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Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Instituto de Química Engenharia Química Laboratório de Engenharia Química I Marco Antonio Gaya de Figueiredo Prática 1 Peneiramento Alunos: Matrícula Ana Clara Pinto Dantas de Souza Rego 2012.2.0560811 Bruna Barros Pozes da Silva 2012.2.0695911 Brunna Torres de Souza Soares 2012.2.0558711 Caique Siqueira da Silva 2012.2.0560311 Carolina Lopes de Freitas 2012.2.0559911 Em 2016.2 Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 1. INTRODUÇÃO Materiais sólidos estão presentes na rotina da indústria química, seja como matéria- prima de um processo ou recuperado como produto no final. Sólidos possuem algumas especificidades que exigem cuidados especiais em seu manuseio, transporte e armazenamento. Alguns dos parâmetros utilizados para o estudo de partículas são: esfericidade, porosidade, massa específica real e aparente, entre outros. Em situações operacionais práticas as partículas são tratadas em conjunto, na forma de população de partículas. Por maior que seja a homogeneidade do material, partículas não são totalmente idênticas e por isso se fazem necessários artifícios para que partículas semelhantes possam ser reunidas em um subgrupo dentro da população que compõem. Essa classificação é essencial, por exemplo, para a escolha do equipamento de separação adequado para o processo. O peneiramento vibratório é uma técnica que promove a separação do material sólido em diversas frações com base no tamanho das partículas. O processo consiste em um empilhamento de peneiras em ordem crescente de número de . Quanto menor o número mesh de , maior será o tamanho de partícula retido na peneira. Dessa forma, o sólido em cada mesh peneira tem um diâmetro maior que o da malha em que está retido, e menor do que o da malha acima. São promovidos vários ciclos de vibração durante determinados períodos de tempo até que se atinja um ponto no qual a quantidade de partículas em cada uma das peneiras permaneça constante. 2. OBJETIVO Determinar a distribuição cumulativa experimental de uma amostra de areia, comparando os dados obtidos com os modelos de Gates-Gaudin-Shaumann (GGS), Rosin- Rammler-Bennet (RRB) e Sigmóide. Adicionalmente, calcular o diâmetro médio de Sauter. 3. METODOLOGIA Para a realização do procedimento experimental utiliza-se uma série de peneiras com tampa e fundo de diversos tamanhos em (16, 20, 28, 35, 42, 50, 60, 65, 80 e 100), um mesh Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 agitador mecânico e uma balança analítica. A figura 1 mostra o arranjo da primeira série de peneiras (16 a 42 ) no agitador mecânico: mesh Figura 1 – Peneiras e agitador mecânico. Pesam-se as peneiras e os fundos. Constrói-se a metade da série no agitador, com a amostra na peneira de topo, e se deixa vibrar por aproximadamente 30 minutos. Pesa-se o conteúdo do fundo e de uma peneira do meio. Continua-se o peneiramento por períodos de 10-15 minutos, até que o peso do conteúdo do fundo e da peneira do meio seja constante. Posteriormente, se pesa o conteúdo de todas as peneiras. Repete-se este mesmo procedimento para a segunda metade da série, mas esta vez, usando o conteúdo do fundo da série anterior. 