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Livro de Revisão 3 Física Helio Luiz de Almeida ©Editora Positivo Ltda., 2017 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) A447 Almeida, Helio Luiz de. Física : livro de revisão / Helio Luiz de Almeida. – Curitiba : Positivo, 2017. v. 3 : il. ISBN 978-85-467-1721-7 (aluno) ISBN 978-85-467-1710-1 (professor) 1. Ensino médio. 2. Física – Estudo e ensino. I. Título. CDD 373.33 Livro do ProfessorLLivro do Professor Ensino Médio Ilu st ra çõ es : D iv o. 2 01 5. 3 D. 1. Movimento harmônico simples e Ondulatória Movimentos periódicos Movimentos periódicos são aqueles que se repetem ao longo do tempo, como o pêndulo de um relógio, a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo, etc. Um típico movimento periódico é o movimento oscilatório, caracterizado por um móvel que se desloca em sentidos alternados, em torno de uma posição de equilíbrio estável. Entende-se por oscilação, portanto, o movimento de um móvel em um percurso completo de ida e volta. O intervalo de tempo para que o móvel execute uma oscilação completa é chamado de período. Uma artista circense em um trapézio, por exemplo, executa um movimento oscilatório. Na ilustração, observa-se que, no início do movimento, a trapezista, a determinada altura, é impulsionada pela componente da força peso. P Px P P Px O movimento de uma artista circense em um trapézio é um exemplo de movimento oscilatório. Para movimentos que ocorrem periodicamente, o período T é definido pela razão entre o intervalo de tempo Δt e o número de oscilações n. A unidade de período no SI é o segundo (s). T t n = Δ Outro conceito importante é o número de oscilações que ocorrem em determinado intervalo de tempo. Essa relação é chamada de frequência. A frequência f é definida pela razão entre o número de oscilações do móvel n e o intervalo de tempo Δt. A unidade de fre- quência no SI é o segundo elevado a menos um (s–1) ou hertz (Hz). f n t = Δ Por meio das definições de período e frequência, constata-se a relação inversa entre eles: T f 1 ou f T 1 Movimento harmônico simples O movimento harmônico simples (MHS) é aquele em que um móvel descreve uma trajetória linear, com período de oscilação constante, e sempre passa pela mesma posição inicial. Por constituir um caso especial dos movimentos oscilatórios, o MHS pode ser estudado por meio de um oscilador massa-mola, que é um modelo físico constituído por uma mola acoplada a um corpo de massa m, no qual não age nenhuma força dissipativa, como atrito ou resistência do ar. Nessa situação, a mola tende a restituir sua dimensão original, à medida que é alongada ou comprimida. 2 Livro de Revisão 3 Física Ao se esticar o sistema massa-mola, a mola é deformada e surge uma força elástica restituidora que acelera o sistema. O bloco passa pela posição de equilíbrio (x = 0) e, por inércia, começa a comprimir a mola. Surge então uma nova força restituidora que é aplicada ao bloco, na direção da posição de equilíbrio, e faz com que ele desacelere até que sua velocidade seja zero. Nesse ponto, como a mola está comprimida, a força elástica empurra o bloco para a posição de equilíbrio, que, por inércia, continua seu movimento, alongando a mola. A força elástica age no sentido contrário ao movimento e freia o bloco até pará-lo. O bloco retorna ao ponto inicial e recomeça a oscilação. x x x x x x x = 0 equilíbrio Fel Fel Fel Fel Fel = 0 © Sh ut te rs to ck /F ou ad A . S aa d O sistema formado por uma massa e uma mola reproduz um movimento harmônico simples na ausência de forças dissipativas. Na ausência de perdas mecânicas, o movimento seria repetido com a mesma amplitude a cada oscilação. Na prática, porém, forças dissipativas como o arrasto e o atrito diminuem a energia mecânica e fazem o móvel parar gradualmente. Cinemática do movimento harmônico simples No estudo dos movimentos uniformes e uniformemente variados, analisam-se descritivamente os movimentos com base no comportamento da posição em função do tempo. No movimento harmônico simples (MHS), também é possível analisar como a posição do móvel se comporta em função do tempo, ou seja, analisar a função horária da posição de um corpo em MHS. Para isso, vamos associar o movimento harmônico simples a um movimento circular uniforme. Isso é feito assumindo que um móvel em movimento oscilatório no Período Temos, pela ilustração, que o raio do movimento circular equivale à amplitude de oscilação do MHS. O período do movimento circular coincide com o período de uma oscilação no MHS. T TMCU MHS= = 2π ω No movimento harmônico simples, ω é a frequência angular ou pulsação. Velocidade máxima O módulo da velocidade máxima em um MHS pode ser determinado por meio da relação direta entre MCU e MHS. Sabemos que o módulo da velocidade de uma partícula em MCU é determinado por v = ω ⋅ r. Como o raio do MCU corresponde à amplitude do MHS (r = A), podemos calcular o módulo da velocidade máxima de oscilação em um MHS por: vmáx = ω ⋅ A Aceleração máxima No movimento circular, é a aceleração centrípeta que condiciona o móvel a essa trajetória, direcionada ao centro da circunferência. Seu valor é dado por ac = ω 2 ⋅ r. No MHS, o módulo da aceleração máxima é definido pelo módulo da projeção dessa aceleração na direção horizontal: amáx = ω 2 ⋅ A As posições do movimento harmônico simples de um sistema massa- -mola podem ser relacionadas à projeção horizontal ou vertical do movimento circular uniforme. eixo x é a projeção horizontal de um movimento circular uniforme, como na imagem: 3 Considerando que a posição do corpo em MHS corres- ponde à projeção horizontal do corpo em MCU, a posição x é igual ao cateto adjacente em relação ao ângulo θ do triângulo retângulo indicado na figura. x A = cos θ x A= ⋅cos θ (II) Combinando as equações I e II, temos: x t A t( ) cos ( )= ⋅ +ω θ 0 Período do movimento harmônico simples No sistema massa-mola, o período do movimento do móvel depende da constante elástica da mola e da massa do corpo. Sua expressão é dada por: T m K = ⋅2π Em que: – T é o período do oscilador massa-mola, medido no SI em segundo (s); – m é a massa do corpo, medida no SI em quilograma (kg); – K é a constante elástica da mola, medida no SI em newton por metro (N/m). Movimento pendular Pêndulos são sistemas que se constituem por uma par- tícula de massa m ligada a um fio inextensível de compri- mento L e de massa desprezível que está presa a um ponto fixo. Ao se deslocar o pêndulo de sua posição de equilíbrio e, em seguida, soltá-lo do repouso, a partícula descreve um movimento oscilatório. Sobre a partícula, atuam a força de tração, sempre orientada em direção do fio, e a força peso, sempre orientada verticalmente para baixo. x y x r = A (t) x T x L Py Px P O movimento pendular tem comportamento semelhante ao movimento harmônico simples para amplitudes angulares pequenas, em torno de 10º. Função horária da posição do movimento harmônico simples No movimento harmônico simples, é possível anali- sar como a posição do móvel se comporta em função do tempo por meio da função horária da posição de um corpo em MHS. Para que se determine, no MHS, a posição de um móvel em função do tempo, vamos considerar um móvel em movimento circular uniforme, de raio r, com veloci- dade angular ω e posição angular θ0. A posição angular do móvel, em função do tempo, é dada por: θ ω θ( )t t= ⋅ + 0 (I) x y t t = 0 r (t) 0 = t O deslocamento angular de um corpo em movimento circular uniforme depende da velocidade angular (ω) e do intervalo de tempo (Δt) em que ele se movimenta. A posição x de uma partícula em movimento harmônico simples pode ser determinada pela projeção horizontal da posição de um objeto em movimentocircular uniforme. 4 Livro de Revisão 3 Física 1. (MACKENZIE – SP) Uma partícula em MHS tem veloci- dade máxima 2,0π m/s. Se a amplitude do movimento é 20 cm, seu período é de: a) 2,0 min b) 0,20 min c) 20 s d) 2,0 s X e) 0,2 s vmáx = 2π m/s e A = 20 cm = 0,2 m ⋅π= ω⋅ ⇒ ω = ⇒ ω = ⇒ ω = πmáxmáx v 2 v A 10 rad/s A 0,2 ω π π ω π π = ⇒ = ⇒ = ⇒ = 2 2 2 10 0 2 T T T T , s 2. (UFPR) Como resultado de uma série de experiências, concluiu-se que o período T das pequenas oscilações de um pêndulo simples de comprimento L é dado por T k L g = ⋅ , onde g é a aceleração da gravidade e k uma constante. Com base neste resultado e usando conceitos do movimento oscilatório, é correto afirmar: X 01) k é uma constante adimensional. 02) Se o mesmo pêndulo for levado a um local onde g é maior, seu período também será maior. X 04) Se o comprimento L for reduzido à metade, o período medido será igual a T 2 . X 08) O período medido das oscilações não mudará se suas amplitudes forem variadas, contanto que per- maneçam pequenas. 16) A frequência das oscilações do pêndulo será de 5 Hz caso ele leve 5 s para efetuar uma oscilação completa. X 32) Se o intervalo de tempo entre duas passagens con- secutivas do pêndulo pelo ponto mais baixo de sua trajetória for 2 s, seu período será igual a 4 s. Somatório: 45 (01 + 04 + 08 + 32) 3. (UNESP – SP) Um móvel com MHS obedece à função horária x t= ⋅ ⋅ ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟7 2 cos , π onde x é medido em centíme- tros e t em segundos. Calcule: a) O tempo necessário para que este móvel vá da posi- ção de equilíbrio para a posição de elongação máxima. A = 7 cm e ω π = 2 rad/s ω π π ω π π = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = 2 2 2 2 4 T T T T s Para que o móvel se desloque da posição de equilíbrio até o ponto de elongação máxima, ele deve se deslocar durante 1/4 de seu período, correspondente a 4 s. Portanto: t T t t s= ⇒ = ⇒ = 4 4 4 1 (é o tempo necessário para que o móvel chegue à posição de elongação máxima) b) A velocidade máxima e a aceleração máxima. π= ω⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅πmáx máx máxv A v 7 v 3,5 cm/s2 π⎛ ⎞= ω ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅π⎜ ⎟⎝ ⎠ 2 2 2 2 máx máx máxa A a 7 a 1,75 cm /s2 4. (FUVEST – SP) O pêndulo de Foucault – popularizado pela famosa obra de Umberto Eco – consistia de uma esfera de 28 kg, pendurada na cúpula do Panthéon de Paris por um fio de 67 m de comprimento. Sabe-se que o período T de oscilação de um pêndulo simples é rela- cionado com seu comprimento L e com a aceleração da gravidade g pela seguinte expressão: T L g = ⋅2π O tempo que um pêndulo simples leva para completar uma oscilação é determinado pela seguinte relação: T L g = ⋅2π Em que: – T representa o período, medido no SI em segundo (s); – L é o comprimento do fio ou da haste, medido no SI em metro (m); – g é a aceleração da gravidade, medida no SI em metro por segundo ao quadrado (m/s2). 