado dos demais. 3 passos: ácido-primer-adesivo. 2 passos: ácido-primer + adesivo (juntos). AUTOCONDICIONANTES: O ácido não existe como etapa separada. 2 passos: primer ácido-adesivo. 1passo: primer ácido + adesivos (juntos). Composição: Sistemas: ácido (nos convencionais), primer (ácido- autocondicionante), adesivo. Obs: primer estabiliza a matriz colagênica dentinária e o adesivo se liga aos monômeros hidrofílicos presentes no primer. Uma adesão eficiente depende do íntimo contato entra o adesivo e o substrato e isso acontece através de um bom molhamento. A capacidade de molhamento é dada entre o ângulo de contato formado entre o adesivo e o substrato, quanto menor ângulo de contato, maior molhabilidade. Outro fator que influencia a capacidade de molhamento é a tensão superficiol e a energia livre de superfície. A energia livre de superfície deve ser maior do que a tensão superficial para que aumente o molhamento. Se espalharmos completamente (usamos micropincéis), teremos capacidade de molhamento e uma eficiência dessa adesão por toda superfície. Adesão ao esmalte é micromecânica, eficiente e de simples execução: Nos sistemas CONVENCIONAIS: aplicação do ácido fosfórico (30 seg) (O ácido causa a desmineralização, aumentando a energia livre de superfície)depois realizar lavagem (mesmo tempo ou o dobro do tempo de condicionamento), após a lavagem recomenda-se secagem com jato de ar e após secagem, o adesivo é aplicado sobre toda superfície condicionada, existindo uma penetração desse adesivo nas microporosidade criadas, finalmente é realizada a fotopolimerização , estabelecendo uma adesão micromecânica. Nos sistemas AUTOCONDICIONANTES: é aplicado um produto (seja ele primer-ácido ou primer-ácido com adesivo) diretamente sobre o esmalte, a desmineralização ocorre ao mesmo tempo que vai existir uma infiltração dessas irregularidades para que seja feita a fotopolimerização (não existe lavagem). Adesão em dentina Nos sistemas CONVENCIONAIS: aplicação do ácido fosfórico sobre o esmalte e depois sobre a superfície dentinária, esse ácido vai agir não só sobre a dentina mas também sobre a lama dentinária, após isso realizamos a lavagem e assim a dentina vai se encontrar SEM a camada de lama e sem o smear plug, adicionalmente existe a desmineralização com exposição da malha de fibrinas colágenas, há presença de água entre as fibrilas que garantem um espaço para penetração futura do adesivo (para controlar a umidade podemos usar papeis absorventes). Depois do controle da umidade, aplicamos o primer+adesivo (ou primeiro primer depois adesivo), após a aplicação do primer devemos esperar o solvente evaporar e realizar a fotopolimerização. Nos sistemas AUTOCONDICIONANTES DE 2 PASSOS: o primer-ácido é aplicado sobre a dentina e é capaz de resultar em uma desmineralização, não existe lavagem após aaplicação do componente desmineralizante. A camada da lama dentinária NÃO é removida, mas sim modificada e incorporada a camada híbrida (vantagem: ao mesmo tempo que existe a desmineralização tecidual, o primer infiltra a área desmineralizada, não existe área dentinária desmineralizada sem ser infiltrada). Após a aplicação do primer acídico aplica-se o adesivo e após é realizada a fotopolimerização. A resistência adesiva desses sistemas autocondicionanes é muito boa, porém no esmalte recomenda-se a aplicação prévia do ácido. 