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AP_v3_Mecanica Descomplicada_25042017 - modulo 2

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Mecânica 
Descomplicada
MÓDULO 2
2
Sumário
Unidade 4 | Sistemas de Alimentação e Escapamento 3
1. Sistema de Alimentação 5
2. Motores Flex 6
3. Tanque de Combustível 7
4. Sistema de Escapamento 8
5. Filtros do Veículo 9
5.1. Filtros de Ar 9
5.3. Filtros de Óleo 10
Glossário 11
Atividades 12
Referências 13
Unidade 5 | Direção, Transmissão e Embreagem 14
1. Sistemas de Direção 16
2. Sistema de Transmissão 17
2.1. Transmissão Automática (ou Câmbio Automático) 19
3. Embreagem 20
Glossário 22
Atividades 23
Referências 24
Unidade 6 | Sistema de Suspensão, Rodas e Pneus 25
1. Sistema de Suspensão 27
2. Molas e Amortecedores 29
3. Rodas e Pneus 30
4. Calibragem de Pneus 33
Glossário 34
Atividades 35
Referências 36
3
UNIDADE 4 | SISTEMAS DE 
ALIMENTAÇÃO E ESCAPAMENTO
4
Unidade 4 | Sistemas de Alimentação e Escapamento
 f
O que é o sistema de alimentação do veículo? Quais os tipos 
de combustível disponíveis no Brasil? Onde podem estar 
localizados os tanques de combustível?
Para um perfeito funcionamento do motor e dos sistemas de lubrificação e arrefecimento, 
é necessário, também, cuidar dos filtros, responsáveis por proteger o veículo e suas peças 
de impurezas do ar, água e óleo utilizados. Nesta Unidade, vamos conhecer o sistema de 
alimentação de combustível e os filtros que o veículo deve possuir.
Fonte: www.shutterstock.com
5
1. Sistema de Alimentação 
 a
O sistema de alimentação do motor a explosão é composto 
pelo tanque de combustível, carburador e coletor de admissão, 
além de vários filtros, necessários ao bom funcionamento do 
conjunto.
A carburação é um dos processos essenciais ao deslocamento do veículo, pois ela 
alimenta o motor e permite que ele arranque facilmente, mantenha a aceleração, seja 
econômico, funcione com máximo rendimento e não perca a potência e morra durante 
o deslocamento veicular.
O processo completo da carburação tem início quando a gasolina se mistura com o ar e 
termina quando ocorre a sua combustão nos cilindros. Na alimentação do carburador, 
interferem os seguintes elementos: um tanque de combustível colocado distante do 
carburador; uma bomba que puxa a gasolina do tanque ao carburador; e vários filtros 
que impedem a entrada de impurezas, o que pode prejudicar o carburador e a bomba.
 e
Em geral, o tanque de combustível fica colocado em posição 
oposta a do motor, sendo um localizado na parte da frente e 
outro localizado na parte de trás do veículo. Essa distribuição 
visa a uma melhor distribuição de pesos sobre o veículo, com 
o objetivo de obter maior estabilidade e reduzir os riscos de 
incêndio.
Você se lembra da mistura gasosa que entra no cilindro do motor e é queimada? Essa 
mistura é feita pelo carburador. Sua principal função é misturar homogeneamente uma 
determinada quantidade de gasolina (ou outro combustível) com outra de ar, formando 
essa mistura gasosa e fornecendo uma proporção adequada da mistura pulverizada ou 
atomizada a cada cilindro do motor para sua combustão. 
6
Para cada situação, existe uma proporção adequada para a mistura de ar e combustível. 
A mistura para a combustão completa (com menor quantidade de resíduos) tem a 
proporção de quinze partes de ar para uma parte de gasolina. No entanto, essa mistura 
não proporciona máxima potência e economia. O arranque do motor pode exigir uma 
mistura com menor proporção de ar, composta por uma parte de ar para uma parte de 
gasolina. Já para obter maior economia, a mistura deverá ser menos rica, com dezesseis 
partes de ar para uma de gasolina. 
2. Motores Flex
Os produtos resultantes da combustão da mistura gasosa incluem o monóxido de 
carbono (altamente tóxico), o anidrido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de azoto. 
A proporção desses produtos nos gases de escapamento depende da mistura utilizada, 
ou seja, do tipo de combustível empregado.
 b
Assista ao vídeo sobre os cuidados adicionais que devemos 
tomar com os motores flex: 
http://tinyurl.com/hcdvkgu.
Muitos motores aceitam mais de um tipo de combustível e são chamados motores 
flex. Os motores flex estão equipados com componentes próprios no sistema de 
alimentação, em função da corrosão causada pelos diferentes tipos de combustível. 