5 a) Qual o período de oscilação do pêndulo de Foucault? Despreze as frações de segundos. T L g T T T s= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ ≅2 2 67 10 2 6 7 16π π π , b) O que aconteceria com o período desse pêndulo se dobrássemos sua massa? (Adote g = 10 m/s2 e 10 = π ) O período continuaria o mesmo, já que, para o pêndulo simples, o período não depende da massa. 5. (UFRGS – RS) A figura a seguir representa seis pêndulos simples, que estão oscilando num mesmo local. O pêndulo P executa uma oscilação completa em 2 s. Qual dos outros pêndulos executa uma oscilação com- pleta em 1 s? a) I b) II c) III d) IV X e) V 6. (UFU – MG) Em um laboratório de Física, um grupo de alunos, Grupo A, obtém dados, apresentados na tabela a seguir, para a frequência (em hertz) num experimento de Pêndulo Simples, utilizando-se três pêndulos diferentes. Pêndulo Frequência (Hz) 1 0,91 2 0,70 3 0,60 Esses resultados foram passados para um segundo grupo, Grupo B, que não compareceu à aula. Uma vez que os alunos do Grupo B não viram o experimento, os integrantes desse grupo formularam uma série de hipó- teses para interpretar os resultados. Assinale a ÚNICA hipótese correta. a) A massa do pêndulo 1 é menor do que a massa do pêndulo 2 que, por sua vez, é menor do que a massa do pêndulo 3. b) A massa do pêndulo 1 é maior do que a massa do pêndulo 2 que, por sua vez, é maior do que a massa do pêndulo 3. c) O comprimento L do fio do pêndulo 1 é maior do que o comprimento do pêndulo 2 que, por sua vez, é maior do que o comprimento do pêndulo 3. X d) O comprimento L do fio do pêndulo 1 é menor do que o comprimento do pêndulo 2 que, por sua vez, é menor do que o comprimento do pêndulo 3. 7. (UFAL) Um relógio de pêndulo é construído tal que o seu pêndulo realize 3 600 oscilações completas a cada hora. O relógio está descalibrado, de modo que o pên- dulo oscila em um movimento harmônico simples de fre- quência angular igual a 5π/2 rad/s. Nessa situação, ao final de 3 600 oscilações completas do pêndulo terão se passado: a) 32 min b) 45 min X c) 48 min d) 52 min e) 56 min Calculando o período T para cada oscilação, temos: ω π π ω π π = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = 2 2 2 5 2 0 8 T T T T s, Tempo ( t) transcorrido em n = 3 600 oscilações: t = n ∙ T ⇒ t = 3 600 ∙ 0,8 t = 2 880 s ⇒ t = 48 min 6 Livro de Revisão 3 Física As ondas transportam energia, mas não transportam matéria. Por isso, objetos que estão sobre ondas em superfícies de líquidos oscilam verticalmente, sem sofrer deslocamentos horizontais. Pulsos de onda: perturbações isoladas (não periódicas) que transportam energia. Onda: sucessão de pulsos periódicos. Classificação de ondas Quanto à direção de oscilação Ondas longitudinais: ondas que vibram no mesmo sentido em que se propagam. região de compressão região de expansão comprimento de onda Di vo . 2 01 5. 3 D. Ondas longitudinais se caracterizam pela direção de oscilação paralela à direção de propagação da onda. Ondas transversais: ondas que vibram em um sen- tido perpendicular ao sentido em que se propagam. Di vo . 2 01 5. 3 D. comprimento de onda Ondas transversais se caracterizam pela direção de oscilação perpendicular à direção de propagação da onda. Quanto à natureza Ondas mecânicas: ondas que necessitam de meios materiais para se propagar, como as ondas na água, o som, a vibração em cordas, etc. Ondas eletromagnéticas: ondas que se propagam em meios materiais e no vácuo com variações de campos elétricos e magnéticos, como a luz visível, os raios X, o ultravioleta, o infravermelho, etc. É importante salientar que as ondas mecânicas podem ser tanto longitudinais quanto transversais, enquanto as ondas eletromagnéticas sempre são transversais. As ondas eletromagnéticas são classificadas de acordo com o comprimento de onda e a frequência dentro do espectro eletromagnético. 2. Ondulatória Conceitos fundamentais da Ondulatória Sa nd ra R ib ei ro . 2 01 5. D ig ita l. Apenas ondas eletromagnéticas que apresentam frequências entre 400 THz e 750 THz são visíveis. 7 Ondas A posição vertical y de um elemento de onda pode ser determinada por meio da função do tempo t e da posição x e é calculada por: y A sen t T x x t( , ) = ⋅ − ⎡ ⎣⎢ ⎤ ⎦⎥ + ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟2 0π λ θ Em que: – A é a amplitude da onda, medida no SI em metro (m); – t é o instante de tempo, medido no SI em segundo (s); – T é o período de oscilação da onda, medido no SI em segundo (s); – x é a posição horizontal de um ponto da onda, medida no SI em metro (m); – λ é o comprimento de onda, medido no SI em metro (m); – θ0 é a fase da onda, medida no SI em radiano (rad). Fenômenos ondulatórios Reflexão de ondas Como na reflexão não há mudança no meio de propa- gação, as propriedades físicas velocidade, frequência e comprimento de onda se mantêm constantes. Reflexão de ondas unidimensionais – Extremidades fixas: nessa situação, a onda incidente é refletida com sua fase invertida (vai por um sentido e volta por outro). © Sh ut te rs to ck /A nt Go r O treinamento com cordanaval é realizado por pessoas que querem melhorar seu condicionamento físico. Nesse exercício, uma corda é presa a um suporte e a pessoa deve movimentá-la, enviando pulsos transversais. Di vo . 2 01 5. 3 D. comprimento de onda crista vale amplitude Quanto à direção de propagação Ondas unidimensionais: apresentam apenas uma direção de propagação, como as ondas em cordas de ins- trumentos musicais. Ondas bidimensionais: apresentam duas direções de propagação, como as ondas produzidas em uma superfície líquida. Ondas tridimensionais: apresentam três direções de propagação, como o som. Elementos das ondas Os elementos das ondas são identificações que permitem definir grandezas como comprimento e amplitude. Crista: ponto máximo vertical de uma onda. Vale: ponto mínimo vertical de uma onda. Amplitude (A): distância de uma crista ou de um vale até o ponto de equilíbrio. Comprimento de onda (λ): distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos. Velocidade de propagação O módulo da velocidade de propagação de uma onda é definido por: v f= ⋅λ Para o módulo da velocidade de propagação de uma onda em uma corda, vale a relação definida experimental- mente por Taylor: v T = μ Em que: – v é a velocidade de propagação da onda em uma corda (em módulo), medida em metro por segundo (m/s); – T é a força de tensão da corda, medida no SI em newton (N); – μ é a densidade linear da corda, medida no SI em quilograma por metro cúbico (kg/m3). 8 Livro de Revisão 3 Física – Extremidades móveis: nessa situação, a onda incidente é refletida sem mudança de fase (vai e volta com a mesma orientação do pulso inicial). pulso incidente extremidade móvel pulso refletido Pulsos enviados em cordas com extremidades móveis refletem sem mudança de fase. Reflexão de ondas bi ou tridimensionais Valem as mesmas propriedades das ondas unidimen- sionais, entretanto, além de o sentido de propagação das ondas refletidas ser alterado, ocorre a alteração da direção de propagação. ondas incidentes superfície ondas refletidas N î r ∧ ondas refletidas A A’ obstáculo ond as inc ide nte s A primeira ilustração pode representar a reflexão de uma onda luminosa e a ilustração de baixo, a reflexão de uma onda na água. As mesmas leis da reflexão da Óptica Geométrica valem para a reflexão das ondas. 1°.: onda incidente, onda refletida e reta normal são coplanares. 2°.: o ângulo incidente de uma onda é igual ao ângulo de reflexão dessa onda. Refração de ondas Ocorre quando a velocidade de propagação da onda é alterada, ao mudar de meio de propagação. Refração de ondas unidimensionais Considere uma onda propagando-se com velocidade v em uma corda composta de dois materiais com den- sidades diferentes. Ao atingir o ponto de mudança de densidade, uma parte da onda é refratada e outra parte é refletida. pulso incidente pulso refletido pulso refratado vA vA vB Ondas que inicialmente se propagam em cordas de alta densidade e passam a se propagar em cordas de pequena densidade apresentam parte do pulso refletido sem mudança de fase. O módulo da velocidade de propagação de uma onda em uma corda depende da densidade da corda em ques- tão e pode ser calculado pela seguinte expressão: v T = μ Em que: – v é o módulo da velocidade de propagação da onda, medido no SI em metro por segundo (m/s); – T é o módulo da força de tração na corda, medido no SI em newton (N); – μ é a densidade da corda, medida no SI em quilo- grama por metro cúbico (kg/m3). Refração de ondas bi ou tridimensionais Para a refração de ondas bi ou tridimensionais, valem as mesmas leis da refração da Óptica Geométrica. 1°. : o raio incidente, o raio refratado e a reta normal são coplanares. 