4. RESULTADOS A tabela 1 mostra os resultados obtido para as pesagens totais, conforme diferentes s ciclos de agitação: Tabela 1 – Pesagem total e ciclos de agitação. Primeira metade (16 - 42 ) mesh Segunda metade (50 - 100 ) mesh Tempo (min) Massa do conteúdo do meio e fundo (g) Tempo (min) Massa do conteúdo do meio e fundo (g) 0 - - 0 - - 30 360,99 440,32 30 359,15 360,87 40 360,62 445,39 40 359,98 360,83 50 360,63 449,00 60 - - Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 A tabela 2 exibe os valores obtidos através da pesagem de cada peneira, para assim determinar o quantitativo de massa retida. A partir desses dados foram realizados os cálculos da fração mássica (x ) e fração mássica cumulativa (X ), sendo: i i A fração mássica indica o percentual da amostra total que ficou retido em determinada faixa. Já a fração mássica cumulativa representa a fração mássica menor ou igual a abertura da faixa em questão. Por exemplo, sabemos através da fração mássica cumulativa que 100% das partículas da amostra de areia passaram pela abertura de 16 , logo são menores ou mesh iguais a 1,190 mm. Tabela 2 – Pesagens parciais e frações mássicas distributiva e cumulativa. Peneira (Mesh) Abertura (mm)* Massa peneira (g) Massa peneira + amostra (g) Massa amostra (g) xi (%) Xi (%) 16 1,190 441,72 443,16 1,44 0,62 100,00 20 0,840 442,19 442,65 0,46 0,20 99,38 28 0,646 342,01 360,60 18,59 8,02 99,18 35 0,500 353,62 433,80 80,18 34,58 91,16 42 0,383 354,52 397,68 43,16 18,61 56,59 50 0,297 396,32 420,80 24,28 10,47 37,97 60 0,250 333,96 374,81 40,85 17,62 27,50 65 0,229 336,82 359,38 22,56 9,73 9,89 80 0,177 343,24 343,31 0,07 0,03 0,16 100 0,149 380,94 381,24 0,30 0,13 0,13 Fundo 0,000 360,83 360,83 0,00 0,00 - *Conversão baseada em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Figura 2 – Frações mássicas distributiva e cumulativa apresentadas respectivamente na forma de histograma e de linhas. O diâmetro médio de Sauter (D consiste em um diâmetro de partícula cuja relação sauter) superfície/volume é a mesma para todas as partículas. É definido como: Sendo: xi: Fração mássica D : Diâmetro médio de partícula por faixa p,i Tabela 3 – Diâmetro médio por faixa para o cálculo de Dsauter. Faixas Dpi (µm)* Dpi médio (µm) xi (%) xi/Dpi 149 - 0 74,5 0,00 0,0000 149 - 177 163 0,13 0,0008 177 - 229 203 0,03 0,0001 229 - 250 239,5 9,73 0,0406 250 - 297 273,5 17,62 0,0644 297 - 383 340 10,47 0,0308 383 - 500 441,5 18,61 0,0422 500 - 646 573 34,58 0,0603 646 - 840 743 8,02 0,0108 840 - 1,190 1015 0,82 0,0008 * 1mm=1000 µm Soma 0,2509 D sauter (µm) 3,9862 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Fr aç ão M ás si ca C um ul at iv a (% ) Fr aç ão M ás si ca (% ) Faixas de tamanho (mm) Distribuição Tamanho de Partícula Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Os modelos GGS, RRB e Sigmoide consistem em funções de probabilidade que se ajustam aos dados obtidos experimentalmente.Trata-se da probabilidade de se encontrar determinada massa de partículas com diâmetro menor ou igual a dado diâmetro D . As p relações entre X e D são mostradas abaixo: p Tabela 4 – Modelos e respectivas linearizações. Nome X Linearização GGS RRB Sigmoide Para todos os casos, o ajuste da versão linearizada resultará em coeficientes angulares = 2 e coeficientes lineares 1 = −[ = exp(− . ln(C )], ou seja, C 1 1 1⁄2). Figura 3 – Coeficientes linear ( e angular (. Retrabalhando as equações e realizando regressões lineares, os seguintes resultados foram obtidos: Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Figura 4 – Regressão para o modelo GGS. Figura 5 – Regressão para o modelo RRB. Figura 6 – Regressão para o modelo Sigmoide. y = 3,3579x - 20,949 R² = 0,7735 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 0 2 4 6 8 ln ( X ) ln (Dp) Modelo