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Caderno I Unidade Processo do Trabalho - Christiane Gurgel

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CURSO DE PROCESSUAL DO TRABALHO 
Aula: 15/08 
Bibliografia: 
Curso de processo do trabalho – Carlos Henrique Bezerra Leite
Curso de processo do trabalho – Mauro Sckiavi 
Curso de processo do trabalho – Amauri Mascaro Nascimento 
Curso de processo do trabalho – Volia Bonfim 
Curso de processo do trabalho – Luciano Martinez 
Manual do processo do trabalho – Renato Saraiva
Manual de processo do trabalho - Elisson Messa
Manual de processo do trabalho – Gustavo Filipe Garcia
Curso de processo do trabalho – Vitor Mouza Mulçumano 
Curso de processo do trabalho - José Caio Junior 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS 
Os princípios tem uma função extremamente importante no processo, como função interpretativa, informativa. 
Princípios fundamentais processuais são aqueles assegurados na Constituição Federal. São princípios de processo que adquiriram um status constitucional. 
Um princípio fundamental uma vez violado será nulo. 
No processo do trabalho não cabe recurso contra decisão interlocutória e modo que deve a parte que se sentiu prejudicada arguir nulidade processual na primeira oportunidade que tiver de falar nos autos ou em audiência, sob pena de preclusão. O processo seguirá e, na hipótese de sentença em prejuízo da referida parte e naquele objeto, poder-se-á levar a preliminar de nulidade em recuso para o tribunal. 
Ex: Advogado apresenta prova testemunhal, Juiz indefere. O advogado pede arguição de nulidade por cerceamento testemunhal, ampla defesa e ao principio do contraditório. A arguição consta em ata, para futuramente apresentar em ata. 
1. Princípio do devido processo legal – Art. 5º, LIV, CF.
É a base de sustentação dos demais princípios. Significa que devem ser obedecidos os procedimentos legais a fim de garantir segurança jurídica às partes envolvidas na relação processual, de forma imediata, além da segurança à sociedade. 
2. Princípio da ampla defesa e contraditório – Art. 5º, LV, CF.
Garante as partes todos os meios de defesa no direito permitido, além de provas e contraprovas como também manifestações e requerimentos na forma da lei. 
Obs.: Em relação ao principio do contraditório o CPC/2015 estabeleceu a vedação à decisão surpresa do magistrado, através dos artigos 7º, 9º e 10. A instrução normativa nº 4 do TCT determina a aplicação, do processo do trabalho, das normas do CPC que anula o principio do contraditório, em especial o artigos 9º e 10º que vedam a decisão surpresa. 
3. Princípio da igualdade – Art. 5º, caput, CF.
No principio da igualdade deve o juiz dar tratamento igual das partes. No processo do trabalho, tendo em vista a desigualdade entre os sujeitos da relação processual, a lei processual trabalhista traz algumas regras de proteção a parte mais frágil, o empregado. Ressalve-se entretanto que a reforma trabalhista de 2017 impactou diversas regras de proteção, a exemplo de rateio de custas, fim da presunção relativa da verdade na declaração de necessidade dos benefícios da justiça gratuita; imposição de pagamentos de honorários sucumbencial, imposição de honorários periciais, mesmo que beneficiário da justiça gratuita.
4. Princípio da inafastabilidade do controle da jurisdição – Art. 5º, XXXV, CF.
Princípio que impede a prática de ato que exclua à apreciação do poder judiciário em face de lesão ou ameaça de direito assegurando assim o exercício do direito de ação e o acesso à justiça. Este último deve ser interpretado não só com o direito de provocar o judiciário, mas também do acesso às instancias superiores e à gratuidade para o alcance da justiça. 
Ex: Regra da reforma trabalhista de 2017 que gera discursão da violação desse princípio. Art. 8º, §3º da CLT. 
5. Princípio da fundamentação da decisão – Art. 93, CF. 
Significa que toda decisão judicial deve ser fundamentada, pois cabe ao poder judiciário dizer sobre o direito e às partes a garantia de conhecer as razões de decidir. Este principio uma vez violado poder levar a nulidade da sentença.
Aula: 22/08
PRINCIPIOS PROCESSUAIS COMUNS AO DPC E DPS 
1. Principio do impulso Processual 
Significa a posição do juiz frente ao impulso do processo, ora agindo de oficio e ora somente se provocado. Subdivide-se em:
- Princípio do inquisitivo – refere-se aos momentos processuais em que o juiz pode agir de oficio.