A própria gasolina comercializada já vem misturada com o álcool. Além desses, os 
motores podem aceitar outros tipos de biocombustíveis e etanóis.
7
 a
Quando o combustível de alimentação é apenas o álcool, as 
peças do motor são tratadas por processos químicos contra 
corrosão, recebendo revestimento interno no tanque, bomba 
e carburador bicromatizado. Esse processo é identificado por 
cor e brilho diferentes da cor e do aspecto tradicionais das 
mesmas peças para gasolina.
3. Tanque de Combustível 
O tanque de combustível é uma peça 
simples, mas cuidadosamente projetada em 
função do espaço que o modelo do veículo 
proporciona. Por esse motivo, o tanque 
de combustível de um tipo de veículo não 
se adapta a outro, devido ao seu formato, 
volume e capacidade, além de apresentar 
acabamento interno adequado ao tipo de 
combustível aceito pelo veículo.
Os tanques são externamente 
confeccionados de plástico ultrarresistente 
e recebem tratamento especial para evitar a 
evaporação do combustível, bem como um revestimento interno contra a ferrugem 
resultante da evaporação. Normalmente, o tanque é dividido em câmaras, reduzindo 
o deslocamento de combustível com o movimento do veículo (freadas bruscas, curvas 
acentuadas). Sua capacidade varia segundo o modelo do veículo e as características do 
motor.
Na maior parte dos veículos, existe um tanque de combustível de reserva e uma luz 
de advertência no painel que se acende quando o nível de combustível está baixo. 
Os tanques apresentam tubos de respiro no tampão que permitem a entrada de ar à 
medida que o combustível é consumido.
Fonte: www.shutterstock.com
8
4. Sistema de Escapamento
A principal função do escapamento é oferecer uma via de escape aos gases residuais do 
motor. Além disso, ele atenua o ruído com a saída dos gases sob alta pressão. Quando 
bem regulado, o sistema de escapamento pode acelerar a saída dos gases resultantes 
da combustão no motor.
Os gases queimados que saem dos cilindros do motor devem ser imediatamente 
eliminados. Esse processo é feito por meio de um cano de escapamento ligado ao coletor 
de escapamento. O cano de escapamento solta os gases residuais geralmente na parte 
de trás do veículo para não incomodar os passageiros. Por isso, ele normalmente passa 
por baixo da carroçaria e vai até a parte traseira do veículo. Nos veículos com motor 
traseiro, o cano de escapamento é mais curto. 
 b
Assista ao vídeo sobre as funções e os cuidados que devemos 
ter com o escapamento:
http://tinyurl.com/j4c7njn.
Para reduzir os ruídos da combustão e do escapamento dos gases do motor, existe uma 
peça ao longo do cano de escapamento chamada “silencioso”, que apresenta diversos 
canos furados dentro de uma câmara. Esse conjunto funciona como um colchão de 
ar, de amortecimento, que reduz o barulho quando os gases de escapamento passam 
por ele. Após atravessar o coletor de escape, a tubulação e o silenciador, os gases são 
expelidos pelo tubo traseiro.
9
 e
A vida útil do escapamento é de cerca de dois anos, pois, com 
o tempo de uso, é natural a deterioração. Quando o motorista 
notar alterações no nível de ruído do veículo, caracterizado 
por sopros de gases, chocalhos no catalisador, som estridente 
e ressonâncias ao trocar marchas, é recomendável verificar o 
sistema de escape em um centro automotivo especializado.
5. Filtros do Veículo
Os filtros são elementos imprescindíveis, responsáveis por eliminar sujeiras e impurezas 
do óleo, dos líquidos e do ar. Filtros eficazes protegem os motores e outras peças, 
mantendo a segurança de toda a operação e reduzindo os custos com a manutenção 
veicular a médio e longo prazo.
5.1. Filtros de Ar
O filtro dear elimina as partículas nocivas do ar, evitando desgastes do motor. A eficácia 
e a capacidade de filtragem são obtidas misturando fibras finas e mais grosseiras no 
agente filtrante. 
Filtros de ar que contêm agentes filtrantes aumentam a eficácia de filtragem, 
diminuindo o desgaste natural do motor. Quando a área de filtragem é muito grande, 
esses agentes adicionados aumentam a capacidade do filtro de reter o pó e evitam 
sua obstrução prematura, prolongando sua vida útil. Normalmente, os filtros de ar são 
substituídos a cada 15.000 quilômetros rodados, caso contrário, o motor do veículo 
pode aumentar o consumo de combustível. 
10
Existem vários tipos de filtros de ar, e suas formas e dimensões geralmente dependem 
do espaço ocupado pelo motor. O filtro com elementos de papel é o mais utilizado por 
ter uma maior leveza e capacidade. O elemento filtrante é fabricado com papel fibroso 
tratado com resina e dobrado em sanfona, a fim de oferecer uma melhor superfície de 
contato com o ar que o atravessa.