GGS GGS Linear (GGS) y = 3,8175x - 23,103 R² = 0,8606 -8 -6 -4 -2 0 2 4 0 2 4 6 8 ln ( -l n ( 1- X )) ln (Dp) Modelo RRB Modelo RRB Linear (Modelo RRB) y = 6,2976x - 35,789 R² = 0,9347 -10 -5 0 5 10 15 0 2 4 6 8 ln ( X /1 - X ) ln (Dp) Modelo Sigmoide Modelo Sigmoide Linear (Modelo Sigmoide) Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Vale destacar que para o valor de X = 1, como mostrado na tabela 5, obteríamos uma i inconsistência matemática para o cálculo da ordenada nos modelos RRB e Sigmoide. Para solucionar o problema e não perder a coerência dos dados, foi utilizado o valor de 0,9999, que é muito próximo a 1 e permite que as subtrações em questão não resultem em zero. Tabela 5 – Resultados para construção da linearização. Abcissa Ordenada GGS RRB Sigmoide Xi Dpi (µm) ln (D ) p ln (X) ln (-ln (1-X)) ln (X/1- X) 0,0013 74,5 4,3108 -6,6502 -6,6496 -6,6489 0,0016 163 5,0938 -6,4405 -6,4397 -6,4389 0,0989 203 5,3132 -2,3138 -2,2622 -2,2097 0,2750 239,5 5,4786 -1,2908 -1,1343 -0,9692 0,3797 273,5 5,6113 -0,9682 -0,7389 -0,4906 0,5659 340 5,8289 -0,5694 -0,1810 0,2650 0,9116 441,5 6,0902 -0,0925 0,8864 2,3338 0,9918 573 6,3509 -0,0082 1,5695 4,7962 0,9938 743 6,6107 -0,0062 1,6256 5,0754 1,0000 1015 6,9226 0,0000 2,2203 9,2103 Tabela 6 – Parâmetros obtidos através da linearização. GGS RRB Sigmoide 1 -20,949 -23,103 -35,789 2 3,3579 3,8175 6,2976 R² 0,7735 0,8606 0,9347 C1 512,2028 424,9053 293,8174 n 3,3579 3,8175 6,2976 A partir dos dados dos coeficientes C pode-se construir um gráfico comparativo 1 e entre os dados experimentais de distribuição cumulativa e os ajustes para cada modelo: Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Figura 7 – Comparativo entre os dados experimentais e o ajuste do modelo GGS. Figura 8 – Comparativo entre os dados experimentais e o ajuste do modelo RRB. Figura 9 – Comparativo entre os dados experimentais e o ajuste do modelo Sigmoide. 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0 500 1000 1500 Fr aç ão M ás si ca Diâmetro médio (µm) Experimental x Modelo GGS GGS Experimental 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0 500 1000 1500 Fr aç ão M ás si ca Diâmetro médio (µm) Experimental x Modelo RRB RRB Experimental 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 0 500 1000 1500 Fr aç ão M ás si ca Diâmetro médio (µm) Experimental x Sigmoide Sigmoide Experimental Impresso por Ana, CPF 155.337.927-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 16/11/2020 20:58:06 Como podemos observar através dos gráficos, o modelo Sigmoide é o que melhor se ajusta aos dados experimentais. Ajuste que também se confirma através do valor do coeficiente de determinação (R²) de 0,9347 como mostra a tabela 6. 5. CONCLUSÃO A classificação das partículas de uma amostra de areia de granulometria desconhecida foi satisfatoriamente realizada através dos cálculos de fração mássica distributiva e cumulativa. Também foi possível obter um diâmetro único que busca representar toda a amostra, o diâmetro médio de Sauter. Linearizações e ajustes aos modelos empíricos GGS, RRB e Sigmoide foram realizados, concluindo-se que o modelo que melhor descreve o comportamento da amostra é o Sigmoide. 6. ANEXO: ESTUDO DIRIGIDO a. Em posse dos dados obtidos em laboratório faça a distribuição granulométrica do sólido em diferentes modelos de distribuição encontrados na literatura. Figura 10 – Distribuição granulométrica nos modelos Sigmoide, RRB e GGS . dados experimentais. vs
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