Ex: No processo do trabalho o juiz pode inicia a execução quando a parte autora não tiver assistida por advogado. 
Ex: Art. 767, CLT.
- Princípio do dispositivo – O juiz só age se provocado. 
Ex: Fase postulatória (inicial defesa). 
2. Princípio da eventualidade 
Significa que as partes devem apresentar toda a matéria de defesa e alegações no momento processual que lhe é garantido, sob pena de preclusão. 
Ex: Art. 336, CPC. 
Ex: Prescrição. Advogado confia ao estagiário em fazer a defesa. O sujeito é demitido em janeiro de 2017 (2 anos para prescrição absoluta). Em juízo, na hora de alegar a defesa o advogado não o faz. Passado o tempo da contestação há a preclusão. 
3. Princípio da Imparcialidade
Os artigos 144 e 145, CPC, são aplicáveis supletivamente ao processo do trabalho, pois há uma previsão na CLT, mas é incompleta. 
4. Principio da concentração 
Significa que, em harmonia com o principio da celeridade, devem ser reunidos o maior número possível de atos em uma audiência. No processo do trabalho este princípio é predominante como demonstram os artigos 849 e 852-C, CLT.
Há dois ritos no processo do trabalho: 
- Rito ordinário (refere-se ao art. 849): Acima de 40 salários mínimos.
- Rito sumaríssimo (refere-se ao art. 852): Até 40 salários mínimos. 
5. Princípio da Oralidade 
Significa a prevalência da palavra oral sobre a escrita, o que contribui também com a celeridade do processo. Aqui no DPT, este princípio é predominante. 
Ex: A defesa pode ser oral (20 minutos em audiência), as razões finais são orais, a prova oral é muito utilizada, além dos requerimentos orais em audiência. 
6. Princípio da lealdade processual e boa-fé 
Significa que as partes e advogados devem agir com a boa-fé, sob as penas das leis. Até o advento da reforma trabalhista utilizava-se de forma subsidiária o CPC, no que tange à litigância de má-fé. A partir da lei 13.467 de 2017, foram incluídos pela CLT os artigos 793-A e seguintes. 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 
1. Princípio da Proteção 
No processo do trabalho a legislação cuidou de estabelecer algumas regras de proteção ao trabalhador, sendo que muitas delas foram impactadas pela reforma trabalhista de 2017. 
Ex1: Os benefícios da justiça gratuita dependem de prova da hipossuficiência para a sua concessão. Art. 790, §4º, CLT. 
Obs.: Somente o empregador faz depósito recursal.
Ex2: A regra da competência em razão do lugar é a prestação de serviço pelo empregado. 
2. Princípio da Normatização Coletiva
A justiça do trabalho é a única que tem o poder de criar normas quando profere sentença normativa em dissidio (conflito) coletivo de trabalho.
Obs.: Por isso que a sentença normativa está classificada como constitutiva, pois cria uma relação jurídica de direitos e obrigações. 
3. Principio da Conciliação 
A justiça do trabalho sempre se inspirou pela conciliação tanto assim o é que antes as vagas do trabalho eram chamadas de junta de conciliação e julgamento, além disso, os juízes do trabalho são obrigados a tentar a conciliação em dois momentos: antes da defesa e após razões finais. 
A reforma do CPC 2015 trouxe também regras explicitas de estimulo à conciliação.
CLT – Art. 846 e 850 e CPC – Art. 3º, §§ 2º e 3º.
Obs.: O tempo de homologação é o mesmo.
4. Princípio da Busca da Verdade Real 
Inspira-se no principio da primazia da realidade. Tendo em vista que as relações de trabalho definem o contrato de emprego, tanto que este é chamado de contrato-realidade, os fatos prevalecem sobre os documentos se assim forem provados e alcançarem o convencimento do juiz. 
 Este principio atrai ao juiz o dever exclusivo de buscar a verdade.
AULA: 29/08 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
						 Tribunal Superior do Trabalho
	
	Tribunal Regional do Trabalho
	Varas do trabalho de 1ºSão órgãos da justiça do trabalho e está previsto na Constituição Federal Art. 111 e seguintes; e na CLT Art. 643 e seguintes. 