11 Fonte: Repertório Digital dental cremer Fonte: Repertório Digital do Opalini Fonte: Repertório Digital do Dental GutierreFonte: Repertório Digital do FGM Fonte: Repertório Digital do Opalini RESINA COMPOSTA Composição: matriz orgânica, carga inorgânica, agente de união e sistema iniciador. Matriz: estrutura de natureza orgânica e amorfa que permite sua modelagem à cavidade, formada por monômeros metacrilatos de alto e baixo peso molecular. Carga inorgânica: inserida na matriz, formada por partículas minerais (inorgânicas), os principais representantes são: quartzo, vidro ou sílica, essas estruturas são quimicamente inertes e por causa da sua rigidez são responsáveis por fornecer a resistência a compressão. Possuem diferentes tamanhos, formas e quantidade. Outras partículas também presentes: estrôncio e bário responsáveis pela radiopacidade e não pela resistência. Agente de união: em função da natureza diferente dos componentes , houve a necessidade da aplicação na estrutura inorgânica um agente de união, o silano, que é uma molécula bifuncional que faz a união entre as partículas de carga inorgânica e a matriz orgânica, formando uma estrutura fisicamente coesa que vai melhorar as propriedades físicas da RC. Sistema iniciador- ativador: responsável pela reação de polimerização das resinas compostas. A porção quimicamente ativa das RC é a sua matriz, e é exatamente nela que ocorrerão as reações químicas que vão transformar a massa plástica amorfa em uma estrutura rígida e com forma. Classificação: baseado em 3 aspectos 1- quanto ao grau de viscosidade/fluidez 2- quanto ao tamanho das partículas 3-quanto as propriedades óticas Em relação ao grau de viscosidade/fluidez existem: RC de viscodidade regular/convencionais, RC fluida e RC condensável ou compactável. O que determina essa viscosidade é a quantidade e tamanho das cargas. Uma RC fluida tem menos carga quando comparada a uma RC regular. A indicação passa diretamente sobre o grau de viscosidade. Em relação ao tamanho das partículas, existem RC com macropartículas (boa resistência porém superfície muito áspera), micropartículas (boa lisura porém baixa resistência a compressão), hibrída (desde macro até nanohibridas) e nano particuladas. Nas resinas nanoparticuladas, por existir partículas em tamanho manométrico, temos praticamente a eliminação do espaço entra as partículas. O que esperamos de uma RC? – alta lisura superficial, integridade marginal, estabilidade de cor, alta resistência além de boa mimetização das estruturas naturais perdidas. Podemos usar mapa cromáticos. Devemos utilizar resinas específicas para a substituição de cada um dos tecidos perdidos. Durante a polimerização ocorre a união química desses monômeros em polímeros. Tipos de polimerização: física, química e dual. Fases da polimerização: - indução: quebra das moléculas de iniciador por ação do ativador gerando radicais livres. –propagação: esses radicais livre se propagam, ocorrendo quebra da ligação dupla dos monômeros, eles se ativam após a quebra e passa a agir como novo radical livre. –terminação: duas moléculas ativas se unem fechando a cadeia do polímero. A polimerização é caracterizada pela aproximação das moléculas de monômero e resulta em uma diminuição do volume do material, fenômeno conhecido como como contração da polimerização e tem relação direta com a quantidade de matriz orgânica dos compostos. Quanto maior o volume de matriz, maior a contração. Além da matriz outros fatores influenciam o grau de contração: comprimento das moléculas de monômero (matrizes com baixo peso molecular sofrem mais contração), volume de carga (quanto maior, menos a contração). Com a contração de polimerização e consequente diminuição do volume são geradas estresse na interface entre os compósitos e os substratos dentais. Quando o estresse de contração são superiores a resistência adesiva, pode gerar: infiltração marginal, manchamento marginal, cárie secundária e ruptura da adesão. Fatores que influenciam o estresse: volume do material sendo polimerizado (diretamente proporcionais) e o modelo de elasticidade (diretamente proporcionais). 