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1 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A 02.10.19 – ERROS INATOS DO METABOLISMO • Cada processo metabólico consiste em uma sequência de passos catalíticos mediados por enzimas codificadas por genes. • Mutações reduzem eficiência das enzimas codificadas para um nível em que o metabolismo normal não pode ocorrer. • Herança (maioria): Autossômica recessiva (sem alterar a saúde de um portador heterozigoto). • Função deficiente de proteínas (enzimas) – síntese, degradação, transporte ou armazenamento no organismo. • Mais de 550 doenças (1:2500 nascimentos). Mas a morbidade é alta e ao nascer tem complicações para o paciente. “Quase todos os processos bioquímicos do metabolismo humano são catalisados por enzimas. Variações de atividade enzimática entre os seres humanos são comuns e uma minoria dessas variantes causa doenças” • Distúrbio genético hereditário que o paciente apresenta características desde o nascimento que irá atrapalhar algum metabolismo relacionado a um processo bioquímico. • O paciente tem um gene, a partir dele produz uma enzima (sendo sempre uma proteína) e a partir disso ela tem sua função de fazer a catalisação de reações que consiste em pegar um substrato e formar produtos a partir dele. • Quando se tem uma mutação no gene, é levado a formação de uma enzima com erros, logo o processo bioquímico vai estar alterado ou deficiente • Há pacientes que não conseguem fazer a glicogênese porque a enzima que faz a glicogênese dele tem a mutação, logo ele não produz glicogênio. • Um substrato e uma enzima irão gerar um produto, que gerará outros produtos dando continuidade a processos bioquímicos. Esse produto muito possivelmente pode ser substrato para outra enzima. • Ao ter a enzima mutante, ocorre a diminuição dos produtos podendo levar a problemas ao paciente, pois estes produtos podem ser necessários a ele. • Além disso o acumulo de substrato pode levar a outras vias bioquímicas, aumentando outros substratos que antes estavam diminuídos, e estes podem ser tóxicos para o organismo, aparecendo os sinais clínicos e complicações. EIM: problemas de aminoácidos, carboidratos, ácidos graxos/lipídeos. • Aminoácidos são essenciais para formação de proteínas • Carboidratos essenciais para a parte energética 2 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Ácidos graxos (lipídeos) relacionado com a reserva energética e problema com o colesterol. Manifestações Clínicas: Variadas e/ou inespecíficas. • Neonatal e infantil (80%) • Juvenil (10%) • Adulto (10%) ➢ Pré-natal: convulsões fetais, ultrassonografia anormal, crescimento anormal, miocardiopatia. ➢ Neonatal: hipoglicemia/ hiperglicemia e problemas na alimentação, hepatoesplenomegalia, sintomas neurológicos, odores anormais na urina. ➢ Criança: aversão aos alimentos, deficiência intelectual, danificação dos tecidos, intolerância ao exercício. ➢ Adulto: fraqueza, demência, convulsões, distúrbios do movimento. Diagnósticos: • Testes laboratoriais • Teste do pezinho (nos primeiros dias de vida, para fazer análise de várias doenças inclusive do EIM- investiga fenilcetonuria, hipotireoidismo congênito, problemas relacionados a hemácias, fibrose cística, deficiência da bionetinidase), • Clinico (1) Teste Básico: • Fenilcetonúria (PKU) • Hipotireoidismo Congênito • Hemoglobinopatias • Fibrose Cística • Deficiência de Biotinidase • Hiperplasia Adrenal Congênita (2) Teste Ampliado: • Toxoplasmose Congênita • Aminoacidopatias • Deficiência de G6PD • Galactosemia (3) Teste Extendido: • Distúrbios da Beta Oxidação dos Ácidos Graxos e dos Distúrbios dos Ácidos Orgânicos • Distúrbios do Ciclo da Ureia • Aminoacidopatias Análise Quantitativa Faz o diagnóstico precoce do neonato. No neonato o teste do pezinho e exames laboratoriais podem complementar para dar mais informações sobre o paciente pois é inespecífico, além do exame clinico (qualquer exame de imagem) e quando já se tem uma suspeita especifica, vários marcadores relacionados aos macronutrientes podem ser dosados, começando a melhorar a suspeita e chegar próximo a um diagnóstico. 