5.2. Filtros de Combustível 
Os filtros de combustível devem ser substituídos de acordo com as indicações 
do fabricante de cada veículo. Quando essa troca não é feita, o motor passa a não 
responder quando solicitado acima de determinadas rotações. Além disso, a bomba de 
combustível pode até queimar devido ao esforço excessivo. 
O emprego de aditivos no combustível pode ajudar a limpar os injetores e os pistões do 
motor. Combustíveis aditivados podem prolongar a vida útil do filtro de combustível, 
protegendo o motor da corrosão com agentes que previnem as emulsões do gasóleo 
com água e evitam o envelhecimento do combustível.
5.3. Filtros de Óleo
Em quase todos os veículos, o óleo passa por 
um filtro localizado na parte exterior do cárter 
que retém todas as impurezas antes do óleo 
entrar no motor. O filtro possui uma válvula de 
derivação, uma vez que, com o passar do tempo 
e à medida que retém as impurezas, ele pode 
ficar obstruído e não permitir a passagem do 
óleo sob alta pressão ou frio, quando ele fica 
muito espesso.
Alguns filtros de óleo são chamados centrífugos e consistem em um recipiente circular 
que, ao girar com grande velocidade, é capaz de separar e expelir as partículas sólidas, 
que são retidas nas suas paredes enquanto o óleo passa através de um condutor 
central.
Fonte: www.shutterstock.com
11
 e
O ideal é substituir os filtros de óleo sempre que for feita a 
troca, pois o óleo novo pode perder suas características e se 
deteriorar rapidamente quando passar por um filtro velho.
Quando os filtros de óleo ficam entupidos, obstruindo a circulação do óleo, existe um 
risco maior de aumento da temperatura do motor. Quando isso ocorre, o óleo deixa 
de fluir normalmente, causando falha nos componentes do motor. No entanto, muitas 
vezes, as pessoas optam por substituir o óleo em períodos mais curtos, ou seja, a cada 
3 mil ou 5 mil quilômetros. Nesse caso, verifique o manual do proprietário e consulte 
os prazos indicados para a troca dos filtros.
Resumindo
A tecnologia relacionada ao sistema de alimentação e escapamento dos 
veículos vem passando por aperfeiçoamento e grande evolução. 
Atualmente, muitos motores a explosão são alimentados por mais de um 
tipo de combustível, como, por exemplo: álcool, gasolina, diesel, biodiesel 
etc.
A preocupação com a redução da poluição ambiental fez com que as 
empresas desenvolvessem motores e equipamentos que reduzem as 
emissões de partículas e gases poluentes na atmosfera, auxiliados, ainda, 
por filtros mais modernos e potentes, capazes de eliminar grande parte 
desses resíduos.
Glossário
Eficácia: alcança os resultados planejados, característica do que produz os efeitos 
esperados.
12
 d
1 - O _____________________ com elementos de papel é o mais 
utilizado e tem uma maior leveza e capacidade. O elemento 
filtrante é fabricado com papel fibroso tratado com resina e 
dobrado em sanfona, a fim de oferecer uma melhor superfície de 
contato com o ar que o atravessa. 
( ) filtro de óleo.
( ) filtro de ar.
( ) filtro de combustível.
( ) filtro do radiador.
2 - Os tanques de combustível são externamente confeccionados 
de plástico ultrarresistente e recebem tratamento especial para 
evitar a evaporação do combustível, bem como um revestimento 
interno contra a ferrugem resultante da evaporação.
( ) Certo ( ) Errado
3 - São funções do sistema de escapamento:
( ) Oferecer uma via de escape aos gases residuais do motor.
( ) Acelerar a saída dos gases resultantes da combustão.
( ) Coletar e armazenar os gases residuais do motor.
( ) Atenuar o ruído com a saída dos gases sob alta pressão.
4 - O sistema de escapamento tem o mesmo funcionamento que o 
sistema de arrefecimento. Eles são dois nomes diferentes para os 
sistemas que retiram fumaça e calor do motor.
( ) Certo ( ) Errado
Atividades
13
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível 
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre: 
SEBRAE/RS, 2006.
COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.
com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3 
nov. 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível 
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
1998.
LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.
MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.
REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado 
de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
14
UNIDADE 5 | DIREÇÃO, 
TRANSMISSÃO E EMBREAGEM
15
Unidade 5 | Direção, Transmissão e Embreagem
 f
Quais as partes do sistema de direção? Qual a função do sistema 
de transmissão? Como funciona na prática a embreagem?
Nesta Unidade, estudaremos os sistemas de direção, considerado por muitos técnicos o 
sistema mais importante no veículo quando o assunto é segurança. Para que o sistema 
de direção funcione corretamente, é preciso, também, que o sistema de transmissão e 
embreagem esteja regulado e em plenas condições.