	
	Varas do Trabalho
	TRT
	TST
	a) Composição
	Art. 116, CF
	Art. 115, CF
	Art. 111-A, CF
	b) Jurisdição
	Art. 650, CLT
	Art. 674, CLT
	Art. 690, CLT
	c) Competência
	Art. 114, CF
	Arts. 677, 678, 680, CLT e Art. 114, CF e regimentos internos.
	Lei 7.701/88 e regimentos internos.
· Varas do Trabalho:
- Jurisdição: A jurisdição nas caras do trabalho abrange todo o território da comarca que tem sede, podendo ser ampliada ou restringida, na forma da lei.
- Competência: Em linhas gerais tem competência para conciliar e julgar os conflitos oriundos da relação de trabalho, além daqueles constantes no art. 114 da Constituição Federal. As varas só tem competência para dissídios individuais. Os dissídios individuais são oriundos de conflitos da relação de trabalho, não só de emprego. 
· Tribunal Regional do Trabalho:
-Composição: É composto por no mínimo sete desembargadores, sendo que ⅕ dos lugares deve ser composto por membros do MPT e por advogados, conforme requisitos previstos no art. 94, CF. Os demais juízes são de carreira, promovidos por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
- Jurisdição: A jurisdição do TRT é dividida 24 em regiões conforme art.674, CLT.
-Competência: Em linhas gerais tem competência derivadas para julgar os recursos interpostos contra sentenças das varas do trabalho. Tem competência originária para julgar mandado de segurança, dissídios coletivos, ação rescisória, ações cautelares, entre outros. 
· Tribunal Superior do Trabalho
- Composição: Composto por 27 ministros, sendo que ⅕ dentre advogados e membros do MPT, os demais são juízes de carreira indicados pelo próprio TST. 
- Jurisdição: Abrange todo o território nacional. 
- Competência: Em linhas gerais tem competência derivada para julgar os recursos contra os acórdãos dos tribunais regionais do trabalho e competência originaria para mandado de segurança, ação rescisória, dissídio coletivo (quando abranger mais de um estado), etc. 
Aula: 19/09
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA – Arts. 837 a 842, CLT
1. Forma – Art. 840, CLT 
- Verbal – Continua vigente, não foi alterada pela reforma de 2017, de modo que, qualquer cidadão que queira fazer sua ação na justiça do trabalho sem advogado, pode por ainda estar vigente, o tribunal que se vire para atender. 
- Escrita – Encontra-se no § 1º. Essa deverá conter a designação do juízo, qualificação das partes. 
2. Requisitos da Inicial - § 1º, arts. 840 e 852-B, CLT.
- Designação do juízo Sr.(a) Excelentíssimo (a) da vara tal);
- Qualificação das partes (CPF, CNPJ Nome da mãe, nº da carteira de trabalho...);
- Breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio(reclamante laborava de 5 às 19 de segunda a sexta);
- O pedido deverá ser certo, determinado e com indicação do valor. (A indicação do valor só havia tal indicação para o rito sumaríssimo, para o rito ordinário foi com a reforma trabalhista). 
- Data e assinatura. 
3. Indeferimento - § 3º, Art. 321, CPC
Os pedidos que não atendem aos disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito. 
4. Emenda Inicial 
Não há previsão na CLT sobre emenda a inicial, de modo que, aplica-se subsidiariamente o CPC, fazendo as devidas adequações as regras do processo do trabalho. 
- São hipóteses de emenda: O aditamento – espécie de emenda; retificar – consertar algo de errado na inicial; ou qualquer outra alteração. 
- Prazo – No processo civil o prazo para emenda inicial, independente do consentimento do réu é até a citação, após o saneamento do processo só com o consentimento do réu.
Ocorre que no processo do trabalho, 48 horas após a distribuição da reclamação, é expedida notificação (citação) para o reclamado (réu). 
Demais disso não há fase de saneamento do processo do trabalho, pois o réu é citado da data da audiência em que a defesa será recebida. Assim, adaptando ao processo do trabalho, o prazo da emenda é seguinte: sem o consentimento do reclamado, se apresentada até antes de recebida a defesa; dependente do consentimento deste, após recebimento da defesa. 
-Forma escrita ou oral em audiência 
- Se recebida a emenda necessariamente devolve-se o prazo para a defesa.

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