3 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A QUANDO SUSPEITAR? • Consanguinidade entre os pais. • História previa de morte neonatal ou infantil sem causa definida. • História de morte súbita na irmandade. • Histórico familiar com encefalopatias crônica (“paralisia cerebral”) sem causa definida. • Histórico familiar. • Hepatomegalia e/ou esplenomegalia. • Vômitos sem causa aparente. • Regressão nos marcos de desenvolvimento neurológico. Alcalose/Acidose Metabólica. • Hipoglicemia recorrente. • Crises convulsivas • Malformações ósseas. Odor característico na urina. • Rejeição de determinados alimentos Tratamentos: • Terapia Nutricional (suplementação ou restrição) - se o paciente tem defeito enzimático que não consegue metabolizar um substrato pode estar com falta de um produto • Administração de Vitaminas • Estímulo da atividade enzimática • Transplantes de órgãos (casos mais graves) Distúrbios do metabolismo de aminoácidos: 4 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Paciente com fenilcetonúria tem deficiência na fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar fenilalanina em tirosina, um AA importante no nosso corpo pois é precursora de melanina, acetoacetato, dopamina. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela crescem no organismo. Níveis elevados de fenilalanina são tóxicos ao SNC e podem causar dano cerebral. PKU: Manifestações clínicas iniciais: • Eczema (dermatose) • Odor incomum (decorrente do excesso da fenilalanina) • Irritabilidade (pois começa a ter processos neurotóxicos) Manifestações clínicas tardias: • Atraso no desenvolvimento psicomotor • Convulsões • Hiperatividade • Alteração da pigmentação da pele (não produz melanina) Tratamento: • Dieta restritiva que contém fenilalanina (pois o paciente não consegue degradá-la) como: peito de peru, atum, feijão, leite, brócolis... Xarope de bordo (urina): • Deficiência na enzima alfa-cetoácido desidrogenase (complexo enzimático) que é a enzima que degrada a valina, leucina e isoleucina (fonte de energia) levando ao aumento desses AA. Sinais e complicações: • Urina e suor com odor adocicado • Neurodegeneração progressiva 5 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Morte nos primeiros meses de vida • Dificuldade para sugar • Corpo rígido • Perda de peso • Falta de apetite • Hipoglicemia • Cetoacidose • Convulsão Distúrbios do Metabolismo de Carboidratos: Galactosemia (mais comum): • Gene que codifica galactose-1-fosfato-uridil- transferase (GAL-1-P-uridil transferase). Consequentemente não transforma galactose em glicose, logo essa galactose começa a se transformar em galactitol que é toxico para o cérebro, fígado e olhos e este acúmulo leva a condições dramáticas ao paciente (glicose consegue em outras fontes). • Deficiência no crescimento e atraso no desenvolvimento • Hepatomegalia e icterícia • Vômitos e Irritabilidade • Problemas renais • 10% dos lactentes desenvolvem catarata Tratamento: • exclusão de galactose Hipolactasia: • Quando o indivíduo tem mutação da enzima lactase (enzima da lactose) • Pessoas com esse distúrbio conseguem viver bem, mas não podem ingerir derivados da lactose. • A lactose não é degradada, isso leva ao aumento do fermento bacteriano e começa a ter a produção de ácidos e gases levando a irritação, diarreia, flatulência Doença de armazenamento de Glicogênio: • 12 tipos diferentes. • Problemas na síntese e degradação de glicogênio hepático ou do músculo esquelético. Manifestações Clínicas (Hepáticas): • Hipoglicemia (pois não tem reserva) • Hepatomegalia (fígado aumentado) • Face de Boneca 6 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A• Aumento de triglicerídeos, ácido úrico e lactato (pois começa a ser ativada outras vias para compensação). Manifestações Clínicas (musculares): • Fadiga Tratamento: • reposição enzimática Distúrbios do metabolismo de lipídeos: Doença de Smith Lemi Opitz (SLO): • Problema relacionado ao colesterol. • A enzima DHCR7 que ajuda no processo de transformação do 7-dehidrocolesterol em colesterol, diminuindo os níveis de colesterol. • Com a diminuição do nível de colesterol vai alterar a formação de hormônios esteroides (os órgãos genitais ficam pouco desenvolvidos, altera a formação de sais biliares e podendo ter má formações estruturais na face, mãos, pés) pois ele participa da parte estrutural das células. Tratamento: • suplementação de colesterol 7 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Doenças que não são relacionadas com macronutrientes: Mucopolissacaridoses (MPS): • Redução da capacidade para degradar glicosaminoglicanos. • Doenças de depósito lisossômico. • O acúmulo de glicosaminoglicanos leva a disfunção na lubrificação dos órgãos causando danos progressivos • 7 tipos de MPSs – Sintomas e complicações observados na infância ou fase adulta • MPS I, II, III, IV, V, VI e VII. Manifestações clínicas: • observado tanto na infância quanto na vida adulta • Hepatomegalia (aumento do volume do fígado) e esplenomegalia (aumento do volume do baço) • Alterações esqueléticas • Face característica • Alteração de crescimento • Mãos em garra • Malformações cardíacas 8 