2°. : o raio incidente e o raio refletido seguem a Lei de Snell-Descartes: sen i sen r v v ( ) ( ) = =1 2 1 2 λ λ 9 N î r^ v1 1 2 n1 (n1 n2) n2v2 Uma onda que está em um meio menos refringente e incide em um meio mais refringente tem o raio refratado se aproximando da reta normal. Difração de ondas É o fenômeno pelo qual as ondas podem contornar obstáculos ou fendas. Ocorre quando as dimensões do obstáculo ou da fenda são comparáveis às dimensões do comprimento da onda em questão. onda plana fonte de ondas fenda onda difratada Ao passar por um orifício, a onda pode contorná-lo. Esse fenômeno é chamado de difração. Polarização de ondas Uma onda é dita polarizada quando tem uma das dire- ções de oscilação selecionada após passar por um disposi- tivo chamado polarizador. A polarização é um fenômeno que ocorre exclusivamente com ondas transversais. Di vo . 2 01 5. 3 D. A F B Uma onda gerada por um pulso circular incide em uma fenda e tem sua direção de oscilação alterada para vertical. Interferência de ondas Considere dois pulsos em fase, os quais são produzi- dos em extremidades distintas de uma corda. No ponto de encontro, ocorre a interferência das amplitudes de um pulso com o outro. Esse fenômeno é denominado de prin- cípio da superposição e o pulso resultante é determinado pela soma algébrica das amplitudes de onda. Interferência de ondas unidimensionais: ondas em cordas a) Interferência construtiva: quando dois pulsos de onda se encontram em fase, o pulso resultante terá ampli- tude igual à soma das amplitudes iniciais de cada pulso. A1 A2 V V A Duas crianças seguram as extremidades de uma corda e enviam um pulso verticalmente para cima. No ponto de encontro dos pulsos, ocorre uma interferência construtiva. b) Interferência destrutiva: quando dois pulsos de onda se interferem em fases diferentes (crista-vale ou vale- -crista), a amplitude do pulso resultante será a subtração das amplitudes iniciais de cada onda. A1 A2 VV V A1 A2 V V Ilu st ra çõ es : M ilt on B . 2 01 2. D ig ita l. Em uma corda, uma criança envia um pulso vertical para cima e outra criança, na extremidade oposta, envia um pulso vertical para baixo. No ponto de encontro dos pulsos, ocorre uma interferência destrutiva. 10 Livro de Revisão 3 Física Interferência de ondas bidimensionais ou tridimensionais para fontes coerentes Em ondas bi e tridimensionais, é necessário considerar a distância d do ponto da fonte emissora. d n= ⋅ λ 2 a) Interferência construtiva: a interferência de duas ondas será dita construtiva quando a sobreposição de duas frentes de onda for dada em fase, ou seja, quando houver encontro de crista com crista ou de vale com vale. F1 F2 A B C Δd d d= −2 1 Dadas duas fontes coerentes F1 e F2, a interferência é construtiva quando o resultado da diferença de distância resultar em n igual a um número inteiro par. b) Interferência destrutiva: a interferência de duas ondas será dita destrutiva quando a sobreposição de duas frentes de onda for dada em contrafase, ou seja, quando houver encontro de crista com vale e vice-versa. F1 F2 A Δd d d= −2 1 Dadas duas fontes coerentes F1 e F2, a interferência é destrutiva quando o resultado da diferença de distância resultar em n igual a um número inteiro ímpar. – d é a distância de um ponto qualquer da onda, dada no SI em metro (m); – n é o número de meios comprimentos de onda; – λ é o comprimento de onda, dado no SI em metro (m). c) Interferência parcial: todas as interferências que não forem construtivas ou destrutivas serão ditas parciais. É a interferência que ocorre com maior frequência, já que as duas primeiras situações são muito específicas. Nesse caso, o resultado da diferença de distância resulta em n igual a um número decimal. 1. (UFG – GO) As ondas eletromagnéticas foram previstas por Maxwell e comprovadas experimentalmente por Hertz (final do século XlX). Essa descoberta revolucionou o mundo moderno. Sobre as ondas eletromagnéticas são feitas as afirmações: I. Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais que se propagam no vácuo com velocidade constante c = 3,0 ⋅ 108 m/s. II. Variações nocampo magnético produzem campos elétricos variáveis que, por sua vez, produzem campos magnéticos também dependentes do tempo e assim por diante, permitindo que energia e informações sejam transmitidas a grandes distâncias. III. São exemplos de ondas eletromagnéticas muito fre- quentes no cotidiano: ondas de rádio, sonoras, micro- -ondas e raios X. Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. X b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas. 2. (UFSM – RS) Quando o badalo bate num sino e o faz vibrar comprimindo e rarefazendo o ar nas suas proxi- midades, produz-se uma onda sonora. As ondas sonoras no ar são _______________ e ________________. A velocidade das ondas sonoras em outro meio é _______________. Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas. a) eletromagnéticas – transversais – igual b) mecânicas – longitudinais – igual 11 c) mecânicas – transversais – diferente d) eletromagnéticas – longitudinais – igual X e) mecânicas – longitudinais – diferente 3. (FGV – SP) Analise as afirmações. I. Massa, carga elétrica, temperatura e densidade são algumas das várias grandezas físicas escalares que dispensam as noções de direção e sentido. II. Campos gravitacional, elétrico e magnético são gran- dezas vetoriais que caracterizam determinada pro- priedade física dos pontos de uma região. III. O estudo das ondas em Física pode ser feito dispen- sando a aplicação de grandezas vetoriais. É correto apenas o que se afirma em a) I b) II X c) I e II d) I e III e) II e III 4. (UFSM – RS) A presença e a abrangência dos meios de comunicação na sociedade contemporânea vêm intro- duzindo elementos novos na relação entre as pessoas e entre elas e o seu contexto. Rádio, televisão e tele- fone celular são meios de comunicação que utilizam ondas eletromagnéticas, as quais têm a(s) seguinte(s) propriedade(s): I. propagação no vácuo. II. existência de campos elétricos variáveis perpendi- culares a campos magnéticos variáveis. III. transporte de energia e não de matéria. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. X e) I, II e III. 5. (UFRJ) Uma perturbação periódica em uma corda produz ondas de frequência 40 Hz e comprimento de onda 15 cm. Neste caso, calcule: a) o período da onda. f Hz T f T T s= ⇒ = ⇒ = ⇒ =40 1 1 40 0 025, b) a velocidade da onda. Analisando o gráfico, em f = 1 000 Hz v f v v= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ =λ 40 0 15 6, m/s 6. (UEPB) O SONAR (sound navigation and ranging) é um dispositivo que, instalado em navios e submari- nos, permite medir profundidades oceânicas e detectar a presença de obstáculos. Originalmen- te foi desenvolvido com finalidades bélicas du- rante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para permitir a localização de submarinos e ou- tras embarcações do inimigo. O seu princípio é bastante simples, encontrando-se ilustrado na figura [...]. Inicialmente é emitido um impulso sonoro por um dispositivo instalado no navio, A sua frequência dominante é normalmente de 10 kHz a 40 kHz. O sinal sonoro propaga-se na água em todas as direções até encontrar um obstáculo. O sinal sonoro é então refletido (eco) dirigindo-se uma parte da energia de volta para o navio onde é detectado por um hidrofone. (Adaptado de JUNIOR, F. R. Os Fundamentos da Física. 8. ed. vol. 2. São Paulo: Moderna, 2003. p. 417) Acerca do assunto tratado no texto, analise a seguinte situação-problema: Um submarino é equipado com um aparelho denomi- nado sonar, que emite ondas sonoras de frequência 4,00 ∙ 104 Hz. A velocidade de propagação do som na água é de 1,60 ∙ 103 m/s. Esse submarino, quando em repouso na superfície, emite um sinal na direção vertical através do oceano e o eco é recebido após 0,80 s. A profundidade do oceano nesse local e o comprimento de ondas do som na água, em metros, são, respectivamente: X a) 640 e 4 ∙ 10–2 b) 620 e 4 ∙ 10–2 c) 630 e 4,5 ∙ 10–2 d) 610 e 3,5 ∙ 10–2 e) 600 e 3 ∙ 10–2 , O tempo de captação do sinal corresponde a uma propagação de duas vezes a profundidade de onde se encontra o sonar ( s = 2 ∙ h). v s t h h m v f v f = ⇒ ⋅ = ⋅ ⇒ = = ⋅ ⇒ = ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ Δ Δ 16 10 2 0 8 640 16 10 4 10 4 3 3 4 , , , λ λ λ λ 110 2− m 12 Livro de Revisão 3 Física 3. Acústica Características do som Velocidade do som A velocidade de propagação do som depende apenas do meio no qual ele se propaga. Por exemplo, no ar a 15 ºC a velocidade do som é de aproximadamente 340 m/s. Já na água do mar a 20 ºC a velocidade é de 1 500 m/s. Qualidades fisiológicas do som Quando as ondas sonoras chegam até a orelha, são transformadas em pulsos elétricos, que são conduzidos pelo nervo auditivo até o cérebro. O ser humano consegue compreender frequências entre 20 Hz e 20 000 Hz. Sons abaixo de 20 Hz são conhecidos como infrassons e sons acima de 20 000 Hz são os ultrassons. Além da frequência, outras características, como intensidade, altura e timbre, são responsáveis pela distinção de sons. Intensidade sonora e nível sonoro A intensidade sonora e o nível sonoro são as qualidades fisiológicas que permitem diferenciar sons fortes de sons fracos. A intensidade sonora está relacionada com o som emi- tido por uma fonte que chega a determinada região. Assim, ela é definida pela razão entre a potência sonora da fonte (em watts) e a área de superfície que é atravessada pela onda (em m2): I P A ot Em que: – Pot é a potência sonora da fonte, medida no SI em watt (W); – A é a área, medida no SI em metro quadrado (m2); – I é a intensidade sonora, medida no SI em watt por metro quadrado (W/m2). A maneira como a intensidade sonora é percebida pelo sistema auditivo do ser humano é chamada de nível sonoro e representada por β. O nível sonoro varia de acordo com uma função logarítmica. Para calculá-lo, utiliza-se como referência a menor intensidade física audível I0 = 10 –12 W/m2. β= ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟log I I0 A unidade de nível sonoro é o bel, cujo símbolo é B. Comumente se usa o decibel (dB), que corresponde à décima parte do bel. Assim: β= ⋅ ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟10 0 log I I Altura e timbre A altura de um som está relacionada com a frequência com que ele é emitido. Assim, um som alto corresponde a um som de alta frequência (som agudo), e um som baixo corresponde a um som de baixa frequência (som grave). O timbre de um som está relacionado com o formato da onda sonora. É por ele que podemos diferenciar a voz das pessoas e os instrumentos musicais, mesmo quando emitem sons de mesma intensidade e frequência. Fenômenos acústicos Eco e reverberação Ondas sonoras são refletidas ao atingirem obstáculos e retornarem sem mudança de velocidade. Dois fenômenos associados à reflexão do som são o eco e a reverberação. O eco ocorre quando o som refletido retorna ao ouvinte em tempo superior a 0,1 s. Nesse caso, o obstáculo está posi- cionado a mais de 17 m de um observador. A reverberação ocorre quando o som sofre múltiplas reflexões e retorna ao ouvinte em tempo inferior a 0,1 s. Nesse caso, os obstáculos estão posicionados a menos de 17 m de um observador. emissor objeto onda refletida (eco) onda original O eco é um fenômeno acústico decorrente da reflexão das ondas sonoras em um objeto. © iS to ck ph ot o. co m /t ts z 13 Ressonância Quando a frequência de uma vibração periódica de um sistema oscilatório for igual ou múltipla da sua frequência natural, há um aumento gradativo de sua energia mecânica. Nesses casos, temos que a frequência da vibração aplicada entra em ressonância com a frequência do sistema. Amplitude Tempo A amplitude do movimento oscilatório em ressonância aumenta com o tempo. Efeito Doppler Quando a distância entre o observador e a fonte sonora varia, há alteração de frequência do som. Esse fenômeno é conhecido como efeito Doppler. A frequência aparente é maior do que a frequência emitida quando há aproximação entre a fonte e o observador.Por outro lado, a frequência aparente é menor do que a frequência emitida quando há afastamento entre a fonte e o observador. Para se estabelecer a expressão matemática que fornece a frequência aparente, para casos em que o observador e a fonte se aproximam ou se afastam, deve-se usar a seguinte relação: f f v v v vap s o s f = ⋅ ± Em que: – fap é a frequência aparente do som percebido pelo observador, medida no SI em hertz (Hz); – f é a frequência real do som emitido pela fonte, medida no SI em hertz (Hz); – vo é a velocidade do observador, medida no SI em metro por segundo (m/s); – vs é a velocidade do som no meio, medida no SI em metro por segundo (m/s); – vf é a velocidade da fonte, medida no SI em metro por segundo (m/s). Para escolher corretamente os sinais, deve-se construir um eixo orientado do observador à fonte. Quem se movimentar a favor dessa orientação terá velocidade com sinal positivo e quem se movimentar no sentido contrário ao dessa orientação terá velocidade com sinal negativo. Ondas estacionárias Quando a fonte de onda produz sucessivos trens de ondas de modo contínuo, há, dependendo da relação entre o comprimento de onda e o comprimento da corda ou tubo, situações em que esse padrão de interferência é continuamente reproduzido, formando uma onda estacionária. A imagem a seguir ilustra uma onda estacionária pro- duzida em uma corda. V N V V V N N N N /2 /2 /4 Os ventres (V) correspondem aos pontos que oscilam com máxima amplitude, ou seja, aqueles que ora são cristas, ora são vales; os nós ou nodos (N) correspondem aos pontos que permanecem o tempo todo sobre a linha central da onda e não apresentam movimento oscilatório. Ondas estacionárias em cordas Uma corda, ao sofrer vibração, pode emitir um conjunto de frequências chamadas harmônicos. Os harmônicos apresentam frequências que são múltiplos inteiros da menor frequência emitida pela corda, chamada de primeiro harmônico ou frequência fundamental. Harmônicos em cordas Os harmônicos em cordas são produzidos pelas interferências construtivas e destrutivas de ondas emitidas pela fonte e refletidas na extremidade fixa. Os harmônicos gerados dependem das razões entre o comprimento de onda e o comprimento da corda. 14 Livro de Revisão 3 Física primeiro harmônico L 1 · 2 segundo harmônico L 2 · 2 terceiro harmônico L 3 · 2 No primeiro harmônico (figura à esquerda), o comprimento da corda é igual a uma metade do comprimento de onda. No segundo harmônico (figura do centro), o comprimento da corda é igual a duas metades do comprimento da onda. No terceiro harmônico (figura à direita), o comprimento da corda é igual a três metades do comprimento da onda. De modo geral, o número do harmônico n está vinculado à relação entre o comprimento da corda L e o comprimento de onda λ: L n= ⋅ λ 2 Como λ = v f , temos: L n v f f n v L = ⋅ ⇒ = ⋅ 2 2 Para qualquer harmônico obtido em cordas sonoras, o número de ventres é igual ao número do harmônico emitido pela corda. Ondas estacionárias em tubos Todo tubo que, ao ser percorrido por um jato de ar, produz ondas sonoras é chamado de tubo sonoro. Um tubo sonoro pode ser aberto ou fechado. Harmônicos em tubos abertos Em tubos abertos, a onda estacionária forma ventres nas duas pontas do tubo, o número de nós formados coincide com o número do harmônico correspondente. Por exemplo, um nó para o primeiro harmônico, dois nós para o segundo e assim sucessivamente. L L 1 . 2 λ L 3 . 2 λ L 2 . 2 λ No primeiro harmônico (figura à esquerda), o comprimento do tubo é igual a uma metade do comprimento de onda. No segundo (figura do centro), o comprimento do tubo é igual a duas metades do comprimento da onda. No terceiro (figura à direita), o comprimento do tubo é igual a três metades do comprimento da onda. De modo geral, o número do harmônico n está vinculado à relação entre o comprimento do tubo L e o comprimento de onda λ: L n= ⋅ λ 2 Como λ = v f , temos: L n v f f n v L = ⋅ ⇒ = ⋅ 2 2 Para qualquer harmônico obtido em tubos sonoros, o número de nós é igual ao número do harmônico emitido pelo tubo. Harmônicos em tubos fechados Em tubos fechados, a onda estacionária forma ventres em uma extremidade e nó na outra. O número de quartos de onda gerados coincide com o número do harmônico correspondente. Não são formados harmônicos pares nos tubos fechados. L 5 . 4 λ5 L 3 . 4 λ3 L L 1 . 4 λ1 No primeiro harmônico (figura à esquerda), o comprimento do tubo é igual a um quarto do comprimento de onda. No terceiro harmônico (figura do centro), o comprimento do tubo é igual a três quartos do comprimento da onda. No quinto harmônico (figura à direita), o comprimento do tubo é igual a cinco quartos do comprimento da onda. 15 De modo geral, o número do harmônico n está vin- culado à relação entre o comprimento do tubo L e o comprimento de onda λ: L n= ⋅ λ 4 Como λ = v f , temos: 1. (PUC-Campinas – SP) Na escuridão, morcegos navegam e procuram suas presas emitindo ondas de ultrassom e depois detectando as suas reflexões. Estas são ondas sonoras com frequências maiores do que as que podem ser ouvidas por um ser humano. Depois de o som ser emitido através das narinas do morcego, ele poderia se refletir em uma mariposa, e então retornar aos ouvidos do morcego. Os movimentos do morcego e da mariposa em relação ao ar fazem com que a frequência ouvida pelo morcego seja diferente da frequência que ele emite. O morcego automaticamente traduz esta diferença em uma velocidade relativa entre ele e a mariposa. Algumas mariposas conseguem escapar da captura voando para longe da direção em que elas ouvem ondas ultrassônicas, o que reduz a diferença de frequência entre o que o morcego emite e o que escuta, fazendo com que o morcego possivelmente não perceba o eco. (Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física, v. 2, 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. p. 131) 2. Tanto o morcego quanto a mariposa parecem conhecer a física, ou seja, conhecem a natureza. O fenômeno rela- cionado ao texto é X a) o efeito Doppler. b) a onda de choque. c) o cone de Mach. d) a propagação [...] do som. e) a redução do nível sonoro. 2. (UFRGS – RS) Os radares usados para a medida da velo- cidade dos automóveis em estradas têm como princípio de funcionamento o chamado efeito Doppler. O radar emite ondas eletromagnéticas que retornam a ele após serem refletidas no automóvel. A velocidade relativa entre o automóvel e o radar é determinada, então, a par- tir da diferença de ................ entre as ondas emitida e refletida. Em um radar estacionado à beira da estrada, a onda refletida por um automóvel que se aproxima apre- senta ................ frequência e ................ velocidade, comparativamente à onda emitida pelo radar. a) velocidades – igual – maior b) frequências – menor – igual c) velocidades – menor – maior X d) frequências – maior – igual e) velocidades – igual – menor 3. (PUCRS) Quando uma ambulância se aproxima ou se afasta de um observador, este percebe uma variação na altura do som emitido pela sirene (o som percebido fica mais grave ou mais agudo). Esse fenômeno é denomi- nado Efeito Doppler. Considerando o observador parado, a) o som PERCEBIDO fica mais agudo à medida que a ambulância se afasta. X b) o som PERCEBIDO fica mais agudo à medida que a ambulância se aproxima. c) a frequência do som EMITIDO aumenta à medida que a ambulância se aproxima. d) o comprimento de onda do som PERCEBIDO aumenta à medida que a ambulância se aproxima. e) o comprimento de onda do som PERCEBIDO é cons- tante, quer a ambulância se aproxime ou se afaste do observador, mas a frequência do som EMITIDO varia. 