Fonte: www.shutterstock.com
16
1. Sistemas de Direção 
A função básica do sistema de direção é a de transmitir para as rodas o movimento 
de rotação que o condutor transfere ao volante e à coluna de direção. Isso é possível 
graças a duas peças: um parafuso sem-fim e um componente dentado. Quando a coluna 
de direção gira, o componente dentado transfere essa rotação ao parafuso sem-fim, 
que também gira. Essas peças ficam no interior de uma carcaça chamada caixa de 
direção, que possibilita a lubrificação das engrenagens e, ao mesmo tempo, constitui 
uma proteção contra poeira. 
 e
O sistema de direção deve ser capaz de amortecer os choques 
das rodas, evitando que essa vibração chegue aos braços do 
motorista. 
Agora vamos falar da direção hidráulica. Seu princípio de funcionamento é bastante 
simples. Ela é um sistema com óleo sob pressão que exerce a maior parte do esforço 
necessário para girar as rodas. 
A pressão do óleo é aplicada justamenteno instante em que o motorista vira o volante 
da direção. Nesse sistema, existe uma bomba de funcionamento contínuo que fornece 
a pressão hidráulica desejada. Uma válvula especial abre ou fecha quando se gira o 
volante. Ao abrir, ela permite que o óleo sob pressão seja aplicado a um pistão que, por 
sua vez, aciona a barra de direção. 
 e
Por ser um sistema de custo elevado, apenas os veículos mais 
pesados (caminhões e ônibus) ou os mais caros possuem 
a direção hidráulica como item de série, permitindo maior 
conforto.
17
2. Sistema de Transmissão
O sistema de transmissão é composto pela 
embreagem, caixa de velocidades, diferencial, 
semiárvores, homocinéticas e rodas, todos ligados 
entre si por sistemas de engrenagens.
A função da transmissão é levar às rodas a energia 
do motor para que o veículo entre em movimento. 
Em um veículo convencional, a transmissão 
começa no motor e prolonga-se pela embreagem, 
caixa de câmbio, eixo de transmissão e diferencial, 
até chegar às rodas traseiras. Alguns tipos de 
veículo, como aqueles com motor dianteiro e 
tração traseira, dispensam o eixo de transmissão.
 e
As engrenagens têm como objetivo efetivar transformações 
de movimento, que são: direção e velocidade. Elas executam a 
transmissão com extrema precisão, ora alterando a força, ora 
alterando a velocidade.
Toda engrenagem pode ser entendida como uma alavanca múltipla com um único ponto 
de centro. Quanto maior o braço da alavanca, maior será o movimento conseguido. 
A caixa de câmbio permite ao motor fornecer às rodas a força motriz apropriada 
às condições de deslocamento. Assim, quanto maior for o número de rotações do 
virabrequim em relação ao número de rotações das rodas, maior será a força motriz 
transmitida às rodas, verificando-se, ao mesmo tempo, uma proporcional redução da 
velocidade do automóvel. 
A caixa de mudança, ou caixa de câmbio, realiza três funções distintas: 
I. permite um desligamento entre os eixos motor e transmissor, possibilitando ao 
motor funcionar com o veículo parado; 
Fonte: www.shutterstock.com
18
II. permite aumentar ou diminuir a potência do motor por meio de engrenagens; 
III. permite inverter a marcha sem alterar o sentido de rotação do motor.
Utilizando a alavanca seletora, o condutor escolhe:
• primeira marcha - força; 
• segunda marcha - força; 
• terceira marcha - rotações intermediárias; 
• quarta marcha - velocidade de cruzeiro; 
• quinta marcha - velocidade de cruzeiro, baixo torque; 
• marcha a ré - reversão do movimento; 
• ponto morto - interrupção do movimento.
O COMPORTAMENTO DAS ENGRENAGENS
PONTO MORTO PRIMEIRA MARCHA
 
Em ponto morto, não há qualquer transmissão 
de energia mecânica. Todas as engrenagens, 
exceto as utilizadas para inversão de marcha, 
estão engrenadas.
Permite a maior redução de velocidade, com 
o objetivo de obter um torque mais elevado. 
A engrenagem apropriada fica no eixo 
secundário, transmitindo a energia mecânica.
19
SEGUNDA MARCHA TERCEIRA MARCHA
 
A segunda marcha também permite redução 
de velocidade e elevação no torque.
A terceira marcha utiliza rotação em 
velocidade intermediária, ligando o eixo 
primário diretamente ao eixo secundário. A 
potência é transmitida pela caixa de mudanças 
sem a intervenção das engrenagens.