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Manchas mongólicas • Baixa expectativa de vida e não há um tratamento eficiente 09.10.19 – Diagnóstico Pré-Natal e Aconselhamento Genético PRÉ-NATAL: é um acompanhamento, quanto antes começar, mais testes são feitos e maior segurança ela vai ter, evita riscos para o feto e para a mãe. 9 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Screening: teste de rastreamento pré-natal, todas as gestantes devem fazer, deve ser obrigatório, quando apresenta resultado diferente do que é considerado normal é feito teste diagnóstico. • Teste diagnóstico: é feito apenas quando o teste de screening der resultado alterado IMPORTANTE: identifica alterações no feto, na mãe e auxilia no preparo psicológico dos pais frente a uma alteração no bebê. SCREENING: Feito nas primeiras semanas do pré-natal Teste de rastreamento feito em todos os bebês 1 - Transluscência nucal: • Ultrassom feito entre a 10ª e 14ª semana para maior confiabilidade • Medida entre a pele e o tecido mole que cobre a espinha do bebê (normal: 1,2mm – aumentado: 5,9 mm) • Normalidade: menor que 2,5 mm Acima de 2,5 → CROMOSSOMOPATIA = síndrome cromossômica, é encaminhado para o teste diagnóstico 2 - Triteste: • Exame de sangue periférico materno feito na 15ª a 20ª semana • Substâncias produzidas pelo feto e presentes no sangue da mãe como: - Alfa-feto-proteína (saco vitelínico e fígado, VR: menor que 0,5 MoM) - Beta-hCG (trofoblastos, VR: menor que 2,5 MoM) - Estriol livre (adrenal do feto, VR: maior que 2,0 MoM) • Detecta prematuramente = 65% síndrome de Down, 98% mal fechamento do tubo neural, 60% parede abdominal aberta e outras alterações cromossômicas como trissomia 18 (80%), trissomia 13 (30%) e monossomia do cromossomo X em 44%) IMPORTANTE: • Idade gestacional maior = gêmeos • Simples variação da normalidade Quando o teste diagnóstico tem resultado negativo = falso positivo A ultrassonografia básica é feita para: • Confirmar idade gestacional • Determinar viabilidade vital • Detectar gestação múltipla • Durante o 2º e 3º trimestre pode identificar malformações fetais significativas de estruturas intracranianas, coluna, coração, bexiga, rins, estômago, tórax, parede abdominal, ossos longos e cordão umbilical. • Oferece informações quanto a estrutura morfológica que sugere fortemente alterações genéticas • Malformações múltiplas podem sugerir uma doença cromossômica No caso de Screening alterado... fazer o DGPN 10 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A DGPN: DIAGNOSTICO GENETICO PRÉ-NATAL • Exame físico • Histórico médico da família • Avaliações clínicas e testes laboratoriais • Podem ser invasivos ou não • No caso de doenças gênicas com suspeita o teste mais indicado é o PCR ou PAINEL • Detecta doenças genéticas • Antecipa o conhecimento da saúde do feto aos pais • Redução da ansiedade materna (caso de screening normal mas querem ter certeza de que o feto é saudável) Indicações – mesmo com screening normal: • Um dos cônjuges com doença genética ou gene potencial causador de doença • Parente próximo ou filho anterior com anomalias congênitas e/ou retardamento mental • Parentes com doença de origem genética • Casal consanguíneo • Casal do mesmo grupo racial de risco • Esterilidade sem causa aparente • História de abortamento habitual/natimortos • Marido mais de 55 anos e/ou esposa com mais de 35 anos • Um dos cônjuges exposto a radiações, produtos químicos, uso de drogas ou medicamentos para doenças cromossômicas • Gestante com infecção aguda causada por toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus ou parvovirose Pode ser feito em 2 momentos: 1- Diagnóstico pré implantacional (PGD) Feito em casos de fertilização in vitro Biopsia dos embriões para teste genético e implantação do embrião saudável Não há garantia de 100% saudável, pois só consta ausência das doenças que foram pesquisadas podendo ter alterações para outras doenças 2- Durante a gestação • Não invasivo para o feto (NIPT) Preferencial Se baseia no fato de pegar o DNA do bebê pelo sangue periférico da mãe DNA fetal livre no plasma materno Observa DNA e cromossomos do feto Pode ser feito durante um tempo determinado Alterações cromossômicas mais comuns: 21 Síndrome de Down, 18 Síndrome de Edwards, 13 Síndrome de Patau e alterações ligadas aos cromossomos sexuais (X e Y, exceto em casos de gêmeos) • Invasivo para o feto Coloca a vida do feto em risco Feito com o auxílio de ultrassom Formas de coleta de células do bebê: vilosidades coriônicas da placenta (7 a 15 dias), células do cordão umbilical (3 a 7 dias), células do líquido amniótico (7 a 15 dias) e células do feto (biópsia) 