4. (UFPR) Quando uma pessoa fala, o que de fato ouvimos é o som resultante da superposição de vários sons de frequências diferentes. Porém, a frequência do som percebido é igual à do som de menor frequência emitido. Em 1984, uma pesquisarealizada com uma população de 90 pessoas, na cidade de São Paulo, apresentou os seguintes valores médios para as frequências mais baixas da voz falada: 100 Hz para homens, 200 Hz para mulheres e 240 Hz para crianças. (Tafner, Malcon Anderson. Reconhecimento de palavras faladas isoladas usando redes neurais artificiais. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina.) Segundo a teoria ondulatória, a intensidade I de uma onda mecânica se propagando num meio elástico é = ⋅ ⇒ = ⋅v vL n f n (n natural e ímpar) 4f 4L Para qualquer harmônico obtido em tubos sonoros fechados, o número de quartos de onda é igual ao número do harmônico emitido pelo tubo. 16 Livro de Revisão 3 Física diretamente proporcional ao quadrado de sua frequên- cia para uma mesma amplitude. Portanto, a razão I I F M entre a intensidade da voz feminina e a intensidade da voz masculina é: X a) 4,00 b) 0,50 c) 2,00 d) 0,25 e) 1,50 5. (UFRGS – RS) A menor intensidade de som que um ser humano pode ouvir é da ordem de 10–16 W/cm2. Já a maior intensidade suportável (limiar da dor) situa-se em torno de 10–3 W/cm2. Usa-se uma unidade especial para expressar essa grande variação de intensidades perce- bidas pelo ouvido humano: o bel (B). O significado dessa unidade é o seguinte: dois sons diferem de 1 B quando a intensidade de um deles é 10 vezes maior (ou menor) que a do outro, diferem de 2 B quando essa intensidade é 100 vezes maior (ou menor) que a do outro, de 3 B quando ela é 1 000 vezes maior (ou menor) que a do outro, e assim por diante. Na prática, usa-se o decibel (dB), que corresponde a 1 10 do bel. Quantas vezes maior é, então, a intensidade dos sons produzidos em concer- tos de rock (110 dB) quando comparada com a intensi- dade do som produzido por uma buzina de automóvel (90 dB)? a) 1,22 b) 10 c) 20 X d) 100 e) 200 6. (UNICAMP – SP) O menor intervalo de tempo entre dois sons percebido pelo ouvido humano é de 0,10 s. Considere uma pessoa defronte a uma parede em um local onde a velocidade do som é de 340 m/s. a) Determine a distância x para a qual o eco é ouvido 3,0 s após a emissão da voz. b) Determine a menor distância para que a pessoa possa distinguir a sua voz e o eco. 7. (PUCRS) Para a percepção inteligível de dois sons conse- cutivos, o intervalo de tempo entre os mesmos deve ser igual ou maior que 0,100 s. Portanto, num local onde a velocidade de propagação do som no ar é de 350 m/s, para que ocorra eco, a distância mínima entre uma pes- soa gritando seu nome na direção de uma parede alta e a referida parede deve ser de X a) 17,5 m b) 35,0 m c) 175 m d) 350 m e) 700 m 8. (UDESC) Dois tubos sonoros de mesmo comprimento se diferem pela seguinte característica: o primeiro é aberto nas duas extremidades e o segundo é fechado em uma das extremidades. Considerando que a temperatura ambiente seja de 20 ºC e a velocidade do som igual a 344 m/s, assinale a alternativa que representa a razão entre a frequência fundamental do primeiro tubo e a do segundo tubo. X a) 2,0 b) 1,0 c) 8,0 d) 0,50 e) 0,25 9. (ENEM) Um dos modelos usados na caracterização dos sons ouvidos pelo ser humano baseia-se na hipótese de que ele funciona como um tubo ressonante. Neste caso, os sons externos produzem uma variação de pressão do ar no interior do canal auditivo, fazendo a membrana (tímpano) vibrar. Esse modelo pressupõe que o sistema funciona de forma equivalente à propagação de ondas sonoras em tubos com uma das extremidades fechadas pelo tímpano. As frequências que apresentam ressonân- cia com o canal auditivo têm sua intensidade reforçada, enquanto outras podem ter sua intensidade atenuada. Considere que, no caso de ressonância, ocorra um nó sobre o tímpano e ocorra um ventre da onda na saída do canal auditivo, de comprimento L igual a 3,4 cm. Assumindo que a velocidade do som no ar (v) é igual a 340 m/s, a frequência do primeiro harmônico (frequência fundamental, n = 1) que se formaria no canal, ou seja, a frequência mais baixa que seria reforçada por uma res- sonância no canal auditivo, usando este modelo é: a) 0,025 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a n v L4 e equipara o ouvido a um tubo com ambas as extremidades abertas. X b) 2,5 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a n v L4 e equipara o ouvido a um tubo com uma extremidade fechada. c) 10 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico como igual a n v L e equipara o ouvido a um tubo com ambas as extremidades fechadas. d) 2 500 kHz, valor que expressa a frequência do pri- meiro harmônico como igual a n v L , aplicável ao ouvido humano. e) 10 000 kHz, valor que expressa a frequência do primeiro harmônico como igual a n v L , aplicável ao ouvido e a tubo aberto e fechado. 17 4. Fundamentos da Eletricidade I: grandezas vetoriais Princípios da Eletrostática Carga elétrica Ernest Rutherford, no início do século XX, propôs que todos os átomos são constituídos de um núcleo maciço em que se situam as cargas positivas (os prótons), circundado por cargas muito pequenas e negativas (elétrons). Apesar de o modelo atômico de Rutherford ter sido substituído pelo modelo-padrão, ainda podemos afirmar que os elétrons apresentam carga negativa e os prótons apresentam carga positiva. Para determinarmos a carga elétrica de um corpo, multiplicamos o seu número de elétrons em excesso ou em falta pela carga elementar: Q n e= ± ⋅ Em que: – Q é a quantidade de carga do corpo, medida no SI em coulomb (C); – n é o número de elétrons que o corpo ganhou ou perdeu; – e é a carga elementar do elétron. Seu valor é 1,6 ⋅ 10–19 C. Princípio de Du Fay O pensador francês Charles François de Cisternay du Fay (1698-1739), em 1737, constatou que os objetos eletrizados poderiam ser atraídos ou repelidos entre si, conforme as características da eletricidade. Cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinal contrário se atraem. Princípio da conservação da carga elétrica Em um sistema isolado, a somatória de todas as cargas desse sistema se mantém constante, independentemente do processo de eletrização. Processos de eletrização Eletrização por atrito Ocorre quando dois corpos constituídos de materiais diferentes deslizam suas superfícies uma sobre a outra. Nesse caso, um corpo adquire elétrons do outro, fazendo com que ambos fiquem carregados, com o mesmo módulo de carga, porém sinal oposto. Atrito entre pente e flanela Falta de cargas negativas na flanela Excesso de cargas negativas no pente Ilu st ra çõ es : D iv o. 2 01 5. 3 D. Os elétrons perdidos pela flanela estão no pente. Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. =∑ ∑início finalQ Q Em um sistema isolado eletricamente, a somatória das cargas dos corpos se mantém constante, mesmo que seus constituintes troquem carga entre si. +8 C – 6 C – – –– – +5 C Trocas de cargas B C +3 C +2 C +2 C BAA C – 18 Livro de Revisão 3 Física Eletrização por indução A eletrização por indução ocorre a distância. Toda vez que um corpo carregado se aproxima de um corpo neutro, este divide suas cargas por sua superfície, dando origem a uma força de atração. Afastados Próximos Bastão eletrizado Base de haste isolante Esfera condutora neutra Indutor Induzido Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. Ao aproximar um corpo eletrizado positivamente de um corpo neutro, parte dos elétrons livres se movimenta em direção ao corpo eletrizado. Eletroscópio Os eletroscópios são utilizados para verificarmos se um corpo se encontra neutro ou carregado eletricamente. Existem dois tipos de eletroscópio: o eletroscópio de folhas e o eletroscópio pendular. Eletroscópio de folhas: pode ser constituído de uma esfera de material condutor ligada a duas lâminas de ouro ou tiras de alumínio isoladas dentro de um recipiente transparente. Ao aproximar um corpo eletrizado (indutor)da esfera condutora (induzido), temos uma indução eletrostática. Como as duas lâminas do indutor passam a ter cargas de mesmo sinal, elas acabam se repelindo e, consequentemente, afastam-se. Eletroscópio pendular: pode ser constituído de uma esfera de cortiça envolvida por uma fina camada de material condutor e suspensa por um fio preso em uma haste isolante. Ao aproximar um corpo eletrizado da esfera, ela sofre indução, sendo atraída por ele. Eletrização por contato Quando um ou mais corpos carregados se tocam, há uma divisão de cargas entre os envolvidos no processo, pro- porcional a suas áreas superficiais. O planeta Terra, por ser muito maior que os objetos dispostos na sua superfície, tem a capacidade de doar ou receber elétrons aos corpos carregados, deixando-os neutros. Aplicando a condição de equilíbrio, é possível determinar a força elétrica sabendo a massa da esfera e o ângulo do fio com a vertical. Corpos com características e dimensões idênticas, colocados simultaneamente em contato, apresentam carga final igual à média da carga total dos corpos. Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. e– e– Antes do contato: carga total +Q Contato: elétrons passam dos corpos neutros para o corpo eletrizado positivamente Depois do contato: carga total +Q +Q/3 +Q/3 +Q/3 +Q Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. Esfera neutra induzida Bastão eletrizado Haste isolante Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. Quanto maior a carga do corpo indutor, maior a separação entre as lâminas ou tiras. Esfera de material condutor Haste de material condutor Rolha de material isolante Lâminas de ouro ou tiras de alumínio Frasco de vidro + ++ ++ + + + + + –– – – – – – – – + + + + + + + + + + + + + – – – – – – –– – – – – – – – – – – 19 Lei de Coulomb O módulo da força elétrica entre dois corpos carregados Q e q, separados por uma distância d, é dado pela seguinte relação matemática: Q d qFe Fe Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. F K Q q d e = ⋅ ⋅ 2 O módulo da força elétrica do corpo Q sobre q é igual ao módulo da força elétrica do corpo q sobre Q. Em que: – Fe é o módulo da força elétrica, dado no SI em newton (N); – K é a constante eletrostática do meio. No vácuo, K = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2; – |Q| é o módulo de uma carga, medido no SI em coulomb (C); – |q| é o módulo da outra carga, medido no SI em coulomb (C); – d é a distância entre as cargas, medida no SI em metro (m). Gráfico da força elétrica A força elétrica entre duas cargas elétricas decai proporcionalmente com o quadrado da distância entre elas. F força elétrica (N) distância entre cargas (m) d 2d 3d 4d F/4 F/9 F/16 Força elétrica resultante A força elétrica resultante sobre uma carga é a soma vetorial de todas as forças elétricas que atuam sobre a carga. F F F F FR n= + + + +1 2 3 ... Resultante de duas forças elétricas Se duas forças agirem sobre uma carga elétrica, a força resultante pode ser determinada por: F F F F FR 2 1 2 2 2 1 2 2 22= + + ⋅ ⋅ ⋅cos α Lembrando que α é o ângulo formado entre as forças F1 e F2 . Resultante de n forças elétricas Para a determinação da força elétrica resultante, em um sistema de n forças elétricas, seguem os passos: – decompõem-se todas as forças envolvidas em componentes x e y, pelas relações trigonométricas: F Fx = ⋅cos α e F F seny = ⋅ α; – somam-se todas as componentes x e y, obtendo-se as componentes Fxn e Fyn ; – finalmente, utiliza-se a Relação de Pitágoras para deter- minar o módulo da força resultante: F F FR xn yn 2 2 2= + . Campo elétrico Um corpo carregado eletricamente produz uma influência elétrica ao seu redor, chamada campo elétrico E. A influência elétrica poderá ser detectada por uma carga de prova que seja colocada propositadamente nessa região. Nesse caso, será exercida uma força elétrica sobre a carga de prova, que pode ser determinada por: E F q e Em que: – E é o módulo do campo elétrico gerado por uma carga Q, medido no SI em newton por coulomb (N/C); – Fe é o módulo da força elétrica entre Q e q, medido no SI em newton (N); – q é a carga de prova, medida no SI em coulomb (C). 20 Livro de Revisão 3 Física Linhas de campo elétrico Linhas de campo são linhas imaginárias desenhadas ao redor de uma ou mais cargas elétricas e cuja função é representar o comportamento do vetor campo elétrico E em determinada região do espaço. Enquanto as linhas de campo elétrico de uma carga positiva divergem, ou seja, saem da carga elétrica positiva, as linhas de campo elétrico de uma carga negativa convergem, ou seja, entram na carga negativa. Na presença de uma segunda carga elétrica, as linhas de campo elétrico interagem entre si. A seguir, temos as linhas de campo elétrico em regiões de dipolos elétricos. Em dipolos de mesma carga, o ponto médio entre as cargas apresenta campo elétrico nulo. Em dipolos de cargas elétricas de sinais contrários e mesmo módulo, o ponto médio entre as cargas apresenta campo elétrico com intensidade dobrada em relação ao campo individual. Determinação do campo elétrico Para determinação do módulo do campo elétrico produzido por uma carga, utilizamos a seguinte relação: E K Q d = ⋅ 2 Em que: – K é a constante eletrostática, que no vácuo tem valor de 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2; – |Q| é o módulo da carga em questão, no SI, sua unidade é o coulomb (C); – d é a distância entre a carga Q e um ponto P qualquer, no SI, sua unidade é o metro (m); – E é o módulo do campo elétrico gerado, no SI, sua unidade é o newton por coulomb (N/C). Campo elétrico resultante Para o cálculo do campo elétrico resultante em um ponto P, utilizamos os mesmos procedimentos adotados para o cálculo de força resultante. Campo elétrico uniforme Diz-se que uma região apresenta campo elétrico uniforme quando, em qualquer ponto dessa região, o vetor campo elétrico apresenta intensidade, direção e sentido constantes. E E E E E E E E Em uma região de campo elétrico uniforme, as linhas de campo elétrico são paralelas. 21 1. (ACAFE – SC) Utilizado nos laboratórios didáticos de física, os eletroscópios são aparelhos geralmente utiliza- dos para detectar se um corpo possui carga elétrica ou não. Considerando o eletroscópio da figura anterior, carre- gado positivamente, assinale a alternativa correta que completa a lacuna da frase a seguir. Tocando-se o dedo na esfera, verifica-se que as lâminas se fecham, porque o eletroscópio ___________. a) perde elétrons. X b) ganha elétrons. c) ganha prótons. d) perde prótons. 2. (PUCPR) Um corpo possui 5 ⋅ 1019 prótons e 4 ⋅ 1019 elétrons. Considerando a carga elementar igual a 1,6 ⋅ 10–19 C, este corpo está: a) carregado negativamente com uma carga igual a 1 ⋅ 10–19 C. b) neutro. X c) carregado positivamente com uma carga igual a 1,6 C. d) carregado negativamente com uma carga igual a 1,6 C. e) carregado positivamente com uma carga igual a 1 ⋅ 10–19 C.1 10 C. O corpo tem uma falta de 1 ⋅ 10–19 elétron. Q n e Q Q C= ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ =−1 10 16 10 1619 19, , 3. (ESAN – RN) As palavras que completam corretamente as lacunas do texto abaixo são, respectivamente: Se a um corpo eletricamente neutro acrescentarmos partículas negativas, desaparece o equilíbrio de car- gas. O efeito total das partículas negativas supera o das positivas e podemos dizer que o corpo está carre- gado negativamente. Podemos também carregar posi- tivamente um objeto ________________ partículas ____________e deixando, portanto, um excesso de cargas ____________. a) acrescentando; negativas; positivas X b) retirando; negativas; positivas c) retirando; positivas; negativas d) acrescentando; positivas; negativas e) retirando; positivas; positivas 4. (FURG – RS) Sobre os núcleos atômicos e seus consti- tuintes, são feitas quatro afirmativas. I. Os núcleos atômicos são constituídos por prótons, nêutrons e elétrons. II. O próton é uma partícula idêntica ao elétron, porém de cargapositiva. III. Nos núcleos atômicos está concentrada a quase tota- lidade da massa do átomo. IV. As forças nucleares são as responsáveis por man- ter unidas as partículas que compõem os núcleos atômicos. Quais afirmativas estão corretas? a) Apenas II b) Apenas I e III X c) Apenas III e IV d) Apenas I, II e IV e) I, II, III e IV 5. (UNIUBE – MG) Uma aluna de cabelos compridos, num dia bastante seco, percebe que depois de penteá-los, o pente utilizado atrai pedaços de papel. Isto ocorre porque X a) o pente se eletrizou por atrito. b) os pedaços de papel estavam eletrizados. c) o papel é um bom condutor elétrico. d) há atração gravitacional entre o pente e os pedaços de papel. e) o pente é um bom condutor elétrico. 6. (UEL – PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente no nosso cotidiano. Um exemplo disso é o fato de algumas vezes levarmos pequenos choques elétricos ao encostar- mos em automóveis. Tais choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos corpos (eletrizados ou neutros), considere as afirmativas a seguir: I. Se um corpo está eletrizado, então o número de car- gas elétricas negativas e positivas não é o mesmo. II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado. III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas. 22 Livro de Revisão 3 Física IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas opos- tas, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas. V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados com quantidades diferentes de cargas. Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. X b) Apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. c) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. e) Apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras. 7. (UEFS – BA) Suponha que uma partícula eletricamente carregada seja colocada em repouso numa região do espaço onde há um campo elétrico uniforme e onde o campo gravitacional é desprezível. Essa partícula vai: a) permanecer em repouso. b) adquirir uma velocidade constante. X c) adquirir uma aceleração constante. d) adquirir um movimento circular. e) adquirir um movimento parabólico. 8. (UNIFESP) Duas partículas de cargas elétricas Q1 = 4,0 ⋅ 10 –16 C e q = 6,0 ⋅ 10–16 C estão separadas no vácuo por uma distância de 3,0 ⋅ 10–9 m. Sendo k = 9,0 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2, a intensidade da força de interação entre elas, em newtons, é de: a) 1,2 ⋅ 10–5 b) 1,8 ⋅ 10–4 c) 2,0 ⋅ 10–4 X d) 2,4 ⋅ 10–4 e) 3,0 ⋅ 10–3 F K Q q d F F F e e e e = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅( ) = ⋅ ⇒ = − − − − 2 9 16 16 9 2 5 9 10 4 10 6 10 3 10 24 10 22 4 10 4, ⋅ − N 9. (PUC-Rio – RJ) Três cargas elétricas estão em equilíbrio ao longo de uma linha reta de modo que uma carga posi- tiva (+Q) está no centro e duas cargas negativas (–q) e (–q) estão colocadas em lados opostos e à mesma distância (d) da carga Q. Se aproximamos as duas car- gas negativas para d 2 de distância da carga positiva, para quanto temos que aumentar o valor de Q (o valor final será Q’), de modo que o equilíbrio de forças se mantenha? X a) Q’ = 1 Q b) Q’ = 2 Q c) Q’ = 4 Q d) Q’ = Q 2 e) Q’ = Q 4 10. (UFB) De que maneira você consegue detectar a presença de um campo elétrico em uma determinada região do espaço? 