QUARTA MARCHA MARCHA RÉ
 
Nas quarta e quinta marchas, a perda de atrito 
direta pelas engrenagens é insignificante, 
sendo adequadas para velocidades altas 
(velocidade de cruzeiro).
Em marcha a ré, uma terceira engrenagem 
(engrenagem intermediária) inverte o sentido 
de rotação normal do eixo secundário.
2.1. Transmissão Automática (ou Câmbio Automático)
A função de uma transmissão automática é permitir que o motor trabalhe com 
o automóvel parado, além de iniciar a transmissão suave e progressiva de energia 
mecânica necessária ao deslocamento à medida que o motorista acelera o motor, 
apertando o acelerador.
20
Esse sistema é composto de duas partes rotativas principais: um impulsor, acionado 
pelo motor, e uma turbina que aciona a caixa de mudanças. Cada uma dessas partes 
tem a forma de uma calota esférica e contém certa quantidade de divisórias radiais 
chamadas pás. As duas calotas estão alojadas, voltadas uma para a outra, em um cárter 
cheio de óleo, e separadas por um pequeno espaço para evitar qualquer contato entre 
si.
Ao selecionar automaticamente a marcha, o sistema avalia os parâmetros de rotação, a 
programação, o sensor de posição de borboleta, a rotação e a velocidade, a aceleração 
linear e lateral, e escolhe a melhor relação e o momento adequado para trocar as 
marchas. Tudo isso é feito com muita segurança, para que não haja excesso de rotação 
e perigo ao usuário.
3. Embreagem
A embreagem é o sistema de ligação entre o motor e o câmbio. Sua função é permitir 
ao condutor ligar e desligar o motor do sistema de transmissão de forma suave e 
progressiva. Ela fica localizada no interior da caixa seca e fixada ao volante do motor 
por meio de parafusos, interligando o movimento do motor ao câmbio por meio do 
eixo piloto ou primário.
Ao acionar a embreagem, separam-se três partes do conjunto da embreagem: o 
volante do motor, o disco e o platô, ou placa de pressão da embreagem. O volante do 
motor está fixado por meio de parafusos ao virabrequim e gira solidariamente com 
este; o disco de embreagem se encaixa por meio de estrias no eixo primário da caixa de 
cambio e, assim, também gira com o virabrequim; o platô da embreagem fixa o disco 
de encontro ao volante do motor.
 b
Veja como funciona o sistema de embreagem:
http://tinyurl.com/ham392c.
21
As duas faces do disco da embreagem são revestidas com um material de fricção. 
Quando o pedal da embreagem é pressionado, o virabrequim e o eixo primário da caixa 
de câmbio passam a ter movimentos independentes. Assim que o condutor retira o pé 
da embreagem, eles voltam a ser solidários, com giros dependentes.
 e
O disco da embreagem e o platô não estão ligados rigidamente 
ao volante do motor, podendo ambos aproximar-se ou afastar-
se dele.
Os tipos de embreagem disponíveis comercialmente são:
a) embreagem simples - tipo monodisco a seco; 
b) embreagem bidisco - dois discos a seco; 
c) embreagem dupla; 
d) embreagem multidisco - composta por uma série de discos metálicos colocados 
lado a lado; 
e) embreagem cônica; 
f) embreagem hidráulica.
Existe uma embreagem para cada tipo de veículo; e seu projeto deve obedecer às 
exigências da montadora e do mercado. O conjunto de embreagem normalmente é 
composto por: 
a) disco de fricção; 
b) disco ou placa de pressão - platô; 
c) rolamento de encosto - colar; 
d) garfo de acionamento.
22
Resumindo
O desempenho do veículo está diretamente ligado às engrenagens do 
câmbio, à embreagem e à sua capacidade de transmissão de energia.
Se as marchas arranharem para engatar e sempre que o pedal da embreagem 
trepidar ou precisar ser acionado com muita força, será necessário verificar 
a necessidade de manutenção no veículo, pois algo não está funcionando 
bem.
Lembre-se de que problemas na transmissão podem ser causados por 
problemas na direção e vice-versa.
Glossário
Distintas: diferentes.
23
 d
1 - Coloque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) A embreagem é o sistema de ligação entre o motor e o câmbio.
( ) A caixa de câmbio permite inverter a marcha sem alterar o 
sentido de rotação do motor.
( ) O volante do motor gira independente do virabrequim.
( ) A direção hidráulica é um sistema com óleo sob pressão.
2 - A ___________________ permite maior redução de velocidade e 
oferece torque mais elevado.
( ) primeira marcha.
( ) segunda marcha.
( ) terceira marcha.
( ) quarta marcha.
3 - A embreagem é o sistema de ligação entre o motor e o câmbio. 