11 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Podem detectar todas as trissomias, anormalidades cromossômicas e mais de cem anormalidades mendelianas. Questões éticas associadas ao diagnostico pré-natal? Aborto legal: Anencefalia ou autorização judicial se fruto de estupro É ético descartar embrião com alteração antes da implantação, mas não é ético abortar feto com alteração. Aconselhamento genético: • Processo complexo de oferecer informações críticas sobre a condição genética de uma família de uma forma compreensível, relevante e sensível. • Perito em explicar os conceitos genéticos a leigos • Especialista em genética da área da saúde e nas ciências da psicologia • Geneticistas trabalham em conjunto com aconselhadores • É como se os pais vivessem um luto, quanto antes os pais tiverem essa notícia, antes o bebê será aceito e não será descoberto na hora do parto • Pode ocorrer depressão pós-parto, negação do bebê, indiferença (ausência de amor) por parte dos pais • Crianças com necessidades especiais aumenta a pressão ao cuidador, surge ou exacerbação de conflitos familiares • Divórcios nos EUA com filhos normais: 50% • Divórcios nos EUA com filhos especiais: 85% • Pode ocorrer mudanças de cidade para que tenha alguém da família que cuide da criança, um dos pais precisa deixar de trabalhar, terapias constantes Exemplo I: Síndrome do X-frágil - Síndrome cromossômica responsável pela maior parte dos retardos mentais em homens Traço ligado ao X semidominante (porque só tem um X em homens) que apresenta antecipação (númerode repetição maior que o normal) gênica devido à expansão de uma repetição trinucleotídica no gene FMR-1. Exemplo II: Pai tinha sífilis e mãe tuberculose tiveram 4 filhos: 1 cego, 1 morto, 1 surdo e mudo e 1 com tuberculose Exemplo III: Doença de Huntington – condição hereditária em que há degeneração das células nervosas do cérebro com o passar do tempo. Não tem cura, mas remédios, fisioterapia e psicoterapia podem ajudar, surge dos 30 aos 40 anos. Aparecimento progressivo dos sintomas psiquiátricos, relacionados ao movimento e raciocínio. NO ACONSELHAMENTO GENETICO É COLOCADO AS POSSIBILIDADES E PORCENTAGENS, MAS QUEM DECIDE SÃO OS PAIS SE VÃO TER OU NÃO FILHOS. NÃO É PRECISO SER PERFEITO PARA FAZER ALGO BOM E PARA MUDAR O MUNDO. 16.10.19 – HEMATOGENÉTICA DISTURBIOS HEREDITÁRIOS QUE CONTRIBUEM PARA AS DOENÇAS DO SANGUE Ciência que aborda, investiga e trata doenças hematológicas de origem genética (hereditária). • Herança de mutações (defeito no gene que produz hemoglobina ou plaquetas): 12 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Perda de função (mais comum) Ganho de função Nova propriedade (hemoglobina diferente do natural – como anemia falciforme) Expressão inapropriada (tempo e local) – ectópica ou heterocrônica Hemoglobinopatias: • Distúrbios hereditários da hemoglobina • 7% da população mundial é portador de um gene defeituoso relacionado a hemoglobina • Anemias – conceitos, sintomas e complicações: De modo geral: deficiência do número e/ou da qualidade de hemácias e/ou de hemoglobina. Sinais e sintomas: Palidez, fraqueza, amarelado, sem energia, problema nas unhas Complicação: falta de O2 para os tecidos (hipóxia = redução muito grande de O2) Diagnóstico: hemograma (eritrócitos e hematócritos baixos) • Tipos de anemias: Perda de sangue – hemorragia Hemolíticas – aumento na quebra de hemácias por muitos fatores Produção deficiente – fatores nutricionais, vitamina B9 (acido fólico), B12, ferro Hemoglobina: • Funções: Transporte de O2 Estrutura tetramérica - quatro cadeias/unidades: - Hb embrionárias: 2 zeta-globina e 2 épsilon-globina, 2 alfa-globina e 2 epsilon-globina, 2 zeta- globina e 2 delta-globina - Hbf: fetal: 2 alfa-globina e 2 gama-globina - HbA (adulta): 2 alfa-globina e 2 beta-globina - HbA2: 2 alfa-globina e 2 delta-globina • Alfa, beta, delta, gama provém de genes que em casos de mutações pode ocorrer alterações na produção, prejudicando suas funções • Cromossomo 16: 4 genes de alfa • Cromossomo 11: 2 genes de beta 13 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Hemoglobinopatias: 1. Variantes estruturais (falciforme): altera sequência de aminoácidos – produzindo outra proteína Altera capacidade de transporte de O2 Reduz estabilidade 2. Talassemias: decréscimo de cadeias de globina Produção reduzida de cadeia de globina (ausência de alfa ou beta) Desequilíbrio entre o gene alfa e beta 3. Persistência hereditária da hemoglobina fetal: impede a troca perinatal da síntese gama-globina (HbF – maior afinidade com O2) para beta-globina (HbA). Anemia falciforme: • Doença hematológica herdada mais