12 (Conceição et. at., 2007. p. 313) Fonte: YouTube Fonte: Repertório Digital do Maxilaris Odontologia Fonte: Repertório Digital Blog Luis Gustavo Leite FOTOATIVAÇÃO Fatores como: densidade de potência, desperdício de luz, temperatura, fotoiniciadores, transmissão de luz, localização e tipo de restauração são exemplos para que a fotopolimerização ocorra bem. Aparelhos fotopolimerizadores: principais elementos – potência e a capacidade de colimar o feixe de luz. Devemos conhecer não apenas a energia emitida na ponta, mas também saber qual é a energia que atinge o fundo da cavidade. A intensidade da luz diz respeito sobre a energia total necessária para polimerizar e depende da energia absorvida pela resina por um tempo de exposição. 16 J/cm2 é a dose de energia necessária para polimerizar incrementos de até 2 mm de resina composta. Fatores que podem atrapalhar a intensidade da luz: lâmpadas antigas, pontas aplicadoras sujas ou danificadas, aparelhos de baixa qualidade, ´´saquinhos`` utilizados para biossegurança. São necessário fotoinicadores para serem excitados e auxiliarem na polimerização, são esses: Canforoquinona (que é excitado pela luz azul visível), lucerina e PPD. Exisitem diversos tipos de unidades de fotoativação: Halógenas- possuem filamento de tungstênio que ao ser aquecido emite luz branca, com comprimento de onda de 380 a 760nm, além disso possuem amplo espectro. LEDs- são diodos emissores de luz apenas na faixa de 450 a 490 nm (não necessita de filtros para restringir a emissão), geram pouco calor o que faz com que as lâmpadas durem mais e possuem espectro estreito. Uma vez que apenas os comprimentos de onde referentes a luz azul são desejáveis, os finais são filtrados e descartados. Para que o iniciador seja estimulado pela luz e desencadeie a reação de foto, a unidade de fotoativação utilizada tem que cobrir a faixa espectral específica do fotoiniciador (quanto maior a amplitude de espectro emitida pelo foto, maior sua compatibilidade) No início da reação de polimerização, as tensões decorrentes da contração são dissipadas pela deformação da RC principalmente nas superfícies livres em direção as aderidas. Essa deformação é possível graças a mobilidade que as moléculas apresentam durante a fase inicial da reação (fase pré-gel). A partir do momento em que a complexidade das cadeias poliméricas impede o reposicionamento molecular (ponto gel) o composto não é mais capaz de sofrer deformação. A fase de pós gel ocorre desde o ponto gel até o final da reação de polimerização, durante essa fase toda a contração é acompanhada de estresse. Tipos de técnica de fotoativação: Uniforme contínua- intensidade da luz é mantida constante do início ao fim, utilizamos a potência máxima. Passos- emissão de luz em intensidade baixa durante os primeiros segundos passando para intensidade máxima e nela permanecendo. Rampa- intensidade aumenta progressivamente até atingir o máximo. Pulso tardio- rápida ativação inicial de 3 a 5 segundos em baixa intensidade, depois um intervalo de minutos, após isso realiza-se uma segunda ativação com alta intensidade. Intermitente- alterna momentos com luz e sem luz em uma mesma intensidade. É importante ter um radiômetro que é a única ferramenta para que se conheçaa potência de cada uma das calibrações do fotoativador e saber a eficiência de cada uma delas. O mesmo fotoativador pode apresentar diferentes valores quando testado em diferentes radiômetros. 13 Fonte: Site Amazon Fonte: Repertório Digital do Surya Dental Fonte: Repertório Digital do 3M Fonte: Repertório Digital do blog dental cremer REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14 CONCEIÇÃO , Ewerton Nocchi. Dentístida Saúde e Estética. 2ª edição . ed. Porto Alegre: [s. n.], [2007]. BARATIERI , Luiz Narcisio et al. Odontologia restauradora fundamentos e técnicas volume 1. . ed. São Paulo: Santos editora, [2013]. MONDELLI, J. - Protenção do Complexo Dentinopulpar. Série EAP/APCD. 1a Ed; São Paulo: Santos, 1998. FEJERSKOV, Ole et al, (ed.). Cárie dentária Fisiopatologia e Tratamento. 3ª edição . ed. [S. l.: s. n.], [2017]. MONDELLI, J. et al. Fundamentos de Dentística Operatória. São Paulo: Ed.aSantos/1 . Edição, 2006. 342p. 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