Sua função é permitir ligar e desligar o motor do sistema de 
transmissão de forma suave e progressiva. Quando o condutor 
aciona a embreagem, separa-se em três partes o conjunto da 
embreagem:o volante do motor, o disco e o platô, ou placa de 
pressão da embreagem.
( ) Certo ( ) Errado
4 - Nesta posição, não há qualquer transmissão de energia 
mecânica. Todas as engrenagens, exceto as utilizadas para 
inversão de marcha, estão engrenadas.
( ) Marcha a ré.
( ) Quinta marcha lenta.
( ) Sexta marcha acelerada.
( ) Ponto morto.
Atividades
24
Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível 
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre: 
SEBRAE/RS, 2006.
COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.
com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3 
nov. 2016.
HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível 
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
1998.
LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.
MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.
REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da 
internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.
SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado 
de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.
VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
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UNIDADE 6 | SISTEMA DE 
SUSPENSÃO, RODAS E PNEUS
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Unidade 6 | Sistema de Suspensão, Rodas e Pneus
 f
Como funciona o sistema de suspensão? Saberia dizer a 
diferença entre o pneu remoldado e o pneu recapado? O que 
é exatamente a roda?
A maior parte dos veículos possui sistemas complexos que atuam de maneira conjunta para 
proporcionar conforto aos seus ocupantes. Nesta Unidade, vamos estudar o sistema de 
suspensão, rodas e pneus, que, em conjunto, proporcionam o amortecimento nos veículos. 
Fonte: www.shutterstock.com
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1. Sistema de Suspensão 
O sistema de suspensão é responsável por garantir maior conforto aos passageiros ou 
às cargas transportadas durante o deslocamento. Juntamente com rodas e pneus, ele 
suporta esforços consideráveis e atua aliviando as irregularidades do terreno sobre o 
qual o veículo passa. Vamos entender como é esse processo.
O sistema de suspensão é composto principalmente por molas e amortecedores, mas 
todos os demais componentes que ajudam a reduzir as vibrações no interior do veículo 
também são considerados componentes da suspensão, como pneus, estofamento, 
borrachas etc. A função desse sistema é aliviar as irregularidades do pavimento sobre 
o qual os veículos circulam, permitindo que os ocupantes realizem seus deslocamentos 
com maior conforto. 
 e
Um bom sistema de suspensão deve incluir molejamento e 
amortecimento. O primeiro consiste na resistência elástica a 
uma carga, e o segundo, na capacidade de absorver parte da 
energia de uma mola após ter sido comprimida.
O princípio de seu funcionamento é absorver a energia, fazendo com que o impacto 
da vibração dure o menor tempo possível. Para auxiliar essa absorção, o sistema conta 
ainda com a ajuda de almofadas nos bancos dos veículos e, para que todo o processo 
ocorra com o menor nível de ruído possível, as molas são instaladas sobre peças de 
borracha, que aumentam a suavidade do movimento. 
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Veja os efeitos do sistema de suspensão nas ilustrações a seguir.
VEÍCULO SEM SUSPENSÃO VEÍCULO COM SUSPENSÃO EFICIENTE
 
Quando o veículo não possui suspensão, 
todas as irregularidades da superfície de 
rolagem são transmitidas aos passageiros 
e às cargas, que balançam junto com o 
veículo.
Quando o veículo possui um sistema de 
suspensão eficiente, o veículo balança 
para cima e para baixo, mas os passageiros 
e as cargas em seu interior não sentem 
(ou sentem pouco) essas oscilações.
As asperezas menores do terreno são completamente absorvidas por pneus e 
estofados, e os passageiros nem chegam a sentir essas irregularidades. Quando as 
irregularidades são maiores, as molas e os amortecedores são requisitados, ajudando 
a diminuir seus efeitos.
Suspensão independente
A suspensão independente foi desenvolvida para oferecer ainda 
mais comodidade aos passageiros e às cargas transportadas. 
Nesse sistema, cada roda possui molas e amortecedores com 
movimentos independentes uns dos outros. Normalmente, os 
veículos apresentam suspensão independente no eixo traseiro, 
não sendo tão comum para o eixo dianteiro.
A vantagem da utilização de suspensão independente é que, durante o deslocamento 
do veículo em terreno irregular, as vibrações de uma roda não passam para a outra roda 
do eixo, a carroçaria balança menos e as rodas permanecem mais tempo em contato 
com o solo. Por esses motivos, o veículo se torna mais confortável e mais seguro.
29
2. Molas e Amortecedores
As molas e os amortecedores são montados sobre as rodas, ou seja, recebem a energia 
proveniente do terreno depois destas. A função principal das molas é transformar as 
irregularidades do terreno em oscilações. A mola exerce outra função, sendo importante 
também para manter as rodas alinhadas em relação ao chassi ou a carroçaria.