comum • Autossômica recessiva • Ao invés de produzir hemoglobina HbA ela produz hemoglobina HbS (qualidade pobre e é instável) • HbS: desoxigenada polimeriza (ausência de O2 ela cria um polímero) → células falciformes → oclusão (hemácias ficam duras, não maleáveis – principalmente nos vasos pequenos ocluídos) e hemólise (anemia hemolítica) • Mutação de um único nucleotídeo (GAG → GTG = ácido glutâmico → valina) • HbS – problema na cadeia beta = forma de foice • Diagnostico: hemograma, eletroforese (3 amostras diferentes, técnica que separa proteínas, identifica HbF, HbA e HbS, 1: feto com anemia falciforme, 2: adulto com traços de anemia falciforme e 3: adulto normal), triagem neonatal • Manifestações agudas: crise dolorosa (vaso-oclusão) sequestro esplênico • Manifestações crônicas: Palidez icterícia (hemólise libera biliverdina que se transforma em bilirrubina e seu excesso caracteriza a cor amarelada) problemas cardíacos como o sopro (falta de O2 que é compensado pelo coração) Anemias talassêmicas: • Hereditária: de pai para filho • Distúrbios monogênicos mais comuns • Doença da síntese de hemoglobina 14 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Redução da síntese Redução da estabilidade • Alfa ou beta-talassemia Alfa-talassemia (alteração no gene alfa do cromossomo 16): - Hipocrômicas (baixa concentração de hemoglobina) e microcítica (hemácia menor) - Doenças intrauterinas e pós-natais - Deleções (gene a menos) gênicas - Normal: aa/aa (100%), Silencioso: aa/a- (75%) sem complicação clínica aparentemente, Traço: a- /a- ou aa/-- (50%), Hb H: a-a/-- (25%), Hidropsia fetal ou alfa-talassemia homozigótica: --/-- (0%) morre após o nascimento - Doença da hemoglobina H: excesso de cadeia beta, danos a membrana e destruição prematura das hemácias, esplenomegalia - Hidropisia fetal: ausência de HbA, HbA2 e HbF, hemoglobina de Bart (4 cadeias gama) e incompatível com a vida após nascimento. Beta-talassemia (alteração no gene beta do cromossomo 11): - Hipocrômicas (baixa concentração de hemoglobina) e microcítica (hemácia menor) -desequilibrio da síntese de globina devido ao excesso de cadeias alfas - HbA reduzido e HbF e HbA2 aumentado - Maior (major) ou menor (minor ou traço) 15 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Hemofilia: • Paciente hemofílico: sangramento contínuo – defeito na cascata de coagulação • Doenças herdadas – herança genética • A inversão flip origina-se de uma recombinação intracromossômica esse tipo de inversão causa cerca de 50% dos casos graves de hemofilia A. 30.10.19 – ONCOGENÉTICA Mutações de genes, dos tipos: • NEOPLASIA: novo crescimento • TUMOR: aumento de volume, expansão • CANCER: neoplasias/tumores malignos, autônomo, expansivo, sem controle Massa anormal de tecido, cujo crescimento ultrapassa e não é coordenado com o tecido normal e persiste na mesma maneira excessiva depois da interrupção dos estímulos que deram origem à mudança. Introdução: • Proliferação, expansão e invaginação local de células • Pegam vias linfáticas ou hematológicas causando metástase • Benigno: cresce e fica no tecido • Maligno: cresce e atinge outros sítios distantes (metástase) • Primaria: local • Secundaria: atinge outros locais Possuem alterações genéticas que permitem proliferação celular excessiva, não regulada e autônoma, depende da nutrição e aporte sanguíneo do hospedeiro. Causas: • Predisposição genética (hereditários) • Fatores da imunidade • Exposição – agentes químicos, biológicos e físicos • Fatores nutricionais • Ambientais • Vírus, toxinas, radiação = alteram genes e causam diversos tipos de câncer 16 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Origem: • Mendeliana – fator hereditário: mutação somática, tumores múltiplos, bilaterais, inicio precoce • Esporádica – aleatório: diversos agentes mutagênicos, tumores únicos, unilaterais, aparecimento tardio Célula normal → mutação gene A → maior proliferação → mutação gene B → neoplasia precoce → mutação gene C → neoplasia progressiva → aneuploidia cromossômica crescente → neoplasia progressiva → carcinoma → metástase Fatores genéticos: • Mutações promovem: - Instabilidade genômica - Dano no reparo do DNA - Instabilidade da cromatina • Proto-oncogenese: mutação de ganho de função, contribui para que a célula cresça e se prolifere • Gene de reparo de DNA: mutação de perda de função, divisão celular • Gene supressores de tumores: mutação de perda de função • Epigenética – afeta expressão sem mutações, fator hereditário, silencia genes supressores de tumores 17 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • BCL2 gene de superexpressão: bloqueia apoptose • ABAX: falha no apoptose de celularmodificadas • Facilitam a sobrevida da célula neoplásica • Mutações fazem com que as células produzam proteínas anormais, contribuindo para a diminuição do processo fisiológico do tecido (diminui função tecidual) • Câncer hereditário: Idade jovem ao diagnostico (criança) Desenvolvimento de mais de um tumor e de maus de um tipo de tumor Mais de uma geração afetada Diversos indivíduos de uma família afetados com o mesmo tumor ou tumores dentro de um espectro sindrômico - Exemplos: mama, ovário, polipose adenomatose familiar, retinoblastoma hereditário, neurofibromatose Câncer de mama e ovário: • Autossômica dominante (penetrância de 85%) • Mutação em BRCA1 (tipo ductal invasor de alto grau e triplo-negativo) e BRCA2 • Triplo-negativo: RE (estrógeno), RP (progesterona) e HER-2 (fator de crescimento) todos negativos dificultando o tratamento • Mastectomia e ofoorectomia profilária • Maioria são mutações adquiridas durante a vida (10% hereditário) Polipose adenomatosa familiar: • Autossômica dominante (alta penetrância) • Mutações no gene APC (cromossomo 5q) 75% germinativas 18 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A 25% mutação nova • Pólipos pré-cancerosos com interação de outros genes (multi-locus) desenvolvem-se lesões neoplásicas • Tumor intestinal - Colectomia (20 a 30 ademonas) Leucemias: • Aumento de leucócitos • Câncer de glóbulos brancos • Doença clonal maligna das células do sangue • Linfoide (atinge os linfócitos) ou mieloide (atinge células do ramo mieloide – neutrófilos, eosinófilos, plaquetas) • Aguda (mais agressiva) ou crônica • Acúmulos de mutações na medula óssea Diversos tipos de rearranjos genéticos: numéricos (hiperploidia) ou estruturais Causas: • Agentes químicos, biológicos e físicos • Hereditariedade (Down, Patau e Klinefelter) • Agentes virais • Translocação do cromossomo filadelfia • Linfoma: Aumento dos linfonodos, translocação de cromossomos 8 a 14 • Amostras da medula óssea para saber qual translocação há para conduzir a um melhor tratamento 19 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A 20 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A FARMACOGENÔMICA • FARMACOGENÔMICA: estudo das influencias de variantes genéticas à resposta aos medicamentos • FARMACOGENÉTICA: área da farmacogenômica – estudo das variações nas sequencias de DNA relacionadas as respostas às drogas • Avaliação de: - Variantes de enzimas responsáveis pela absorção e metabolismo das drogas (farmacocinética) - Resistência aos efeitos das drogas (farmacodinâmica) • Finalidade: otimização da terapêutica em função do genótipo molecular do paciente – máximo de eficiência aliado a um mínimo de efeitos adversos (conceito de medicina personalizada = exclusivo para o paciente) - Curva de Gauss • Digoxina – pacientes com insuficiência cardíaca Farmacocinética: 21 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Medicamentos são metabolizados por duas vias, que ocorre principalmente no fígado • Enzimas tipo I • Enzimas tipo II • Herança → Genes são gatilhos para síntese de enzimas, que se alterados, ocorre alteração das enzimas (ultrarrápidas, rápidas, lentas, ultralentas) • Farmacogenômica avalia esses genes, estipulando os fenótipos e estudando as enzimas • Genético lento – fármaco de menor dose para que não fique muito tempo no organismo • Genético rápido – fármaco de alta dose para que cause algum efeito • Exames do polimorfismo: escolha do tratamento e correção da dose • Clopidogrel → metabolizado pela enzima CYP2C19 que varia de paciente para paciente → fármaco na forma ativa (pró-fármaco) → ação de diminuir a agregação plaquetária - Se o metabolismo do indivíduo for muito lento o Copidogrel não fica na forma ativa - Se o metabolismo do indivíduo for rápido ou muito rápido o Copidrogrel fica na forma ativa causando hemorragia 06.11.19 - ASPECTOS CLÍNICOS DAS SÍNDROMES GENÉTICAS • Síndromes cromossômicas: são responsáveis pela ocorrência de malformações congênitas e falhas reprodutivas 60% Síndromes identificáveis 7% dos nascidos vivos 2% das gestações em mulheres acima de 35 anos 50% dos abortos do 1º trimestre • Exames Citogenéticos: Cariótipo: clássico na identificação de Cromossomopatias Indicações do Exame: Anomalias congênitas múltiplas de causa desconhecida Ambiguidade genital Desenvolvimento sexual anormal Esterilidade Infertilidade Aborto habitual 22 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A Principais Síndromes Cromossômicas: Síndrome de Down: • Trissomia do 21 • Doença cromossômica mais comum – 1:700 nascimentos. TRANSLOCAÇÃO ROBERTSONIANA • 95% possuem trissomia 21: 47,XX +21 