11. (PUC Minas – MG) Duas cargas elétricas puntiformes são separadas por uma distância de 4,0 cm e se repelem mutuamente com uma força de 3,6 ⋅ 10–5 N. Se a distância entre as cargas for aumentada para 12,0 cm, a força entre as cargas passará a ser de: a) 1,5 ⋅ 10–6 N X b) 4,0 ⋅ 10–6 N c) 1,8 ⋅ 10–6 N d) 7,2 ⋅ 10–6 N 12. (UFPI) Uma carga de prova q, colocada num ponto de um campo elétrico E = 2,0 ⋅ 10–3 N/C, sofre ação de uma força F = 18 ⋅ 10–5 N. O valor dessa carga, em coulombs, é de: a) 9 ⋅ 10–8 b) 20 ⋅ 10–8 c) 36 ⋅ 10–8 X d) 9 ⋅ 10–2 e) 36 ⋅ 10–2 F q E q F E q q Ce e= ⋅ ⇒ = ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ − − −18 10 2 10 9 10 5 3 2 13. (UFPE) Três cargas pontuais de valor Q = 10–6 C foram posicionadas sobre uma circunferência de raio igual a 1 cm formando um triângulo equilátero, conforme indica a figura. Determine o módulo do campo elétrico no centro da circunferência, em N/C. Como as cargas têm mesma intensidade e mesmo sinal: No centro do triângulo, os três vetores do campo elétrico produzidos pelas três cargas farão entre si 120°. Decompondo os três vetores em componentes horizontais e verticais, percebemos que a soma das duas componentes é igual a zero. Logo, o campo elétrico resultante no centro do triângulo é igual a 0 N/C. 23 5. Fundamentos da Eletricidade II: grandezas escalares Energia potencial elétrica Considere, numa região do espaço, uma carga elétrica puntiforme e fixa Q. Nas proximidades dessa carga, é abandonada uma carga de prova q. A energia potencial elétrica Epe armazenada em um sistema constituído por cargas Q e q, separadas por uma distância d, é dada por: E K Q q dpe = ⋅ Combinando a equação anterior com a expressão da Lei de Coulomb, temos: F E d ou E F de pe pe e= = ⋅ Relação entre energia potencial e trabalho da força elétrica Segundo o teorema da energia potencial, o trabalho de forças conservativas é igual ao oposto da variação da ener- gia potencial. B q Q A τ τ Fe pe Fe pe A peB E E E = − = − Δ O trabalho realizado pela força elétrica depende unicamente da diferença de energia potencial entre os pontos A e B. Temos, portanto, que cargas positivas têm a tendên- cia de se movimentar espontaneamente para regiões de menor energia potencial ( ),E Epe A peB> percorrendo uma trajetória a favor das linhas de campo. Já as cargas negati- vas têm a tendência de se movimentar espontaneamente para regiões de maior potencial ( ),E Epe A peB< percor- rendo uma trajetória contra as linhas de campo. Potencial elétrico Potencial elétrico V é uma grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga. A unidade de potencial elétrico é o volt (V). V E q pe Para cargas puntiformes, a definição de potencial elé- trico é dada por: V K Q d Cargas elétricas positivas produzem potenciais elétricos positivos; cargas elétricas negativas produzem potenciais elétricos negativos. Potencial elétrico produzido por um sistema de cargas Em um meio, são colocadas várias cargas elétricas (Q1, Q2, Q3, Q4, ..., Qn). Em um ponto P qualquer dessa região, o potencial elétrico relativo à distribuição das diversas cargas colocadas nas proximidades é dado pela soma algébrica dos potenciais elétricos de cada uma das cargas em relação a esse ponto. Portanto: VP = V1 + V2 + V3 + V4 + ... + VN Diferença de potencial entre dois pontos Em um campo elétrico, a diferença de potencial entre dois pontos A e B, com potenciais elétricos VA e VB, é deter- minada pela diferença algébrica desses potenciais: UAB = VA – VB Superfícies equipotenciais Quando todos os pontos de uma superfície apresentam o mesmo potencial elétrico, dizemos que se trata de uma superfície equipotencial. A superfície esférica é o formato geométrico das superfícies equipotenciais de uma carga puntiforme. 24 Livro de Revisão 3 Física Trabalho e potencial elétrico em um campo elétrico uniforme Considere que uma carga de prova q, puntiforme e positiva, é abandonada em um campo elétrico uniforme em um ponto A (sA), com potencial elétrico VA. Por meio da ação da força elétrica constante, essa carga se desloca até B (sB), de potencial elétrico VB. q VBVA A B sAB No movimento de uma superfície (A) equipotencial para outra (B), há a realização de trabalho, uma vez que há força aplicada e deslocamento realizado. No transporte da carga de prova do ponto entre essas superfícies equipotenciais, a força elétrica realiza um traba- lho que pode ser calculado de duas maneiras:τFe A B A Bq V V→ = ⋅ −( ) ou τFe A B e AB oF s → = ⋅ ⋅Δ cos 0 Com base nas equações anteriores, é possível deduzir que: U E s AB= ⋅Δ Distribuição de cargas em condutores em equilíbrio As cargas elétricas em um condutor eletrizado e em equilíbrio eletrostático sempre se distribuem em sua superfície, independentemente de ele ser oco ou maciço. – – – – – – – – Em condutores esféricos carregados, as cargas se distribuem uniformemente. Distribuição de cargas em condutores esféricos Considere uma esfera de raio r, neutra inicialmente e eletrizada em seguida. Nesse tipo de condutor, o potencial elétrico e o módulo do campo elétrico são dados conforme mostra a tabela a seguir. Campo elétrico Potencial elétrico Pontos externos à esfera E K Q d externa 2 V K Q d externo Pontos próximos da esfera próxima 2 Q E K r = próximo externo Q V V K d = = Pontos na superfície da esfera superfície 2 Q E K 2 r = ⋅ superfície Q V K r = Pontos no interior da esfera E eriorint 0 int erior superfície Q V V K r = = O módulo do vetor campo elétrico e o potencial elé- trico podem ser graficamente representados das seguintes formas: E EP d EI = 0 r EPEP 2 0 V VI = VS r d Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. À esquerda, o gráfico do campo elétrico. No interior de um condutor esférico, o campo elétrico é nulo. À direita, o gráfico do potencial elétrico. No interior de um condutor esférico, o potencial elétrico é igual ao potencial da superfície. Distribuição de cargas em condutores pontiagudos Para o caso geral, como em condutores pontiagudos, as cargas se distribuem pela superfície, gerando uma alta concentração de cargas nas pontas. ++ + + + + + + + ++ +++++++ ++ +++ ++ + + O poder das pontas é a propriedade segundo a qual as cargas se concentram nas pontas de um condutor, elevando o potencial elétrico. 25 U, também se aumenta Q. Graficamente, Q e U são relacionadas por uma reta que passa pela origem. Temos então que a energia potencial elétrica (Epe) armazenada por um capacitor pode ser obtida: Q Q 0 U U A EN pe N pe pe 2 pe pe Q U E Área E 2 (C U) U C U E E 2 2 ⋅= ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅= ⇒ = Associação de capacitores Associam-se capacitores para obter a capacitância desejada com aquele único capacitor. Associações em série Nesse caso, a diferença de potencial elétrico se divide entre os capacitores que a constituem. Considere três capacitores com capacidades eletrostáticas C1, C2 e C3, associados em série e submetidos a uma tensão U. Ao lado, o capacitor equivalente, com capacidade Ceqs. – + U –Q +Q –Q +Q –Q +Q C1 U1 C2 U2 C3 U3 – + U –Q +Q Ceqs U A expressão para se obter Ceqs é dada por: 1 1 1 1 1 2C C C Ceqs n = + + +... Associações em paralelo Nesse caso, todos os capacitores estão submetidos à mesma diferença de potencial e, como cada capacitor armazena sua carga elétrica, a carga total da associação é dada pela soma das cargas armazenadas em cada capacitor. C1 U –Q1 +Q1 C2 U –Q2 +Q2 – + C3 U –Q3 +Q3 – + U –Q +Q Ceqp U A expressão para se obter Ceqs é dada por: C C C Ceqp n= + + +1 2 ... Capacitores Dispositivos elétricos que têm a capacidade de acumu- lar e armazenar energia potencial elétrica são denominados de capacitores. Diferentemente das baterias, os capacitores se descarregam rapidamente e podem fornecer potenciais elevados da ordem de quilovolt (kV). Capacidade eletrostática A capacidade eletrostática de um condutor elétrico é definida como a sua propriedade de armazenar carga e energia potencial elétrica. C Q VEm que: – Q é a carga elétrica, medida no SI em coulomb (C); – V é o potencial elétrico, medido no SI em volt (V); – C é a capacitância, medida no SI em coulomb por volt (C/V) ou farad (F). Capacidade eletrostática em condutores esféricos A capacitância de um condutor esférico com raio r adquire uma carga Q e apresenta a seguinte formulação: C r K Portanto, em condutores esféricos, a capacidade ele- trostática depende apenas do raio da esfera e do meio em que ela está imersa. Capacidade eletrostática em capacitores planos O capacitor plano é um dispositivo elétrico constituído por duas placas planas, paralelas e de mesma área, com um meio isolante entre elas, chamado de dielétrico. A capaci- tância de um capacitor plano é definida por: C A d = ⋅ε – A é a área de cada placa, medida no SI em metro qua- drado (m2); – d é a distância entre as placas, medida no SI em metro (m); – ε é a constante de permissividade elétrica do mate- rial isolante colocado entre as placas do capacitor. No vácuo e no ar, essa constante vale 8,85 ⋅ 10–12 F/m. Energia armazenada em capacitores Considerando que a capacidade eletrostática de um capacitor seja constante, à medida que se aumenta 26 Livro de Revisão 3 Física 1. (PUC-Rio – RJ) Uma carga positiva puntiforme é liberada a partir do repouso em uma região do espaço onde o campo elétrico é uniforme e constante. Se a partícula se move na mesma direção e sentido do campo elétrico, a energia potencial eletrostática do sistema a) aumenta e a energia cinética da partícula aumenta. b) diminui e a energia cinética da partícula diminui. c) e a energia cinética da partícula permanecem constantes. d) aumenta e a energia cinética da partícula diminui. X e) diminui e a energia cinética da partícula aumenta. 2. (PUC Minas – MG) A diferença de energia potencial elé- trica existente entre duas cargas puntiformes separadas por uma certa distância ficará inalterada se: a) as cargas forem mantidas e a distância dividida por dois. b) cada carga for dobrada e a distância também. c) uma das cargas for dobrada e a distância multiplicada por quatro. d) cada carga for quadruplicada e a distância dividida por dois. X e) cada carga for dobrada e a distância multiplicada por quatro. Considerando E K Q q dpe = ⋅ , se cada carga for dobrada, a Epe será quadruplicada. Se a distância for multiplicada por 4, Epe será dividida por 4. Logo, a energia potencial elétrica ficará inalterada. 