Já os amortecedores têm a função de absorver a energia da oscilação, protegendo a 
carroceria e seus ocupantes contra os solavancos provocados pelas irregularidades do 
pavimento e permitindo que a mola volte mais rapidamente à sua forma inicial. 
As molas são normalmente fabricadas com formato helicoidal (formato de hélice), 
sendo esse o mais indicado para maior absorção de energia. Apesar de existirem vários 
tipos de molas, todos eles, entretanto, executam a mesma função. Nas extremidades, 
a mola possui formato horizontal para que se assentem melhor sobre as superfícies. 
Essas extremidades planas atuam como uma alavanca que aplica torção à parte 
restante da mola. As duas extremidades estão normalmente ligadas ao chassi ou à 
carroceria por pinos com buchas de borracha.
 a
O aço utilizado na fabricação das molas deve ser bastante flexível 
e resistente, para que elas possam ser flexionadas e resistir aos 
esforços durante o movimento do veículo. Se o aço das molas não for 
bom, elas podem se entortar e, consequentemente, as rodas podem 
perder o alinhamento, prejudicando a estabilidade do veículo.
 e
Os primeiros amortecedores eram constituídos de vários discos e 
seu funcionamento era baseado no atrito entre eles. Atualmente, 
os amortecedores são hidráulicos, nos quais o movimento de um 
pistão pressiona o óleo a passar através de pequenos orifícios que 
oferecem resistência à sua passagem.
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O tipo de amortecedor mais utilizado é o telescópico, que tem o formato de um 
cilindro com um pistão ligado a uma haste. A extremidade fechada do cilindro está 
ligada à articulação ou ao eixo da roda, enquanto a extremidade oposta está ligada à 
carroceria. Nesses amortecedores, o movimento da roda é transmitido a uma alavanca 
que faz mover o eixo do braço do amortecedor. Quando o pistão do amortecedor se 
desloca para um dos topos do cilindro, o óleo é impelido através de uma válvula e 
atinge o outro topo, amortecendo assim a oscilação da mola.
 b
Assista ao vídeo e veja quais são os sinais de desgaste dos 
amortecedores:
http://tinyurl.com/hyv2gx8.
3. Rodas e Pneus
As dimensões das rodas (largura e raio) interferem no conforto durante o deslocamento. 
Uma roda grande permite anular a maior partedas irregularidades do terreno. No 
entanto, adotar rodas muito grandes nem sempre é uma solução viável e adequada.
O pneu, elemento que envolve a roda, tem estrutura semitubular de borracha, cheio 
de ar em seu interior. Ele possui uma carcaça interior resistente, com cabos metálicos 
(talões) incorporados na zona de contato com a roda, e paredes laterais flexíveis, 
destinadas a absorver as pressões que lhes são impostas. Para contribuir com o 
conforto do veículo, os pneus funcionam como uma almofada de ar sobre a qual se 
apoia, suportando esforços consideráveis quando o automóvel acelera, freia ou faz 
uma curva.
 e
As ranhuras da banda de rodagem (frisos) facilitam a aderência 
ao solo em variadas condições de rolamento. 
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O desenho das ranhuras varia de acordo com o tipo de superfície sobre o qual o veículo 
irá circular a maior parte do tempo. Um pneu com ranhuras profundas é ideal para a 
lama, mas impróprio para condução em alta velocidade. 
 b
Você sabe o que é o TWI? Veja como medir o desgaste dos 
pneus:
http://tinyurl.com/jz23ja4.
O comportamento de um pneu não depende apenas da sua concepção e dos materiais 
utilizados na sua fabricação, mas também da pressão do ar. Utilize sempre a pressão 
recomendada pelo fabricante do pneu e do veículo presente no manual. A pressão 
recomendada assegura a aderência necessária, menos aquecimento e atrito e, 
consequentemente, menor consumo de gasolina e maior durabilidade.
Pneus com câmera apresentam uma câmara de ar independente, feita de borracha. 
Já os pneus sem câmera comportam o ar em seu interior e possuem um revestimento 
interno de borracha macia aderente, destinada a vedar o ar. Em relação ao pneu com 
câmera, o modelo sem câmera apresenta algumas vantagens: é mais fácil de montar; 
quando furado, ele esvazia mais lentamente; permite tapar temporariamente os furos 
sem remover a roda.
Atualmente, os pneus tendem a ser mais largos e mais baixos, apresentando maior 
aderência ao pavimento e, portanto, maior estabilidade. Dessa maneira, o veículo se 
comporta melhor em alta velocidade e nas curvas.
Os pneus se diferenciam em função do processo de fabricação de sua carcaça. Os mais 
comuns são os diagonais, com lonas cruzadas (pneu comum), e os radiais, com lonas 
estabilizadoras. Para que sejam considerados bons, os pneus devem ser extremamente 
resistentes aos choques, mas suficientemente flexíveis para amortecer os impactos a 
que são submetidos.