ou 47,XY +21 Fator de risco: Idade materna (>45 anos) - Não-disjunção meiótica óvulo (genitores possuem cariótipo normal). • 4% translocação robertsoniana do braço q do cromossomo 21 para outro cromossomo acrocêntrico (13,14,15 ou 22). • 1% Mosaicismo – não disjunção mitótica do cromossomo 21 durante o estágio inicial da embriogênese • Mães de 20 anos - 1:2000 • Mães de 30 anos – 1:900 • Mães de 40 anos – 1:100 • Mães acima de 40 anos – 1:12 Manifestações clínicas: • Atraso do crescimento • Retardo mental • Occipúcio achatado 23 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Cardiopatia congênita • Megacólon • Olhos inclinados • Prega epicântica • Manchas de Brushfield • Orelhas displásicas • Língua grande, protrusa e sulcada • Mãos curtas, largas com prega símia • Leucemia linfoblástica aguda • Espaço grande entre o 1º e 2º artelhos Características e Complicações Clínicas: • Aspectos dismorfológicos variam para cada paciente mas sempre expressam fenótipos típicos. • QIde25a50. • Doença cardíaca congênita (40%) – defeitos septo atrial e ventricular, malformação valvas atrioventricular. • Mortes na infância. • Risco aumentado de desenvolver Leucemia Aguda. • Neuropatologia. • Resposta imune anormal – infecções nos pulmões e auto- imunidade da tireóide. Síndrome de Edwards: • Trissomia do 18 • 47, XX +18 / 47, XY +18 (95% dos casos). • 80% do sexo feminino. 24 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Mosaicismo. • Não-disjunção meiótica. • Associação de idade materna avançada. • Grande índice de morte prematura (semanas/meses). • 50% falece no primeiro mês de vida • 5-10% sobrevive ao 1º ano mas apresenta grave comprometimento mental Características e Complicações Clínicas: • Deficiência no crescimento pré-natal. • Anomalias nas mãos. • Orelha e boca pequena. • Dedão do pé curto. • Malformações: Cardíaca, intestinal e espinha bifída. • Retardo mental (mais intensos que a trissomia 21). Síndrome de Patau: • Trissomia do 13 • 47,XX +13 ou 47,XY +13 (80% dos casos). • 46,XX +13der 13:14 (q10;q10). • 46,XX / 47,XX +13. • Mais severo tipo de trissomia. • Não-disjunção meiótica. • Associação de idade materna avançada. • Alto índice de morte prematura (semanas/meses). Características e Complicações Clínicas: • Fendas orofaciais. • Olhos pequenos. • Malformações no SNC, defeitos cardíacos e renais. • Retardo no desenvolvimento e mental. • Aplasia cutis. • Polidactilia pós-axial. Síndrome de Klinefelter: • Cromossomos sexuais extras • Sexual • Não-disjunção durante divisões meióticas em um dos genitores. • Risco: idade materna elevada. • Cariótipo: -47,XXY (87% dos casos) -48,XXXY (raro) -49,XXXXY (raro) -46,XY/47, XXY • Raramente diagnosticada antes da puberdade. Complicações e Características Clínicas: 25 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Hipogonadismo pênis pequeno, testículo atrofiado e ausência de características sexuais masculinas. • Atraso na fala e coordenação motora • Baixa massa muscular • Comprimentomaior entre a sola do pé e o osso púbico • Ginecomastia (elevação de hormônios femininos). • QI médio. • Espermatogênese reduzida / infertilidade • Maior risco de desenvolver lúpus eritematoso sistêmico e DM2 Meninos identificados na adolescência: • Pernas mais longas e quadris mais largos do que seus pares • Início da puberdade atrasado ou, em alguns casos, ausente ou incompleto • Após a puberdade, menos corpos musculares e menos pelos faciais e corporais em comparação com outros adolescentes • Menor que o tamanho médio do pênis Portadores não tratados: • 9 anos: Pênis pequeno e pernas longas • 16 anos: Ginecosmatia • 21 anos: Obesidade. Síndrome de Turner: • Monossomia X • Ausência do X paterno ou materno (55%): 45, X. • Alta taxa de aborto – 99% • 15% Anormalidade estrutural no cromossomo X. • 46,X i(X)(q10) ; 46,X,r(X) ; 46,X, del(Xq) • 30% Mosaico – 46, XX / 45, X – podem ser férteis • Morte prematura (semanas/meses) Complicações e Características Clínicas: • Baixa estatura (20 cm), pode ser controlado com o uso de hormônio de crescimento. • Face em forma de triangulo e pescoço alado. • Hipogonadismo e infantilismo sexual. • Malformação cardíaca (pode-se fazer correção cirúrgica) e renal. • Disgenesia ovariana, tratamento com doses de estrogênio. • Pouco desenvolvimento das mamas • Braços em ângulo aberto • Amenorreia primaria • Nervos pigmentados 26 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A 13.11.2019 – NEUROGENÉTICA • Área da ciência que aborda, investiga e se possível trata doenças genéticas com impacto neurológico, tratamento de suporte, não tem cura, apenas melhora a qualidade de vida e tenta aumentar