3. (PUCRS) Uma carga de 2,0 ⋅ 10–7 C encontra-se iso- lada, no vácuo, distante 6,0 cm de um ponto P. Dado: K0 = 9,0 ⋅ 10 9 unidades SI. Qual a proposição correta? a) O vetor campo elétrico no ponto P está voltado para a carga. b) O campo elétrico no ponto P é nulo porque não há nenhuma carga elétrica em P. X c) O potencial elétrico no ponto P é positivo e vale 3,0 ⋅ 104 V. d) O potencial elétrico no ponto P é negativo e vale –5,0 ⋅ 104 V. e) Em P são nulos o campo elétrico e o potencial, pois aí não existe carga elétrica. 4. (UFLA – MG) O diagrama potencial elétrico versus dis- tância de uma carga elétrica puntiforme Q no vácuo é mostrado a seguir. Considere a constante eletrostática do vácuo K0 = 9,0 ⋅ 10 9 Nm2/C2. Pode-se afirmar que o valor de Q é a) +3,0 ⋅ 10–12 C b) +0,1 ⋅ 10–12 C c) +3,0 ⋅ 10–9 C X d) +0,1 ⋅ 10–9 C e) –3,0 ⋅ 10–12 C V K Q d Q V d K Q Q C Q C = ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⇒ = ⋅ − − − 30 3 10 9 10 1 10 0 1 10 2 9 10 9, 5. (FUVEST – SP) Um sistema formado por três cargas pun- tiformes iguais, colocadas em repouso nos vértices de um triângulo equilátero, tem energia potencial eletros- tática igual a U. Substitui-se uma das cargas por outra, na mesma posição, mas com o dobro do valor. A energia potencial eletrostática do novo sistema será igual a: a) 4 3 U b) 3 2 U X c) 5 3 U d) 2 ⋅ U e) 3 ⋅ U Sistema 1: E K q d K q d K q d E K q d U K q d U K q d pe pe1 2 2 2 1 2 2 2 3 3 3 = + + ⇒ = ⋅ = ⋅ ⇒ = Sistema 2: E K q d K q d K q d E K q d E U pe pe pe 2 2 2 2 2 2 2 2 2 5 5 3 = + ⋅ + ⋅ = ⋅ ⇒ = ⋅ 27 6. (UFRGS – RS) Uma carga de –10–6 C está uniformemente distribuída sobre a superfície terrestre. Considerando-se que o potencial elétrico criado por essa carga é nulo a uma distância infinita, qual será aproximadamente o valor desse potencial elétrico sobre a superfície da Lua? Dados: DTerra-Lua= 3,8 ⋅ 10 8 m; K = 9 ⋅ 109 N ⋅ m2/C2 a) –2,4 ⋅ 107 V b) –0,6 ⋅ 10–1 V X c) –2,4 ⋅ 10–5 V d) –0,6 ⋅ 107 V e) –9,0 ⋅ 106 V Temos que o potencial elétrico será: V K q d V V V= ⇒ = ⋅ ⋅ −( ) ⋅ ⇒ = − ⋅ − −9 10 10 3 8 10 2 368 109 6 8 5 , , 7. (UECE) N prótons, cada um de carga q, foram distribuídos aleatoriamente ao longo de um arco de círculo de 60º e raio r, conforme ilustra a figura. Considerando k = ⋅ ⋅ 1 4 0π ε e o potencial de referência no infinito igual a zero, assinale a alternativa que contém o valor do potencial elétrico no ponto O devido a esses prótons. a) (kqn)/r b) [(knq)r] cos 60o X c) (knq)/r d) [(2knq)/r] cos 30o Temos que o potencial no ponto O é obtido pela soma algébrica do potencial em O originado pelos n prótons, portanto, V n K q r0 = ⋅ 8. (FESP) Considere as seguintes afirmativas sobre o campo de uma carga puntiforme: I) As superfícies equipotenciais são esféricas. II) As linhas de força são perpendiculares às superfícies equipotenciais. III) A intensidade do vetor campo elétrico varia inversa- mente com a distância do ponto à carga. São corretas: a) I e III b) II e III X c) I e II d) todas e) nenhuma 9. (ACAFE – SC) Entende-se que a diferença de poten- cial (ddp) entre dois pontos de um campo elétrico corresponde: a) à capacidade de armazenar carga elétrica. b) à energia consumida por um aparelho elétrico qualquer. c) ao deslocamento dos elétrons livres entre dois pontos considerados. X d) ao trabalho (energia) realizado pela força elétrica entre dois pontos considerados por unidade de carga. e) à energia consumida por unidade de tempo. Considerando que τFe q U= ⋅ , temos U q Fe= τ . 10. (PUC Minas – MG) Se dobrarmos a carga acumulada nas placas de um capacitor, a diferença de potencial entre suas placas ficará: a) inalterada. b) multiplicada por quatro. X c) multiplicada por dois. d) dividida por quatro. e) dividida por dois. 11. (PUCSP) A carga de um capacitor sofre um aumento de 6 ⋅ 10–5 C quando a diferença de potencial entre seus terminais aumenta de 50 V para 60 V. Esse capacitor tem capacidade: a) 12 ⋅ 10–6 F b) 10 ⋅ 10–6 F X c) 6 ⋅ 10–6 F d) 2 ⋅ 10–6 F e) 1 ⋅ 10–6 F Considerando que a capacitância C é uma constante própria de cada capacitor, as variações entre Q e U são proporcionais. Temos, então, que: C Q U C C F= ⇒ = ⋅ − ⇒ = ⋅ − −Δ Δ 6 10 60 50 6 10 5 6 12. (UESB – BA) Um capacitor de um circuito de televisão tem uma capacitância de 1,2 μF. Sendo a diferença de potencial entre seus terminais de 3 000 V, a energia que ele armazena é de: a) 6,7 J X b) 5,4 J c) 4,6 J d) 3,9 J A energia armazenada é dada por E C U E E Jpe pe pe= ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅( ) ⇒ = −2 6 3 2 2 12 10 3 10 2 5 4 , , 28 Livro de Revisão 3 Física 6. Fundamentos da Eletrodinâmica I: grandezas e componentes elétricos Corrente elétrica A corrente elétrica é definida pelo movimento ordenado de cargas elétricas. Geralmente é dada em um condutor submetido a uma diferença de potencial (ddp). Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. Materiais condutores, como fios de cobre, são percorridos por uma corrente elétrica quando submetidos a uma diferença de potencial. Nos metais, os elétrons são portadores de cargas. Nos gases, entretanto, os condutores são íons, os quais podem ser positivos ou negativos. Sentido convencional e real da corrente elétrica Historicamente, acreditava-se que a corrente elétrica era um fluido positivo que se deslocava em um condutor saindo do polo positivo em direção ao polo negativo. Com o aprofundamento dos estudos relacionados à Eletricidade, percebeu-se que, em um condutor metálico, os elétrons são os responsáveis pela corrente elétrica. Assim, o sentido da corrente elétrica é contrário ao inicialmente estabelecido. Por isso, atualmente, são considerados os dois sentidos para a corrente elétrica: um, chamado de sentido convencional, sai do polo positivo para o negativo, e o outro, chamado de sentido real, sai do polo negativo para o positivo. Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. O sentido convencional da corrente elétrica é contrário ao sentido real do movimento dos elétrons em um fio condutor. Intensidade da corrente elétrica A intensidade da corrente elétrica que atravessa uma secção reta de um condutor é definida como a variação da quantidade de carga que passa pela secção reta do fio em determinado intervalo de tempo: Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. i Q t = Δ Δ Em que: – i é a intensidade da corrente elétrica, medida no SI em ampere (A); – ΔQ é a variação da quantidade de carga que atravessa a secção reta de um condutor. Sua unidade no SI é o coulomb (C); – Δt é o intervalo de tempo, medido no SI em segundo (s). Corrente elétrica contínua e alternada Uma corrente elétrica é dita contínua quando o movimento ordenado de cargas elétricas é dado em apenas um sentido, como em pilhas e baterias. Uma corrente elétrica é dita alternada quando o movimento das cargas elétricas é dado alternadamente em dois sentidos opostos, como as que chegam às tomadas residenciais. Resistores e leis de Ohm Resistência elétrica é a grandeza física relacionada com a dificuldade da passagem de uma corrente elétrica em um meio condutor. Seu símbolo é R e sua unidade no SI é o ohm (Ω). 29 Resistor: o resistor é um componente elétrico presente em diversos aparelhos e tem a finalidade de controlar a passagem da corrente elétrica. Apresenta resistência elé- trica e pode, por exemplo, transformar energia elétrica em energia térmica (efeito Joule). Primeira Lei de Ohm Em um resistor, a queda de potencial elétrico por ele produzido é dada pela Primeira Lei de Ohm: U R i= ⋅ Em que: – U representa a diferença de potencial, medida no SI em volt (V); – R é a resistência elétrica, medida no SI em ohm (Ω); – i é a intensidade da corrente elétrica, medida no SI em ampere (A). Resistores ôhmicos Resistores ôhmicos são aqueles em que, independente- mente da temperatura à qual estejam submetidos, a razão U i se mantém constante. i (A) U (V) Gráfico i × U de um resistor ôhmico Resistores não ôhmicos Resistores não ôhmicos são resistores em que a razão U i não se mantém constante para temperaturas diferentes. i (A) U (V) i (A) U (V) Gráficos i × U de resistores não ôhmicos Segunda Lei de Ohm A Segunda Lei de Ohm indica como a resistência de um condutor depende de sua geometria, espessura e comprimento, bem como de que material é constituído. Condutor homogêneo L A Ja ck A rt. 2 01 2. D ig ita l. R L A = ⋅ρ Em que: – R é a resistência do material, medida no SI em ohm (Ω); – ρ é a resistividade do material, medida no SI em ohm por metro (Ω ⋅ m); – L é o comprimento do condutor, medido do SI em metro (m); – A é a área da secção reta do condutor, medida no SI em metro quadrado (m2). Potência e energia elétrica A potência é determinada pela relação entre a quanti- dade de energia transformada ou transferida e o respectivo intervalo de tempo para que tal fenômeno ocorra: P E tot = Δ Δ Em que: – ΔE é a variação da energia, medida no SI em joule (J); – Pot é a potência, medida no SI em watt (W); – Δt é o intervalo de tempo, dado no SI em segundo (s). Para dispositivos elétricos funcionarem, é necessário submetê-los a diferenças de potencial U, e os circuitos devem estar fechados para serem percorridos por corren- tes elétricas i. Nesse processo, ocorrem transformações de energia durante o tempo em que estiverem em operação, o que caracteriza o conceito de potência. P i Uot = ⋅ Em que: – Pot representa a potência, medida no SI em watt (W); 30 Livro de Revisão 3 Física – i representa a intensidade da corrente elétrica, medida no SI em ampere (A); – U representa a diferença de potencial, medida no SI em volt (V). Substituindo a Primeira Lei de Ohm na equação da potência elétrica, obtemos duas equações para a potência elétrica de resistores:
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