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PNEU DIAGONAL PNEU RADIAL
 
Carcaça constituída por duas ou mais 
lonas ou camada de tela, sobrepostas 
transversal e diagonalmente, umas sobre 
as outras, formando um entrelaçado. 
As camadas mantêm sua resistência, 
mesmo quando solicitadas em várias 
direções. 
Além do revestimento interior, o pneu 
apresenta várias tiras e materiais de 
enchimento para reforço da carcaça.
Carcaça constituída por duas partes: as 
lonas, ou telas, e um anel de lonas ou 
telas estabilizadoras.
Os fios da lona se estendem em 
ângulo reto, o que proporciona grande 
flexibilidade e conforto, mas pouca ou 
nenhuma estabilidade direcional.
O desgaste é menor quando o veículo faz 
uma curva, e a duração do pneu é maior.
Em baixas velocidades, apresenta menor 
conforto que o pneu diagonal.
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4. Calibragem de Pneus
A pressão de inflação deve seguir as 
recomendações do manual do proprietário e 
deve ser medida com os pneus frios pelo menos 
uma vez por semana. Após conduzir o veículo 
por algum tempo, os pneus se aquecem e, em 
consequência do calor, a pressão de inflação se 
eleva. 
Não utilize pneus recauchutados nas rodas 
dianteiras. A utilização de aros ou componentes 
quebrados, trincados, desgastados ou enferrujados pode resultar em falha do 
conjunto e criar uma condição de risco. A utilização de aros de roda recuperados não é 
recomendada em hipótese alguma. 
 a
Aros danificados devem ser imediatamente substituídos, pois 
qualquer tentativa de recuperação pode alterar totalmente 
suas características originais, afetando seriamente a segurança 
do veículo e a de seus ocupantes. 
Fonte: www.shutterstock.com
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Resumindo
A suspensão é um conjunto de peças e cada uma depende da outra para 
o perfeito funcionamento do sistema. Sua manutenção é de extrema 
importância para a segurança do automóvel e do motorista.
Se todos os itens estiverem em perfeita condição, o sistema de suspensão 
absorve todas as irregularidades do solo e garante a estabilidade do veículo.
Em boas condições de uso, a suspensão assegura a aderência dos pneus, 
evita derrapagens e diminui a distância de frenagem. Porém, se as peças 
estiverem desgastadas, a dirigibilidade do automóvel estará comprometida.
Glossário
Aspereza: irregular, não é agradável ao toque.
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 d
1 - O desenho das ranhuras dos pneus é projetado em função 
do local por onde o veículo irá circular a maior parte do 
tempo. Por exemplo: um pneu com ranhuras profundas é 
ideal para a lama.
( ) Certo ( ) Errado 
2 - Em baixas velocidades, é mais confortável trafegar com: 
( ) pneus radiais.
( ) pneus diagonais.
( ) indiferente, ambos são confortáveis.
( ) indiferente, ambos são desconfortáveis.
3 - As molas e os amortecedores são montados sobre as 
rodas, ou seja, recebem a energia proveniente do terreno 
depois destas. Eles têm a função de: 
( ) Planificar o terreno, diminuindo suas irregularidades.
( ) Transformar as irregularidades do terreno em oscilações.
( ) Planificar o terreno, aumentando suas irregularidades.
( ) Transformar as irregularidades do terreno em área 
plana.
4 - A suspensão independente é aquela em que cada eixo 
do veículo atua de maneira livre, sendo que suas rodas 
sobem e descem conjuntas em cada eixo, obedecendo as 
irregularidades do terreno. A parte frontal do veículo fica 
independente da parte posterior. 
( ) Certo ( ) Errado
Atividades
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Referências
AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível 
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.
BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre: 
SEBRAE/RS, 2006.
COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.
com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3 
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HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível 
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KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
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SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da 
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de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
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VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas. 
São Paulo: Pioneira, 1997.
	Unidade 4 | Sistemas de Alimentação e Escapamento
	1. Sistema de Alimentação 
	2. Motores Flex
	3. Tanque de Combustível 
	4. Sistema de Escapamento
	5. Filtros do Veículo
	5.1. Filtros de Ar
	5.3. Filtros de Óleo
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Direção, Transmissão e Embreagem
	1. Sistemas de Direção 
	2. Sistema de Transmissão
	2.1. Transmissão Automática (ou Câmbio Automático)
	3. Embreagem
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 6 | Sistema de Suspensão, Rodas e Pneus
	1. Sistema de Suspensão2. Molas e Amortecedores
	3. Rodas e Pneus
	4. Calibragem de Pneus
	Glossário
	Atividades
	Referências

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