o tempo de vida do paciente • NGS é a técnica mais moderna para identificação de doenças neurogenéticas • EIM • Epilepsia • Autismo • Doença de Huntington • Alzheimer de inicio precoce (perda de memória) • Tumor (neuro-oncologia, agressividade biológica e resposta ao tratamento) • Doenças psiquiátricas (ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo) → alto índice de correlação genética → compartilham genes parecidos • Psiquiátricas x neurológicas → baixa correlação GENES: • APOE4, PICALM: doença de Alzheimer • DR15, DQ6: esclerose múltipla • HTT: doença de Huntington • LRRK2, PARK2, PARK7: doença de Parkinson TIPOS DE PATOLOGIA: • Distrofias musculares • Atrofia muscular espinhal • Síndromes neurocutâneas • Erros inatos do metabolismo • Malformações do SNC • Autismo, S. X-frágil, S. Rett • Ataxias hereditárias IDADE DE MANIFESTAÇÃO: • Qualquer etapa da vida, varia de doença para doença • RN • Lactente • Pré-escolar • Escolar • Adolescente • Adulta • Quanto mais cedo a doença do cérebro se manifestar, maior é sua herdabilidade, ou seja, maior ... APRESENTAÇÃO DA DOENÇA: • Aguda • Crônica (maioria) • Intermitente • Encefalopatia • Distúrbio do movimento • Polineuropatia • Miopatia 27 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Ataxia • Atraso ou involução psicomotora • Neoplasias LOCAL DE LESÃO: • Substancia cinzenta • Sustância branca • Núcleos da base • Nervo periférico • Musculo • Medula OUTROS ORGÃOS AFETADOS: • Pele • Ossos e articulações • Vasos • Rins • Olhos • Vias auditivas • Fígado • Baço • Sistema imune • Pâncreas • Gônadas Pacientes com mutação de modo primário o cérebro é afetado e após essa síndrome afeta outros tecidos DISTROFIA MUSCULAR – DMBD e DMB: • Mutação no Xp21 (exons 43-52) • Falha na proteína distrofina que causa distrofia • Duchenne: menos que 3% de distrofina normal e início aos 5 anos • Becker: DE 3-20% de distrofina normal • Atinge mais meninos • Fraqueza e atrofia proximais • Pseudo-hipertrofia de panturrilhas (compensatório) • Hiperlordose/escoliose • Retardo mental leve • Cardiopatia • Não consegue ficar reto e em pé DISTROFIA MIOTONICA DE STEINERT: • Herança autossômica dominante • Alteração no gene 19q13.3 • GENE dmpk – MIOTONINA PROTEINA-QUINASE • CTG – antecipação genica: penetrância incompleta que causa falha na produção da proteína miotonina-cinase • Incidência de 1:8.000 • Mae > 100 repetições: forma neonatal grave • Apresentam problemas cardíacos • Expectativa de vida baixa 28 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Face típica – queixo caído e boca aberta, problemas de visão (miopia) • Fraqueza distal e muscular (não conseguem correr – sem sustentação) • Miotomia: ausente em menores de 10 anos • Retardo mental muito grave • Alterações endócrinas como diabetes • Riscos para anestesia geral • Forma neonatal grave – morre nos primeiros anos de vida • Baixa estatura • Problemas de coluna grave DISTROFIAS MUSCULARES CONGENITAS: • Autossômicas recessivas • Quadro progressivo e grave • Fraqueza, sem sustentação normalmente são acamados • Deformidades articulares • Retardo mental • Envolvimento do SNC • Enzimas musculares elevadas (pela perda muscular as enzimas estão presentes na corrente sanguínea) • Problemas respiratórios e de deglutição • Herança variável • Quadro não progressivo • Fraqueza leve tem expectativa de vida maior • Atraso no desenvolvimento motor • Não há envolvimento do SNC ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL: • Autossômica recessiva • SMN (5q13.3) • Postura de rã • Arreflexia • Disfunção bulbar respiratória • Fasciculações • Musculatura ocular extrínseca poupada • Diagnóstico: eletro NEUROFIBROMATOSE • Doença neurocutânea heterogêneas autossômica dominante – penetrância completa • Gene NF1 – 17q11.2 • Lesões estruturais (neoplásicas) do sistema nervoso central • Manchas café com leite até neurofibromas múltiplos • Complicações SINDROME DO X-FRAGIL: • FMR1 (Xq27.3) • Repetições CGG (>200 repetições) • Incidência: 0,7:1000 meninos escolares • Portadoras: 30% afetadas • Retardo mental • Causa genética mais comum do autismo 29 VERÔNICA TREVIZAN LAGNI – TVII A • Epilepsia • Cromossomo X fica solto ou quebrado no cariótipo DOENÇA DE HUNTINGTON – COREIA: • Coreia (movimento) • Hereditário • Dependente da idade • Desencadeada na infância, mas na maioria é desencadeada depois dos 40 anos de idade • Já nasce com o gene autossômico dominante – penetrância completa • Neurodegeneração progressiva – movimentos involuntários e anormais com a mão • Atrofia cerebral progressiva • Perda neuronal nos glânglios da base com início na idade adulta • Exame de PCR • Morte precoce